Oneshots Criminal Minds Parte 3 escrita por Any Sciuto


Capítulo 29
Sound Of Silence




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Derek Morgan certamente não era o homem mais religioso de todos, o que realmente não o impedia de fazer orações quando a vida de alguém que ele gostava estava na mesa de operações.

Nesse momento era Emily que acabara de ser atacada por Ian Doyle, um cara de quem eles nunca ouviram falar, mas a julgar por tudo o que ele fizera com sua amiga, ele estava convencido a dizer que esse homem era mau demais.

Ele parecia ser um tipo de inimigo declarado e a julgar pela expressão vazia de sua Baby Girl, ele teria que cuidar porque quando Penelope estava no meio era algo que nem ele mesmo desejava.

JJ entrou na sala, uma expressão quase de derrota e olhou para todos ali presente.

— Ela não sobreviveu. – JJ anunciou e viu todos caírem em um choro alto. – Spence?

— Eu nem tive tempo de me despedir dela. – Reid entrou no abraço de JJ sem hesitar.

Mas quem lhe preocupava mais era Garcia. Sua Baby Girl parecia desesperada e a julgar pela fuga dela da sala ele temia que ela saísse caminhando por todos os lados de uma cidade desconhecida.

— Baby Girl. – Derek a alcançou na porta do hospital. – Onde você está indo?

— Eu preciso de ar. – ela tentou se soltar de Derek. – Morgan, me deixe ir.

— Você não vai sozinha, bebê. – Derek saiu com ela do hospital. – Se você vai, eu vou com você.

— Eu não quero acreditar que ela se foi. – Penelope decidiu abraçar Derek de uma vez. – Talvez, se eu fechar meus olhos eu posso perceber que tudo foi um sonho ruim.

Penelope fechou os olhos e os abriu de novo. Era real e isso a fez perder suas forças.

— Talvez eu não devesse ser tão próximo de você. – Derek sussurrou. – Kevin não vai gostar disso.

Ela se soltou de Derek e saiu para longe dele. Isso a fez se sentir indesejada e ela não gostou nada.

Derek observou Penelope entrando no táxi e indo embora. Voltando para a sala de espera, ele recebeu olhares questionadores.

— Penelope voltou para o hotel. – Derek se sentia mal por si mesmo. – Ela não se sentia bem.

— Hotch e JJ estão arrumando os preparativos para o enterro. – Rossi olhou a expressão derrotada de Morgan. – Foi só isso mesmo que aconteceu com Garcia ou tem algo mais?

— Ela fugiu de mim quando falei de Kevin. – Derek viu a expressão de Rossi. – Qual o problema?

— Morgan, Kevin e Penelope acabaram duas semanas atrás. – Rossi viu Morgan suspirar. – Ele a agrediu.

— Por que ninguém me contou? – Derek olhou para todos quase como uma acusação. – Por que ela não me contou?

— Penelope nos impediu. – Reid se colocou na conversa. – Ela não queria que você achasse menos dela quando soubesse o que ele fez.

— O que ele fez? – Derek se sentou, temendo o pior.

— Kevin a agrediu fisicamente no estacionamento. – Hotch apareceu de repente. – Ela machucou os pulsos e teve uma contusão nas costas. Ele foi preso.

— Eu preciso ir. – Derek pegou o casaco. – Eu prometo que vou melhor essa atitude.

Penelope se enrolou no cobertor do hotel. Emily havia ajudado ela a mandar Kevin para a prisão e agora, estava morta. Derek não sabia e mesmo que tenha sido ela quem praticamente implorou que não contasse a ele, agora ela queria que ele soube.

Sua cabeça se ergueu assim que ouviu uma batida na porta e ela limpou um pouco das lágrimas de seus olhos.

— Entra. – A voz saiu dolorida.

A porta se abriu e Derek entrou com um buque de rosas em suas mãos. Ele tinha sorvete, uma caixa de lenços e um filme de garota como ele adorava falar.

— Eu primeiro queria me desculpar. – Ele sorriu. – Sobre antes no hospital. Eu sei sobre Kevin.

— Eu não queria que você fosse para a cadeia. – Penelope olhou para ele. – Não por causa de Kevin. Eu não queria que você batesse nele e manchasse sua armadura com o sangue dele.

Derek largou tudo sob a cama do hotel e a puxou para seus braços. Seus olhos viram a dor que Pen tentava esconder. Emily estava morta.

— Por que ela, Derek? – Penelope caiu no choro. – Por que Emily e não Doyle?

Derek a segurou com toda a força que ele tinha. Ele não tinha uma resposta para a dor que sua mulher sentia

Calmamente, Derek a deitou na cama e pegou o filme e colocou no dvd. Ele abriu o sorvete e abriu a caixa de lenços. Ele a deixaria chorar, porque era o momento certo. Naquele momento, ele fez uma promessa.

Derek caçaria Doyle por matar Emily e por machucar Penelope desse jeito.

Quando a equipe voltou, Derek havia adormecido com Penelope. Rossi gentilmente entrou no quarto e colocou uma coberta extra no que ele tinha esperanças que se tornaria um casal.

O dia seguinte chegou e a lembrança que o corpo de Emily estava indo com eles em caixão fez Penelope ficar sozinha na parte de trás do avião. Derek se sentou ao lado dela, pouco se importando se aquilo violava as regras de fraternidade.

Ela ficou em silencio o tempo todo no velório, nem ao menos chorando. Hotch e Rossi estavam preocupados com aquilo e pediram que Derek cuidasse dela.

— Baby Girl, você precisa se alimentar. – Derek gentilmente arrumou seus fios loiros. – Em não iria querer que você ficasse sem comida.

— Eu não tenho fome, Derek. – Penelope parecia catatônica. – Eu não quero comer nada.

— Desculpe, Baby, mas não vou aceitar um não. – Derek a ajudou a ficar de pé, suas pernas revelando que ela não estava bem. – Eu preciso de ajuda.

Hotch correu para os dois e ajudou Derek a levar Penelope até a sala intima e a fez se deitar. Ela estava pálida e um amigo de Emily que era médico a examinou.

Derek comprou uma boa comida para Penelope antes do enterro. Rossi ajudando a forçar Pen a comer algo.

Na hora do enterro, cada um colocou uma rosa sobre o caixão da amiga. Derek pegou a mão de Pen e sabia que logo ela quebraria.

— Emily Prentiss nós ensinou que a alegria da vida é o hoje. – Penelope começou seu discurso. – Eu tive sorte de conviver com ela todo esse tempo. Ela era minha melhor amiga junto com JJ. Devemos nos lembrar dela rindo, sendo excêntrica e amável.

Derek notou um brilho ao longe e seu instinto lhe disse que era algo perigoso. No segundo em que ele foi alertar, as coisas saíram de controle.

— Penelope! – Derek gritou, mas era tarde demais.

A bala entrou no peito de Pen, mas mesmo assim ele a jogou para o chão. Todos se abaixaram, mas apesar do perigo, Derek precisava que Penelope ficasse com eles.

— Pen, não me deixe. – Ele rasgou o vestido para ver a bala. – Eu te amo, não morra. Por favor.

Pen tentou responder, mas sentiu suas forças acabarem e seus olhos se fecharam. Tudo o que restava era o som do silêncio ao seu redor.


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