Roller Coaster escrita por Helo


Capítulo 18
Capítulo XVIII


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, tudo bem?
Gente muito obrigado pelos comentário, fico tão animada quando recebo.
Mais um capítulo para vocês =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/779832/chapter/18

Pov Emmett 

Estava me trocando após ter passado o dia inteiro dentro de casa, hoje era minha folga do hospital e agora, comecinho da noite, teria o jogo de basquete de Peter e Sky e, pela primeira vez, nesses três meses, a família toda iria assistir. 

As coisas estavam um pouco melhor agora, depois do aniversário de Alex, a família voltou a se reunir, pelo menos duas vezes por semana. A tristeza ainda estava presente em todos nós, mas a vida tinha que continuar, mamãe tinha razão, a família precisava se manter junta e em pé para isso acontecer. 

Sai do meu quarto e fui em direção a escada, mas parei na frente o quarto que Rose usava. A porta continuava trancada, suspirei profundamente quando rodei a chave na fechadura e abri vagarosamente a porta. Tudo estava como ela tinha deixado, sorri ao ver ser pijama em cima da cama, ela tinha acabado de comprar, tinha o desenho de um unicórnio sentado numa lua pintada de neon que brilhava no escuro. As primeiras lágrimas escorreram de meus olhos, ela, Alex e Aggie tinham comprado os pijamas iguais e ficaram por várias horas, trancadas no quarto no escuro só porque ele brilhava. 

Alguns calçados dela estava no chão, incluindo o  All star branco que ela adorava, ela sempre dizia que aquele era o melhor calçado para tudo, por isso ela não tirava ele do pé, mais lágrimas escorriam de meus olhos. Suspirei e olhei para a parede, em cima da cama dela,  vi o projeto que ela e Alex trabalhavam juntas, era um tipo de varal de fotos, a intenção das duas, era decorar com fotos da família e pendurar na nossa sala de estar, para que, qualquer um que entrasse em casa visse o quanto éramos felizes. Meu choro ficou mais desesperador e fechei novamente a porta. Eu não conseguia entrar, eu não podia, queria Rose  aqui com a gente, queria a felicidade que ela dava para essa casa, queria ela e Alex cantando para baixo e pra cima, ela e Aggie criando histórias de princesas e monstros pela casa, ela e Peter gargalhando de qualquer piada boba e ela comigo, nos meus braços, me amando e sendo amada. 

“Senhor, porque tínhamos que passar por aquilo, era injusto para nós e foi injusto para ela.” - Minha revolta era muito grande, eu ficava imaginando o quanto ela ficaria animada por saber que era Nicole Cullen, por descobrir que não fora abandonada e sim arrancada dos braços de seus pais, como ela ia chorar, todas as vezes que Tia Esme ou tio Carlisle a chamassem de filha. 

Meu celular vibrando foi que me fez voltar a realidade, passei a mão no rosto e peguei ele do bolso. Era uma mensagem de Alex, avisando que ela e Nessie já estavam saindo da escola. As duas iam caminhando, com alguns amigos, até a escola de Peter e não me importei por isso, eu estava fazendo qualquer coisa para Alex se sentir um pouco melhor, nesses dias. 

Fui ao banheiro e lavei o rosto, eu sabia que ficar ali chorando, não traria minha Rose de volta. Desci pra garagem, entrei no meu carro e dirigi até a escola de Peter no absoluta silêncio, nem música mais eu ouvia dentro do carro, ouvir música me lembrava de Rose, no banco do passageiro,  cantarolando ao meu lado e isso quebrava meu coração. 

Não levei nem quinze minutos para estar estacionando no ginásio da escola de Peter. Desci do carro e caminhei lá para dentro, parei ao encontrar minha irmã, abraçada com Seth, encostados num carro se beijando. Me aproximei dos dois e falei brincando: 

—  Que pouca vergonha é essa! - Os dois se soltaram assustados, mas Bree sorriu ao me ver. Eu já sabia que os dois estavam ficando a alguns dias, e estava feliz por minha irmã.

—  Oi Emm! 

—  Oi Emmett! - Seth falou soltando da minha irmã, com uma cara meio assustada. 

—  Ei, estou brincando, podem se agarra a vontade! - Sorri para Bree. - Apenas saiba que posso te caçar, caso você faça minha irmãzinha chorar. 

—  Não começa Emmett! - Bree falou. - Por favor! - Ela revirou os olhos. - Vamos entrar, o pessoal já está nós esperando. 

Ela puxou o rapaz pelo braço e os acompanhei, entramos no ginásio e fomos até onde nossa família estava. Realmente quase todo mundo já tinha chego, mas senti a falta de Jazz e Garrett. Os dois andavam trabalhando bastante no caso de Royce, mas sempre se faziam presentes nos encontros da família, até mesmo porque, a mãe e a irmã de Garrett estavam dando a maior força para todos nós, e acabou que estávamos  cada vez mais próximos. 

Cumprimentei todo mundo e sentei ao lado da minha mãe para conversar. Vez ou outra olhava para minha filhas e as observava, Aggie estava sentada com Zuri, as duas tinha um ursinho de pelúcia na mão e brincavam. Alex estava sentada mais embaixo com Nessie e mais dois garotos da sala delas, Jacob e Brady. Os quatros estavam grudados ultimamente e eu não me importava, Alex parecia um pouco mais feliz quando estava com eles. 

Garrett e Jazz chegaram antes do jogo começar, acompanhados com um garoto, mais ou menos da idade de Peter. Eu não o conhecia, mas ele correu até nós e cumprimentou Kate e Levi. 

— Oi Tia Kate, oi Levi! 

—  O que você está fazendo aqui Will? - Levi perguntou cumprimentando ele com um toque de mão. - Você não estava de castigo?

—  Eu estou, mas como mamãe levou Jane no shopping, papai deixou eu vim assistir o jogo da Sky! 

— Oi pessoal! - Garrett nós cumprimentou. - Esse é o Will, filho do Jim. 

O garoto cumprimentou todos nós e sentou numa conversa animada com Levi. A gente voltou a conversar entre nós e logo o jogo começou. O time das crianças jogavam bem, e realmente Sky e Peter se destacavam dos outros jogadores, e juro, que não estava falando isso porque era meu filho e minha sobrinha, mas sim, porque eles realmente mereciam. 

Eles ganharam com facilidade e comemoraram muito na quadra, já que aquele jogo era o acesso deles às oitavas de finais do campeonato. Os dois correram na nossa direção e ganharam muitos abraços e comemorações de todos nós da família. Kebi falou após um pouco da euforia  passar: 

— Um bom jogo merece uma boa comemoração, o que acham de fazermos algo lá em casa? 

— Ótima ideia amor, podemos fazer um churrasco, o que acham? – Amun sugeriu

— Acho uma boa ideia! - Foi minha mãe que respondeu. – O bom é que hoje é sexta, podemos aproveitar o tempo junto. 

— Garrett chame os pais do Will também, eles são seus amigos, não são? - Foi Tia que sugeriu. 

— Sim, claro! Posso ligar para eles! 

— Jake e Brad podem ir também? - Alex pediu 

— Se os pais deles deixarem! - Falei. - Eu os levo para casa, depois da janta. 

— Vou pedir para minha mãe. - Jacob falou 

— Eu também! - Brady pegou o celular para fazer a ligação. 

Ficamos um tempo ali ainda anotando o endereço da casa de Kebi e decidindo o que íamos fazer. Era tão bom bom passar o tempo  junto com nossa família e amigos, dava a pequena impressão de que, tudo estava bem, mesmo que fosse por apenas algumas pequenas horas de nossos dias. 

Pov Garrett

O jantar na casa da minha mãe foi muito bom. Tivemos a noite de sexta para descontrair e descansar um pouco a cabeça. Saímos de lá já passava da meia noite, enquanto eu dirigia, Sky e Levi falavam sem parar no banco de trás. Contavam histórias sobre a semana deles na escola  e eu e Kate ouvíamos animadamente. Era gostoso ter esse clima família e eu já estava tão acostumado com isso, que realmente desejava ter eles três comigo para o resto da vida. 

Em casa, os dois subiram para tomar banho e se prepararem para dormir, enquanto eu e Kate arrumamos algumas coisas que estavam fora do lugar. Começamos na sala e quando fomos para a cozinha, perguntei:

— Já pensou em se mudar daqui? 

— Mudar de cidade? – Ela guardou alguns pratos dentro do armário da cozinha. 

— Não, de casa apenas. - Falava enquanto enchia algumas garrafinhas de água. 

— Antes de você vir morar para cá, eu ia ser obrigada a sair daqui, esqueceu?

— Sim, mas digo por agora, sei lá, mudar para uma casa maior, que dá para guardar dois carros na garagem. 

— Mas nossa garagem é usada apenas para o seu carro, para que precisamos de lugar para dois? 

— Eu estava vendo alguns carros essa semana com Levi. - Falei secando minha mão e indo colocar as garrafinhas na geladeira. - Quero pegar um carro mais novo, mas não quero desfazer do Maverick. 

— É, aqui um dos carros teria que ficar na garagem descoberta. 

— Então, em paralelo com o projeto da SUV, como Levi o nomeou, eu e Sky estávamos vendo algumas casas mais próximas de Emmett e Edward. 

— Vocês começaram por um bairro caríssimo da cidade em! - Ela falou se aproximando de mim. 

— Eu sei, mas se você colocasse aqui a venda e juntando  com o dinheiro que tenho na minha poupança, que não é muito, mas é uma grana boa, teríamos uma boa entrada. - Sequei minhas mãos e a encarei. 

— Tudo isso apenas para trocar de carro? - Ela me olhava desconfiada e com um pequeno sorriso no rosto. 

— Mais ou menos, estou pensando em mais espaço também. Um quarto maior para as crianças e até um a mais. - Puxei ela para meus braços. - Vai que você queira mais um filho? 

— Você é uma graça Garrett, sabe disso né? - Ela me deu um selinho.

— Porque? - Fiz cara de desentendido. 

—  Porque fica fazendo as coisas pensando em mim e em meus filhos e já até fala em mais uma criança. 

— Eu amo vocês Kate. - Dei um selinho nela. - Só quero proporcionar uma vida boa para vocês três! 

— Você já proporciona Garrett. - Nós beijamos mais uma vez e ela falou quando nós soltamos. - Temos que pensar com calma em tudo isso, tudo bem!?  Eu ainda estou juntando o dinheiro que Emmett me emprestou e tenho que sentar para ver todas as contas. 

— Sim, só estou implantando a ideia na sua cabeça, já que, obviamente, seus filhos estão envolvidos nisso tudo! 

— Eles te adoram, tenho certeza que se você quiser ir morar no Alasca, eles te acompanham. 

— Eu nunca me dei bem com crianças, mas eu amo os dois, do jeitinho que eles são. - Meu celular tocou atrapalhando nossa conversa, peguei ele do bolso e vi que era o Jim. - Desculpa amor, eu realmente preciso atender.

— Não tem problema! 

Ligação on

— Aconteceu alguma coisa ?

— Não,  está tudo bem, eu já estou em casa! - Ele falava rápido de mais. - Eu cheguei e vim verificar o rastreador, o carro está saindo da cidade! 

— Sério ? 

— Sim, parece estar indo sentido a saída norte. 

— Vamos atrás ver até onde isso nos leva. 

— To arrumando minhas coisas já. 

— Passo aí em quinze minutos, vou levar o Jasper. 

— Ok! 

Ligação off 

Desliguei o telefone e Kate me olhou preocupada: 

— Tome cuidado! - Ela se aproximou de mim. - Por mais que eu também queira muito que aquele desgraçado que matou Rose vá para cadeia, odeio ver você e Jasper tão envolvidos nisso. 

— Logo tudo isso acaba amor. - Dei um beijo rápido nela. - Eu prometo. - Ela sorriu tristemente para mim. - Vou pegar minhas coisas e ligar para o Jasper. 

Ela apenas concordou com a cabeça positivamente e subi para o quarto. Liguei para Jasper e não expliquei muito, apenas pedi para ele ficar pronto e que passaria para pegá-lo. Peguei uma blusa de frio e verifiquei se estava com meus documentos, o resto das coisas eu sempre deixava no meu carro, e esse era um dos motivos que me fazia querer pegar outro carro, Deus me livre, se um dia, as crianças  encontrassem uma arma, por exemplo, dentro do Maverick. 

Antes de descer, parei no quarto de Levi, mas ele não estava lá. Fui para o quarto da Sky e os dois estavam deitados na cama dela, com a tv ligada, mas ambos dormiam. Entrei, desliguei a tv, fechei a cortina aberta e cobri os dois com uma coberta . Beije a testa de Levi e quando fui beijar a testa de Sky ela perguntou: 

— Já vai dormir? - Ela nem abriu os olhos para falar. 

— Não Sky, eu preciso ir trabalhar. 

— De novo? 

— Surgiu uma urgência. 

— Tá bom, volta para casa bem, tá!- Ela virou de lado puxando a coberta sobre metade de sua cabeça. - Te amo papai! 

Fique sem reação olhando para ela, como assim papai? Ela nunca me chamou assim e eu nem imaginava que um dia isso ia acontecer. Meus olhos se encheram de lágrimas, mas eu sorri. 

— Também te amo Sky! 

Me afastei da cama dele e respirei fundo, para não chorar. Acendi o abajur e apaguei a luz, sai do quarto e deixei a porta meio aberta. Kate me esperava na sala:

— As crianças estão dormindo no quarto da Sky! 

— Virou rotina, desde que você colocou uma tv lá! – Ela se aproximou.- Eles nunca passaram tanto tempo juntos. – Ela me abraçou. - Volte bem para casa tá! 

— Eu vou voltar! - Beijei seus cabelos. - Eu te amo.

— Também te amo! 

Ela me deu outro beijo de despedida e sai de casa. Não contei nada para ela sobre Sky ter me chamado de pai, porque talvez ela estivesse só sonhando ou sob efeito do sono, achei melhor esperar para ver como ela me chamaria amanha.  Pegue Jasper no apartamento dele e fui explicando o que estava acontecendo até a casa de Jim, que já nos esperava, cheia de coisas na mão, sentado na varanda de sua casa. 

Ele me entregou o celular assim que entrou no carro e comecei a dirigir seguindo o rastreador. 

— Onde será que isso vai nos levar ? - Jazz perguntou 

— Não faço ideia! - respondi

— Estou pensando num depósito ou algo do tipo, sabemos  que Royce está envolvido com tráfico internacional de drogas né! 

— Sim, a única coisa que não consigo entender com essa história,  e por que diabos ele precisou matar Rose! – Jazz falou 

— Muita gente envolvida no desaparecimento dela como Nicole. – Respondi. - Se a verdade viesse à tona, uma nova investigação seria aberta e isso envolveria muita gente. 

Passamos o caminho conversando, a gente tinha milhões de teorias sobre a morte de Rose, e falar sobre elas foi distraindo a gente no caminho. 

Conseguimos alcançamos o carro azul depois de quase quarenta minutos dirigindo pela rodovia, ele tinha ficado parado cerca de quinze minutos numa lanchonete e graças a isso conseguimos manter a distância de 5 kms atrás dele. Já estávamos longe de casa, eu já estava dirigindo por quase duas horas já e comecei a me sentir um pouco cansado. Passamos pela entrada no Olympic National Park e ele pegou uma estradinha de chão, onde dirigiu por mais de quinze minutos e paramos, ele bem na nossa frente e nós, numa distancia que sabíamos que ele não nós via. 

Descemos do carro e começamos a caminhar sentido a uma única luz no meio da mata, não conhecíamos nada ali, mas não podíamos parar agora. Andamos por cinco minutos, até chegar numa cabana onde o carro azul estava estacionado. Era um lugar bem pequeno, não tinha mais do que duas peças, mas tinha uma luz acesa e as luzes do carro iluminava ela por inteiro. 

— Não cheguem perto, tem câmeras por todos os lados. – Jim falou

— Como vamos fazer ? - Perguntei 

— Vou tentar uma coisa! - Ele tirou um computador de sua mochila e começou a nos explicar enquanto mexia nele. - Eu tenho um sistema para hackear as câmeras, podemos ver o que tem de casa e até desligar elas. – Ele pegou um cigarro do bolso de sua blusa, mania boba que ele tinha de fumar quando estava sobre pressão. - Me deem apenas cinco minutos. 

Nos três abaixamos no meio daquela mata e ficamos esperando. Eu não tirava o olho da cabana, não tinha nenhuma movimentação lá dentro, como se fosse um lugar realmente abandonado. 

— E se for Royce que está aí dentro? - Jazz perguntou 

— Eu mato ele. - Respondi. - Mas não é ele, tenho certeza, não tem porque ele se esconder num lugar abandonado como esse. 

— Então, qual seu palpite? 

— Que é algum capanga dele que veio buscar algo aqui. 

— Algo muito valioso né, puta que pariu, a gente está bem longe de Seattle. 

— Gente! - Jim chamou nossa atenção. – Vejam isso! - Ele virou a tela do computador para a gente, meu coração acelerou e meus olhos se encheram de lágrimas. – Estou ficando maluco, ou vocês também estão vendo o mesmo que eu? 

Eu e Jasper não conseguimos falar nada, apenas nos olhamos. Jasper com os olhos cheios de lágrimas, pegou sua arma e começou a andar até a cabana. Levou cerca de alguns segundo para eu digerir o que estava acontecendo. Corri e o segurei pelo braço, o fazendo parar: 

— Calma Jazz! 

— Eu vou matar esse desgraçado! - Ele falou

— É o que quero agora também, mas ele é só mais uns dos homens de Royce, se matarmos ele aqui, não chegamos a Royce e continuaremos vivendo sem paz!  - Ele me encarou e se soltou de mim. Voltamos para próximo de Jim e pedi. - Desligue as câmeras, a gente vai entrar! 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Roller Coaster" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.