Oneshots Criminal Minds Parte 3 escrita por Any Sciuto


Capítulo 90
Estação Das Flores




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— Eu não entendo por que nós dois saímos no meio de um caso, Aaron. – Emily olhou para o marido de dois meses. – Eu estava prestes a bater naquele homem.

— Eu vi algo que vai fazer você esquecer aquele cara. – Hotch sorriu triunfante. – Confie em mim querida.

— Eu confio, sim. – Emily suspirou. – Só não confio em Strauss.

— Rossi pode dobrar a bruxa. – Hotch respondeu com um sorriso. – Eu realmente quero te mostrar algo.

Emily apenas assentiu, sabendo que Hotch nunca faria algo de errado. Ela notou que eles se aproximavam de um campo de girassóis. Eles haviam passado por ele várias vezes no trajeto das cenas de crime e na chegada.

— Além do mais, Penelope sempre pode achar um podre de Strauss. – Hotch brincou. – E eu nem quero pensar no que ela descobriria.

— Com certeza algo que a envergonhasse. – Emily sorriu para o marido. – Estamos indo para o campo de girassóis?

— Percebi que você se envolveu demais nesse caso e que precisava de uma distração. – Hotch apontou para a cesta de piquenique. – Então fiz algumas ligações e consegui fazer com que eles liberassem.

Emily estava no céu com aquilo. Ela sabia que havia um dedo de Penelope nisso tudo e sorriu. O casamento dela foi feito com simplicidade como ela e Hotch queriam.

Uma capelinha com todos os amigos e colegas. Derek e Penelope foram os padrinhos dela e JJ e Rossi foram de Hotch.

Estacionando, Hotch pegou a cesta, antes de ir para o lado de Emily e abrir a porta. A ajudando a sair do carro, Hotch pegou a mão dela e a levou para uma área onde os girassóis estavam em plena floração.

Havia uma toalha xadrez, alguns talhares e pratos. Ajudando Emily a se sentar, Hotch pegou a cesta e começou a tirar todas as coisas que ele trouxera.

Suco de uva, morangos com chocolate, uma lata de chantilly e alguns pedaços de chocolate. Haviam algumas uvas e uma torta.

— A única regra é que não podemos transar. – Hotch olhou para Emily que corou. - Abra a boca, bebê.

Emily mordeu um pedaço de morango que Hotch lhe deu e depois de engolir, sorriu.

Os dois estavam juntos muito por causa de Penelope e Derek, os primeiros a finalmente admitirem o que sentiam.

— Aaron, eu preciso falar algo. – Emily disse, uma expressão séria no rosto. – Eu estou grávida.

Hotch não sabia se ria de nervoso ou chorava de emoção. Ele olhava para Derek, que seria pai em algumas semanas. Ele desejava ter o mesmo com Emily.

— É por isso que levou tão a sério o caso? – Hotch perguntou. – Eu achei que você estivesse enojada com o que ele fez as pobres garotas.

— Eu pensei seriamente em matar aquele homem. – Emily confessou. – Imaginei que se fosse minha filha lá, eu desejei tirar ele das ruas.

— Oh, meu Deus. – Hotch a abraçou e começou a chorar levemente. – Eu nem sei o que dizer.

— Diga que vai ser um pai protetor. – Emily colocou as mãos dele em seu ventre. – Mesmo se for menino.

— Se for um menino eu vou ensinar a respeitar as meninas. – Hotch viu Emily sorrir e depois o beijar.

— Eu te amo, Aaron Hotchner. – Emily sorriu, seus olhos cheios de pequenas lágrimas.

— Eu te amo também, Emily Prentiss Hotchner. – Hotch a beijou e sentiu o celular vibrar e viu o nome de Morgan. – Derek? O que.... Devagar, por favor.

— Penelope entrou em trabalho de parto na delegacia. – Derek parecia sem folego. – Desculpe estragar seu piquenique.

— Estaremos no hospital em alguns minutos. – Hotch desligou o celular e olhou para Emily. – Sinto muito, mas Penelope entrou em trabalho de parto.

— Não sinta, Aaron. – Emily pegou a mão de Hotch e se levantou. – Eu quero muito conhecer a filha dos nossos amigos.

Recolhendo as comidas da toalha, os dois foram direto para o hospital.

Penelope havia vindo com eles para ver o computador do suspeito e todos estavam alertas para o dia de parto dela, mas como sempre o destino teve seus próprios planos.

Derek caminhava de um lado para o outro, sendo amparado por Rossi e Reid. JJ estava observando o amigo. Penelope precisava de um exame antes de poder enfim dar à luz e quando o médico a trouxe de volta, chamou Derek a sós.

— Vamos precisar fazer uma cesariana. – Ele viu Derek começar a se preocupar. – A queda da escada antes da gravidez fez com que ela tivesse problemas para dar à luz naturalmente. Você está autorizado a ficar lá.

— Emily. JJ. – Derek se virou as amigas. – Eu não sei uma oração, mas se vocês souberem, podem fazer isso por Penelope e o bebê?

— Conte como feito. – Tanto Emily quanto JJ responderam.

Derek entrou na sala de cirurgia e fez o sinal da cruz.

— Anjos de Deus, do céu tão brilhante. Vigie meus filhos, e guie-os corretamente. Dobre suas assas em volta deles, guarde com amor, cante suavemente lá de cima do céu. – JJ E Emily estavam na capela do hospital, rezando para que tanto Penelope quanto sua filha ficassem bem.

Hotch estava com medo de que algo acontecesse. Rossi parecia quase desesperado e Reid apenas olhou para o espaço.

E pensar que tudo isso aconteceu por causa de Kevin, fez o sangue de Hotch ferver.

— Ela vai ficar bem, Aaron. – Rossi suspirou. – Mas Kevin é um homem morto.

— Você nunca vai contar a ela, Dave? – Hotch encarou o outro homem.

— Não é tão fácil. – Rossi suspirou.

Se passaram duas horas e Derek sentia-se impotente. Emily buscou café e chá para todos.

Olhando para cima, Derek viu que sua filha havia nascido e que Penelope estava salva.

— Senhor Morgan? – A enfermeira trouxe a menininha para Derek. – Está é sua filha.

— Hey. – Derek olhou para a menina, claramente uma mistura dele e de Penelope. – Por favor, traga ela no quarto de Penelope depois dos exames.

Hotch abraçou Derek assim que ele anunciou o nascimento. Em suas mãos havia um lindo ursinho de pelúcia cor de rosa.

Olhando para a filha de Penelope e Derek, Hotch passou as mãos no ventre de sua esposa e suspirou.

— Em breve vai ser a nossa vez. – Emily sorriu conscientemente. – Ou nosso.

— Não me importo, desde que venha com saúde. – Hotch a beijou e ouviram JJ rindo. – JJ, eu acho que posso beijar a futura mãe do meu filho ou filha se eu quiser.

— Mais crianças? – JJ revirou os olhos de brincadeira. – Dave já quis colocar uma creche logo que Derek e Pen se casaram, imagina vocês dois tendo filhos.

Eles foram para o quarto de Penelope. Cada um deu seus presentes e Penelope segurou a filha nos braços.

— Eu e Derek queremos que conheçam Ziva Emily Morgan. – Penelope falou, sorrindo. – Então?

— Ela é linda, Pen. – Emily se emocionou com a homenagem. – Acho que JJ deveria ser a madrinha.

— Você aceita, querida? – Penelope perguntou. – Você e Reid?

— Nós adoraríamos. – Reid respondeu. – Will trará Henry para visitar Ziva na sua casa.

Rossi se aproximou de Penelope e sorriu para ela.

— Dave? – Penelope o viu levantar e olhar para ela. – Ziva não terá um avô. Meus pais faleceram e o pai de Derek também. Ficaríamos honrados se você puder ser.

— Eu serei. – Rossi respondeu, a voz incrivelmente embargada. – Eu serei sim.

E foi essa mesma atmosfera que Emily e Hotch encontraram quando Anthony nasceu alguns meses depois.

A equipe era perfeita em tantos sentidos.

Apesar de Rossi não ter coragem de confessar a verdadeira razão por estar de volta à BAU. Dizer que Penelope era sua filha biológica. Por enquanto, ele estava feliz em ficar perto de Ziva e mimar as crianças da equipe toda.


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