Equinócio escrita por Katherine


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi! Queria dedicar esse capitulo a linda da Naty Black, que favoritou a história. Muito obrigada, Naty!

Boa leitura, amores.



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Os garotos tinham técnica e isso era um fato inegável, mas a caçula dos Cullen era indestrutível e não se cansava tão facilmente. Quando aconteciam jogos daquele tipo os Quileutes não precisavam se preocupar por muito tempo, a única mulher realmente teimosa para não admitir que perderia tão facilmente era Leah... e agora tinha Renesmee. Podiam dizer com precisão o quanto ambas se pareciam naquele sentido. Teimosas. Duronas. E adeptas a jogos. Todos os tipos de jogos. As humanas que se juntaram para formar o time das garotas estavam afastadas, com os olhos presos nas figuras que davam um verdadeiro show na praia de La Push, tentando recuperar o folego perdido com menos de trinta minutos de jogo. Julgavam uma missão impossível que permanecessem em campo por mais tempo do que esse, sendo que aquela não era a forma mais limpa de se jogar. Já estavam atraindo plateia, tanto masculina, quanto feminina. Rachel ainda tentava, mas parada do que as próprias marcações que simulavam a trave, mas ainda que dessa forma, a garota tentava. Suas mãos pararam em seus joelhos, antes dela sentar-se ali mesmo, puxando o ar com força. Paul sinalizou para que parassem o jogo, com um sorriso nos lábios.

— Vocês são impossíveis – a Black sibilou irritada.

Jacob empurrou Renesmee com o seu ombro.

— Desista, Ness. Você sabe que é impossível.

O sorriso da Cullen aumentou.

— Nunca, lobinho.

Rachel – a irmã de Jacob levantou as mãos, em sinal de rendição.

Leah bufou e o sorriso da hibrida murchou.

— Eu realmente desisto – anunciou, precisando da ajuda de Paul para levantar-se do chão e caminhar se arrastando para o lado das outras companheiras, que analisavam de fora – Eu confio em vocês, meninas! Bom trabalho!

O Lahote pigarreou.

— Vocês perderam – provocou recebendo um belo empurrão de Leah em resposta – Aceite que dói menos.

— Não perdemos não!

A loba encarou Renesmee como se ela fosse louca.

Talvez fosse, realmente.

O outro Clearwater aproximou-se.

— Perderam sim, Ness – disse – Duas contra sete. Tem certeza disso?

— Tenho – respondeu com uma carranca. Jake sorriu ainda mais, ela era muito teimosa – Estamos em desvantagem... apenas. Uma pequena desvantagem.

Os garotos explodiram em gargalhadas.

— Renesmee... – Leah foi cortada.

— Podemos substituí-las! – a hibrida falou com um brilho malicioso nos olhos. Colocou as mãos na cintura e virou-se para encarar os garotos que ainda riam – Isso mesmo, recorreremos ao nosso time reserva.

Leah ainda não entendia meia mísera palavra que a Cullen dizia. Mas confiava. Renesmee tinha algo em si que merecia a sua confiança.

— Daríamos conta de vocês sozinhas, mas... isso não seria justo – entrou no jogo.

— Time reserva?! – Embry perguntou presunçoso, olhando em sua volta – Eu não o vejo.

Os cabelos acobreados rodaram no ar, para que ela pudesse ficar de costas para os lobos e encarar um grupo de garotos atrás de si. Eles estavam sentados e disfarçavam, mas ela podia ouvir o que diziam entre murmúrios e não gostava nenhum pouco. Mas teria que jogar com todas as suas armas. Eram cinco. Todos com traços de origem Quileute, ela notou. Eram moradores locais mas não faziam parte da tribo. Nessie não sabia como funcionava o poder de persuasão que vampiros tinham sob humanos... mas ela deveria tê-lo também, certo? Sua metade era vampira

— Ei! – acenou na direção deles, com o seu melhor sorriso. Percebeu a falta de comentários dos lobos e uma risada estridente e animada de Leah. Os meninos estavam incrédulos. Sem ter certeza de que ela estava realmente lhes dirigindo a palavra – Querem uma partida?

Jacob bufou sentindo as mãos soarem. Nessie só podia estar de sacanagem. Sua atitude equivalia a um fósforo jogada ao álcool, que era a sua falta de paciência. De certa forma, ela sabia que seus amigos de La Push não ficariam muito felizes com sua escolha, principalmente o Black. Não pode ignorar a animação súbita que cresceu dentro de si quando os garotos desconhecidos estavam prestes a concordar. O Black também percebeu. Seus braços começaram a tremer, o que fez com que toda a empolgação de seus companheiros sumisse. Ele não conhecia os garotos da qual Renesmee havia convidado para o jogo, mas não pretendia conhece-los. Não precisava disso para saber suas reais intenções com sua Ness.

— Estou indo embora – anunciou.

O instinto de autopreservação gritando mais auto do que o lobo que insistia em sair.

Deixou os murmúrios de desaprovação atrás de si, assim como sentiu os olhos da garota em suas costas.

O sorriso cresceu no rosto pálido, unindo suas mãos com a de Leah.

— Ganhamos, Lê!

Em seguida correu na direção de Jacob, que caminhava para a sua casa em passos apressados. Ele não parecia muito mais calmo, então imaginou que devesse ajuda-lo quanto aquilo. Apurou o passo, correndo quase mais rápido do que um humano podia, até tocar o ombro do Black que parou de andar no mesmo momento, mas permaneceu de costas.

— Se afasta, Renesmee – rosnou.

Ela sentiu seu peito pesar naquele momento. Jacob nunca a chamava pelo nome. Ele realmente estava furioso.

— Jake... – deixou a frase morrer no ar, com a voz magoada, parando de frente para o lobo – Ei, me desculpa. Talvez eu tenha exagerado um pouco. Você sabe, eu sou uma Cullen... competição é o meu forte.

Ele levantou os olhos do chão, encarando-a.

— Eu mandei se afastar – respondeu seco.

Podia parecer que estava exagerando e que aquela reação não fosse realmente necessária. Mas o seu corpo queimava. O lobo insistia em sair desde a sua discussão com um de seus irmãos de bando, Paul. Conseguiu acalmar-se depois que Renesmee chegou, mas agora ela era culpada por sua ira.

— Para com isso. Não vou sair do seu lado! – disse aumentando o tom de voz – Você está tremendo.

— Cansou da partida? – perguntou, não conseguindo controlar o sarcasmo ácido.

A Cullen estendeu um dos braços, tocando o rosto do homem.

Me desculpa, Jake. Não queria chateá-lo.

Se havia algo no mundo capaz de levar o Black às ruinas e ao mesmo tempo tranquiliza-lo era o dom dela. Ele gostava da sensação. Mas nem sempre era seguro saber do que Renesmee pensava. Sentiu o seu lobo acalmar-se e suspirou pesadamente. Impedindo que a menina tirasse as mãos do seu rosto. Ela sorriu quando os dedos quentes dele tocaram os seus, pedindo que lhe mostrasse um pouco mais. E assim ela o fez. Tudo o que Jake pedia era uma ordem. Fechou os olhos, mostrando à ele como estava se sentindo feliz com o tempo em que passaram junto com seus amigos, se divertindo. E também a conversa com os Cullen mais cedo. A chegada de Charlie e Sue para busca-la em casa. A viagem até La Push com Seth reclamando. Fez menção em tirar a sua mão novamente, mas ele não deixou.

— Mais. Por favor – pediu quase suplicando.

Pode perceber que ele estava mais calmo.

Renesmee suspirou contrariada. Aquilo estava se tornando perigoso demais. As lembranças começaram quando ela ainda era muito pequena, Jacob brincando e fazendo de tudo para mantê-la feliz, a quão grata era por isso. O seu primeiro natal e o presente que ele havia lhe dado, que até hoje permanecia consigo. O medo que sentiu em perder todos no dia em que os Volturi visaram-lhes e a forma protetora como Jacob agiu. Ele estava disposto a morrer por ela e incrivelmente Renesmee sentia o mesmo. A mudança constante com o tempo, assim como o temperamento difícil da garotinha que se tornava cada vez mais complicado de lidar, resultando em sua primeira briga. Ela amava deixa-lo furioso. Ela amava tudo nele. Mas não naquele dia. Quando brigou com Jacob foi como se seu peito ardesse, como se um pedaço de si fosse arrancado. Como se estivesse faltando um pedaço. Desde que era criança seus sentimentos relacionados ao Black eram intensos, e com o tempo parecem ter aumentado ainda mais. Não queria perder a sua amizade com Jacob, por isso tinha receio de dizer a ele toda a confusão que estava tomando conta de sua cabeça nos últimos meses. Teve medo quando suas lembranças se misturaram com a atualidade, trazendo à tona todos os seus sentimentos recém aflorados.

Desta vez foi ela quem começou a tremer.

O Black notou, mas nada disse. Estava um tanto quanto surpreso e muito feliz. Ele não sabia explicar, era como se seu peito houvesse se explodido em fogos de artifício. O agito instantâneo tomando conta de seu corpo ao ver os sentimentos de Nessie com tanta clareza. Ela nunca havia se importado, mas estava fugindo daquele momento a algumas semanas. Não deixava com que ele visse sua mente por tanto tempo.

Eu amo você, Jacob Black.

Bem mais do que você possa imaginar.

Deixou com que Renesmee quebrasse o contato, mas não tirou a sua mão da dela, puxando-a para mais perto. Não precisou de seus instintos sobrenaturais para ver o quanto seus batimentos se intensificaram quando ele tocou a pele exposta em sua cintura. Ainda vestia somente a parte de cima do biquíni e shorts jeans e ele teve que concordar que a aquela aproximação estava mesmo perigosa. Mas se permitiu aproveitar por mais alguns segundos. Ele precisava de mais. Ela não quebrou o contato, parecia incapaz de ter qualquer reação. Sabia que seu rosto estava ardendo como brasa quente, assim como sua mão tocando a pele do homem. Os olhos presos no rosto próximo a si. Seus lábios formigando de forma irritante, implorando por seu toque.

Jacob havia apreciado a beleza de muitas mulheres na vida, mas a beleza de Renesmee era descomunal, em sua concepção. Chegava a ser desrespeitoso compará-la com outras. Tudo nela o atraia para mais perto. Era como um imã. Ele fitou os lábios avermelhados entreabertos, sentindo o último fio de sanidade lhe escapar entre os dedos. Não resistiria por mais nenhum segundo.

Seus dedos entraram no cabelo da garota e ela não pode controlar o gemido de satisfação com o toque. O lobo quase rosnou doloridamente em resposta.

Suas testas estavam juntas. Assim como seus dedos.

Renesmee sentiu necessidade de tocar o rosto do homem e assim o fez, puxando-o ainda para mais perto.

E então suas bocas finalmente se encontraram delicadamente, antes de se tornar um beijo urgente e cheio de vontade. Nenhuma outra maravilhosa sensação no mundo podia se comparar com aquela.

Não conseguiam pensar ou prever seus movimentos. Estavam movidos pelo desejo.

Eles tinham certeza.

Pertenciam um ao outro.

Bem mais do que pudessem imaginar.


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Notas finais do capítulo

Contem tudinho!
O que acharam?
XOXO.



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