Roller Coaster escrita por Helo


Capítulo 15
Capítulo XV


Notas iniciais do capítulo

Gente, mais um capítulo para vocês.
Agradeço muito pelos comentários, eles me incentivam a continuar escrevendo.
Um beijo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/779832/chapter/15

Pov Rose 

As festas de final de ano passaram e voltamos a rotina de sempre. Nossos dias voltaram para a mesma correria normal, tirando pelo fato de Edward e Bella estarem morando aqui agora, num condomínio muito próximo ao nosso,  nós dando a chance de se ver todos os dias. 

Levei as crianças para escola e dei uma arrumada na casa, algo me incomodava desde o primeiro dia do ano, eu estava recebendo algumas mensagens e e-mails, com meu nome e uma localização. Primeiro decidi ignorar, mas, como estava recebendo de quatro a cinco vezes no dia,  e, após descobrir que a localização me levava até um parque da cidade, resolvi que iria até o lugar só para dar uma olhada e ver o que queriam comigo. 

Pensei em comentar com Garrett ou Jasper, mas não queria preocupá-los, Garrett estava um pouco paranoico com a questão de segurança das crianças, vivia pedindo para não deixarmos eles saírem sozinhos ou ficarem na frente da escola sozinhos. Para Emmett e qualquer outra pessoa, nem pensei em comentar porque simplesmente não fazia sentido eu alertá-los a toa.

Esperei se aproximar do horário do almoço para sair de casa. Nesse horário, normalmente, as pessoas costumavam a caminhar pelos parques e teria algum tipo de movimento. Fui para o local indicado, ficava cerca de dez minutos de casa, assim que estacionei o carro, mandei uma mensagem para Emmett com minha localização e comecei a observar o local, o estacionamento estava vazio, uns três carros parados e um rapaz encostado num deles. Um homem alto, cabelos negros e pele clara.  

Desci do carro e dei uma volta no estacionamento, como quem não queria nada, não demorou para o rapaz se aproximar, cauteloso e vagarosamente. Ele falou quando estava bem perto de mim: 

— Rosalie!? 

— Quem é você ? Como você me conhece e como conseguiu meu número? - Falei sem nem ao menos tomar um ar, encostando no meu carro. 

— Podemos conversar ? - Ele me perguntou se aproximando mais 

— Pode falar! 

— Se acalma ok!? - Ele continuou se aproximando mais e senti um súbito medo, não devia ter saído de casa. - Meu nome é Royce King e estou te procurando a muito tempo! Sou teu irmão, por isso estou aqui!

— Meu irmão? - Perguntei incrédula. 

— Sim, por Deus Rose, te procurei tanto! - Ele se aproximou mais e me deu um abraço. Não tive reação nenhuma, ele cheirava a cigarro e whiskey. - Podemos sentar ali para conversar? - Ele me puxou empolgadamente pelo braço. - Vou pegar uma água para você no carro. 

Ela voltou para o carro dele e eu caminhei para a mesa, como ele podia ser meu irmão, aquilo não fazia nenhum sentido. Ele voltou com uma garrafinha de água na mão, e sentou na minha frente. Olhei em seus olhos, olhos escuros e vazios, não passava toda alegria que ele demonstrava. 

— Tome, trouxe uma água para você! - Ele me entregou uma garrafinha. - Eu te trouxe até esse parque porque nossos pais moram aqui perto. Mamãe ficou tão empolgada quando contei que tinha te encontrado. - Abri aquela garrafinha na minha mão e tomei um gole de água, na verdade, bebi quase a garrafinha inteira.  - Papai também está em êxtase, só não deixei eles virem no primeiro encontro com medo que eles passassem mau. 

— E porque das mensagens no meu e-mail e no celular sem identificação? - Abri a garrafa em minhas mãos e tomei um gole da água. 

— Estávamos com medo, de você não querer falar com a gente!

— O que você tem para me falar ? - Eu estava um pouco incomodada - De onde tirou essa história que sou sua irmã?

— Papai e mamãe nunca te abandonaram Rose, você foi tirada deles, sequestrada, por isso passou a vida inteira num orfanato. 

— Como assim?

—  Sim, você foi sequestrada logo depois que você nasceu.

—  Igual Nicole Cullen? - Perguntei

— Mais ou menos, os Cullens são uns dos investigados pelo seu desaparecimento, foi na mesma época de Nicole.

— Porque eles seriam investigados? - Perguntei receosa e tomei mais um gole de água, minha garganta parecia seca. 

— Porque Esme nunca esteve grávida e logo que você desapareceu, no hospital do marido dela,  ela apareceu com uma garotinha. - Ele me olhava estranhamente. - Achamos que ela acabou se arrependendo, te deu para adoção e fez todo esse show na mídia para tirar o foco da polícia em cima deles. 

— Do que você está falando ? - Fui me levantar, mas senti uma tontura que me fez sentar novamente. Tomei o último gole de água. - Você está inventando tudo isso, os Cullens são pessoas boas, nunca fariam isso com ninguém. 

— Ah é, você anda com eles agora né! - Ele fez cara de desdém e sorriu sarcasticamente. - Sinto muito, mas os Cullens não são exatamente as pessoas que eles demonstram ser! 

—  Você é maluco!

Falei indignada e tentei me levantar novamente, eu iria embora, sabe lá quem era esse homem, mas eu não acreditava nele. Senti outra tontura e ele me segurou pelo braço, ele começou a falar comigo, mas eu não conseguia mais ouvi-lo, minha cabeça começou a doer e fechei por um instante meus olhos. Minha boca estava seca e minha respiração pesada, abri novamente os olhos, mas não vi mais nada, apenas vultos e uma escuridão total . 

POV Emmett 

Passei a tarde inteira em cirurgia, não tive tempo de nada, inclusive não consegui nem almoçar. Pegamos um caso muito sério e agora, estava eu, Edward e Carlisle discutindo sobre o tratamento pós cirúrgico. O telefone da mesa de Carlisle tocou e ele atendeu:

 – “Dr. Cullen”, “ Sim, ele está aqui, pode passar a ligação.” - Ele falou olhando para mim.

 – Emmett, é a Alex no telefone. 

Estranhei porque Alex nunca ligava aqui no hospital, pelo menos não desde quando Rose ficava com eles em casa. Peguei o telefone: 

Ligação On: 

 – Filha!? 

 – Oi papai, você sabe da Rose? Ela não veio me buscar, e não pegou Peter e Aggie também, eu to tentando ligar para ela e o celular está dando desligado. 

— Eu não falei com ela hoje filha, tem certeza que ela não está aí por perto?

—  A BM não está aqui papai e ninguém viu ela por aqui também!

— Tudo bem filha, vou pedir para alguém pegar vocês e vou tentar encontrar ela, ok?

 – Ok!

— Fique dentro da escola e pede para seu irmão ficar com Aggie dentro da escola também.

— Ta bem! 

 Ligação Off 

Desliguei o telefone preocupado, Rose nunca falhava no horário das crianças.

 – Aconteceu algo Emmett? - Carlisle perguntou 

 – Rose não apareceu para buscar as crianças. - Respondi pegando meu celular do bolso. Havia uma mensagem, era de Rose, abri e li em voz alta. - “Emm, estou Gas Works Park, logo volto para casa. Eu te amo.”

 – Que horas ela te mandou essa mensagem? - Carlisle perguntou

 – Um pouco antes das onze da manhã! 

 – Será que aconteceu alguma coisa? - Edward perguntou.

 – Eu não sei, vou tentar falar com ela. 

 – Vou ligar para Garrett e Jasper, talvez eles saibam de algo. - Carlisle falou 

 – Vou pedir para Bella  pegar as crianças na escola. - Edward também pegou o celular. 

Liguei várias vezes no celular de Rose e só dava celular desligado. No whatsapp a última visualização dela havia sido as dez da manhã. Liguei para uma de nossas vizinha, que me confirmou que Rose saiu de casa antes do almoço e que ela estava normal, sorridente e simpática como sempre. 

 – Os dois não sabem de nada dela.  

 – A Sra. Quill viu ela sair antes do almoço, aparentemente normal. - Falei passando a mão na cabeça. - Será que aconteceu algo?

— Garrett está indo lá para o parque. - Tio Carlisle parecia desesperado da mesma forma que eu. – Vamos para lá também!

— Vamos! - Edward falou desligando o celular 

Tio Carlisle foi procurar um médico para passar o caso que estávamos tratando enquanto eu e Edward fomos pegar nossas coisas. Nós encontramos no estacionamento e saímos todos no meu carro. Enquanto eu dirigia, Edward começou a ligar para todos da nossa família para ver se alguém sabia de Rose, mas ninguém sabia de nada. Não demorou nem dez minutos para chegamos, estacionei meu carro e Garrett estacionou o dele,  logo em seguida. Ele e Jazz desceram e perguntei. 

— Vocês tem ideia do que pode ter acontecido com ela ?

— Não! - Garrett respondeu. - O que ela veio fazer aqui, sozinha, no meio do dia? 

— Não sei! - Respondi e ele e tio Carlisle trocaram olhares preocupados. - O que que faremos ?

— Vamos dar uma olhada pelo parque ver se encontramos algo. - Garrett sugeriu. - Infelizmente só posso fazer algo como policial após vinte e quatro horas de desaparecimento. - Ele suspirou e nós olhou sério. - Eu, Carlisle e Edward vamos para cá. - Ele apontou para o lado direito. - Jasper e Emmett vão por ali. - Ele apontou para o lado esquerdo. 

Mau esperei ele terminar de falar e já sai andando e gritando o nome de Rose. Jasper  pegou uma foto dela no celular e começou a perguntar pelas pessoas que estavam ali, se alguém tinha visto ela. Ficamos procurando por mais de uma horas, entramos no meio das árvores, andamos, andamos e andamos até que escureceu e nos encontramos novamente no estacionamento. 

— Alguma coisa aconteceu com ela! - Jasper afirmou - Ela não desapareceria do mapa assim. 

— Vão para casa! - Garrett falou. - Vou para delegacia, se eu encontrar algo eu aviso. 

— Não podemos ficar em casa de braços cruzados. - Tio Carlisle protestou 

— Não tem o que fazer, fiquem em casa se acaso ela aparecer. - Garrett suspirou. - Jazz, fique atento, por favor e mantenha todos no mesmo ambiente, principalmente as crianças, onde elas estiverem, todos estarão seguros. 

— Do que vocês estão falando? 

Edward perguntou, mas não obtivemos resposta, Jazz apenas balançou a cabeça negativamente para nós, enquanto Garrett caminhava até seu carro. 

— Vou ligar para o pessoal pedindo para eles irem todos lá para casa.

Carlisle falou pegando celular e voltamos para o carro. Enquanto eu dirigia várias coisas passaram pela minha cabeça, a primeira era o fato de tio Carlisle estar super nervoso com a situação, a segunda sobre a declaração de Garrett, dizendo que onde as crianças estivessem todo mundo estaria seguro e por fim qual a ligação disso tudo com o desaparecimento de Rose, mas eu estava tão nervoso que não queria ouvir nada por agora, mentalizei uma oração e comecei a pedir para Deus que Rose estivesse bem! 

Quando chegamos na casa de Esme, ela estava chorando muito, sendo confortada por minha mãe e meu pai, Alice, Bree, Bella e Kate estavam de pé na sala e as crianças sentadas no tapete, quietas. Tio Calrisle foi direto confortar tia Esme, eu, Jasper e Edward, cumprimentamos todos e  Alex me perguntou:

— Papai, o que está acontecendo? Cadê a Rose? 

— Não sei filha! - Falei. - Garrett está tentando encontrá-la. 

— Será que aconteceu alguma coisa? - Peter perguntou 

— NÃo sei! 

O tempo passou lentamente para todos nós, mamãe preparou algo para lancharmos, mas tirando as crianças, nós adultos,  nem tocamos nos lanches. Por volta das nove da noite, Bella se ofereceu para levar as crianças para casa, para elas tomarem banho e descansar, Jazz falou: 

— Eu acho melhor ninguém sair, Garrett já está voltando.

— O que vocês estão escondendo ? - Perguntei me levantando e caminhando até ele. - Porque a gente não pode sair de casa e o que isso tem haver com o desaparecimento de Rose ?

— Por medida de segurança.

Ele respondeu gaguejando um pouco,  após trocar olhares com tio Carlisle e meu pai. Ia começar um longa discussão com ele, sobre todo esse mistério deles, mas a porta da frente se abriu e Garrett entrou por ela. 

— Encontrou algo Garrett? - Perguntei sem rodeios. 

— Infelizmente não. - Ele suspirou - Procurei em todos os lugares, hospitais, necrotérios, câmeras de segurança da redondezas. A única coisa que consegui foi uma pane no sistema das câmeras da cidade que dura desde as 09:00 da manha.

— O que podemos fazer agora? - Papai perguntou 

—  Não tem o que fazer por enquanto. Emiti  um mandado de busca pelo carro de Emmett e por ela. Qualquer coisa vão me ligar. 

— Não podemos ficar de braços cruzados Garrett, por Deus! - Tio Carlisle falou 

— E vocês saírem daqui também não vai ajudar em nada! - Garrett que tinha ido cumprimentar Kate falou olhando diretamente para meus pais e meus tios.  - Carlisle, Esme, me desculpem, mas está na hora deles saberem a verdade, se algo aconteceu com Rose, podemos todos estar correndo perigo. 

— Que droga está acontecendo ? - Edward se levantou. - Vocês estão falando em códigos á horas. 

— Eu vou explicar. - Tio Carlisle se levantou e foi para o lado de Garrett. Jasper também levantou e foi para o lado deles. - Rose é a Nicole, a nossa Nicole. 

Todos fizemos silêncios  e meus olhos se encheram de lágrimas, como Rose era Nicole? 

— Do que você está falando papai! - Alice perguntou já começando a chorar. - Como assim,  Rose é a Nicole?

— Que história é essa essa?- Edward voltou a sentar, visivelmente assustado. 

— Eu explico! - Garrett falou. - Vou começar do começo.-  Ele começou a falar e a andar pela sala. - Esme e Carlisle me pediram para rever o caso do desaparecimento da Nicole, nada formal, apenas rever o caso, já que a Polícia arquivou ele há anos atrás e nunca mais reabriu. Depois de ler tudo e  rever toda a investigação que foi feita na época eu procurei os dois porque queria falar com o detetive de vocês, saber qual a linha de investigação dele e tentar entender por que diabos vocês pagam tanto a uma pessoa que nunca trouxe uma pista sequer do desaparecimento dela. 

— Explicamos a ele sobre os três detetives que contratamos no passado e como  Royce Elliot havia sido indicado para a gente. - Tio Carlisle explicou. - Passamos todos os contatos dele para Garrett.

— Eu passei duas semanas tentando falar com essa pessoa, como não obtive sucesso resolvi fazer uma busca pelo nome dele no sistema da polícia. - Ele suspirou. - Uma pessoa com o nome de Royce Elliott não existia, mas isso me levou a morte de uma mulher com o mesmo sobrenome em Rochester, estado de Nova York. Esse caso me levou a Royce King, ele foi investigado na época, mas inocentado. 

— King foi uma das pessoas investigada na época da Nicole não foi? - Edward perguntou 

— Mais ou menos, reconheci o nome e voltei ao caso Nicole. Descobri um depoimento de King à  polícia sobre uma briga em um casino com Charles, algumas semanas antes do desaparecimento da Nicole. Em depoimento ele apenas contou que a briga havia sido por causa de jogo e que os dois não se conhecia. Ele tinha um álibi bom, esteve fora da cidade, a serviço, por duas semanas, quando Nicole desapareceu. 

— Decidimos investigar Royce King. - Jasper falou. - Mesmo sabendo que não tínhamos muito. 

— Descobrimos tudo sobre Royce pai primeiro. - Garrett continuou. - Endereços de onde morou, telefones, contas bancárias, sua morte, a dois anos atrás, e  uma investigação dos federais que envolvia ele e seu filho Royce King Jr. 

— Royce Elliott não existia, mas Royce King Jr. sim. - Jasper continuou. - Para descobrir que os dois eram a mesma pessoa só precisamos mostrar uma foto para Esme, ela confirmou que estávamos no caminho certo. 

— Eu não sei se vocês sabem como funciona, mas nós, policiais da cidades, não temos nenhum acesso a investigações dos federais ou da CIA, FBI. A gente apenas fica sabendo que está acontecendo a investigação, os nomes dos envolvidos e fotos. Se chegarmos a encontrar qualquer criminoso, temos que entrar em contatos com eles logo após deter o suspeito. Nenhuma outra informação é passada para gente, salvo, é lógico, grandes investigações que envolvem a mídia em geral.  - Garrett nos explicou. - Quando Esme confirmou que os dois Royces eram os mesmo, fomos atrás das coisas que descobrimos sobre o pai dele, já que era a forma mais fácil de chegar até ele. Por eliminação, fomos aos endereços que eles moraram, só aqui na cidade foram cinco. Num deles, uma senhorinha se lembrou do pouco de tempo que eles viveram lá, nos contou que eles eram uma família normal, mãe, pai e dois filhos, um menino maiorzinho e uma menininha recém nascida que chorava demais e que,  apesar de nunca ter visto a Sra. King grávida, ela era muito apegada a filha mais nova. 

— Eles moraram nessa casa de 1989 a 1991. - Jasper completava sempre a história. -  Rose nasceu em 1990 e foi deixada no orfanato em 1991. 

— Fomos atrás da senhora King, tínhamos um registro com seu nome em um manicômio aqui da cidade. - Garrett continuou

— Porque vocês não foram atrás de Royce, de uma vez ? - Perguntei interessado. 

— Ele é um fugitivo da polícia, está desaparecido há mais de um ano,  ir atrás dele só faria a gente andar em círculos. 

—  Faz sentido! - Foi Bree falou, mais para ela do que para todos nós. - Então vocês foram ao manicômio?

— Sim, não conseguimos muito porque ela ficava isolada num quarto e sempre estava desacordada, mas conseguimos o prontuário da mulher. - Jasper falou 

— Trouxemos para Carlisle e Eleazar verem. - Garrett disse. 

— Os remédios prescritos para ela eram todos sedativos, a intenção sempre foi mantê-la desacordada. - Papai explicou. - Indicamos que, se eles quisessem falar com ela, eles tinham que diminuir os remédios aos poucos e que no máximo uma semana ou duas ela acordaria por breves períodos.  

— Carlisle conseguiu nós colocar dentro do manicômio. - Jasper falou. - A gente fingia ser médico e diminuía as doces diariamente dos sedativos conforme Carlisle e Eleazar nós indicavam. 

— Ficamos lá por quase um mês. - Garrett continuou. - Era eu que estava lá quando ela acordou, ela falou pouca coisa, basicamente “ Lillian não é minha, os Cullens, e meu marido.” - Ele respirou profundamente e passou a mão pelo cabelo.  - Liguei aos pontos de Lillian ser Nicolle, mas era muito pouca informação.

— Começamos a busca por Lillian King. - Jasper continuou. - Não encontramos, procuramos pelas milhares de Lillian que existe nos Estados Unidos e entre todas, chegamos ao nome de Rose.

— Rosalie Lillian! - Falei quase sorrindo, no meio de toda aquela situação. 

— Sim, ela usa Lillian como sobrenome, mas nunca soubemos se era mesmo isso, até porque a gente meio que usava os sobrenomes que nós davam no orfanato - Garrett explicou. - Outro ponto para chegarmos a Rose, foi o fato de todque tínhamos, existia muita poucas que cresceram sem a  família biológica e, aqui na cidade, apenas a Rose, entre 88 e 95. 

— Enquanto dois amigos meus ficava no manicômio cuidando para que a senhora King recuperasse a lucidez eu e Garrett fomos atrás dos registro de Rose e algo que nós ligasse ao Kings. - Jazz falou 

— Foi um dia antes dos dias de ações de graças que tivemos 99% de certeza que ela é Nicole. - Tia Esme falou pela primeira vez. Ela estava aos prantos e, agora sim, as coisas começaram a fazer sentido na minha cabeça. 

— No registro dela no orfanato não tinha nada de mais, mas tinha o nome da irmã que a recebeu quando ela foi deixada lá. Fomos atrás dela e ela nos deu a descrição exata de Royce pai, e que o nome de Rosalie Lillian ele que tinha informado, a única dúvida que ficou foi quanto às datas de nascimento. A irmã não sabia nós dizer se Rose já havia completado um ano, quando foi deixada ali. 

— Trabalhamos com o fato de Royce King ter deixado ela lá. - Jazz falou. - Não era claro, mas era o mais próximo de Nicole que alguém chegou um dia. 

— Por que vocês não contaram isso para gente? - Edward falou se levantando - Ou até mesmo para ela, por Deus! 

— Primeiro para não dar falsas esperanças para mais ninguém! - Garrett estalava os dedos ao falar nervosamente. - Dar toda esperança a Esme e Carlisle já estava acabando comigo. 

— Segundo que,  alguém descobriu sobre a investigação. - Jazz também estava bem nervoso e um pouco vermelho. - Tivemos uma tentativa de retirada da Sra. King do manicômio e a invasão nos arquivos do orfanato. Para nós ficou mais do que claro que Rose era Nicole e alguém não queria que descobríssemos. 

— Pedi ajuda aos federais, tentei não envolver a polícia local no caso, porque provavelmente alguém ajudava Royce de dentro da delegacia. Eles me ajudariam, contanto que eu mante-se toda essa história longe da mídia. Eles tinham informações quentes sobre Royce e não podiam deixar a mídia atrapalhar a investigação deles. 

— Eu resolvi não contar para Rose! – Esme havia voltado a chorar, mas falou firme. – Garrett até me deu a opção de conta só para família  e fazemos o DNA que revelaria toda a verdade, mas eu não quis. Eu sentia que era Rose, meu coração me dizia isso e como o Natal e ano novo estavam chegando e era o primeiro dela com Emmett e as crianças, seria injustiça estragar tudo isso. 

— Tia!

Falei nem acreditando. Ela me deu um olhar triste,  mas não tivemos tempo de falar nada, Garrett voltou a falar, agora um pouco mais nervoso: 

— Desgraçado! - Ele começou andar pela sala e a repetir. - Desgraçado! 

— Garrett!? - Jazz segurou o braço dele para ele parar de andar.

— Ele enganou certinho a gente, maldito! 

— Como?- Jazz perguntou 

— Ele tirou nosso foco de Rose, e colocou nas crianças! 

— Gente, eu não estou entendendo! – Reclamei 

— Sky reclamou de um carro azul parado todo dia na frente de casa. – Garrett explicou. - Nesse dia que ela me contou, Pete e Alex estavam em casa e comentaram já ter visto o carro também, achei que ele tentaria fazer algo com as crianças, por isso pedi aos Federais proteção total para as crianças, achando que Rose estava segura. - Ele passou a mão no cabelo- Droga! 

— Tinha policiais cuidando da gente? – Alex perguntou 

— Sim, um de você, Peter e Aggie, um Sky e Levi é um Thommy e Nessie.

— Talvez não seja isso Garrett! – Jazz falou

— E quando é que Rose fez algo sem nos avisar?

— Garrett se acalma! - Papai falou. - Precisamos se acalmar agora é aguardar, se Deus quiser nada de ruim aconteceu e ela só esqueceu de nos avisar onde está. 

Toso mundo ficou em silêncio novamente, todos chorávamos, menos Aggie que jogava alguma coisa no tablet com Thommy e Levi. Alice se levantou e começou a andar pela sala chorando, Jasper a segurou. Garrett sentou ao lado de Kate e Sky encostou a cabeça em seu joelho. Abracei Alex e Peter que estavam ao meu lado e tentei acalmá-los. O telefone de Garrett tocou: 

—  Garrett! - Ele ficou em silêncio no telefone e ficou branco. Seus olhos se encheram de lágrimas, eu e todos da sala perceberam. - Me passa a localização, eu já chego. 

Ele desligou o telefone tremendo, ele olhou diretamente para mim e meus filhos. Passou a mão no rosto e respirou fundo, controlando para não demonstrar nenhuma emoção. Perguntei:

— Por Deus Garrett! 

— Seu carro foi encontrado na rodovia! - Ele respondeu 

— É? - Alex perguntou 

Ele não respondeu, apenas se levantou e caminhou sentido fora de casa. Levantei e fui seguido por todo mundo. 

— Vão, eu fico aqui dentro com as crianças! - Minha mãe falou 

Eu estava rezando para que não fosse nada, mas pela cara de Garrett e a forma que ele ficou após desligar o telefone, as noticias não seriam nada bom. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Roller Coaster" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.