Derek adorava assistir filmes antigos com sua única e melhor garota. Penelope sempre foi desencanada quanto a questão de filmes.

Eles gostavam sobretudo de filmes antigos.

— Eu teria certeza que você tirou essa antiguidade de um museu. – Derek abraçou Penelope ao ver o filme que ela havia escolhido. – É de 1995.

— Lendas da paixão não é uma peça de museu, bonito. – Penelope sorriu. – E eu só quero assistir com você. Depois que Kevin e eu terminamos, eu senti falta de você e eu vendo filmes.

— Tudo o que você quiser eu vou fazer. – Derek colocou a fita dentro do reprodutor de vídeo e pegou o balde de pipocas. – Certo, sobre o que é o filme?

— É sobre um coronel chamado Willian Ludlow. Ele mora em um racho com os três filhos, e a família passa por uma perda de um dos garotos. – Penelope começou a contar. – Os dois restantes se apaixonam pela noiva do irmão morto e eles começam a brigar por ela.

— Parece igual a mim e Lynch. – Derek viu Penelope confusa. – Brigando pela sua atenção.

— Derek... – Penelope disse quase em um sussurro.

— Diga que você também sente isso, menina. – Derek a colocou sobre o sofá da sala. – Diga que você não está quente e apaixonada por mim.

— Você sabe que sim, Derek. – Penelope levantou a cabeça e beijou os lábios dele. – Você sabe que sim.

Derek não teve mais dúvidas. Pegando os lábios de Penelope em um beijo, ele começou a tocar seu corpo curvilíneo e descendo até suas pernas maravilhosas, ele levantou o vestido dela.

Os olhos de Penelope pediam por liberação e nem minutos depois, eles estavam nus e ofegantes em cima um do outro.

Gritando seus nomes em êxtase, Derek parou o filme e cobriu os dois quando percebeu que Penelope estava dormindo calmamente. Se deitando com ela, Derek dormiu.

No outro dia, Penelope acordou, incrivelmente descansada e feliz. Ela se enrolou em uma camisa de Derek e sua calcinha e foi para a cozinha. Preparando um bule de café, ela se lembrou de todos os detalhes de sua noite com Derek.

Derek acordou também. Sentindo o lado vazio, ele temeu que sua deusa tivesse fugido dele, mas seguindo o cheiro de café, ele foi até a cozinha e a viu parada. Algo, no entanto, o impediu de ir até ela.  

— Derek, qual o problema? – Penelope sabia que algo estava fazendo ele ficar mal. – Derek?

— Pen, nós precisamos conversar. – Ele a levou para a sala, colocando-a no sofá. – Nós não usamos proteção. E eu não sou assim.

— Derek, eu sei que não usamos nada. – Penelope o beijou nos lábios. – Eu só quero saber se você quer filhos.

— Com você, Baby Girl, eu quero sim. – Derek a abraçou. – Agora e sobre esse café?

— Tem café, suco e doce de chocolate. – Penelope se sentou sobre as pernas de Derek. – Eu sou pesada.

— Cale-se. – Derek a levantou em seus braços e a levou para o quarto. – O café pode esperar.

E ele não estava brincando.

Hotchner estava observando seu time ou os que haviam chegado ao bullpen. Ele logo notou que Morgan e Garcia ainda não estavam. Olhando para Emily, ele sorriu. Eles estavam juntos secretamente e felizes.

— Agente Prentiss, você viu Morgan e Garcia? – Hotch agiu profissional.

— Não, senhor. – Emily sorriu de volta. – Mas se eu apostasse meu dinheiro, eu diria que eles finalmente tomaram coragem de ficarem juntos.

— Quando os dois pombinhos chegarem, por favor me avise. – Hotch voltou para seu escritório.

Derek e Penelope saíram dos elevadores, sem as mãos. Eles queriam tentar não demonstrar que estavam juntos, ainda mais em um lugar onde Kevin Lynch trabalhava. O homem nunca havia superado o fim de seu relacionamento com Pen e estava disposto a persegui-la por qualquer coisa.

Olhando para os lados, Derek colocou Penelope contra a parede e a beijou profundamente antes de ir trabalhar.

Derek foi recebido com olhares curiosos de Emily e JJ. Reid tentou não corar e desviou o olhar. Sim, eles sabiam de algo.

— Se divertiu ontem, Morgan? – JJ perguntou. – Parece que sim.

— Eu não faço idéia do que está falando, JJ. – Derek fingiu inocência. – Só assisti filmes com Pen como fazíamos antes de Kevin aparecer.

— Bem, então eu devo alertar você. – Ela passou um lenço de papel. – Vermelho não é sua cor.

Emily passou o dedo sobre a própria bochecha para alertar Derek.

— Você e Penelope finalmente ficaram juntos! – Reid exclamou e viu Rossi e Hotch deixarem seus escritórios. – Ah droga.

— Reid, eu te amo cara, mas você deveria falar mais baixo. – Derek corou. – Por favor, não despeça a mim ou Pen. Se alguém precisa ser punido, que seja eu.

— Derek, eu falei com o diretor duas semanas atrás. – Rossi se sentou despretensioso. – Sabíamos que com Lynch fora vocês finalmente veriam que querem se pegar.

— Como isso é possível? – Derek limpou o batom e viu Penelope voltar e corar. – Baby Girl, eles já sabem.

— E não vai dar problemas? – Penelope tinha medo. – Você sabe, eu gosto de trabalhar aqui.

— Kitten, nunca perderíamos nenhum de vocês. – Rossi a abraçou paternalmente. – Estou realmente feliz por vocês estarem juntos. E se Derek fizer algo, me chame. Tenho anos de experiência e ele sumirá para sempre.

— Eu nunca machucaria minha doce deusa. – Derek a abraçou e a beijou. – Eu te amo.

— Eu também. – Penelope sorriu e ouviu palmas irônicas.

Kevin estava enraivecido com a cena a sua frente. Ele tinha um olhar psicótico e uma arma.

Logo que ele entrou, Rossi, Hotch, Derek, Emily, JJ e Reid se colocaram na frente de Penelope, impedindo o técnico de se aproximar dela.

— Nem pense nisso, Lynch. – Rossi gritou para o homem. – Você pode dar meia volta ou nada vai prestar.

— Achei que eu tivesse sido claro, Penelope. – Kevin gritou. – Eu lhe disse que haveriam consequências se você e esse pedaço de homem musculoso ficassem juntos.

— Eu o amo. – Penelope falou. – Derek me mostrou o que é amor, você só queria me matar. Você me forçou várias vezes e ameaçou todo mundo dizendo que ninguém acreditaria em mim.

Derek sentiu a raiva borbulhar. Kevin e estuprou. E ele a ameaçou caso imaginasse contar.

— JJ, Emily. Tirem Penelope daqui. – Derek comandou. – Agora.

As duas garotas pegaram Penelope e a tiraram de lá. Pen então se sentou protegida enquanto Emily a acalmava. JJ tomou o depoimento dela sobre os abusos.

— Ele não vai ser julgado. – Penelope falou. – Ele era meu namorado na época.

— Penelope, não importa se ele era teu namorado. – JJ a fez olhar para ela. – Estupro é estupro. Namorado ou não namorado, ok?

— Ok. – Penelope suspirou quando a porta se abriu e Derek entrou e a tomou nos braços.

— Acabou, Baby Girl. – Derek beijou a testa dela. – Kevin está preso. Nós o queríamos vivos para que ele fosse julgado.

— Meu herói. – Penelope o beijou.

Alguns dias depois de Penelope ser examinada e saber que felizmente não estava grávida de Kevin, o homem teve seu julgamento.

Ele foi condenado a injeção letal. Haviam outros crimes considerados. Dois assassinatos em Illinois, dois em Michigan e três em Las Vegas.  

Ele fora condenado há varias penas de morte.

Seu tempo estava se esgotando quando Penelope entrou com Derek na sala de observação. Faziam quase 11 meses desde o primeiro dia em que eles estavam juntos e Kevin fora condenado.

Ela estava grávida de uma garotinha, filha de Derek.

As injeções foram introduzidas uma a uma e Kevin morreu. Penelope pôs a mão no ventre dela. Acabou e ela nunca poderia estar mais aliviada.

As últimas palavras de Kevin foram “me desculpe”, mas Penelope nunca o perdoou por explorar sua confiança.