Quando eu te beijo escrita por Agome chan


Capítulo 6
Eu te desejo


Notas iniciais do capítulo

Pra quem gosta de ver Peter tendo atitude, está aqui mais um capítulo!



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Peter estava com seu traje noturno de Homem-Aranha que atiçava o Wade no banheiro. Logo depois da patrulha o convenceu a ir a sua casa para lhe ajudar a se barbear.

Fazia anos que não precisava, não cresciam pelos no antigo estado que estava sua pele, nem cabelos, mas não era mais o caso até então.

— Cala a boca ou vou cortar você! — resmungava Peter enquanto segurava o rosto do amigo loiro ao seu lado diante o espelho.

— Petey, - saboreou chama-lo pelo nome daquele jeito. Sabia que ele se irritava, pois no fundo gostava, podia ver ele suspirando e mexendo a cabeça. Wade o conhecia o suficiente para reconhecer seus movimentos corporais sabendo quando ele ficava sem jeito, mesmo que a máscara cobria o rosto que evidenciaria sua ruborização. — não sou conhecido por ficar quieto.

— Homem, me escuta, quer sentir como se um gato tivesse parado na sua cara?

— O fator de cura ainda funciona, então…

Sem aviso, Peter lhe deu um tapa que ardeu na coxa. A marca poderia estar lá por baixo do uniforme vermelho, mas de toda forma sumiria.

— Doeu, não é? Eu também tenho um, não tão bom quanto o seu, mas o que dói continua doendo. Então calado para não te cortar.

— Batendo na minha coxa e tentando não me corta na jugular com a gilete, é como uma história de amor com putaria, parece até um sonho molhado meu.

Peter enrugou a testa, deixando visível na máscara preta, encarando Deadpool.

— Por que tem eu com gilete no seu sonh…? Quer saber, melhor nem perguntar.

— Armas. Armas me excitam.

— Cala a boca, Wade.

— É difícil me concentrar. Por que não tira sua máscara? Talvez ajude.

Era apenas uma desculpa.

Ele sabia e o Aranha também.

Era sempre bom ver o rosto do homem que admirava e tirar aproveito que agora sabia sua identidade, se habituar a isso. Não ser o único exposto na situação.

Enquanto isso Peter ainda estava preocupado por outros temas passados, de uns meses atrás e se estava ali para ajudar, como vem fazendo durante todo esse tempo que os dois passaram a conviver mais como se fossem uma dupla.

— Sabe, — passava cuidadosamente a lamina na barba de loiro mais escuro do que os cabelos dele. — eu sei como é estar passando por uma separação, um divórcio.

Um sorriso maroto surgiu nos lábios do Deadpool ao lembrar das conversas que teve com ele quando lhe pedia conselhos, de dia para Peter, de noite para Homem-Aranha, sem saber que eram a mesma pessoa:

— Eu sei, eu sei que você sabe. Mas… quem em sã consciência divorciaria de você?

O fez rir, que era o que procurava provocar.

— Alguém esperto para sair fora da bagunça que é minha vida, enquanto pode. Salve-se quem puder!

— Sem chance! Ser casado com Homem-Aranha e Parker CEO?! Tem que ser muito burro pra desistir! Você que deu o pé na bunda, aposto.

— Eu levei. Vivíamos dando um tempo, depois voltando, não conseguia ser Homem-Aranha e um bom marido para ela ao mesmo tempo. Alguém tinha que pôr um fim nisso.

— Enten… Ai!

— Disse para parar de se mexer. — deu bronca, porém ria.

— Mesmo assim, cuidado comigo, baby boy.

— Você e sua mania de me chamar assim.

— Se você quiser me chamar de papi ou daddy eu aceito.

— Me recuso.

— Me chamou assim quando fui te apresentar a Eleanor, lembra?

— Foi uma pi-a-da. E para de me distrair. — suspirou. — Só quero que saiba que tem um amigo para se abrir, não precisa guarda tudo pra si. Eu sei como é, como parece ser melhor lidar com tudo sozinho, mas ter alguém pra dividir faz bem.

Wade ficou o analisando por um tempo. Vendo as lentes vermelhas focadas no “trabalho” e no cuidado que tinha consigo, no toque das mãos enluvadas, na bondade de suas palavras. Era um homem bom e gentil demais, sentia sua ternura mesmo com as brincadeiras.

— Isso foi bem profundo, Petey. Bom que você é mais sensato para essas coisas e toma decisões certas.

O amigo da vizinhança negou com movimento de cabeça. Depositou o barbeador na pia e com as mãos livres foi retirando a própria máscara, atendendo ao pedido anterior do tagarela.

Novamente vendo aquele rosto.

Um alívio. Seus olhos e cabelos achocolatados, belo rosto expressando carinho. Os dois expostos assim deixava o ar ainda mais íntimo.

— Pelo contrário, sempre fiz o oposto do que acabei de te dizer, mas… é bom ter alguém por perto para ser seu apoio. Você que me ensinou isso sendo o meu, Wade.

Quando ambos poderiam sonhar que chegariam a tal nível de compreensão, de parceria e união?

Ainda era estranho para o mercenário, depois de tudo o que ocorreu, ter a confiança do Homem-Aranha, mas tinha. Ouvir aquelas palavras mexia com ele, o que não passou despercebido pelo amigo que encarava com curiosidade, o vendo limpar o rosto depois de terminado.

— Wade, você está ficando vermelho. Realmente essa cor fica bem em você.

Se aproximou para devolver a provocação, mas ao ficar tão próximo acabou se afetando também. Peter se surpreendeu ao sentir atrás das pernas e quadril o balcão, seu parceiro a sua frente tão junto que não tinha para onde ir. Wade queria fazer uma piada sobre o Aranha estar boquiaberto, porém a forma que o próprio rosto permanecia quente e a situação lhe deixava nervoso, as mãos suando, garganta seca, não estava mais em posição de conseguir tirar sarro.

Os olhos azuis e castanhos se fixavam nas bocas entreabertas um do outro. Não diziam nada, raro momento que não tinham nada para dizer. Sabiam que talvez qualquer palavra, qualquer “gracinha” os tirariam daquela situação. Um movimento em falso se Deadpool se afastasse ou Homem-Aranha o tirar do seu caminho, até mesmo subir pelas paredes, já daria resultado. Ficaram sem jeito, ririam e tentariam fingir que não foi nada demais, brincando com o que tinha acontecido, continuariam como antes.

Só que antes tinham motivos para evitar todo essa tensão, atração, mas naquele momento não havia mais nenhum grande o suficiente além do medo do que poderia acontecer depois entre eles. Como ficaria entre eles? Não sabiam.

Quando Wade não podia se conter mais, viu Peter ter a primeira iniciativa o puxando pelo uniforme na altura do peito e o beijo ocorreu.

Os primeiros toques dos lábios foram selinhos que logo se aprofundaram num beijo onde as línguas se acariciavam. O Aranha sentado no balcão com as pernas envolvendo a cintura do Deadpool, uma mão passando pelos seus cabelos loiros, puxava as madeixas ao ponto que o outro puxava as suas castanhas com uma das mãos e a outra em sua coxa, a apertando. Peter arranhava as costas do Wade com as garras do seu uniforme noturno que o rasgava, mas ele não parecia ligar.

Com o herói não ligou ao sentir a mão dele apalpando sua bunda, na verdade riu entre o beijo, porque era obvio que quando Wade tivesse a oportunidade aquilo iria acontecer.

Ambos tinham na imaginação como seria esse primeiro beijo, caso acontecesse, a muito tempo o ideal era ir com calma, mas anos de tensão sexual não lhes deu essa paciência.

— O que? — perguntou Wade, os olhos azuis dilatados, com sua voz rouca mordendo o queixo de Peter que sorria.

O amigo da vizinhança mordia o próprio lábio inferno.

— Você está pegando na minha bunda.

— Porra, finalmente, né?

Peter girou seus olhos castanhos, mas não teve tempo de contestar sendo beijando de novo, gemendo com Wade, sugando sua língua, se deliciando com seu sabor. A fricção das virilhas, uma contra a outra nos uniformes de spandex não ajudava, só piorava. As ereções ficavam mais obvias e maiores uma sobre a outra e os suspiros mais pesados. Aproveitando para chupar seu pescoço e mordisca-lo. Sentia a cabeça a mil, estava tão quente e Wade também, até abrir os olhos e se ver no espelho.

Tinha se esquecia de sua nova aparência, agora se lembrava ao se olhar com o perfeito e fantástico Homem-Aranha lhe desejando tanto. A insegurança bateu. Se estivesse como antes estaria tendo esse momento finalmente?

Considerava sua antiga bela face, a que possuía naquele instante, uma alegria, mas um pesadelo. Como saber quem gosta, gosta mesmo de você assim? Se te suporta, sua personalidade irritante, pelo benefício do rostinho?

Só pensou nisso nas poucas vezes em que teve a aparência de volta, afinal antes do incidente ele era um rapaz meio superficial até.

— Wade?

Piscou voltando a realidade vendo Peter lhe encarando preocupado.

Fazia sentido, esse era o “preço”? Quando mesmo esperava por essa pele saudável lhe é dada assim…, mas estava feliz apesar de tudo.

— Aconteceu algum coi…?

O beijou com desejo. Não sabia quando poderia viver aquele sonho de tê-lo novamente e era tudo o que importava.

Com ele ainda preso em si foi até o quarto e se jogou junto a ele na cama.

— A muito tempo queria fazer isso. — confessou tirando as botas e a parte de cima do uniforme.

E para sua surpresa, Peter que olhava para janela, enquanto puxava seu uniforme revelando seu tórax definido, sem coragem de encara-lo também confessou:

— Eu também… a muito tempo.

Wade respirou fundo.

“A muito tempo” ele disse, o que significava que… certamente todas aquelas vezes que sentia o olhar dele sobre si, que brincava sobre o Homem-Aranha lhe achar atraente, mesmo parecendo o Freddy Krueger na sua opinião e o Parker mudava de assunto.

Não era sua mente lhe pregando uma peça para ter esperanças de ser correspondido, no fundo não estava vendo nada demais, nada além da verdade.

Wilson passou a lhe encher de beijos:

— Até parece que te fiz num computado, mas eu não teria tanto talento.

— Cala a boca. — Conseguiu dizer com um fio de voz, suspirando com as mordidas na orelha que Wade lhe dava, enquanto um tirava as calças do outro.

— Devo, agradecer os Parkers pelo presente.

Peter cobriu o rosto num face palm:

— Por favor, não fala dos meus falecidos pais quando está tirando minhas calças. — Tocou o rosto do Wade com carinho, aproximando para beija-lo. — Eu quero focar em você agora, papi.

Sorriu antes de beijar Wade novamente, vendo ele ficar extremamente contente. Achava adorável.

 

Na manhã seguinte estavam cobertos pelas cobertas apenas. Peter deitado sobre o peito Wade que ficava olhando, ao ponto que recebia cafuné do mesmo.

— Então… — Wade puxou assunto. — … você tem um fraco por peitos?

Se divertiu vendo Peter ficar vermelho e mais vermelho.

— Não parou de pegar nos meus.

— É… — Peter desviou o olhar para a janela. — … parece que vai chover hoje, né?

— Você é um pervertido, baby boy. Gosto disso.

— Podemos… não falar sobre isso?

Wade ria vendo o homem do seu lado tão sem jeito.

— Não. Conversar é bom, diálogo é bom para relacionamentos, Petey.

Deu um grande sorriso que derreteu todas suas barreiras do coitado do Peter, olhando encantado para o conhecido tagarela ao seu lado.

— E eu espero — dizia Wade, passando os dedos nos cabelos castanhos do parceiro — que seja o começo de um.

Ainda não acreditava vendo seu herói favorito se aconchegando mais, apoiando o queixo em seu peito, entrelaçando mais as pernas de ambos por baixo das cobertas que cobriam seus corpos nus.

— Não sou especialista na aérea, mas posso afirmar que é sim. — E soltou uma risada. — Mas você está abusando já da situação com essa mão na minha bunda! Eu vou me levantar e te deixar ai, grandalhão!

Mal se ergueu um pouco e já foi puxado de volta contra o corpo do mercenário, o ouvindo ser manhoso:

— Não me deixa, anjo! Acabei de te pegar.

— Diferente da sua cueca de ontem, eu não sou um pokemon.

— Mas está fazendo charme, quer uma isca? — Moveu as sobrancelhas sugestivamente.

— Não podemos passar o dia todo na cama, eu tenho responsabilidades.

— Você e isso de responsabilidades. — Girou os olhos ouvindo o riso gracioso do homem por quem estava apaixonado. — Você é o seu chefe, eu sou o meu, nós damos uma folga… e outras coisas. — Deu um tapa na nádega do Peter que gemeu e xingou.

Bateu no peito do Wade que gemeu mordendo o lábio, sorrindo por ter doído e por ter gostado.

 E ainda o repreendeu:

— Wade!

— Muitos fetiches jogados de uma vez! Isso parece até um sonho!

— Não é, Pool. — Sendo rápido demais para ele, Peter se levantou pegando um roupão, já vestido com ele no teto.

Ouviu como sempre Wade resmungando na cama, fazendo manhã. Saiu caminhando para o banheiro.

— Você não vem?

Wade arregalou os olhos ouvindo a pergunta sugestiva do homem sexy só de roupão no teto.

— Vou te provar que não é sonho.

— Você é melhor que qualquer sonho, Petey. Nem eu sei como é possível.

— Para de me deixar sem graça e vem logo!

— Sua aranha sedenta!


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Notas finais do capítulo

Peço desculpa pela demora para esse capítulo, acho que mais dois ou um cap a mais para terminar de vez essa fanfic e fazer outras desse ship
E deve ter alguns pensando "poxa, e o lemon?", mas é +16, essa fanfic não vou para rumo explicito, queria fazer essas fics que fiz até agora de spideypool antes de fazer qualquer cena lemon desse casal. Ter mais segurança, sabe? Para escrever erótica deles (e angst quem sabe).
Enfim, espero que tenham gostado.
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