Oneshots Criminal Minds Parte 3 escrita por Any Sciuto


Capítulo 146
Circles




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Já passava das oito horas da noite quando um novo relatório chegou até a mesa de Emily Prentiss. A chefe do time estava cansada, mas ela viu o nome de Penelope e decidiu ver as anotações da técnica.

“Devo mencionar que consegui acalmar Elizabeth contando a ela sobre o meu próprio caso, que está acontecendo nesse momento. Eu não disse nada a ninguém, exceto Luke Alvez”.

O coração da agente quebrou. Penelope estava lidando com aquilo tudo sozinha. Felizmente, Rossi ainda estava na BAU naquele momento. Desligando suas luzes, Emily bateu e viu o agente mudar sua atenção de um livro para ela.

— Emily? – Ele notou o arquivo na mão da agente. – O que está acontecendo?

— Isso. – Ela apenas entregou o arquivo e se sentou.

Rossi leu a página que Emily havia marcado com receio. Seria mesmo possível que Penelope escondera isso deles esse tempo todo?

— Isso é muito grave, Dave. – Emily suspirou. – Ela mencionou que Luke já sabe sobre isso, então há uma grande chance de os dois estarem trabalhando juntos.

Rossi apenas ficou em silêncio. Algo o perturbava e era algo realmente perturbador.

— O que? – Emily perguntou, curiosa. – Dave, o que foi?

— Tara havia comentado que Penelope entrou em parafuso. – Ele viu a realização na agente.

— Mas isso não nos diz como reagir. – Emily apenas apontou. – Quero dizer, agora que nós dois também sabemos, precisamos proteger Penelope. De qualquer jeito.

— Sim, nós vamos. – Dave retirou seu celular da gaveta. – E se for preciso, eu compro um apartamento novo, no prédio mais seguro que eu encontrar. Não importa o preço.

— David Rossi, você não existe. – Ela levantou e abraçou Dave. – Estou feliz por você fazer parte do time.

— Emily, ninguém ataca Garcia ou esta equipe e sai impune. – Ele deu um sorriso. – E eu não vou levar meu dinheiro para o caixão de qualquer jeito.

Caminhando pelo corredor, Emily levou um tempo para relembrar a última vez que Penelope passou por uma situação de stress. Hotch havia ligado para ela dizendo que Penelope estava sendo caçada por quatro assassinos entre eles, Cat Adams.

Ela havia voado naquele dia e chegado no outro para conversar com Pen e dar um apoio emocional para a amiga.

Penelope estava deitada no sofá da casa de Luke. Ela não se sentia muito confortável em ficar no apartamento dela, apesar dela ter uma central de vigilância do mesmo prédio.

Luke lhe ofereceu um lugar seguro e ela aceitou apenas com a condição de ficar deitada em seu sofá. Ele também lhe disse que Lisa havia ido embora. E que ela nunca mais voltaria.

— Se você sentir sede ou quiser alguma coisa da geladeira, por favor não hesite em pegar. – Luke lhe entregou uma coberta que parecia muito chamativa para ser de Lisa. – Espero que não se importe. Minha irmã me ligou e disse para eu lhe dar essa coberta ou ela arrancaria meus ovos. Ou o que realmente isso signifique.

— Significa que você só vai poder tocar flauta. – Penelope corou quando percebeu o que ela havia dito. – Desculpe, foi muito ousado da minha parte.

— Na verdade, eu gostei. – Luke sorriu para ela. – Boa noite, Penelope.

— Boa noite, Luke. – Penelope sorriu ao ver que ele parecia muito mais feliz por ter ela com ele.

Ela logo pegou no sono. Luke precisou de um copo de suco de maracujá então entrou na sala em silêncio. Ele ficou entretido ao ver que ela estava finalmente relaxando.

Ele deixou o copo na pia e a jarra com metade do suco ainda na geladeira. Pegando Penelope suavemente, ele a levou para a cama e a cobertou. Não era justo ele dormir na cama e ela no sofá.

Penelope acordou no segundo que ele a colocou no colchão. Ela o viu se afastar com medo de qualquer coisa que pudesse acontecer depois.

— Não vai embora. – Penelope estava precisando dele. – Fica comigo essa noite.

— Então não está chateada por eu ter te movido do sofá para a cama? – Ele só precisava esclarecer qualquer mal-entendido.

 - Na verdade, eu estou feliz que tenha feito. – Ela corou apenas um pouco. – Pode deitar comigo?

Ele colocou a calça do pijama. Essa podia ser a noite mais “normal” deles e Luke não queria estragar tudo fazendo-a pensar que ele queria se aproveitar dela.

— Eu nunca te agradeci. – Penelope bocejou. – Por manter o segredo e por ter me chamado para ficar com você, embora eu saiba que uma vez que o pegarmos eu vou ter de voltar para o meu apartamento.

— Não, eu não quero que você vá embora. – Luke se virou para ela. – Pen, eu tenho estado em negação desde o segundo que eu te vi. Eu posso estar sendo muito intrusivo, mas eu preciso dizer que eu te amo. E eu não quero que você volte para casa.

Penelope apenas sorriu, com algumas lágrimas e Luke deitou um pouco mais perto e ela abraçou ele.

O sono veio fácil para os dois naquele momento.

JJ, Reid, Emily, Simmons, Tara e Rossi estavam reunidos na sala de conferencia. Ela conseguiu que eles viessem mais cedo do que de costume.

— Onde estão Luke e Penelope? – JJ se preocupou. – O que está acontecendo?

— Eu tenho a impressão que é sobre o caso de Stalker. – Tara falou. – Emily?

— O motivo é em parte ao caso de Stalking online e sobre Penelope e Luke. – Emily deu cópias do relatório de Penelope a todos. – Penelope está sendo perseguida por um Stalker online.

— Meu Deus. – JJ colocou a mão em sua boca. – Por que ela não contou?

— Ela gosta de ser independente. – Spencer respondeu. – Mas porque ela contou a Luke primeiro? Tipo, eles meio que não se suportam.

— Você tem ainda muito a aprender, Spence. – JJ sorriu. – Mas falando sério, como iremos proteger ela se esse idiota tentar chegar a ela?

— Rossi deu uma boa idéia. – Emily sorriu para o amigo. – Compraremos um novo apartamento, colocamos agentes casados para serem vizinhos dos dois e assim, seria preciso um exército para tentar chegar a eles.  

— Certo. – Tara sentiu por Penelope. – E quanto a Luke? Ele se mudará junto?

— Acho que não tenho dúvidas.  – Emily apenas disse e todos continuaram a discutir tudo, menos a vida pessoal dos dois.  – Agora, que tal Dave mostrar o prédio que ele comprou há alguns anos e ver se temos um andar livre?

— É só me seguirem. – Rossi sorriu. – E peguem seus celulares.

Penelope e Luke chegaram o BAU estranhando que não houvesse um caso disponível. Ela deu um sorriso para Luke e foi em direção a sala dela. Um buque de flores estava em sua mesa e ela pensando que Luke fora o responsável pelas flores, leu o bilhete.

Seu humor caiu quando ela leu o que estava escrito. Ela deixou o cartão cair e saiu correndo.

“Em breve você não será nada além de lembranças”.

Alexei estava chegando perto e ele sabia onde ela trabalhava.


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