A equipe estava reunida no bar. Luke e Penelope estavam pela primeira vez juntos no bar. Eles tinham Hotch e Emily juntos. Era uma saída em casal e eles estavam felizes por nada ter dado errado no jantar.

— Acho que deveríamos fazer isso outra vez. – Hotch disse do banco do motorista. – Acho que as meninas dormiram, elas...

— Hotch! – Luke gritou antes do carro ser jogado para o lado por outro veículo.

Quando o carro parou de girar, Hotch e Luke se recuperaram logo, mas Penelope e Emily estavam com cortes e sangrando. Os dois retiraram as duas, agarrando as bolsas. Havia gasolina vazando e no segundo em que ambas foram colocadas na calçada com os paramédicos, o carro explodiu completamente.

— Elas estão bem? – Luke perguntou, nervosamente. – Elas vão ficar bem?

— Elas estão apenas desmaiadas. – O homem respondeu. – Mas elas precisam ficar em observação por algumas horas.

Hotch, no entanto estava fazendo uma prisão. O motorista, visivelmente bêbado foi algemado ao poste.

— Eu quero que você prenda ele por tentativa de assassinato e por direção perigosa. – Hotch deixou seus contatos e foi em direção a Alvez. – Alguma coisa?

— Elas estão indo para o hospital. – Luke estava com a voz embarcada. – Nós quase as perdermos.

— Eu sei. – Hotch olhou para Emily e depois para Penelope. – Avise a equipe.

— E quanto ao SUV? – Luke estava aliviado que fosse o SUV que dera perda total.

— Isso é de menos. – Hotch suspirou. – Eu vou com Emily e você vai cm Penelope.

Penelope abriu os olhos na ambulância, sentindo seu corpo dolorido. Ela olhou para a preocupação de Luke e tentou tocar o rosto dele.

— A gente não bebeu tanto. – Penelope falou. – Não precisamos de hospital.

— Senhorita Garcia, você precisa ficar calma. – O paramédico administrou mais morfina. – Você e a senhorita Prentiss sofreram um acidente.

— Acidente? – Penelope viu Luke em foco. – Luke, o que aconteceu?

— Tudo a seu tempo. – Luke deu um aperto na mão de Penelope e ela adormeceu. – Ela está bem?

— Ela vai ficar. – O paramédico sorriu para a preocupação de Luke.

Na outra ambulância, Hotch tinha a mesma preocupação de Luke com Emily. O ex chefe de unidade estava ansioso.

— Aaron? – Emily gemeu um pouco. – O que aconteceu?

— Senhorita Prentiss, você não pode se mexer. – O segundo paramédico abriu ainda mais a morfina do mesmo jeito que o de Pen. – Você tem uma concussão.

— Ei, tudo vai ficar bem. – Hotch a tranquilizou. – Você e Penelope vão ficar bem.

Ele viu que Emily se lembrava vagamente do acidente e rezou a todos os santos que poderia se lembrar para que ela e Pen ficassem bem.

Penelope e Emily foram conduzidas para a sala de exames assim como Hotch e Luke, que tinham pequenos cortes.

Felizmente ambos foram liberados para ficarem com suas namoradas.

Emily tinha uma concussão e um pulso fraturado e foi colocada em morfina depois que o pulso foi reparado.

Já Penelope teve uma perna quebrada, uma concussão e um corte feio na cabeça. Ela ganhou uma dose maior de morfina porque precisaria de mais do que uma noite no hospital.

Prentiss foi a primeira a acordar. As duas garotas estavam no mesmo quarto. Olhando para Penelope, ela entendeu que nada foi um sonho.

— Você acordou. – Hotch suspirou. – Quer que eu busque algo?

— Apenas mais disso que estão me dando. – Emily olhou de novo para a amiga. – Que merda aconteceu? Nossa cama quebrou?

— Não. – Hotch corou. – Nós sofremos um acidente.

— Do jeito que você é na cama, é bem provável. – Emily riu. – Mas o que houve com Pen? Luke, ela já me disse que você é bom, mas coitada da garota.

— Eles deram morfina. – Hotch sussurrou. – Eu vou lá pegar um enfermeiro e quem sabe enfiar minha cabeça em um buraco.

Penelope acordou bem a tempo de ver Hotch e Luke saírem porta a fora.

— Você está bem, Em? – Penelope perguntou. – Nós duas sofremos o mesmo acidente?

— Acho que estávamos no mesmo lugar. – Emily se mexeu um pouco. – Do jeito que você e Luke se moviam era quase óbvio que iria rolar algo. Vocês quase transaram na pista de dança.

— Eu e Luke já transamos no banheiro. – A morfina deu a Pen um pouco de liberdade. – Ele veio bem equipado de fábrica.

— Será que ele e Hotch vieram do mesmo lugar? – Emily entrou na onda. – Sabe aquele boato que o tamanho do sapato determina o tamanho? É verdadeiro com Hotch.

— Mãe de Deus. – Penelope começou a rir. – Estamos bem servidas.

No corredor, Luke e Hotch evitavam se olhar, ouvindo cada palavra de suas respectivas namoradas.

— O que você deu para as duas? – Luke perguntou, um pouco nervoso. – Elas parecem bêbadas.

— É morfina. – O médico ouviu mais risadas. – Para algumas pessoas ela age como um narcótico. Logo elas vão acalmar e dormir.

— E então, Luke entrou no quarto com uma cueca de oncinha e disse: “Está pronta para ser caçada? ” – Penelope riu. – Eu juro que eu joguei aquele negócio fora depois. Mas ele ficou uma graça.

— Hotch tem uma gaveta depravada em casa. – Emily falou. – Tem até chicote. Você acharia que ele é todo santinho, mas ele tem quatro pare de algemas de couro. Ele gosta disso.

— Uau. – Penelope sentiu um pouco da morfina sair de seu sistema. – Acho que amanhã eu vou me arrepender disso.

— Eu concordaria com isso. – Emily suspirou. – Estou feliz que não tenhamos morrido no acidente.

Luke e Hotch não tinham coragem de entrar. Eles viram Rossi vindo com uma expressão de pouca alegria.

— Dave? – Hotch se levantou. – Qual o problema?

— O motorista que bateu em vocês se matou na prisão. – Rossi olhava pelos corredores. – Havia um bilhete. “Na próxima não vai ser acidente. ”

— Identificaram o motorista? – Luke sentiu um arrepio correr pela sua espinha.

— O nome dele era Roger Lynch. – Rossi viu o reconhecimento em Hotch. – Ele é o irmão mais novo de Kevin.

— Quem é Kevin? – Luke sabia que já havia ouvido esse nome.

— Kevin Lynch, aprendiz de psicopata, ex namorado de Penelope. – Hotch olhou para a técnica e depois para a namorada. – Nós o transferimos depois de um caso bizarro. Ele agrediu Penelope no estacionamento, Derek ajudou a despachar ele.

Hotch não podia ignorar o que havia acontecido.

— Vou falar com o diretor. – Hotch decidiu. – Se Kevin realmente está tentando matar Pen, ele pode ter muitos alvos e eu não quero arriscar. Posso ficar como agente de campo, mas eu sinto que tenho que estar na equipe.

Emily foi liberada no dia seguinte, com uma licença de uma semana. Penelope ainda ficou internada no hospital e fez uma cirurgia na perna.

O quarto dela teve segurança reforçada e sempre dois ficavam com ela. Eles nunca imaginaram que Kevin observava tudo da segurança de seus monitores em um apartamento na Argentina.