Depois da ilha - Quem fomos nós? - Livro 3 escrita por Letícia Pontes


Capítulo 5
Fabrício




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Narração por Fabrício Monteiro Muller

 

Não vou negar que sempre tive uma fraqueza por mulheres. Comecei me apaixonando pela professora aos 14 anos, obviamente nada aconteceu, mas deixei isso escapar em uma conversa lá em casa e minha mãe ficou tão preocupada achando que  professora estava me assediando que quis processa-la. Graças a Deus ninguém ficou sabendo disso, foi tudo apenas entre  a professora Gabriela e minha mãe, mas foi vergonhoso. Naquele ano, para provar para a minha mãe que eu não tinha anda com a professora Gabriela, dei meu primeiro beijo e contei para ela. Foi com a Pâmela da minha sala.

Não sei o que houve depois disso. Acho que gostei e acabei ficando com as duas amigas dela também naquele ano : Wanessa e Renata. Ainda aos 14 anos foi a primeira vez que dormi com uma garota, ela era do terceiro ano do ensino médio e eu estava começando o primeiro. Eu sei que foi cedo demais, mas eu estava contente. Foi quando minha mãe começou a me levar ao psicólogo por algum motivo desconhecido para mim.

Nos dois primeiros meses eu odiei. Depois eu comecei a contar a minha vida para ele, basicamente contava de todas as meninas que eu ficava. Bianca, Gabriela, Ivana, Taís ( todas da minha sala), outras de outras salas e escola, amigas da família. Sempre tinha uma. Apesar do que as pessoas achavam eu não dormia com todas elas, eu só havia dormido com uma garota uma vez na vida que foi quando perdi a minha virgindade, mas eu mantive a pose de garanhão.

Não vou negar que eu sabia que era bonito e atraia meninas, acho que acabei me aproveitando disso. Ao falar com o psicólogo sobre como eu detestava ter que participar das coisas dos meus pais, ele me pediu para tentar ir em uma reunião que meu pai faria com um dos seus sócios. Ele havia me convidado e eu recusado. Aceitei finalmente e foi a melhor coisa que eu fiz.

Aos poucos fui conhecendo Kamila, filha do sócio do meu pai e coincidentemente ela era da minha turma da escola. Kamila era uma menina asiática de família toda asiática. A família dela era muito rígida e séria como geralmente são e ela era muito intelectual, reservada e tímida. De alguma forma consegui conversar com ela pela primeira vez e então foram surgindo mais oportunidades de nos conhecermos melhor.

Kamila foi a primeira menina que me fez sentir frio na barriga antes de encontra-la, que me fez mudar de roupa várias vezes antes de ela chegar e que me deixou sem palavras várias vezes enquanto conversávamos. Eu me apaixonei e mesmo sendo óbvio que ela também, ela insistia em recuar cada vez que eu tentava me aproximar.

Kamila tinha os próprios demônios e achava que ser adotada e menosprezada pelos pais adotivos era motivo de todos sentirem o mesmo por ela. o que finalmente fez ela me deixar aproximar um pouco foi quando ela soube que eu também frequentava psicólogo assim como ela. Isso nos deu muito assunto, mas ainda assim ela fazia e tudo para me evitar na escola. Pietra, minha melhor amiga no mundo todo, me ajudou de várias formas com Kamila e até começaram uma amizade, achei inclusive que ficariam grandes amigas.

Contudo, Kamila morria de ciúmes de Pietra. Eu nunca havia olhado para Pietra com outros olhos se não o de amigos., mas Kamila insistia em dizer que quando Pietra estava perto eu era diferente e dava menos atenção a ela. Isso foi motivo de várias de nossas brigas. Depois da morte de duas de nossas colegas, Kamila ficou diferente, e claro que o fato de Pietra ser o centro das atenções por ter ma cauda também não ajudou muito.

No segundo ano do ensino médio me afastei de Pietra para que entre eu e Kamila fiasse bem, e me dediquei totalmente a ela para que ela não entrasse me depressão depois de tudo que nos aconteceu.

Apesar de nosso término curto, voltamos e decidimos ser maduros e nos apoiar em nosso sonhos e decisões a partir de então. Eu esperava ansiosamente pelo nosso futuro juntos.


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