Wildflowers escrita por Nonni


Capítulo 6
Aquele do filme da Hannah Montana.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Sábado para a maioria das pessoas era o dia livre da semana. Dia de cinema, dia de sorvete, dia de ficar deitado na cama maratonando Friends na Netflix. Ou também o dia de se fazer exatamente nada. Bem, para a maioria das pessoas, pelo menos. Mas não para Rose Locksley, que tinha tido um dia bastante agitado. Acordara cedo pela manhã e acompanhara a mãe, Ana, a algumas visitas por algumas obras na cidade. Depois, almoçara com as amigas e após isso passou a tarde perambulando entre a praça de alimentação do shopping e suas diversas lojas. 

Mas na verdade nada disso havia preenchido o vazio que Robin deixava na vida da garota. É claro que Rose não esperava que Robin ficaria para o resto de sua vida sempre a disposição dela, mas fazia falta para ela o colo do irmão. Principalmente após os acontecimentos das últimas semanas. Embora Rose tivesse total confiança e segurança em sua mãe, o assunto que vinha tomando conta de sua mente e coração era bem complicado, e a primeira pessoa com a qual ela queria falar sobre era Robin. Tê-lo a milhas de distância fazia a irmã caçula sofrer. 

Rose sentia falta de poder jantar pelo menos três vezes por semana com Robin, sentia falta de seus conselhos a respeito de alguma matéria e de toda a sua implicância todos os dias, sentia falta de maratonar séries com ele e também de todo mimo e cuidado que o loiro tinha com ela. 

Mas a menina também sabia que algo estava mudando em Robin em todas essas semanas que ele estava fora. Nas chamadas de vídeo que trocavam, o irmão parecia mais leve, contente, relaxado. Ele já não reclamava mais da cidade, e também não dizia que estava totalmente louco para voltar para Nova Iorque. E embora esses detalhes chamassem a atenção de Rose, só fizeram sentido após a ligação que ela fez pra ele na quinta feira, quando Robin lhe contara que estava almoçando com alguém especial. 

Em um primeiro momento, Rose se encontrara totalmente histérica, feliz por finalmente Robin ter se dado a chance de realmente conhecer alguém. Desde Marian, o homem havia se fechado completamente para o amor. Rose temia que essa parte dele ficasse apagada para sempre, fiel a Marian. Apesar de adorar sua cunhada e sentir muito por todos os acontecimentos, não havia alguém no mundo que Rose se preocupasse e amasse mais que Robin. E ela sempre tentara garantir uma alegria na vida do irmão. 

Seu notebook ligado continha o aplicativo do Twitter aberto, embora a atenção da loirinha fosse total para seu caderno e exercícios de física. No celular tocava baixinho uma playlist que recebera de Alice. Pensar na menina a fez sorrir, para logo depois um suspiro deslizar de seus lábios. Rose estava tão perdida. O que era aquilo tudo que estava sentindo pela garota? Não era apenas atração, como sempre acontecia. E isso estava a deixando fora de órbita. 

Fora tirada de seus pensamentos com uma notificação do Skype, que anunciava uma mensagem. Ao ver quem era, um grande sorriso deslizou pelo rosto de Rose. Ela logo deslizou os dedos ágeis pelo teclado do notebook. 

"Chamada de vídeo?"

Enviou, esperando ansiosamente a resposta. Que não demorou a tardar, logo um homem loiro de olhos azuis apareceu na tela do notebook, fazendo Rose rir. 

"Oi, maninha!" saudou Robin, com um sorrisão nos lábios. Fazia bastante tempo que eles não se falavam por chamada de vídeo, e parecia que não era somente Rose que estava com saudade naquele sábado. 

"Oi, bonitão!" exclamou, apoiando os braços na bancada e descansando a cabeça em uma das mãos. "Finalmente arrumou tempo para a sua irmãzinha." zombou. 

"Eu era obrigado, Rose, caso contrário iria explodir de saudades." brincou, fazendo-a rir. "Você está bem? O que está fazendo?" 

"Estou bem, só com muita saudade. Quando você vem me ver?" perguntou, os dedos tamborilando sobre a mesa em sinal de nervosismo. 

"Ainda não sei, Rose. As coisas por aqui estão corridas." Robin respondeu e a menina não conseguiu disfarçar o desapontamento. "Mas quem sabe daqui uns 10 ou 15 dias? Também está sendo difícil pra mim ficar longe de você e da mamãe." 

"Se é o único jeito de ver você, espero mais todos esses milhões de dias." fez drama e Robin riu, revirando os olhos. Os dois ficaram um momento em silêncio, e Robin sabia que a mais nova estava matutando quando seria a melhor hora para perguntar sobre a ligação de quinta. 

"Desembucha, mana." falou, se escorando na cabeceira da cama, arrumando o ângulo do notebook. 

"Quem é a moça de quinta? Tentei arrancar informações da mamãe mas ela não me disse nada! Como você pode contar apenas para ela, Robin? Eu achei que eu fosse importante para você." Suspirou, após falar tudo rapidamente. 

"Você deveria mesmo largar a arquitetura e tentar fazer artes cênicas, maninha. Sua dramaticidade faria sucesso em Hollywood." brincou, e Rose riu, embora a simples menção de artes cênicas a remetesse a lembrança de Alice, já que a mesma cursava o curso. "E a moça de quinta se chama Regina." fez uma pausa, esperando que Rose falasse algo. A mesma apenas fez um sinal com a mão, encarando algum ponto de seu quarto, para que Robin desenrolasse a informação. "É arquiteta que está fazendo o trabalho no Wildflowers." 

"E…?" Não havia um mundo onde Rose ficasse satisfeita com somente essas informações.

"E nós estamos saindo juntos, estamos nos conhecendo." respondeu. 

"Esse brilho nos seus olhos não é só causado por estar conhecendo essa tal de Regina, Robin. Você trate de me contar tudo. Eu mereço ao menos isso." 

"Você não vai se dar por vencida, não é?" Robin perguntou. 

"Ainda bem que você me conhece. Me fale mais sobre ela, vamos." 

Robin suspirou, sabendo que a irmã era tão teimosa quanto ele. "Regina é uma das mulheres mais incríveis que eu já conheci, Rose. É totalmente profissional, e ouvir ela falar sobre a obra é quase um passatempo. Eu me sinto totalmente encantado pelo estilo dela, pelo sorriso dela, pelos olhos que estão sempre passando coisas boas pra gente, sabe? Além disso, ela tem uma alma de anjo. Um coração enorme. E eu estou totalmente apaixonado por ela..." suspirou ao terminar de falar. "Estou perdido, Rose." coçou a cabeça, encontrando o olhar da irmã pela tela do computador. 

"Deuses, você está realmente muito apaixonado. Como isso foi acontecer, maninho? Eu digo… nessa intensidade?" indagou, percebendo que Robin estava realmente seguindo em frente. Seu coração se alegrou. 

"Eu não faço ideia, maninha. Só sei que aquela caipira roubou meu coração." deixou escapar e pode ouvir a risada de Rose. 

"Deixa eu ver uma foto dela, Robin" pediu e logo o loiro pegou o telefone, entrando na conversa com Regina e clicando na foto de perfil da mulher. Na foto Regina se encontrava com um lindo sorriso, segurando Lola em seu colo. Robin sorriu, colocando o celular em frente a câmera do notebook para que Rose pudesse ver a foto. "Uau! Ela é lindíssima!" 

"Linda, não é? Fico encantado com ela." riu sozinho. 

"Vai pedir ela em namoro?" Rose perguntou, depois de alguns instantes. 

"Eu morro de vontade de fazer isso. As últimas semanas ao lado dela foram tão boas… mas não quero apressar as coisas." o loiro passou as mãos pelos cabelos, nervoso. 

"Robin… não existe tempo certo quando o assunto é amor. Fazia tanto tempo que eu não via você assim por uma mulher sabe? E ir passar as noites com a Diana não é se relacionar com uma mulher, você sabe que estou falando no quesito amor." explicou a loirinha, Robin fazendo uma careta quando lembrou de Diana. "Regina é lindíssima, e você não estaria sorrindo assim e todo apaixonado se não fosse realmente pra valer. Acho que você deveria tentar um pedido de namoro."

"Eu só não quero magoá-la, Rose. Essa obra não vai durar pra sempre. A minha vida é em Nova Iorque. A da Regina é aqui." pontuou, fazendo Rose morder o lábio com o simples pensamento do irmão se mudar permanente para Crowley Cornes. Ficaram alguns instantes em silêncio, as mentes trabalhando na mesma linha de raciocínio. 

Rose sabia que já era tarde para Robin fazer aquele levantamento. Ele já estava envolvido. Mas é claro que relacionamentos à distância existem. Alguns se mostravam saudáveis e duradouros e outros não. Isso iria depender da forma como seu irmão e Regina levassem a relação. 

"Robin, acho que o tempo é o melhor remédio. Ele vai dizer isso pra vocês. Não sabemos onde vamos estar amanhã, se vamos estar. Viva o agora, maninho. Você sabe muito bem do que estou falando." Rose quebrou o silêncio, os olhos azuis do irmão voltando para a tela do notebook. O celular de Rose vibrou, chamando a atenção da menina. Assim que viu de quem era a mensagem, deu um pequeno sorriso. Robin estreitou os olhos e quando Rose voltou a encarar o irmão sabia o que estava por vir. 

"Quem é?" disparou o loiro, fazendo a irmã revirar os olhos. 

"É uma...amiga." disse, a palavra amiga soando meio estranha a seus lábios. Robin soltou um "huum" bastante interessado. 

"Apenas uma amiga?" perguntou o loiro, e Rose soube que agora a conversa seria sobre ela e seus dilemas, e não mais dos dele. Rose tamborilou os dedos nervosamente pelo tampo da mesa, fazendo um biquinho enquanto pensava no que responder. 

"Eu gosto dela." confirmou o que Robin já desconfiava. "Mas eu prefiro não falar ainda, estou tão confusa." grunhiu, frustrada. Quando Rose sentira atração por uma garota pela primeira vez, a primeira pessoa que soube do acontecido fora Robin. A menina achou que o irmão reagiria mal pela sua escolha, mas ele apenas disse que se sua felicidade fosse uma pessoa do mesmo sexo, ele não teria nada que se meter, porque a vida era dela. Robin sempre deixara claro para Rose que o que mais importava para ele era a sua felicidade e bem estar. Era Rose se sentir bem consigo mesma. E a loirinha sempre teve total apoio do irmão a se assumir. E também por parte de sua mãe. E era isso que realmente importava pra ela, já que Richard levara algum tempo pra poder digerir aquilo. O que ocasionou uma briga entre seu irmão e seu padastro. Nos dias de hoje, no entanto, o homem se mostrava bastante aberto com a escolha de sua enteada. 

"Acho que então o tempo é o melhor remédio no seu caso também, Rose. Se ela te faz bem, então é isso que importa. Me deixe saber de tudo, tá bem?" Robin pediu e a loirinha confirmou, os olhos marejados.

Conversaram por mais alguns minutos, Rose até mesmo tirou uma dúvida sobre um cálculo com Robin, já que o irmão era excelente com exatas. 

Ambos se sentiram renovados após toda aquela conversa, e Robin tinha a cabeça mais clareada. Na verdade, ele sabia que um título de namoro não importava tanto para Regina, mas o homem sentia a necessidade de demonstrar o quão importante ela estava se tornando para ele. 

***

No domingo a tarde Crowley Cornes conseguia ter um bom movimento no centro. Com o calor, pessoas passeavam pela rua tomando seus sorvetes e milk-shakes com suas famílias e amigos. Robin e Regina se juntaram a esse público naquela tarde de domingo, as mãos entrelaçadas enquanto andavam pelas ruas. 

Como combinado com Henry no jantar que tiveram na quinta, Robin havia se juntado a ele e Regina para o almoço no domingo, conquistando um pouco mais do carinho e respeito do sogro. 

Regina naquele dia optara por abandonar as botas e calças jeans e usava um vestido bege, bem leve para enfrentar aquele calor, que ia um palmo abaixo de seu joelho. Robin por sua vez usava uma bermuda jeans e uma camiseta cinza, óculos de sol enfeitando seus olhos. 

"Um sorvete ia bem agora, não é?" O loiro falou, assim que algumas crianças passaram por eles com uma casquinha de sorvete na mão. Regina sorriu, encarando o homem. 

"Podemos ir de buffet hoje, me deu vontade também." respondeu. Robin levou a mão que estava enlaçada com a dela até os lábios, depositando um leve beijo. 

"Então está decidido. Faço todas as vontades do meu amor." sorriu, parando no meio da calçada e depositando os lábios levemente sobre os dela. Regina sorriu entre o beijo, incapaz de acreditar que tinha arrumado um turrão tão carinhoso assim. Depois de se separarem Robin a abraçou pelos ombros, os dois fazendo o caminho para a sorveteria. 

Regina parava por vezes para observar as vitrines e Robin a esperava pacientemente. Robin gostava de ver a mulher concentrada enquanto observava os produtos. Em um das lojas, a vitrine ostentava uma variedade de camisas xadrez, tanto masculina, quanto feminina. Quando Robin se deu por conta, estava sendo puxado para dentro da loja. Ele se surpreendeu, entretanto, quando Regina pediu a vendedora para ver as camisas masculinas. A vendedora sorriu, olhando em direção a Robin que encarava Regina com uma sobrancelha levantada. 

"É pro seu pai?" perguntou inocentemente enquanto os dois seguiam a mulher que os levava em direção às peças de roupas solicitadas. Robin aproveitou pra tirar os óculos, já que não estavam mais na rua, pedindo gentilmente para que Regina guardasse-os em sua bolsa. 

"São pra você, Robin." Deu um risinho, encarando o homem. Robin levantou uma sobrancelha. "Acho que está na hora de você entrar no ritmo de Crowley Cornes. E além disso, quero te dar um presente." piscou e antes que Robin protestasse, juntou seus lábios aos dele, em um beijo delicado. 

"Regina…" O homem tentou, mas logo o dedo indicador da mulher contornava os lábios dele, delicadamente, impedindo que ele falasse. 

"Aceite, estou louca pra te ver usando uma camisa xadrez." Pediu, fazendo um biquinho. Era isso, Robin pensou. Ele estava completamente conquistado por um biquinho. Regina sorriu com a forma que Robin a olhava. 

"Só porque você fez esse biquinho." ele concordou, maneando a cabeça em negação. 

"Deuses, eu sei muito bem como dobrar um turrão!" comemorou, puxando Robin pela mão e seguindo até a atendente. 

Enquanto a mulher os mostrava diversos modelos de camisa xadrez, Regina tinha total atenção as peças, vez ou outra encarando a silhueta de Robin para imaginar se a peça cairia bem nele. O que era na verdade uma bobagem, Robin ficaria bem em qualquer modelo de roupa. O homem  também analisava as peças com atenção. Gostara de uma camisa de manga longa, onde o xadrez intercalava-se nas cores preta e branca. Já Regina gostara de uma na cor azul e de outra na cor vermelha. No fim, ela pediu para que Robin experimentasse as três. O loiro iria pestanejar, mas os olhinhos que Regina fez, um beicinho se formando em sua boca, fora o jeito silencioso de ela o convencer. Enquanto Robin provava as camisas, Regina não perdeu tempo para ver umas para si também.  

No fim, Robin saia da loja com as três camisas em uma sacola. Enquanto Regina carregava outra, com suas novas peças xadrez. A morena não negava que estava ansiosa por ver Robin usando os presentes, e o loiro ficava ainda mais encantado com a animação dela.

Por fim chegaram a sorveteria, que por um milagre estava com algumas mesas livres. Optaram por sentar em uma ao lado da janela, um de frente para o outro. Se serviram no buffet e degustaram de um pote de sorvete bem generoso. Regina não resistiu em roubar um pouco do de Robin, que em resposta roubou um pouco do dela também. 

Depois de terminarem o passeio, seguiram de volta para o carro de Robin, que deixaram estacionado próximo a uma das primeiras lojas que visitaram naquela tarde. No caminho de volta, um silêncio gostoso prevalecia entre os dois. Agora as sacolas eram carregadas por Robin, enquanto ele tinha a mão na cintura da morena. 

Já dentro do carro, enquanto uma música baixinha tocava na rádio, Regina estranhou quando Robin passou a entrada para a rua que deveriam seguir para sair da cidade em direção a fazenda. 

"Querido, vamos aonde?" perguntou, a mão parando sobre o ombro dele, deixando um leve carinho. Robin desviou os olhos rapidamente da estrada para encontrar os castanhos, que o olhavam em confusão. 

"Pro hotel. Pensei em assistirmos um filme." Explicou, levando sua mão que estava na marcha do carro até a perna da morena, o palmo da mão sobre o tecido do vestido e os dedos a roçarem uma parte da perna que estava exposta. Regina sentiu um arrepio lhe tomar no mesmo instante. Não fora a intenção de Robin, no entanto, e com medo de ela se sentir desconfortável, retirou a mão logo depois. "Se você estiver se sentindo muito cansada, posso dar meia volta e levar você pra casa." sugeriu, um pouco sem graça. Regina ainda podia sentir o calor da mão de Robin e a frustração quando ele retirou.

"Assistir um filme com você me soa muito melhor do que ir pra casa agora." Encarou o homem, percebendo o sorriso de alívio brotando no rosto dele. Os castanhos e azuis se encontraram rapidamente, um milésimo de segundo, para que logo depois Robin voltasse a atenção para a estrada. Regina pegou a mão dele que estava sobre a marcha, segurando-a sobre seu colo, e apenas quebravam o contato quando Robin tinha que trocar a marcha. 

Alguns minutos depois chegaram ao estacionamento do hotel, Regina se certificando de pegar a sacola do presente que dera a Robin. Os dois adentraram o hotel de mão dadas, ambos cumprimentando o recepcionista com um sorriso. No elevador, Robin finalmente puxou Regina para seus braços, a morena escorada no peito dele a esperar chegarem no andar do quarto do homem. 

Era a primeira vez que Robin a levava ali. Durante essas semanas todas que estiveram se relacionando, seus encontros sempre eram no horário de almoço na obra, ou Robin ia até a fazenda, ou eles saiam para jantar. A morena estava se sentindo bastante contente por ele finalmente dividir o espaço que era um pouco dele. Pelo menos por alguns meses. 

Quando adentraram o quarto, a primeira coisa que Regina sentiu foi o cheiro do loiro, que já parecia tomar conta do local. O quarto não era grande, mas também não era pequeno. Havia uma enorme cama de casal, com um painel a sua frente na parede, uma TV de tela plana fixada no mesmo. Um roupeiro delicado de um lado, uma escrivaninha com uma cadeira e uma porta que Regina deduziu que fosse o banheiro. Havia também uma sacada, Regina fez uma nota mental para dar um pulinho lá depois. 

"Bem vinda ao meu lar" brincou Robin, após chavear a porta. Regina virou-se para encará-lo, o homem enlaçando a cintura dela com as mãos. Regina entrelaçou as mãos no pescoço dele, juntando os lábios em um beijo que começou delicado e foi tomando um pouco mais de intensidade, Robin apertando o corpo da mulher mais contra o seu, fazendo Regina soltar um suspiro contente quando finalizaram o beijo. Ambos ofegantes, Regina mantinha os olhos fechados, enquanto os azuis a observavam, disposto a decorar cada traço daquele rosto que lhe encantava. Robin depositou um beijo na pontinha do nariz de Regina, fazendo-a sorrir. Depois traçou a lateral do rosto dela com a ponta de seu nariz, descendo pela lateral do pescoço, sentindo o cheiro que lhe enlouquecia os sentidos e também acalmava seu coração. Robin depositou um pequeno beijo ali, trilhando uma série de beijos de volta até a boca da morena, que se encontrava entregue ao momento. As mãos da morena que antes estavam enlaçadas no pescoço de Robin foram parar em seus ombros, segurando-os firmemente. 

"Robin…" ela sussurrou ofegante, encostando a testa na dele. 

"Regina…" provocou o loiro, brincando com a ponta do nariz dela novamente. "Eu prometi um filme a você." disse, tirando alguns fios de cabelo que caiam sobre o rosto dela. 

"Ér, sim… Eu me lembro vagamente de você ter comentado." Respondeu, respirando fundo e buscando foco. Se algumas trocas de carícias a deixavam desnorteada assim, o que seria dela quando… Oh, Robin. Ela estaria perdida. 

O homem sorriu com o efeito que causou nela, mas Robin ainda achava que não estavam totalmente preparados para aquele passo. Por mais que quisesse muito, ele queria que tudo com Regina fosse especial. Todas as mulheres merecem respeito. Mas Robin queria dar muito mais que respeito a Regina. Queria cuidar, venerar, amar. Queria que fosse bom pra ela. 

Então, naquele anoitecer de domingo, Robin só queria relaxar com ela em seus braços, sentir seu cheiro e acompanhar suas reações com o filme que escolhesse. Dando mais um beijo nela, Robin a puxou até a cama, deixando que ela deitasse enquanto ele conectava a TV em sua conta da Netflix. Depois deitou-se ao lado dela, Regina se aconchegando aos braços dele. Robin deu o controle remoto para que ela escolhesse o filme, e depois de belos minutos a zarpar pelo filmes e séries, Regina tinha quase perdido a paciência consigo mesma. 

"Eu nunca sei o que escolher." Falou frustrada. Robin riu, depositando um beijo na cabeça dela. "Sempre quis ver essa, podemos começar juntos? Tem problema ser uma série e não um filme?" perguntou, selecionando o primeiro episódio da série "Anne with an E". 

"Eu já olhei com a Rose, mas podemos ver juntos. É uma série incrível, acho que você vai adorar." ele disse e Regina deu play no episódio, se aconchegando a Robin ainda mais. 

Embora prestasse atenção nos acontecimentos do episódio que decorria, para Robin era difícil não observar todas as expressões que Regina fazia ao decorrer dos acontecimentos. Ele sempre achava que não havia como se apaixonar mais, mas ela sempre tinha uma carta na manga. 

Olharam três episódios da série, e mesmo que quisesse ir para o quarto, já era tarde e Regina sabia que teria que trabalhar cedo no dia seguinte. Então mesmo que quisesse muito dormir ali nos braços de Robin, ao fim do terceiro episódio os dois estavam saindo um dos braços do outro, com relutância. 

Mais de 45 minutos depois Robin deixava Regina na porta de casa, os dois se despedindo com vários beijos. 

"Obrigada pelo dia." a morena disse, beijando a bochecha do loiro. 

"O único que tem a agradecer sou eu. Durma com os anjos, meu amor." 

****

Escorada na Ford Edge vermelha, Regina esperava Robin na frente do hotel. Concentrada no celular, trocava mensagens com Zelena que estava tendo uma crise por causa da roupa que usaria. A ruiva estava disposta a conquistar Graham e queria ir vestida com uma roupa que fizesse jus a seu objetivo. Havia mandado inúmeras fotos de diferentes modelitos para a amiga, e Regina estava ajudando-a a escolher. 

"Você vai ficar linda em qualquer roupa, ruiva. Se decide de uma vez, porque se não vai se atrasar" disse, o celular próximo a boca para mandar a mensagem em áudio para a amiga, que logo fora visualizada. Regina recebeu uma mensagem de áudio em resposta, que a fez rir e ao mesmo tempo revirar os olhos ao escutar. De qualquer forma, Robin estava vindo ao seu encontro, e o coração de Regina acelerou ao ver que ele usava uma das blusas que ela havia dado a ele de presente. Robin se aproximou da mulher, depositando um selinho demorado em seus lábios, Regina o olhando de cima a baixo quando se afastaram.

"Você viu algum novaiorquino turrão por aí?" brincou, as mãos depositadas sobre o peito de Robin. 

"Nenhum. Era ele que a senhorita estava esperando?" Robin entrou na brincadeira. Regina fez um biquinho, inclinando a cabeça para o lado. 

"Bem, sim. É uma pena que ele não tenha chegado a tempo. Agora meu coração pertence a um caipira turrão." concluiu a mulher, o sorriso no rosto de Robin aumentando. "Você vem sempre aqui?" flertou. 

"Pela senhorita eu posso começar a vir." Disse Robin, aproximando o rosto ao de Regina, provocando-a. A mulher entreabriu os lábios, a espera de um beijo. Robin riu com a forma como ela estava entregue a ele e decidido a acabar com a espera, juntou seus lábios aos dela, um ato que ambos ansiavam desde o momento em que se viram naquele começo de noite. Regina levou as mãos até os fios de cabelo de Robin, enquanto o loiro tinha ambas as mãos em sua cintura. Quando o ar se tornou escasso, o contato teve fim, não sem antes o loiro salpicar diversos selinhos sobre os lábios carnudos e queixo da mulher. 

"Você está lindo" ela elogiou, uma das mãos agora a acariciar a barba por fazer do empresário. 

"Você também." afastou-se dela para poder contemplá-la. "Maravilhosa" afirmou e Regina sabia que suas bochechas se encontravam vermelhas com o elogio. A forma como Robin a encarava era indescritível. Ele tinha um brilho nos olhos que aquecia o coração dela. 

Depois de trocarem mais um beijo, Regina deu a chave da caminhonete para que Robin conduzisse o veículo até o bar, onde iriam encontrar com Graham e Zelena. 

O trânsito na cidade transcorria de forma um pouco mais lenta do que o normal, já que era sexta feira e o movimento era grande. Naquela semana que havia passado, fora difícil para Robin e Regina não trocarem beijos a todo momento que se viam. O homem fora jantar com Regina e o pai novamente na quarta feira, e depois que Henry fora deitar o casal maratonou mais dois episódios de Anne With an E. 

Regina indicou o caminho do bar para Robin, que dirigia, como sempre, com uma concentração invejável. Foi pensando nisso que uma pergunta saiu pelos lábios de Regina antes mesmo que ela percebesse o que estava perguntando. 

"Robin, quem te ensinou a dirigir?" O loiro levantou as sobrancelhas, encarando a morena rapidamente, encucado com a pergunta. 

"Um pouco minha mãe, um pouco Richard. Qual o motivo da curiosidade?" Perguntou. 

"Nada demais, é só que você é tão cuidadoso. Você sabe, nunca vi você ao telefone enquanto dirige ou distraído. Lhe ensinaram bem." esclareceu, esperando que o homem lhe falasse mais alguma coisa. Entretanto Robin apenas sorriu, aquele brilho tão amado por Regina não chegando a seus olhos. O loiro pegou a mão dela e a levou até os lábios, depositando um beijo. Tudo sem tirar os olhos da estrada. 

*** 

A primeira coisa que Robin pode concluir assim que ele e Regina se sentaram em uma mesa no pub, era que o lugar era completamente caipira. Mas era também bastante moderno. Havia um pequeno palco, onde tocava uma banda ao vivo, cantando músicas country. Eles pegaram uma mesa ao fundo, de quatro lugares. Logo um garçom veio atendê-los, Robin pegando uma cerveja e Regina também. 

"Se eu falar uma coisa você promete não me deixar aqui sozinho?" Robin perguntou logo depois que o garçom entregou a eles as bebidas. Regina deu um gole em sua cerveja e encarou o homem, levando a mão até a dele. 

"Prometo." a morena falou e o loiro tomou um gole de sua bebida. 

"As vezes tenho a impressão que estou preso dentro do filme da… Hannah Montana." sussurrou a última parte, uma gargalhada tomando conta de Regina. "Regina, eu estou falando sério!" exclamou, desviando os olhos da mulher, que sorriu pra ele, tomando o rosto dele entre as mãos e o beijando, deixando Robin um tanto surpreso. 

"Quando eu digo que você não existe, ninguém acredita em mim." sussurrou contra os lábios dele, dessa vez Robin acabando com a distância entre suas bocas. "Não sabia que você gostava de Hannah Montana." Regina provocou, o loiro revirando os olhos. 

"Infelizmente para mim, Rose era fã número um da Hannah Montana. Eu sabia todas as músicas por causa dela." respondeu Robin, a mão depositada na base das costas de Regina, fazendo um leve carinho. 

"Eu amo a forma como você se refere a Rose, sabe? Não é todo irmão que tem esse cuidado e carinho." Regina disse.

"Eu tento dar o meu melhor por ela. E também pela mamãe. E agora por você também." sorriu, os olhos de Regina brilharam ao ouvirem a pequena declaração. Juntaram os lábios rapidamente. Sendo separados pelos gritos de Zelena ao ver a cena. Regina sorriu, revirando os olhos e levantando para abraçar os amigos. Robin fez o mesmo. 

"Eu juro que não era minha intenção atrasar tanto." Zelena lamentou, enquanto ela e Graham sentavam em frente a Robin e Regina. "Acho que estou andando demais com a Regina." fez graça, fazendo os homens rirem. A morena entretanto fez uma careta, batendo no braço de Robin quando ele riu. O homem depositou um beijo na bochecha dela, e logo ela abria um sorriso. 

"De qualquer forma, valeu a pena esperar por você. Está muito bonita, Zelena." Graham elogiou, fazendo a ruiva sorrir pra ele. Regina e Robin se olharam, sorrindo um pro outro. 

"Jesus, estamos ferradas com esses novaiorquinos, Regina." Zelena fez graça. Logo os dois casais entraram em uma conversa, Zelena e Graham pedindo suas bebidas. Regina aproveitou também e pediu alguns petiscos para eles irem comendo enquanto bebiam. Entre conversas sobre a infância de Zelena e Regina, sobre o tempo que a morena e Graham passaram fazendo faculdade, sobre a vida agitada dos dois homens em Nova Iorque o tempo fora passando.

Logo Graham e Zelena estavam perdidos em uma conversa entre si. Robin e Regina acertaram em convidar eles para a noite. A morena havia voltado a pouco do banheiro, resultado das bebidas que já tinha tomado. Ela se encontrava sentada no colo de Robin, prestando atenção na banda e nos casais que dançavam na pequena pista que havia no lugar. Fechando os olhos, ouviu atentamente quando os primeiros acordes de Lilic Wine começaram a ser tocados e logo cantados pela voz da vocalista. Um dos braços da arquiteta contornavam os ombros de Robin, que tinha suas mãos em volta da cintura da mulher. 

"Está ouvindo a música?" Regina perguntou baixinho, para que apenas ele ouvisse. Os olhos castanhos se encontraram com os azuis, que já estavam sobre ela há muito tempo. Robin amava observá-la. 

"Huh?" perguntou Robin, e Regina sorriu, descansando a testa sobre a dele. Em uma das mãos a mulher segurava uma taça de vinho, sua segunda da noite, já Robin, após terminar a primeira cerveja, optara por um refrigerante. 

"Escuta a música." ela pediu, se afastando dele para dar um gole no vinho, depois largando a taça sobre a mesa, para conseguir virar completamente para ele. "Lilec wine… is sweet and heady like my love." Cantou baixinho, e Robin esqueceu até mesmo onde estava, tudo o que existia para ele era aquela mulher a sua frente e sua voz que parecia de um anjo. Parecia não, era. Regina era seu anjo. Seu amor. A mulher sorriu com o efeitos que causou nele e continuou. "Lilec wine, i feel unsteady, like my love." 

"Ah, Regina." deixou escapar, pois não tinha palavras. Puxou-a para um beijo delicado, carinhoso. Ao se separarem Regina encarou os olhos azuis por longos segundos e depois depositou a cabeça sobre o peito dele. O empresário a abraçou, acolhendo-a em seus braços enquanto juntos escutavam a banda cantar as estrofes finais da música. 

"Vocês dois são tão cheios de mel que me causa enjoo." Zelena disse, chamando a atenção do casal que se separou ao escutar a ruiva. Robin riu, beijando delicadamente a bochecha de Regina, que apenas se ajeitou no colo do loiro para poder encarar os amigos. 

"E você é uma metida." Regina alfinetou, a ruiva mostrando a língua em resposta. 

"Na verdade eu gosto bastante de ver que meus dois velhos amigos encontraram um ao outro. Me sinto como um cupido." falou Graham. Regina sorriu e Robin também. 

"Um cupido muito charmoso." Zelena jogou, ganhando um sorriso em resposta. 

"Credo, depois nós somos o casal cheio de mel." Regina disse. 

"Não, Regina. Não confunda flerte com esse mel todo de vocês." Zelena disse, tomando um gole de seu martini. Regina fez uma careta pra Zelena, sem querer entrar na discussão. "Eu não vi Daniel por aqui hoje, você viu se ele estava quando chegou?" perguntou, passando os olhos pelo estabelecimento. Geralmente sempre que vinham ali, o antigo colega se aproximava para um comprimento. 

"Não vi também, vim direto pra mesa." Regina disse, olhando ao redor também. 

"Quem é Daniel?" Robin perguntou. 

"Um amigo meu e de Zelena, estudamos com ele no colegial." Regina respondeu, sorrindo sem mostrar os dentes. Pegou a taça de vinho sobre a mesa, findando-a em um único gole, já que havia pouco líquido na mesma. 

"Espera, o Daniel Colter? Aquele que foi atrás de você em Nova Iorque?" Graham indagou, inocentemente. Mas Regina suspirou assim que viu os olhos intrigados de Robin. A morena e a ruiva trocaram olhares e Graham percebeu que havia falado demais. 

"Por que ele iria atrás de você em Nova Iorque?" Robin perguntou, embora já soubesse a resposta. Regina mordeu o interior da bochecha, mirando os olhos azuis. 

"Nós namoramos por alguns anos antes de eu ir fazer faculdade. Ele não aceitou muito bem eu ter ido embora." Explicou e Robin a encarava atentamente. "Ele fora até lá para tentar me trazer de volta e me fazer desistir de cursar arquitetura." 

"E levou um belo pé na bunda." Zelena completou a fala de Regina, fazendo a morena sorrir. Robin riu também, embora estivesse um pouco enciumado. 

"Essa é a minha Regina." disse, depositando um beijo na testa dela. "Só não me dê um pé na bunda." brincou, fazendo todos na mesa rirem. 

"Jamais." Regina afirmou, juntando os lábios no dele. 

Os olhos de Regina se iluminaram quando logo depois disso a melodia de Landslide começou a tocar pelo pub. Ela olhou para Robin sorrindo, o homem erguendo as sobrancelhas para ela. 

"Dança comigo." Pediu a morena. 

"Eu não sei dançar muito bem, Regina." O loiro tentou esquivar. Regina fez o seu famoso biquinho e Robin suspirou, sabendo que tinha perdido o jogo. Pegou delicadamente na cintura da morena e ajudou ela a levantar, indo atrás dela em direção a pista, onde alguns casais dançavam lentamente. 

A morena se virou para ele, enlaçando o pescoço dele delicadamente, enquanto Robin depositava as mãos em sua cintura. O castanho e azul mergulharam nas profundezas um do outro. Regina cantarolava a música baixinho, perdida no oceano a sua frente. 

"Eu não sabia que você cantava." Robin disse e Regina quebrou o contato de seus olhos, depositando a cabeça no peito do homem, enquanto ele embalava os corpos de lá pra cá, no ritmo da música. 

"Tem algumas coisas que você ainda tem que descobrir sobre mim, Robin." ela respondeu, baixinho. As pontas dos dedos brincavam com a pele do pescoço dele, causando uma sensação gostosa em Robin. Ele sorriu com o que ela falou, beijando o topo de sua cabeça. 

"Vou descobrir logo, você vai ver." falou e ela levantou a cabeça para olhar nos olhos dele novamente. 

"Estou tão apaixonada por você." Regina sussurrou, uma de suas mãos indo parar na barba por fazer que tanto gostava. O sorriso que Robin abriu seria capaz de iluminar um cômodo inteiro. A mão dele também fora parar no rosto dela, uma trilha que causou bons arrepios no corpo de Regina. 

"Ouvir isso me deixa tão feliz." Robin disse. "Porque eu estou completamente apaixonado por você, Regina." A morena sorriu, os olhos marejados. Não demorou para os lábios se encontrarem em mais um beijo cheio de significados. Eles ficaram ali, a balançar com a melodia de letra bonita, por vezes trocando beijos e carinhos discretos. 

Da mesa, Zelena e Graham sorriam enquanto observavam os dois. 

"Estou feliz por eles." Zelena disse e o homem concordou com ela. Crowley Cornes devolvera a Robin algo que Graham achou que talvez ele jamais voltaria a ter. 

***

Enquanto esperavam o elevador parar no andar de Robin, o homem tinha Regina completamente escorada em seu peito. A morena não escondia o sono que sentia. 

Depois de saírem do bar, Regina perguntou se havia problema ela ficar com ele naquela noite. Robin ficara surpreso com o pedido, e também lisonjeado. A arquiteta atestou que eles tinham um longo caminho até a fazenda, e por se passar das 00h, não queria que Robin fizesse o caminho de volta sozinho. 

Então, ela se convidara para dormir com ele no hotel. Um pedido tímido, mas muito determinado. 

Assim que chegaram ao quarto, Regina fora direto em direção a cama, tirando o calçado e se deitando na mesma. Robin riu, sabendo que a mulher podia ser bastante preguiçosa. Ele seguiu até o roupeiro que guardava sua roupas, tirando de lá uma camiseta lisa na cor preta, seguindo de volta até Regina e se sentando ao seu lado. 

"Meu anjo, acho que você vai ficar mais confortável se trocar de roupa. Tenho essa camiseta que acho que vai ficar boa em você." Robin sugeriu, passando a mão delicadamente pela lateral do rosto de Regina. Ela suspirou, abrindo os olhos e sentando-se. Robin depositou um selinho nos lábios dela, fazendo Regina sorrir. Ela levantou-se, pedindo licença e seguindo até o banheiro. Depois de alguns minutos, abriu a porta do cômodo e colocou a cabeça pra fora. 

"Robin, a camisa ficou curta demais." disse, mordendo a bochecha. Robin que estava deitado na cama concentrado no celular riu, levantando-se e seguindo em direção ao banheiro. Ele riu com a cena dela com apenas a cabeça pra fora. 

"Você pode sair. Eu prometo que só olho pros seus olhos." Brincou e a morena fez uma careta "Eu vou fechar meus olhos e você corre pra baixo das cobertas." Sugeriu divertido e ela resmungou, abrindo a porta em um rompante. Robin perdeu o ar, perguntando-se como ela conseguia ficar ainda mais linda vestida em apenas uma camiseta dele? 

"Nós somos um casal, não vou me esconder de você." declarou Regina, se aproximando dele. No final das contas, a camiseta não havia ficado tão curta, pelo julgamento de Robin. E de qualquer forma, Regina sabia que ele a respeitava acima de tudo. 

"Vai pra cama, linda. Eu vou tomar um banho e já me deito com você, tá bom?" Ele disse, se aproximando e depositando um beijo na testa dela. 

Regina fez o que o empresário sugeriu, se deitando e aconchegando-se entre as cobertas. O cheiro do homem estava em toda a cama e só de pensar que ela dormiria na presença dele já acalmava o coração da morena. 

Quando a luz do cômodo se apagou e o colchão afundou ao seus lado, Regina não pediu nem permissão antes de se aconchegar no corpo de Robin. O homem a acolheu nos braços, beijando o topo da cabeça dela, levando uma das mãos as madeixas castanhas, fazendo um leve cafuné. 

Fora a primeira vez que Regina dormia por uma noite inteira nos braços de Robin. E no dia seguinte, assim como nos outros que passaram, a mulher descobriria que bastava uma única noite para ela ficar viciada. 


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Notas finais do capítulo

Demorei mas cheguei! E esse casal tá cheio de mel mesmo né? Será que vai continuar assim?
Peço desculpas se tiver algum erro, eu revisei mas né...
As músicas que citei no capítulo são Landslide do Fleetwood Mac e Lilac Wine do Jeff Buckley, ambas são incríveis!!!!
Me deixem saber o que acharam...
Beijos e até a próxima!



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