Oneshots Criminal Minds Parte 3 escrita por Any Sciuto


Capítulo 103
Instinto Paterno




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Não era preciso muito tempo para entender porque David Rossi assumiu o instinto paternal pela equipe BAU. Reid era um gênio, mas tinha problemas de se abrir e dividir suas emoções, frustrações e quem sabe o coração. Emily havia virado a chefe da BAU depois da partida de Hotch e ele sabia o quanto ela se esforçara para pegar Peter Lewis e mesmo assim se martirizava pela morte de Walker.

Tara era outra mulher forte na equipe. Não deixava nada a desejar para os homens e ainda assim, era doce. Luke era muito independente e muito apaixonado por Penelope Garcia. JJ era uma agente forte, mas ainda tinha seus momentos vulneráveis.

Por fim, mas não menos importante, havia Penelope. A linda analista da equipe, era forte e decidida, mas quando se tratava de dividir seus sentimentos, era mais fácil mastigar cianeto do que falar qualquer coisa sobre qualquer um deles.

E era sobre isso que ele iria conversar com Penelope.

— Vejo você amanhã, ok? – Penelope disse a JJ. – E traga meus afilhados.

— Eu vou trazer sim. – JJ beijou a amiga no rosto. – Se comporte.

Penelope sorriu maliciosamente. Afinal, ela e Luke estavam em uma relação muito secreta naquele momento e não queriam compartilhar ainda.

— Agente Rossi. – Penelope segurou o elevador para o agente. – Ainda bem que me pegou aqui no elevador, senão iria ter que descer as escadas.

— Estou velho para as escadas. – Rossi brincou. – Como vai ser final de semana, Kitten? Mais um fim de semana na casa de Luke?

— Como sabe sobre eu e Luke? – Penelope revirou os olhos. – Ah, esqueci. Perfiladores. Sim. Eu e meu belo namorado vamos passar o final de semana em Miami.

— Miami. – Rossi arqueou as sobrancelhas. – como você está, querida?

— Bem, eu achei que a saída de Hotch havia me quebrado da primeira vez, mas agora que é definitivo eu me sinto pior. – Penelope encostou as costas na parede do elevador. – Mas eu me sinto egoísta. Quer dizer, ele tem Jack e merece ser feliz.

— Você não é egoísta, Kitten. - Rossi deu um sorriso. – Sabe, quando Hotch deixou a unidade ele se preocupou com todos, mas em especial com você e Reid. Ele sabia que você sofreria.

O elevador parou e Reid entrou. Penelope suspirou cansada e caiu sentada no chão do elevador, antes que o objeto parasse de andar. Aparentemente havia faltado luz no prédio.

— Os cabos do transformador devem ter explodido de novo. – Rossi se sentou ao lado de Pen. – Kitten, você está bem?

— Eu não gosto de elevadores. – Penelope começou a ficar com medo. – Eu não gosto de ficar presa aqui ou em qualquer lugar.

Reid se ajoelhou ao lado de Penelope, percebendo que ela entraria em estado de choque.

— Garcia, vai ficar tudo bem. – Reid olhou para o celular, grato por ser simples. – Eu tenho sinal.

Durante a ligação de Reid, Rossi ficou com Penelope no chão do elevador. Penelope estava hiperventilando naquele momento.

Penelope olhou para cima, antes que Reid voltasse a se ajoelhar. Um olhar entre os dois e tudo parecia que iria dar errado.

— Estamos presos aqui. – Reid colocou uma mão sobre o ombro de Penelope. – Vão demorar até consertar os cabos e religar a luz.

— Luke sabe de algo? – Rossi perguntou. – Penelope?

— Eu tenho que sair daqui. – Penelope começou a bater no elevador, desesperada. – EU QUERO SAIR DAQUI!

Reid pegou Penelope e com Rossi a deitaram segurando seus braços para que não houvesse machucados.

Luke chegou correndo e em um momento de desespero, ele e Matt começaram a traçar um plano. Afinal, apenas Luke sabia o segredo que Penelope não queria contar a toda equipe, além do namoro dos dois.

— Penelope? – A voz de Luke soou pelo celular de Reid. – Querida, você está aí?

— Luke, eu quero sair. – Penelope estava mais controlada agora. – Nosso bebê, ele precisa de comida.

Emily olhou para Luke, quase como se perguntasse não querendo realmente saber. Porem, JJ entendeu que ela e Luke não só estavam juntos como provavelmente estavam tendo um filho muito em breve.

— Penelope, é Emily. – Prentiss pegou o comando. – Estamos apressando o conserto dos cabos, ok?

— Emily, eu quero sair. – Penelope quase implorou. – Luke e eu estamos em um relacionamento. Se isso for ruim, eu deixo a unidade.

— Não mesmo, Penelope. – Emily deu um sorriso conhecedor. – Nem você nem Luke deixarão essa equipe se eu tiver uma palavra nisso.

— Certo, depois de alguma pressão, eles vão concluir em dez minutos. – JJ deu de ombros. – Acho que Emily precisa me ajudar a dar uma declaração caso necessário.

Quando a luz voltou e o elevador finalmente chegou ao térreo, haviam se passado quase três horas. Rossi havia conversado sobre tudo o que queria com Penelope e Reid.

Ele descobriu como Luke e ela haviam se unido, nas seis semanas de férias da equipe, onde se encontraram em Las Vegas e começaram um relacionamento muito mais do que pessoal.

Reid contou sobre uma moça com a qual ele havia feito contato também no tempo de folga, mas como ela precisava ir para Londres estudar.

Rossi olhou para Penelope no segundo que a porta foi aberta. Ela foi direto para Luke e todos sorriram porque afinal de contas, era um desejo em comum.

— Penelope, você está bem? – Emily perguntou, pegando a amiga nos braços. – Vem aqui.

Ela foi até a chefe, que a abraçou. Emily sabia que Penelope havia achado o corpo de Walker e Matt lhe contara sobre com ela havia reagido.

— Venha, vamos comer. – Todos a protegeram como se fossem a família dela, o que eram na realidade.

— E você não vai fugir de perguntas sobre ele. – JJ apontou para Luke e deu um sorriso.

— Sim, porque se finalmente vocês dois estão juntos. – Tara deu um olhar conhecedor. – E grávida, ele deve ser bom.

— Por mais que eu te ame, Tara, eu me recuso a contar detalhes sórdidos dele. – Penelope olhou de cima a baixo para Luke. – Nenhum detalhe mesmo.

— Percebe que vai trocar a cerveja por mamadeiras e fraldas, né? – Matt brincou.

— Estou começando desde agora. – Luke sorriu, sabendo que era mais um motivo para ficar sóbrio. – E acredite que eu me inscrevi em um intensivo de troca de fraldas e alimentação de bebês.

— Bem, eu vou lhe dar um diploma se quando a Penelope estiver com quase seis meses, você me provar que sabe trocar fraldas. – Dave brincou. – Alias, Kitten, eu vou lhe dar todo o enxoval. E não quero negativas.

— Rossi. – Penelope o olhou com medo. – Esse bebê não vai ter um avô materno.

— Eu vou ser o avô materno do seu bebê. – Rossi abraçou Penelope. – Agora, o que vocês querem comer? Eu pago a conta.

Luke pegou na mão de Penelope e todos foram para o restaurante mais chique da cidade. Rossi conseguiu uma mesa e suco para todos, afinal, eles estariam dirigindo depois.

As coisas ficaram mais felizes quando descobriram que ela e Luke teriam uma linda garotinha.


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