Observador escrita por R Marxx


Capítulo 1
OneShot


Notas iniciais do capítulo

Eu descobri esse casal brilhante recentemente por meio de fanfics e eu me apaixonei tanto que decidi me aventurar a escrever sobre eles...espero que gostem xD



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Sempre fui ruim quando o assunto envolvia romance. Eu não saberia dizer a diferença entre paixão, desejo e amor, e antes de ter me apaixonado pela primeira vez eu achava que era fácil distinguir o momento em que você passava a gostar de alguém, e mais ainda quando tu passava a amar alguém. Agora, por experiência própria e com certa decepção consigo afirmar que não é assim que funciona.

Eu não sei dizer qual foi o momento em que me apaixonei por Derek Hale – da última vez que tinha checado ele era só alguém que eu gostava de observar quando a aula estava chata, era meio que parte do cenário, com o pequeno detalhe de que era a minha parte favorita.

Scott costumava rir sempre que me pegava o encarando – o que me dei conta só depois também, não era algo raro de acontecer.

 - Chega nele cara!

— Sem chance! – Eu sempre dizia. – Ele é só um ponto bonito no meio da tela, não vale uma venda. – Refletia.

— Suas analogias são péssimas. – Scott sempre dizia.

Mas eu não mentia. Derek era só isso, uma beleza rara digna de observação, e eu coincidentemente era um bom observador.

**

— Eu não sei o que você vê de demais nele. – Lydia sempre dizia.

— Nossos gostos são diferentes! Eu também não sei dizer o que você vê de demais no Aiden quando ele está com a camiseta. – Eu rebatia, ela ria e eu voltava a observar Derek.

**

Em algum momento – novamente, não sei dizer quando – eu comecei a procurá-lo fora da sala; nos corredores, no refeitório, durantes os jogos... seus amigos pareciam começar a perceber minha obsessão em encará-lo, mas só sorriam em minha direção, como se me encorajassem  a algo, e eu via que seus lábios se mexiam, sussurrando algo – algo que deixava Derek corado.

— Chega nele cara! – Scott insistia.

— Sem chance! – Eu repetia. – Ele nunca vai aceitar.

Eu demorei para notar como minha resposta se alterou, mesmo que Scott não tivesse disfarçado sua surpresa, ou o riso irônico, ou o comentário:

“Não vale uma venda ahn?!”

**

Antes de notar que o amava eu me vi apaixonado pelas quartas-feiras.

Eu comecei a ir mais cedo para a escola devido aos treinos de lacrosse e seu novo cronograma e bom... o time de basquete já tinha esse cronograma. A primeira vez que cheguei no ponto de ônibus e ele estava ali, apoiado no poste ouvindo música e dando zero atenção a sua volta e a minha presença foi a primeira vez que eu senti vontade de ir a pé para a escola. Trinta minutos andando me deixariam menos exausto do que o esforço que tive que fazer para evitar encará-lo como um lunático – era sufocante.

Na terceira quarta-feira eu me atrasei, estava correndo em direção ao ponto quando vi o ônibus parado no mesmo, prestes a sair. Derek foi o último a entrar e eu ainda corria quando nossos olhares se encontraram pela primeira vez desde que começamos a pegar o mesmo ônibus e Derek parou, um pé na escada do ônibus e um na calçada, me encarando até que eu estivesse perto o suficiente. Ele se virou e finalmente entrou e eu consegui fazê-lo logo em seguida e foi quando sussurrei as primeiras palavras dirigidas a ele.

— Obrigado!

Ele sorriu e passou a catraca sob o olhar desaprovador do motorista. Depois disso eu não me controlei mais, olhava mesmo, e o sufoco diminuiu. Derek nunca dizia nada, mas a quarta-feira já tinha me conquistado.

**

Agora eu passava a aula e todo o meu tempo livre o admirando “nada discreto” como Scott gostava de frisar, mas ainda não era o suficiente para o meu raciocínio lento perceber que, em algum momento, entre todos esses olhares, eu já estava apaixonado. De qualquer jeito, não demorou muito para acontecer.

Na aula de história – em uma quarta-feira bem abençoada ouso dizer – a professora separou duplas na sala, e quando ouvi Stilinski seguido de Hale eu pude jurar que a sala inteira ouvia meus batimentos cardíacos, e é claro, a risada do Scott.

Eu levantei com tapinhas incentivadores nas minhas costas e caminhei em sua direção sob os olhares de seus amigos que pareciam se divertir muito com a situação. Parei em sua frente, tremendo que nem um chihuahua, como se esperasse por uma permissão para poder sentar ao seu lado e ele levantou seu olhar.

— Bom dia! – Disparou seguido do sorriso mais avassalador que eu já tinha visto e foi completamente inconsciente quando rebati sob o efeito de finalmente escutar sua voz sendo dirigida a mim:

— Quer sair comigo?

Vi seus olhos se arregalarem e me dei conta do que tinha dito, subitamente desejando que uma flecha atingisse o meio da minha testa e esse trágico acidente fosse tudo o que lembrassem desse momento. Porém, a flecha não veio, mas eu me senti morto igualmente quando ele sorriu – mais uma vez – e comentou divertido:

— Achei que nunca fosse pedir.

Eu não sei dizer se foram os meus amigos ou se foram os dele que puxaram o coro de palmas e “finalmentes”, mas eu não queria descobrir quando me afundei na cadeira ao lado de Derek, morto de vergonha, sob os protestos da professora para que a classe fizesse silêncio.

— E caso não tenha dado para notar, a resposta é sim. – Derek murmurou segurando minha mão sobre a mesa e encarando a professora parada na frente da sala como se não tivesse percebido que éramos alvo de olhares de meia dúzia de pessoas.

Bem, quando apertei sua mão de volta com o sorriso mais sincero que já havia dado na minha vida eu também não me importava.


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Notas finais do capítulo

Aceito comentários viu? hehe sz



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