Oneshots Criminal Minds Parte 3 escrita por Any Sciuto


Capítulo 54
When I Met You.




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É o meu primeiro dia na unidade de analise comportamental do FBI. Minha volta na verdade. Erin havia me dito sobre a saída de Jason e sinceramente eu sei o quanto esse trabalho pode ser difícil.

Ver o que os piores assassinos fazem com uma criança, uma mãe, um casal foi o motivo de eu querer sair da primeira vez. Eu tenho um serial killers que no meu aniversário, me manda nomes de suas vítimas para que eu dê um fechamento para uma família.

Me sentar na frente dele me fez escrever alguns livros. Meu principal objetivo é fechar um caso de 20 anos. E estou disposto a ficar se fecharmos.

Entro na sala de Erin, me sentando a sua frente enquanto ela me encara. E ela mal acredita na minha intenção.

— Dave. – Hotch me cumprimenta feliz. – Vi você na televisão semana passada.

Ele parece um pouco abatido, mas eu terei tempo depois para confirmar minhas suspeitas.

Conheço JJ, Morgan, o Dr Reid e a agente Prentiss e sinto que falta alguém. E durante o briefing geral, eu a conheço. Envolta em roupas brilhantes, cabelo loiro com uma listra cor de rosa e óculos, Penelope Garcia entra.

— Analista técnica Penelope Garcia, esse é o agente supervisor David Rossi. – Hotch me apresenta a jovem.

— Já tirou JJ? – A voz dela é de assustada e ela cobre o rosto das imagens perturbadoras na tela.

— Já. Pode ficar calma. – Percebo que JJ e Emily estão sorrindo e Derek está quase querendo se enterrar.

— Ok. – A voz dela relaxa e ela tira os arquivos do rosto. – Carrollton Texas, uma população diversicada de... hã, está tudo aí. – Ela parece envergonha por ter esse momento de vergonha. – É um prazer conhecer, senhor. Eu estou na minha sala.

Eu nem consegui falar uma palavra para ela. Apenas observei seus olhos e seu sorriso. Derek pareceu querer ajudar Penelope comigo, mas não fez um movimento. Ao invés de dizer qualquer coisa, eu apenas digo algumas palavras descontraídas.

— Ela é diferente. – Hotch me olha com uma cara sorridente.

— Você não tem ideia. – Aaron diz e faço uma anotação mental para perguntar mais sobre ela.

Estamos no jato, apenas eu e Aaron no momento, enquanto o resto do time compra café no aeroporto. Eles estacionam o jato aqui para facilitar.

— Aaron. – Eu me aproximo do meu amigo. – O que quer dizer que eu nem faço idéia de quanto Penelope é diferente?

Hotch olha chocado para mim, querendo que o chão o engolisse.

— Penelope perdeu os pais em um acidente de carro aos 18 anos. – Hotch parece chateado ao me contar. – Quando eu a recrutei, ela estava hackeando sites de companhias farmacêuticas.

Agora entendo porque ela parecia extremamente assustada com as fotos da tela.

— Nós não obrigamos ela a se juntar nos casos. – Aaron puxa uma ficha e me entrega. – Guardamos esse arquivo no jato, não queremos que pensem menos dela só porque ela é uma mulher atrás de um computador.

A foto parecia ter alguns anos, mas parecia Penelope em seu traje gótico. Meu coração começou a quebrar ao ler que ela foi renegada pelos próprios irmãos e não via eles há muito tempo.

Avançamos quase duas semanas e depois de ressorvermos três casos, finalmente tivemos tempo para descansar. Estava sentado em minha lagareira lendo o arquivo de Penelope quando meu telefone tocou.

Eu devo ter congelado no momento em que as palavras de Hotch entraram no meu cérebro.

— Dave, é Hotch. – Ele parecia muito confuso. – Preciso que venha para o hospital. Penelope levou um tiro e é grave.

Eu peguei as chaves e corri para o meu carro. Suspirei e fui para lá.

— O que houve? – Eu queria respostas, por piores que fossem.

— A policia disse que foi um assalto. – Hotch pareceu que iria cair a qualquer segundo, então o deixei respirar.

— Cadê o Morgan? – Emily perguntou o que eu queria ter perguntado antes.

— Ele não atende o telefone. – JJ estava pálida e eu sabia que elas eram amigas.

— Vou tentar de novo. – Reid parecia querer fugir e eu entendi.

— O que você não nos contou? – Eu percebi que ele escondia coisas de nós.

— Falei com os paramédicos que a trouxeram. – Pude ver Hotch quase desistindo de tudo. – Não parece bom.

Horas se passaram até que tivéssemos a confirmação que ela viveria. Hotch e eu fomos para cena e eu percebi que ele estava visando Penelope esse tempo todo.

Naquela noite, quando todos foram embora e ela ficou no hospital, entrei em seu quarto e me sentei um pouco com ela. Eu havia aprendido coisas sobre ela que eu não precisava, mas senti que precisava.

— Sei que vai ser difícil, mas você vai conseguir. – Falei baixinho, esperando que ela não acordasse. – Você é uma batalhadora.

— Senhor, a hora de visita acabou. – A enfermeira me mandou sair e eu sabia que deveria mesmo que eu quisesse ficar.

— Sim, desculpe. – Olhei mais uma vez para Penelope e suspirei. – Eu só precisava ficar um pouco com minha filha.

Então, revelando um segredo que eu não deveria, eu saí. Senti como se um peso saísse das minhas costas. Eu e a mãe de Penelope tivemos um caso e ela ficou grávida de Pen. No começo, eu tentei sem sucesso fazer parte da vida dela, mas barbara nunca deixou.

Quando descobri que ela havia se casado e que o novo marido havia assumido Penelope, sabia que se eu quisesse que ela tivesse uma vida correta, eu deveria ficar longe.

Ver minha filha, vestida de gótica e descobrir que ela agora é minha colega de trabalho foi um dos meus maiores sonhos.

Mas eu nunca contaria a ela a verdade. Felizmente, ela se recuperou e pegamos o assassino. Mas não gostei de Kevin Lynch. Ele parecia psicopata esperando para desabrochar.

Mas confesso que fiquei feliz quando ela e Derek começaram a namorar depois dela terminar com Lynch. Ter o Derek como genro era um sonho que se tornou realidade para mim.

— Eu estou muito feliz por vocês dois. – Apertei a mão de Morgan, logo depois de ele pedir Penelope em casamento. – Só trate ela bem.

— Eu sempre tratarei Penelope bem. – Derek me deu um tapa leve nos meus ombros. – Penelope é a mulher que eu sempre sonhei e a minha própria princesa.

 Como eu sabia que era verdade? Todos os olhares que eles davam um par o outro, todos os flertes que eles davam e eu sempre estaria por perto caso alguém ousasse machucar minha filha.

No casamento dela, eu a levei para o altar e a entreguei com a promessa de estar sempre por perto. E eu cumpriria essa promessa, nem que eu devesse entregar minha própria vida. Eu a manteria segura porque é isso que os pais fazem, mantém suas filhas seguras.

Até o último dos meus dias.


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