Oneshots Criminal Minds Parte 3 escrita por Any Sciuto


Capítulo 58
Perder Alguém Que Você Ama.




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Era de manhã quando a mãe de Derek ligou para a casa dele e de Penelope. Algo naquela hora, não era um bom sinal.

— Derek, desculpe te incomodar. – A voz chorosa de Fran foi ouvida. – Mas aconteceu uma coisa.

— Mãe, você está me assustando. – Derek se levantou e clicou no abajur.

— É a sua vó. – Fran começou a chorar de novo. – Ela faleceu hoje.

— Não. – Derek começou a chorar e Penelope pegou o telefone.

— Fran, é Penelope. – Ela já ouvira o suficiente. – Não se preocupe, estaremos aí.

— Obrigado, Penelope. – Fran respondeu.

Penelope desligou o celular e abraçou Derek tão forte quando podia. Ela olhou para o marido e colocou a mão em sua barriga de bebê crescente.

— Derek, eu vou falar com Hotch, conseguir uma semana de folga e nós vamos para Chicago. – Penelope sorriu. – Eu vou ajudar sua mãe a resolver qualquer pendencia por lá e vamos pegar umas belas rosas vermelhas.

Derek olhou nos olhos de Penelope e a beijou. Ele fez as malas enquanto Penelope falava ao celular. Ele admirou a forma como a esposa lidava com tudo o que precisava fazer.

As malas de ambos estavam prontas, as passagens compradas e Penelope havia comprado buques de rosas vermelhas tanto para ela quanto Derek para quando chegarem lá.

A viagem passou em um borrão para Derek. Ele só lembrava de Penelope garantindo a ele que tudo ficaria muito bem.

Ele contou histórias sobre a avó. Penelope sabia o quanto Derek queria visitar sua avó antes que ela falecesse, mas com o trabalho era muito difícil.

Chegando no aeroporto, a van da floricultura esperava por eles. Penelope havia feito alguns trabalhos para eles no passado e ela tinha crédito para flores.

Fran esperava a chegada de Derek e Penelope. Ela estava na frente da sala mortuária, com lágrimas escorrendo.

— Mãe, venha se sentar um pouco. – Sarah pegou a mão da mãe e a levou para a sala intima. – Você vai comer alguma coisa agora?

— Eu não sinto vontade. – Fran abraçou a filha. – Como eu vou viver sem minha mãe?

— Eu sinto a mesma coisa, mamãe. – Sarah deu um beijo na testa da mãe. – Mas com o tempo, vamos arrumar tudo.

— Você acha depois a aliança da sua avó e do seu vô? – Fran pediu. – Eu as quero guardar e ver se Derek e Pen vão usar.

— Eu encontro sim. – Sarah sorriu.

Derek e Penelope entraram na capela onde sua avó, Margareth estava sendo velada. Ele abraçou Penelope quando a tristeza tomava conta dele. Era obvio que o agente sempre forte estava sofrendo.

— Vai ficar tudo bem. – Penelope encorajou Derek a ir até o caixão. – Oi querida.

— Penelope, você está aqui. – Sarah a abraçou. – Mamãe está na sala intima.

— Coloque isso ao lado de sua avó. – Penelope deu o buque. – Eu vou dar uma volta até Fran.

Desire sorriu para Penelope e a abraçou. Ela sorriu para a cunhada e entrou onde Fran estava sentada olhando pela janela.

— Fran. – Penelope viu a mudança em sua sogra. – Venha aqui.

Ela se levantou e foi até Penelope. Dando um caloroso abraço, Fran sentiu todo o carinho que a mulher mais nova tinha para dar.

— Eu sinto pela sua perda. – Penelope apertou um abraço amigo em Fran. – Tudo vai ficar bem e eu estou aqui por você.  

— Obrigada querida. – Fran abraçou a sua nora. – Soube que há novidades vindo.

— Sim, eu realmente queria que Margareth conhece a bisneta dela. – Penelope ajudou Fran a se levantar. – Eu estou dizendo a você antes de contar a Derek que é uma menina.

— Eu manterei meus lábios selados. – Fran sorriu.

Derek tocou a mão de sua avó e a abençoou. Era uma despedida definitiva a partir de agora e ele ainda não estava pronto.

— Mãe. – Derek a abraçou e chorou em seus braços. – Eu estou tão chateado.

— Eu sei, querido. – Fran abraçou o filho e eles se sentaram ao lado de Sarah e Desire.

Derek abraçou Penelope e sentiu que a dor diminuía quando sua menina estava perto. Ele esperava que fosse uma garotinha porque queria muito que Penelope lhe deixasse dar o nome de sua avó.

— Se for uma menina. – Penelope disse, colocando as mãos de Derek em seu ventre. – Eu quero chamar ela de Margareth.

— Você é incrível, Baby Girl. – Derek a beijou. – Eu te amo por isso.

Eles rezaram duas vezes o terço e fizeram uma oração. A tarde foi passando. Derek trazia lanches para Penelope durante a tarde, nunca a deixando ficar sem comida.

Chegando a hora de fechar o caixão, Derek levou Penelope para fora. Ele sabia que Penelope teria problemas em ver. Ela se lembrara de quando perdeu seus pais e sentiu seu coração despencar.

Derek a levou para a igreja e voltou, carregando o caixão de sua avó. Ele fazia questão. Sentado ao lado de sua mãe e irmãs e com Penelope em segurança, a missa começou. Ele havia escrito um pequeno discurso para lembrar de sua avó.

— Meu nome é Derek Morgan. – Ele disse, confiante. – Minha avó, Margareth, era uma mulher forte e que sentia prazer em viver. Quando estava prestes a me casar com Penelope, ela disse algo que eu pretendo cultivar. Nunca traia quem você ama. Ela é a pessoa que você precisara ser a melhor amiga. Eu te amo, vó. Para sempre.

Hotch, Rossi, Emily, JJ e Reid estavam presentes à cerimônia. Penelope apertou a mão de seu marido quando ele desceu do altar.

No final da missa, Fran começou a chorar e Penelope a consolou enquanto iam até o cemitério. Havia dor, havia choro entre todos os parentes. Derek mais uma vez carregou o caixão de sua avó.

Penelope recebeu as flores de Hotch para colocar no tumulo. Chegando no portão, eles entraram. O tumulo pronto para a última despedida estava pronto.

— Pai nosso que estais no céu. – Todos começaram a rezar. – Santificado seja o vosso nome, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje. Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixei cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Derek estava abraçado a Penelope. Ele sempre sabia que poderia contar com a esposa.

Ele colocou rosas sobre o caixão de sua vó e Fran fez o mesmo. Penelope puxou uma rosa de seu buque e colocou uma também. Lentamente o caixão foi colocado dentro do tumulo e Derek jogou um pouco de terra, assim como Fran.

Quando a terra foi colocada completamente, Penelope colocou o buque sobre o que agora era o lugar de repouso da vó de seu marido.

Haveria uma reunião na casa Morgan para os mais próximos e a equipe toda estava por lá, ouvindo histórias. Puxando Derek para o lado, Penelope lhe entregou uma caixa.

— Eu queria fazer algo melhor, mas você precisa disso hoje. – Ela o viu abrir e sorrir. – Eu quero que ela se chama Margareth.

— Eu te amo. – Derek a pegou e a girou devagar.

— O que está acontecendo? – JJ veio rapidamente.

— Sim, você está bem, Derek? – Emily veio em seguida.

— Melhor impossível. – Derek as levou para sala. – Pessoal, eu não quero esperar, mas Pen está esperando uma menina.

— Isso é maravilhoso. – Hotch a abraçou e depois abraçou Derek. – Parabéns.

— Eu vou ter uma afilhada? – Reid perguntou.

— Com certeza, Spence. – Penelope respondeu. – Rossi, eu não tenho mais meus pais vivos. Eu gostaria de saber se Margareth poderia ser sua neta.

— Eu adoraria, Kitten. – Rossi a abraçou feliz.

— Margareth? – Fran estava chorando. – Você pôs o nome da minha mãe na sua filha?

— Sim. – Pen sorriu, um pouco corada.

— Obrigado. – Fran abraçou a nora. – Agora, quem aceita bolo?

— Eu! – Todos gritaram felizes.

Dizem que todo fim é um novo começo. Poderia ser tumultuado, mas seria maravilhoso no final.


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