Fazia dez anos que David Rossi havia mandado Henry Grace para a cadeia. Ele imaginou que o homem seria executado, mas ele conseguiu se livrar da pena de morte e em vez disso, estava cumprindo prisão perpetua.

Mas o que ele não esperava era que o homem fugisse da cadeia. E isso o assustou. Hotch não estava mais na equipe e Emily agora era chefe. Reid havia crescido e virado mais do que um moleque. JJ não chegou a conhecer o homem e a equipe contava com Luke, Simmons e Lewis. Mais o medo dele era por Penelope.

Ela foi a responsável por gravar o testemunho e ele havia visto e ouvido as palavras que Henry Grace gritou contra a técnica.

— Dave! – Krystall subiu as escadas com o telefone na mão, quase desesperada. – Aconteceu algo com Penelope.

— Luke? – Dave estava com o marido de Penelope na linha. – O que está havendo?

— Eles a levaram Dave. – A voz de Luke era de puro e completo desespero. – Eu estava dormindo com ela e três homens invadiram nossa casa.

Luke e Penelope haviam se casado em Las Vegas durante as férias de seis semanas da equipe, mas ainda não tinham filhos.

Krystall dirigiu com Rossi até a casa de Luke, já cercada de policiais e de Emily e Matt. O resto da equipe estava chegando.

— Ao que parece, três homens invadiram a casa, dominaram Luke e levaram Penelope da cama. – Emily começou. – Quando Alvez acordou, eles já haviam ido há algum tempo.

Dave foi até Luke, sentado na maca, sendo atendido. Ele tinha sido enfaixado e estava claramente chorando. Seu coração se partiu ao ver a foto de casamento dele e de Penelope.

— Luke, eles disseram alguma coisa? – Rossi pegou as mãos do agente.

— Eles só disseram que ela era uma entrega. – Luke chorava. – Você precisa encontrar ela. Ela está sozinha.

— Eu prometo que vu trazer ela de volta. – Rossi sabia que havia mais no desespero de Luke. – Alvez, me diga. Ela está grávida?

— Era uma surpresa para o time. – Luke sentiu que seu coração sairia pela boca. – Por favor, não deixe que eles machuquem ela.

Rossi se afastou e olhou para Emily.

— Penelope está grávida. – Ele se afastou, deixando o resto do time temendo pela amiga e seu bebê.

Quando Penelope abriu os olhos, sentiu que sua cabeça doía e sabia que estava em um galpão. Frio e gelado.

— Enfim a loirinha agora. – Um Henry Grace um pouco mais velho apareceu e ela gelou. – Eu estava realmente você acordar.

— Onde eu estou? – Penelope não seria fraca agora. – O que você quer comigo?

— Com você eu não quero nada. – Ele deixou seu casaco na cadeira. – Mas com David eu quero muitas coisas. Você e ele foram os mais responsáveis por me mandar para aquela prisão.

— Eu não te mandei para a cadeia. – Penelope blefou. – Eu sou uma analista técnica.

— Toda a equipe ajudou, mas você e Dave gravaram a minha confissão. – Henry tocou uma mecha de cabelo de Penelope. – Eu sempre quis saber que textura seu cabelo tinha. Vi que agora você é casada.

— Se tocar em mim, minha equipe vai te matar. – Penelope cerrou os dentes. – Sem nem ao menos suar.

— Acho que está na hora de ligarmos para Dave. – Henry passou um dedo pela bochecha de Pen. – Se importa de usarmos seu celular?

Rossi estava sentado em sua sala, olhando uma foto do time, de quando eles comemoram o casamento de Penelope e Luke. Ele ficou tão feliz que havia dado um carro para ela.

O celular tocou e ele sabia que era Henry ligando do celular de Pen.

— Henry Grace. – Rossi foi direto. – Diga o que quer de uma vez.

— Eu sabia que era muito na cara. – Henry riu em frente a uma Penelope assustada. – O que eu quero é simples. Você por ela.

— Como vou saber que você não a matou? – Dave escreveu uma nota para Emily. – Ponha ela no telefone.

— Dave? – A voz cansada de Penelope falou. – Eu não quero morrer.

— Você não vai. – Dave sentiu seu coração quebrar.

— Armazém da antiga fábrica de sementes. – A voz de Henry Grace falou. – Apenas uma pessoa para levar a senhorita Penelope para casa. Você tem uma hora.

Analisando suas opções, ele decidiu levar JJ. Luke seria muito emocional naquele momento. Ele manteve Simmons escondido no porta malas. Um plano se formando.

Faltando dez minutos para o prazo final, ele chegou no armazém. Simmons havia encontrado um lugar perfeito para um tiro direto se fosse necessário.

Rossi manteve a escuta ligada, permitindo que todos pudessem ouvir a negociação e a confissão necessária.

 - David Rossi. – Henry estava a postos para a negociação. – E quem é essa moça ao seu lado?

— Eu sou a agente que não tem nome. – JJ não daria o prazer de ser intimidada. – Espero que ela esteja viva ou eu mesmo vou atirar em você.

— Tragam a vadia. – Henry observou as reações dos dois quando trouxeram Penelope. – Foi só no rosto, se eu quisesse matar eu teria batido no estomago dela.

JJ pegou Penelope meia grogue e a levou para o carro do lado de fora. Ela a colocou no banco de trás e ligou o automóvel, dirigindo o mais rápido para o hospital onde Luke ainda estava fazendo exames.

Simmons percebeu que todos agora contavam com ele. Procurando o melhor ângulo para um tiro, ele finalmente o obteve.

— O que achou que conseguiria? – Rossi começou. – Penelope é inocente nisso tudo.

— Ela gravou minha confissão, então não. Ela não era inocente. – Henry brandiu a arma. – Eu passei anos planejando minha vingança. Como eu a faria sofrer.

— Se você queria uma vingança, poderia apenas ter vindo atrás de mim. – Dave sabia que tomaria medidas para garantir que Henry nunca mais voltasse. – Se quer matar alguém, então me mate.

Henry sabia que sairia livre ou pensava que seria assim. Apontando a arma ele apenas ouviu um tiro perfurando a janela e sentiu a bala perfurando sua testa. A arma caiu no chão, seguida do corpo dele.

Dave sentiu um misto de emoções naquele momento, mas acima de tudo, um fechamento. Fechando os olhos de Henry, ele chutou a arma para longe e desligou a escuta.

— Dê um olá para o bosta do seu irmão por mim. – Dave deixou o corpo lá. – Preciso de um legista.

Matt veio ao encontro de Rossi, ele suspirou ao ver o corpo.

— Você já sabe alguma coisa sobre Penelope? – Matt perguntou.

— Vamos para o hospital. – Dave ligou o carro escondido e foi para o hospital.

Penelope foi admitida por uma noite. Ela estava bastante drogada e a equipe médica estava providenciando um obstetra para um exame de urgência.

Luke estava ao lado da esposa, murmurando coisas doces para ela.

— O que for que acontecer, eu estarei aqui. – Luke garantiu a ela. – Para sempre.

O médico enfim veio e Penelope sentiu que um peso havia saído dos ombros quando ele garantiu que o bebê estava bem.

Rossi assistiu com carinho Luke e Penelope se beijando. Krystall chegou com o restante da equipe e todos ficaram sorrindo vendo o casal feliz com o peso da preocupação finalmente longe.

Matt foi liberado de qualquer acusação. Rossi também.

Penelope e Luke tiveram uma menina saudável alguns meses depois. Ela deu o nome de Abigail.

Toda equipe, inclusive Reid estavam felizes pela felicidade do casal. JJ, Emily, Spencer, Lewis, Simmons e Rossi, todos estavam felizes pelo casal e sua bebê.

Ambos tiveram pelo menos um filho cada e JJ teve um terceiro e Simmons o quinto.

Henry Grace não venceu no final.