Equinócio escrita por Katherine


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

E ai, gente? Tudo bem?
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/779664/chapter/3

 

 

Renesmee estava aproveitando de seu momento recém adulta – para reivindicar seus direitos com sua família, expondo tudo o que haviam lhe prometido para quando esse dia chegasse. Edward prendia o riso lendo os pensamentos empolgantes da filha parada no centro da sala, com todos a observando nos sofás espalhados. Emmett não parava de fazer piadas, dizendo que não negociaria com uma criança, deixando-a ainda mais furiosa. Ela não era uma criança! Não mais pelo menos... Seu avô havia lhe garantido que chegará ao desenvolvimento completo.

— Um cachorrinho – a hibrida disse, lendo um dos itens da extensa folha em suas mãos.

Bella prendeu o riso. Estava sentada na poltrona, dividindo-a com o marido. Lembrava-se do dia em que sua garotinha – ainda aparentando ter cinco anos de idade – ficou chateada com Jacob Black e disse que o trocaria por outro cachorro, fazendo assim a recém-vampira concordar prontamente que assim que atingisse a fase adulta, Renesmee poderia ter o cachorro que quisesse.

— Você já tem um, querida – Rosalie disse com sua voz doce, rolando os olhos ao receber um olhar de advertência de sua afilhada – Sabe que é verdade.

— Um cachorrão, uh? – Emmett completou, sorrindo maliciosamente para a menina.

Renesmee franziu o cenho incrédula.

Nada em seu padrinho ainda poderia surpreende-la, mas era impossível não sentir-se transtornada com os comentários e olhares maliciosos que ele lançava em sua direção quando tratava-se de Jacob. A caçula sentiu as bochechas ruborizando e agradeceu mentalmente a Rosalie quando a mesma o advertiu, com um tapa forte no braço.  

— Ness, você quer mesmo um cachorro? – Isabella perguntou, vendo a filha assentir em concordância. Sentia-se aliviada em ver que a hibrida estava melhor do que no dia anterior, sem pesadelos dessa vez, mesmo que a visão de Alice ainda a atormentasse – Acha que seria uma boa ideia? Você conhece a nossa condição.

A ruiva deixou os ombros caírem ao lado do corpo, desmanchando toda a sua empolgação.

— Eu sei, eu sei. O meu sangue já é tortura o suficiente pra vocês – bufou, voltando a encarar o próximo tópico da lista com os olhinhos brilhando, virou-se para o avô – Medicina.

Suas palavras saíram com fascínio. Carlisle não pode deixar de sorrir para a sua neta. Renesmee sempre dizia que queria ajudar as pessoas, e que um dia seria uma médica igual ao seu avô.

Edward franziu o cenho, ainda com o canto da boca arqueado.

— Ninguém lhe prometeu isso, mocinha – ele apontou.

Ela concordou.

— Sim, mas... eu achei que fosse natural – disse, aproximando-se de seu pai com um biquinho nos lábios, isso sempre o dobrava.

— Não faça essa carinha – ele tocou a ponta do nariz da menina, ficando de pé – Natural é você ir à escola antes da faculdade.

Renesmee não escondeu a decepção ao ouvir tais palavras.

— Jacob sempre diz que a escola é considerada um instrumento de tortura – murmurou.

O leitor de mentes trincou o maxilar.

— Não dê ouvidos à Jacob – disse simplesmente, caminhando para o seu piano sob o olhar atento da filha – Você já conseguiu coisas demais por hoje, conversamos sobre isso outra hora, tudo bem?

— Mas pai... – deixou a frase morrer, cruzando os braços na altura do peito – Jasper pode conseguir documentos falsos e me colocar em uma faculdade, não pode, Tio Jazz?

Jasper não respondeu, Renesmee sabia que ele não passaria por cima de uma ordem de Edward, mesmo que não concordasse. Mas ao que parecia todos julgavam o ensino médio importante demais para a formação do caráter de alguém. A garota fez uma nota mental de falar com Jake sobre isso depois, talvez ele pudesse convencer Edward do contrário, e verificou o horário. Havia combinado de ir à La Push naquele dia, passariam o dia na praia e quando a noite chegasse acenderiam uma fogueira em comemoração ao aniversário de Billy. Mesmo que o velho recusasse todo o tipo de festa por um bom jogo ao lado de seus amigos. Anunciou que iria se arrumar deixando propositalmente a folha das promessas no piano do vampiro – sabia que ele mudaria de ideia.

 

 

 

 

****

 

 

 

 

Quando o ponteiro do relógio marcou exatamente três horas da tarde o carro de Charlie parou em frente a mansão dos Cullen. Renesmee não escondeu o sorriso ao ver que Sue e Seth acompanhavam o seu avô. Pegou a mochila nos ombros e o celular encima do criado mudo e desceu as escadas correndo para o aperto do policial.

— Uau – o mesmo murmurou segurando os braços da menina para que pudesse olhá-la – Você cresceu, garotinha.

A ruiva sorriu, deixando que o mais velho pudesse analisa-la e assim que a soltou deu um breve abraço em Sue e parou ao lado do quieleute que parecia não se conter de tanta animação.

— Oi Seth – sorriu.

— E aí, tampinha – ele cumprimentou colocando o braço sob os ombros da Cullen, sob o olhar atento de Charlie – Pronta para o melhor fim de semana da sua vida?

Ela sorriu e estendeu um dos braços mostrando que estava pronta.

Gostava de Seth e de sua companhia. 

Charlie comentou algo sobre ficar de olho para o leitor de mentes, mas a garota nem percebeu, despediu de sua família e entraram no carro do Swan.

O caminho para La Push demorou quase uma hora por conta de um acidente em uma das vias. O celular de Seth não parava de apitar e ele não poderia estar mais irritado, estavam perdendo boa parte da diversão. Renesmee tocou no rosto do garoto, mostrando que ele deveria ficar calmo pois suas mãos já estavam tremendo. Charlie pigarrou no bando do motorista, encarando o reflexo dos dois pelo retrovisor. Ele não podia se sentir mais confuso com tudo aquilo.

Antes mesmo que o mais velho pudesse desligar o carro, as portas traseiras estavam abertas, e os jovens correram para dentro da casa dos Black. Apenas o velho Billy estava ali na varanda, pronto para recepciona-los com um sorriso caloroso no rosto. Renesmee suspirou, realmente se sentia em casa naquele lugar.

— Ei, Billy – o cumprimentou se aproximando para um abraço – Feliz aniversário!

O senhor sorriu ainda mais.

— Como é bom vê-la, Renesmee – cumprimentou Seth em seguida, voltando a sua atenção para a Cullen logo após – Deixem suas coisas no quarto de Jacob, vocês conhecem a casa. Os outros estão na praia, não esperaram para começar a festa.

Seth e Renesmee fizeram o que lhes foi pedido o mais rápido possível. Estavam ansiosos para juntarem-se ao pessoal. Charlie e Billy informaram que iriam a praia quando o sol fosse embora, dando total liberdade para que os mais novos seguissem até a praia correndo, deixando Sue para trás.

Quando os pés da híbrida entraram em contato com a areia da praia ela parou, acenando para as garotas que estavam sentadas próximas ao mar. Seth não estava mais ao seu lado, pode ver pelo canto do olho o lobo juntar-se aos seus companheiros. Renesmee pensou em avançar um passo na direção das meninas, mas antes que pudesse fazer, sentiu braços quentes envolverem o seu corpo em um abraço, mesmo que ela estivesse de costas. O sorriso em seu rosto cresceu involuntariamente. Fazendo uma força um pouco mais do que necessária para virar-se de frente para Jacob.

— Você demorou – ele acusou, realmente parecendo chateado com isso.

Ela desculpou-se entre murmúrios, mas não podia ter certeza de que ele havia entendido. Estava em êxtase com a beleza do homem em sua frente. Tocou os cabelos pretos dele com uma das mãos, percebendo que havia cortado desde a última vez que se viram, o que não fazia nem mesmo vinte e quatro horas. Ele estava sem camisa – como já era de costume – e perto demais, pensou a híbrida, afastando suas mãos do Black.

Ele franziu o cenho sem entender.

Nem sempre Renesmee conseguia controlar seus pensamentos, as vezes, podia tocar em alguém e lhe mostrar tudo, inconscientemente. E naquele momento ela tinha certeza que não havia controle nenhum sob o seu corpo.

— Tudo bem? – ele perguntou preocupado.

— Tudo, Jake – disse beijando o seu rosto rapidamente e voltando a unir suas mãos – Vamos, preciso cumprimentar o pessoal.

Caminharam em direção as garotas primeiro, todas tinham um bom relacionamento com Renesmee e vice-versa, era como se fossem uma família realmente e não simples amigos. Depois que cumprimentou todas as garotas, rumaram até os garotos que jogavam futebol, mas é claro que pararam para fazer piadinhas do casal que se aproximava.

— E ai, Nessie – Paul a cumprimentou rindo, sua aversão pelos frios não se aplicava à ela – Conseguiu domar a fera?

Jacob trincou o maxilar.

— Você é que não sabe jogar – defendeu-se.

— E você sabe, Black? – Leah perguntou. Viraram-se para encará-la. Renesmee realmente gostava da mulher. Leah era forte e destemida, mesmo que as vezes um tanto quanto melancólica e dramática. As garotas se abraçaram enquanto a loba sussurrava – Eles brigaram hoje mais cedo.

— Por que? – perguntou movendo os lábios.

— Rachel – sussurrou em resposta e Renesmee entendeu tudo.

Jacob podia ser bem ciumento quando tratava-se de sua irmã.

— Sabe que sim, Leah – o lobo rosnou em resposta.

— Mesmo? – provocou – Então que tal uma partida?

Houveram algumas risadinhas vindo da parte deles.

— Meninas contra meninos? – Renesmee sugeriu, largando a mão do Black e parando ao lado de Leah com um sorriso travesso nos lábios – o sorriso que poderia destruir Jacob, ele sabia. Ela certificou-se de que não havia ninguém que não soubesse de seu segredo aos arredores da praia – Não é minha especialidade, mas...

A ideia parecia entusiasma-los ainda mais. Renesmee e Leah não eram destrutíveis, assim como eles, o jogo não seria limpo.

Sem aviso prévio Seth jogou a bola de futebol que haviam em sua mão na direção da Cullen, que pulou em um salto perfeito pegando a mesma no ar e pousando com um sorriso anda maior nos lábios.

Jacob suspirou com o ato, bagunçando o cabelo com as mãos.

— Isso vai ser divertido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vejo vocês nos comentários.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Equinócio" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.