Equinócio escrita por Katherine


Capítulo 1
Capítulo 1




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Autora.

 

Era mais uma noite comum no chalé de Edward e Isabella quando a filha do casal começou a murmurar coisas sem sentido durante o sono. A recém-vampira encarou o marido que deixava claro em seu semblante o quanto aquilo era desagradável. Os pesadelos estavam se tornando comuns nas últimas semanas. Ambos deixaram o quarto o mais de pressa que puderam entrando no quarto de Renesmee em seguida. Os cabelos cobreados da Cullen estavam grudando em sua testa por conta do suor. Suas mãos agarravam os lençóis com uma força desnecessária, enquanto ela se debatia, de olhos fechados. Bella suspirou pesadamente antes de ficar ao lado da filha, tocando levemente o ombro da mesma. O mínimo contato fez com que a hibrida sentasse em sua cama encarando a mãe com os olhos arregalados. Ela deixou os ombros caírem ao lado do corpo, sem tirar os olhos do rosto preocupado da mulher a sua frente.

— Renesmee... – Bella murmurou, mas a filha deu de ombros, levantando-se rapidamente da cama e buscando desesperadamente o bracelete que Jacob havia lhe dado em seu primeiro natal, em sua escrivaninha. Sob o olhar atento de seus pais a menina colocou a pulseira em seu próprio pulso, sem soltá-la depois disso. A vampira ligou o abajur ao lado da cama – Foi um pesadelo?

A hibrida fechou os olhos, deixando que uma lagrimas escorresse por sua pele clara. As lembranças de Aro arrancando a cabeça de Jacob a atormentavam.

— Não pense nisso – Edward caminhou até a filha, segurando o rosto da mesma em mãos – Jacob está bem e os Volturi não irão voltar, Alice está atenta aos passos de Aro e toda a guarda, ela nos dirá se houver algo de errado, tudo bem? Não tem motivos para se preocupar.

Renesmee suspirou novamente, abraçando o pai com força. Tudo o que queria era que esses pesadelos desaparecessem de vez. Desde o seu primeiro e último encontro com os Volturi sonhos ruins lhe atormentavam, nem mesmo o filtro dos sonhos na cabeceira de sua cama conseguia espantá-los, e o pior de tudo era que em todos eles alguém especial para ela morria, mas nunca a mesma. E agora era a vez de Jacob.

— Onde todos estão? – perguntou com a voz fraca referindo-se ao restante de sua família.

— Estão na mansão – Edward respondeu – Por que não vamos até lá? Você parece estar quente, Carlisle poderá examiná-la.

Isabella tocou os cabelos da filha.

— Vamos espera-la lá embaixo.

Ambos deixaram o quarto caminhando até o seu para que pudessem colocar outra roupa. Assim que a porta foi fechada a menina pegou o aparelho celular em mãos, checando se havia alguma mensagem de Jacob. Ela sabia que o mesmo havia saído porque precisava fazer a sua ronda, mas sem ele por perto sentia-se incompleta, e não tinha noção do motivo. Então decidiu deixar uma mensagem para o melhor amigo.

“Jake, pode me encontrar depois que terminar a ronda? Estarei na mansão.

Estou bem, não se preocupe.

Amo você!

Ness”

Trocou de roupa rapidamente, escolhendo uma peça quente, pois era uma noite fria lá fora. E em seguida encontrou seus pais do lado de fora do chalé. Sabia que Edward havia lido seus pensamentos. Não estava disposta a correr pela floresta, então iriam de carro, mesmo que o trajeto demorasse mais alguns minutos por conta disso. Quando o veículo foi estacionado na garagem, Rosalie já os esperava na porta, junto de Carlisle. Os pares de olho percorreram toda a extensão do corpo de Renesmee, na busca de que algo estivesse errado. A menina rolou os olhos.

— Estou bem – garantiu se aproximando – Foi só mais um pesadelo.

Considerava todo esse cuidado de seus familiares com ela um tanto quanto exagerado. Ela sabia que não era imortal como todos os outros. Mas não podia se privar de tudo por conta disso.

— Vamos, deixe-me examiná-la.

Ambos caminharam em passos rápidos até o escritório do mais velho e iniciaram a bateria de exames que parecia interminável daquela vez. Cerca de vinte minutos depois Esme adentrou pela sala com uma xicara em mãos, e um sorriso reconfortante no rosto.

— Oi meu amor, como está se sentindo? – perguntou.

— Estou bem, vovó.

Esme lhe estendeu a xicara.

— É chá – disse – O seu preferido. Vai ajudar.

Renesmee sorriu, colocando a mão sob o rosto da avó e lhe agradecendo.

— Você cresceu, Ness – Carlisle informou, com uma folha em mãos – E acredito que esse seja o motivo de seu estado febril. E ao que tudo indica, chegou ao seu desenvolvimento completo. Lhe darei um analgésico e depois disso você irá descansar, tudo bem? Garanto que se sentirá melhor em seguida.

Os olhos da hibrida brilharam e balançou a cabeça em concordância. Não podia acreditar que finalmente havia chegado a sua fase adulta. Agora poderia frequentar a escola sem que desconfiassem de seu crescimento acelerado.

O médico lhe estendeu o remédio que Renesmee rapidamente engoliu e depois caminhou para o segundo andar, deitando-se no sofá e com o olhar preso na televisão a sua frente. Carlisle tratou de contar a novidade ao restante da família, enquanto comentavam o fato de estarem cada vez mais preocupados com os pesadelos da caçula. Os vampiros sentiram o cheiro de Jacob aproximando-se cada vez mais, até que o mesmo subisse aparecesse entre as árvores com um semblante rígido.

— Renesmee, – Esme chamou carinhosamente – Jacob está chegando.

No mesmo segundo a menina já estava em pé, descendo as escadas até que suas mãos tocassem a porta de vidro, dando passagem para o lobo entrar. Ela jogou-se nos braços de Jacob e ele puxou-a ainda para mais perto, tentando ao máximo controlar seus pensamentos para não criar uma guerra com Edward Cullen, que estava atento no andar de cima. Soltaram-se um do outro no momento em que ouviram Alice arfar em desespero. Quando voltaram ao segundo andar todos os familiares encontravam-se envolta de sua tia, mas o olhar da mesma estava preso na hibrida.

— O que foi, Alice? – Bella perguntou.

— Eu não sei – disse – Não consigo ver. Jacob está envolvido nisso até o pescoço.

— Do que você está falando? – o Black perguntou.

Alice passou o olhar de Jacob para Renesmee por alguns segundos, enquanto Edward encarava a esposa, depois de ler a mente de sua irmã.

— Tia? – Renesmee insistiu.

Ela prendeu o olhar na sobrinha e sussurrou:

— Tempestades estão por vir.


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