Aquele caso já havia sido difícil para todos, com a chegada do casamento de Rossi e Krystall e apesar de Reid dizer que tudo daria certo no final, ele estava um pouco enganado.

Penelope foi levada por Emily com eles. Ela era um hacker e saberia como fisgar esse cara. A chefe da unidade só não imaginava que Penelope seria uma das pessoas feitas reféns pelo unsub junto com Alvez.

O agente parecia aborrecido demais para ser tudo por causa de uma simples caneta.

— Luke e Penelope, peguem uma SUV e vão até a casa de uma das vítimas. – Emily ordenara e Luke ajudou Penelope com um de seus notebooks.

No caminho, sentimentos rolavam entre os dois agentes. De um lado Penelope sentia que deveria dizer algo a Luke, mesmo que o homem latino tivesse uma namorada. Mas se ela dissesse e Luke apenas risse e pedisse para esquecer, seu coração ficaria quebrado.

Luke estava tendo a mesma discussão interna, apesar de saber que Lisa não era mais um impedimento. Ele e a mulher haviam rompido um pouco depois de inaugurarem o novo apartamento e Luke, sendo um cavalheiro, deixou o apartamento para ela, sabendo que teria algum tipo de paz.

— Penelope, Alvez. – A voz de Reid soou pelo alto falante do utilitário. – Uma situação de reféns em um mercado próximo. Vocês estão mais perto. JJ e eu vamos depois.

Eles se olharam. Penelope não estava armada e Luke sabia, mas entre deixar ela no carro e levar ela junto, ele achou que se ela estivesse com ele, seu jeito protetor poderia de algum jeito proteger.

Estacionando na frente, Luke se agachou e deu sua arma reserva para Penelope deixar sobre seu vestido e suas meias. Eles mal sabiam em que merda estavam se metendo e quando descobriram, já era tarde demais.

— Mãos ao alto! – Luke gritou, sempre na frente de Penelope. – Coloque sua arma no chão, somos do FBI.

O sujeito atirou em Luke, que puxou Penelope para o chão e atirou de volta.

— Coloquem as armas para baixo, agentes. – O bandido deu um olhar cheio de ódio para Luke e apontou a arma para uma de suas duas reféns. – Vocês dois. Armas agora!

Luke jogou a dele, não querendo arriscar ter Penelope levando um tiro.

— Você também, loirinha. – Ele olhou para Pen e ela deu um passo para trás.

Acionando a porta metálica, o homem sorriu presunçoso para seus agora quatro reféns. Ele iria se divertir com aqueles dois.

— Sente aí. – Ele começou a revistar Penelope. – Você não tem uma arma, querida?

— Eu não tenho armas. – Penelope tentou não ter medo. – Minha arma é o computador. Sou analista técnica.

— É mesmo? – Ele pegou um rolo de fita da prateleira e amarrou os braços de Garcia por trás. – Nós vamos ver isso.

Luke sentiu seu intestino perfurar ao ver que Penelope estava quase chorando de medo. Sentindo as mãos amarradas, Luke sabia que precisaria confiar nela, como fizera muitas vezes.

Spencer correu para a sala onde a equipe estava reunida, seus cabelos voando naquele momento. Ele descobriu que Penelope e Luke estavam como reféns e tudo o que Emily conseguia pensar era na situação com os “Belivers” que infelizmente não eram um bando de fãs do Justin Bieber.

— Não temos imagens de lá dentro. – Rossi xingou em italiano logo depois. – Se ao menos Penelope estivesse aqui...

— Dave, acalme-se. – Emily deu um tapa na cabeça do amigo. – Precisamos nos concentrar.

— Está bem. – Dave se sentou, cruzando as pernas e orando para que algo de bom acontecesse.

Penelope decidiu arriscar algumas coisas. Naquele momento, ela só achava que tinha sua vida e nunca teria Luke nela.

— Ei, eu quero jogar. – Penelope se levantou.

— E qual o seu nome, querida? – Ele se aproximou calmamente dela. – Qual é o seu nome?

— Agente especial Penelope Grace Garcia. – Ela engoliu em seco, sabendo que ele punia as mentiras. – Sou analista técnica da BAU há mais de dez anos. Eu tenho status de agente também.

— Bem, parece que temos alguém que fala a verdade aqui.  – Casey a fez se sentar perto de Luke. – Agora, vocês dois vão jogar. Verdade ou consequência?

— Verdade. – Luke começou.

— Você tem uma namorada nesse momento? – Casey olhou para Luke, quase o levando a mentir.

— Não tenho mais. – Luke olhou parar Penelope que parecia chateada. – Nós terminamos depois de uma discussão sobre o apartamento e ela me acusou de dormir com uma pessoa.

— Verdade ou consequência? – Casey estava um pouco frustrado em não atirar em ninguém.

— Verdade. – Penelope engoliu em seco.

— Mê diga seu maior segredo. – Casey quase a desafiou.

Ele atirou no espelho, mandando vidro diretamente para as mãos de Luke. Ele começou a cortar e fingiu uma queda. Penelope havia colocado a arma ao seu lado no chão antes de ser amarrada.

— O seu maior segredo AGORA!! – Casey ameaçou Penelope ainda mais.

Tomando coragem, Penelope olhou para Luke e engoliu seu próprio orgulho. Ela precisava se declarar e descobrir que ele estava solteiro foi uma das poucas coisas que a animou.

— Luke. – Ela viu Luke olhando para ela. – Eu sempre amei você. E é complicado de dizer isso agora. Eu te amei desde o primeiro dia em que a gente se viu.

Luke estava olhando para Penelope com uma cara de assustado. Ele não sabia se estava feliz ou se ficava aterrorizado por Penelope finalmente contar a verdade que o homem estava procurando.

Ele finalmente conseguiu cortar a fita durex de seus punhos e pegou a arma discretamente. O homem estava mirando para Penelope.

— É uma porra de um segredo para além tumulo. – Casey deu uma risada presunçosa. – Pena que não vai ter esse prazer de curtir seu amor proibido.

Casey preparou a arma, mas antes que ele pudesse puxar o gatilho, Luke atirou nele, o fazendo cair e morrer na hora. Penelope olhava para o homem com seus grandes olhos marrons quase cheios de agua.

Gentilmente, Alvez foi para trás dela e desfez a fita dos punhos de Penelope, em um silencio estarrecedor. A verdade é que Penelope não parecia muito feliz. Rossi e Emily correram para ela enquanto JJ e Lewis foram para Luke.

Penelope foi verificada e liberada apenas com um pequeno corte na testa.

Luke correu até Penelope. Ele não sabia se teria outra chance de falar tudo o que precisava.

— Penelope. – Luke a fez se virar. – Eu preciso saber algo.

— Alvez, apenas esqueça. – Penelope se abraçou e foi em direção ao SUV.

Emily deu um toque no ombro de Luke, deixando-o saber que ela torcia pelos dois. Até mesmo Reid demonstrou que Penelope precisava de um tempo para pensar e ele também.

A noite de casamento finalmente chegou e Penelope e Luke se evitaram até depois dos brindes.

— Penelope, eu preciso falar com você. – Luke a viu suspirar, mas ficou satisfeito quando ela andou com ele. – Verdade ou consequência?

— Verdade. – Ela sabia que iria se revelar, mas precisava dizer de uma vez.

— Aquilo o que você disse no mercadinho, durante a nossa provação era verdade? – Luke a viu sorrir levemente.

— Sim, mas eu tenho medo. – Penelope sentiu Luke coletar a pequena lágrima que escapou. – Tenho medo de a gente se dar mal ou...

Luke não queria ouvir mais nada e simplesmente a beijou. Ao invés de se afastar, Pen passou os braços pelo pescoço dele e cedeu a tentação que eram seus lábios.

Rossi e sua esposa ficaram felizes por finalmente Penelope e Luke terem deixado de serem cabeças duras e se beijado. Aquilo era maravilhoso.

Todos os colegas evitaram bater palmas para a cena, tentando deixar os dois curtirem mais um pouco. Reid estava feliz com uma garota que ele havia conhecido em um grupo para sobreviventes e JJ e Will estavam mais do que fortes.

Matt e Kristy estavam felizes pelo quinto bebê que estava chegando. Tara havia conhecido um rapaz e eles estavam juntos desde então. Emily e Hotch estavam noivos.

Luke olhou para Penelope que sorriu no beijo, mas não o soltou. Ambos estavam embriagados pelo gosto do outro. O amigo de Rossi cantou para os casais apaixonados.