Oneshots Criminal Minds Parte 3 escrita por Any Sciuto


Capítulo 111
Penelope Na Praia




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Se perguntassem a David Rossi o que era mais importante para ele naquele momento, era sua pequena filha Penelope Rossi. A menina de cabelos loiros e esvoaçantes era completamente sua paixão desde o primeiro dia em que nasceu.

— Filha, tome cuidado! – Dave a alertou. – Fique por perto, por favor.

— Sim, papai. – Penny gritou com sua pazinha de praia e seu balde miniatura. – Eu vou ficar por aqui.

Ele e a mãe de Penelope haviam se divorciado e ela se casou com outro homem. Rossi exigiu que o sobrenome de sua filha ficasse o mesmo e quando ela tentou colocar, Dave conseguiu a guarda total de Penelope.

Ele estava no FBI, mas como Jason Gideon era quase um segundo pai para Penny, ele sempre a levava junto quando ela estava de folga da escola.

Lendo seu jornal, Dave se distraiu e quando olhou de volta, tentou encontrar Penelope, mas a pequena havia sumido em meio à multidão. Ele se levantou, o agente dentro dele chutando seu intestino.

— Penelope! Penny! – Rossi começou a ir atrás da filha. – Filha!

— Senhor, está tudo bem? – Um jovem oficial se aproximou dele. – Posso lhe ajudar em algo?

— Minha filha sumiu. – Rossi sentiu seu coração apertar. – Ela estava aqui e agora sumiu.

— Senhor, dê uma descrição da sua filha. – O guarda fez sinal para um carro que passava. – Por favor.

— Ela tem sete anos, tem cabelos loiros. – Dave começou. – Ela tem dois dentes faltando e usa óculos cor de rosa. Por favor, me ajude a encontrar ela.

O oficial anotou todas as informações que Dave deu a ele e viu que o homem a sua frente estava quase desmoronando completamente.

Penelope estava seguindo uma pipa colorida. Ela nunca havia visto uma daquelas muito colorida e estava distraída demais.

— Papai? – Penny olhou em volta de repente. – Pai?

— Querida, você está perdida? – Uma loira alta e jovem se aproximou de Penelope. – Tudo bem, querida, eu trabalho para o FBI. 

— Meu pai trabalha para o FBI também. – Penelope disse em sua inocencia. – Mas eu não consigo ver ele em lugar algum.

— Que tal nós duas irmos tomar sorvete? – Ela tentou fazer Penelope confiar nela. – Depois podemos ir buscar seu pai.

— Está bem. – Penelope deu a mão para a mulher, não sabendo que ela era uma das procuradas mais perigosas.

Parecia um filme para Dave. Sua filha sumida em uma praia cheia de possíveis predadoras e predadores. Kelsy, a mais procurada pelo FBI jurara que iria conseguir atingir Dave em seu lugar mais profundo.

— Senhor Rossi, achamos isso. – O oficial entregou a ele um laço de cabelo. – É da sua filha?

— Sim. – Dave olhou para o broche de sorvete e teve uma idéia. – Olha, eu realmente preciso de um tempo, será que eu poderia comprar uma água?

— Claro. – O oficial estranhou, mas obviamente Dave sabia o que estava fazendo.

Rossi entrou na sorveteria e deu de cara com Kelsy, a mulher que estava com Penelope ao seu lado, tomando sorvete. Ele sentiu a cor escorrer de seu rosto, mas precisou de tempo para suspirar.

— Penelope. – Derek viu sua filha olhar para ele e se levantar. – Você está bem?

— Estou, pai. – Penelope limpou a boca cheia de sorvete. – A moça bonita me encontrou.  

— Eu fico feliz. – Ele fez sinal para um guarda levar Penelope. – Penny, vá com o oficial e não saia de perto dele.

— Está bem, papai. – Penelope pegou a mão do oficial, que entendeu o que estava acontecendo. – Você é amigo do meu papai?

O oficial sorriu.

David se sentou na mesa, na cadeira em frente de Kelsy. Olhando com raiva para a mulher, Rossi sentiu seu corpo pegar fogo.

— Por que envolver Penelope no seu joguinho sujo? – Rossi começou. – Se você quer pegar alguém, venha até mim, mas deixe minha filha fora.

— Ela é encantadora, Dave. – Kelsy deu mais uma mordida no seu sorvete. – Você precisa entender que eu precisava conversar com você sobre minha atual condição.

— Eu poderia entender com uma carta. – Dave se forçou a não gritar com a mulher. – Não precisava raptar minha filha.

— É que eu sei que você a ama mais que tudo. – Kelsy entregou uma carta. – Eu quero me entregar. Essa vida de criminosa procurada é horrível. Nem posso entrar em uma farmácia para comprar absorventes.

— Sabe que eu vou ter que lhe algemar. – Dave retirou as algemas. – É para sua segurança.

— Certo. – Kelsy se levantou e Rossi colocou as algemas nela. – Você pode dizer a Penelope que eu nunca quis levar ela de você?

— Talvez. – Rossi entregou Kelsy para os oficiais. – Aí está minha menina.

— Papai, eu ganhei um distintivo igual ao seu. – Ela levantou sua estrela de xerife de brinquedo. – Quando eu crescer, quero ser como você.

— Eu espero que os assassinos saibam que a pequena Penelope Rossi está vindo para buscar eles. – Dave sorriu, mas isso acabou quando chegou em casa e viu Barbara. – O que quer agora?

— Minha filha. – Ela entregou uma série de papeis. – Eu descobri o que aconteceu na praia e meu amigo que é um juiz assinou.

— Você não pode levar minha filha. – Rossi olhou para Penelope. – Por favor. Ela é tudo o que eu tenho.

— Sinto muito. – Babara pegou a filha nos braços e mesmo com Penelope chorando por ser levada de seu pai, ela não teve compaixão. – Pode ficar com tudo o que ela tinha. Eu vou comprar coisas novas e muito melhores.

— Papai! – Penelope estava chorando. – Papai!

— Penelope! – Rossi correu atrás do carro enquanto ele se afastava.

Apesar de todos seus esforços e de Gideon o ajudar a encontrar Barbara e Penelope, Dave não teve sucesso. Ela e seu marido haviam se mudado para algum lugar, porém Dave sabia que eles tinham amigos poderosos.

Os anos foram passando e o status de Barbara e Emilio Garcia mudaram para “falecidos”. Rossi agora era um famoso autor de livros. Ele nunca parou de procurar sua filha.

Mas ele deixou a BAU e não conseguiu encontrar Penelope.  

— Bem-vindo a equipe, Dave. – Erin Strauss apertou a mão dele na sua volta ao FBI. – Vai conhecer a equipe pela manhã.

Depois de conhecer quase todo mundo, Dave estava sentado na mesa redonda da BAU ouvindo o novo caso quando a porta se abriu. Olhando para trás, o que ele viu fez seu coração bater mais rápido.

— Analista técnica Penelope Garcia, esse é o agente especial David Rossi. – Hotch viu Penelope sorrir e largar a pasta em suas mãos.

— Papai! – Penelope o abraçou Rossi, que a abraçou de volta. – Eu senti sua falta.

— Eu também, querida. – Dave a abraçou, deixando todos em choque. – Eu sinto muito sobre sua mãe e seu padrasto.

— Você voltou, pai. – Penelope estava em lágrimas. – É o que importa.

Derek olhava para sua amada feliz nos braços de Rossi, sabendo que ele era o pai dela.

— Eu e Derek estamos juntos. – Penelope disse e Rossi olhou para o homem em questão. – Ele me faz feliz.

Dave não sabia se assustava o homem ou se o cumprimentava.

Semanas depois, ele estava sentado na beira da cama dela no hospital. Depois dela ser raptada quando criança, Penelope ser baleada por alguém que ela tentou ajudar e deixada para morrer no meio da rua era seu pior pesadelo.

Felizmente, JJ acabou com ele. E agora, ele poderia ajudar a filha a se recuperar junto com Derek. Ele só aguardava o dia do casamento dela para que ele a levasse vestida de branco para o altar.


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