Era uma tarde ensolarada. Derek Morgan estava mordendo a ponta de sua caneta. Ele estava no bullpen, observando o movimento da equipe inteira, inclusive a bela ruiva que ele tanto era atraído.

Ele achava Jennifer Lopez bonita, mas a jogaria em baixo de um ônibus por Penelope Garcia, a loira agora ruiva que ele era apaixonado há tempos. Derek sabia que Penelope havia dado a Lynch o último argumento e terminou com ele.

E agora, se ele não fosse rápido, ela teria outro homem em sua vida. Isso ele não iria deixar acontecer. As fantasiais noturnas, mesmo em uma noite de casos horríveis tinham imagens extremamente sexuais com sua colega.

Então, se ele não se mexesse, ela teria um novo namorado e ele mais noites sem liberação.

— JJ, eu preciso falar com você. – Derek estava apostando todas as suas fichas. – Eu quero informação sobre Penelope. Comidas, gostos, flores preferidas.

— Você não sabe sobre essas coisas? – JJ cruzou as pernas. – Eu achei que vocês fossem melhores amigos.

— Nós somos, mas depois de Lynch nós meio que nos afastamos. – Derek massageou seu pescoço. – Então eu sei que ela gosta de chocolates e morangos, séries e filmes antigos, flertes e gosta de roupas coloridas que valorizam seu busto...

— Okay, Derek. – JJ riu. – Você sabe algumas coisas que não mudaram. Eis o que precisa saber. Penelope gosta de martini e sex on the beach, gosta de gatos e ama um doce brasileiro. Ela ama rosas e tulipas, sua série favorita é Hawaii Five 0 e a música favorita dela é Far Away do Nickelback.

Derek agradeceu as informações de JJ e pensou em uma coisa que JJ não havia pensado. Uma carta de amor. Não uma carta de amor comum, mas uma carta de amor escrita em binário.

Ele abriu seu navegador e encontrou um site que oferecia um tradutor em binário. Ele decidiu por algumas palavras românticas ao invés de uma carta grande. Ele teria tempo depois.

“Minha querida Baby Girl. Estas palavras em código binário são apenas por você. Eu sempre te amei, amei sua felicidade e seu brilho. Palavras não descrevem o que eu sinto nesse momento.

Seja minha namorada.

Do seu sempre, Hot Stuff

Derek. ”

Ele colocou a carta dentro de um envelope e colocou no meio de um grande buque de rosas e tulipas laranjas e amarelas. Ele entrou na sala dela durante o almoço e saiu do mesmo jeito.

Voltando para seu escritório, aguardando a reação de sua amada. Ele havia programado pequenas surpresas durante aquele dia.

Penelope entrou no prédio e entrou em sua sala, vendo o belo buque de flores em sua mesa. Ela pensou que fossem de Kevin, mas deu uma chance de ler o bilhete.

“Minha querida Baby Girl. Estas palavras em código binário são apenas por você. Eu sempre te amei, amei sua felicidade e seu brilho. Palavras não descrevem o que eu sinto nesse momento.

Seja minha namorada.

Do seu sempre, Hot Stuff

Derek. ”

O coração de Penelope brilhou naquele momento. Uma declaração daquelas vindo de um romântico sem causa como Derek era para levar ao céu. Pegando as flores, ela foi ao escritório dele. Ele ainda havia feito a declaração em código binário.

— Derek, tem um minuto? – Pen não conseguia parar de sorrir. – Eu gostaria de falar sobre as flores e a carta.

— Você gostou? – Derek estava ansioso. – Eu apenas queria que você soubesse que eu sinto algo por você.

Penelope largou o buque de flores na mesa, foi para frente de Derek, colocou as mãos no pescoço dele e o beijou. Nos lábios e nunca se sentira melhor.

Derek sorriu e a beijou de volta, sem se preocupar com pessoas. Ele na verdade queria que todos vissem e não tentassem mexer com sua garota. Ele gostou do som disso.

Hotch, que estava passando por aquele corredor parou e olhou para a cena. Penelope e Derek estavam se beijando e Penelope estava agora encostada na parede e Derek estava quase com as mãos sob o vestido e...

— Com licença? – Hotch limpou a garganta olhando para os dois. – Eu acredito que se vocês gostariam de se beijar e outras coisas, deveriam fazer isso em casa.

— Desculpe Hotch. – Derek corou e retirou as mãos de debaixo do vestido de Penelope. – Nós estávamos...

— Se beijando no meio de um prédio federal. – Hotch completou, deixando um sorriso escapar. – Você finalmente fez um movimento. E quer saber? Vocês tem a tarde de folga.

Derek apenas sorriu e Penelope também. Ela não estava envergonhada, afinal, ela deu o primeiro passo e o primeiro beijo foi ela quem deu.

— Hotch, acha que Strauss vai interferir no nosso romance? – Derek estava com medo. – Sempre quis ficar com Pen, mas se Strauss decidir transferir um de nós...

— Ela vai cair do cavalo. – Hotch respondeu. – Eu não vou deixar ela separar nossa equipe por causa do amor. Rossi e eu vamos puxar nossas cordas com o diretor.

— Será que ele vai deixar? – Penelope sentiu seu coração quebrar. – Eu gosto de trabalhar aqui, mas se for para deixar a unidade, eu prefiro sair e deixar Derek aqui e vou me transferir.

— Nem pense em nos deixar. – Hotch a impediria de sair do time. – Se alguém vai sair é Strauss.

Eles ficaram com medo de Hotch acabar ficando com problemas então, ela foi atrás dele. Derek foi atrás de Penelope, mas antes que ela conseguisse alcançar Hotch, houve uma intensa chuva de tiros nas vidraças do FBI. Derek puxou Penelope para o chão e um grito veio da sala de Strauss.

Rossi entrou na sala e viu a mulher no chão, segurando uma de suas secretárias baleadas. Penelope estava chorando de medo e quando Reid, JJ e Emily vieram correndo ao encontro dos amigos.

Strauss olhou para o rosto chocado de Penelope ainda no chão, ela estava coberta de vidro das janelas.

— O que foi isso? – Derek segurou Penelope nos braços. – Quem atirou em nós?

— Não sabemos. – Rossi veio checar Penelope logo que a moça baleada foi levada. – Você deveria levar Penelope para um check up.

— Venha, Baby Girl. – Derek levou Penelope para a enfermagem em seus braços. – Você vai ser checada e vamos para casa.

Ele a levou para a sala de enfermagem e depois de ser liberada, Derek levou Garcia para casa. Ela estava em choque e a noite perfeita que ele havia planejado um pouco depois de comprar as flores.

Enquanto isso, Hotch entrou na sala de briefing, encontrando Rossi, Strauss e o diretor do FBI.

— Esta conversa não poderá sair desse escritório. – Hotch desligou as câmeras e microfones. – O tiroteio de mais cedo deixou uma pessoa morta, a assistente de Strauss, Linda Crowe. Imagens revelaram que o atirador é Kevin Lynch, ex namorado de Penelope.

— Ela não pode descobrir que seu ex estava tentando matar ela. – Rossi completou. – Se ela descobrir que Linda Crowe morreu porque alguém estava atrás dela sua culpa será avassaladora.

— Por isso, estamos fazendo uma força tarefa secreta para pegar Kevin, que fugiu da cena. – Hotch colocou a foto de Kevin na mesa. – E ela e Derek estão namorando e você sabe que iria acontecer e vão fazer isso sem nenhum empecilho.

Hotch saiu da sala e todos concordaram.

Eles não sabiam que Kevin olhava para o prédio de longe. Ele pegaria Penelope outro dia.