Oneshots Criminal Minds Parte 3 escrita por Any Sciuto


Capítulo 100
Troca De Corpos




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Penelope irrompeu para dentro de sua casa, batendo a porta com força. Luke seguiu atrás dela. Eles haviam acabado de chegar de uma lancheria tiveram uma briga por causa de dois caras que estavam com Penelope.

— Eu queria ver você na minha pele. – Penelope gritou ao entrar no quarto.

— Eu que queria ver você na minha pele, encontrando minha esposa em uma lancheria com dois homens, rindo e bebendo.

— Não estava com dois homens qualquer. – Penelope olhou para Luke. – Eles são meus amigos e são gays!

— Você nunca me disse essa parte droga! – Luke pegou seu pijama e se deitou.

— Luke, você precisa me escutar. – Penelope correu atrás do marido. – Às vezes você precisa entender que eu tenho amigos e quero sair com eles.

— E por que afinal eu não posso estar com você? – Luke cruzou as mãos em seu peito. – O que vocês fazem tanto que eu não posso ir junto?

— Você está sinceramente achando que eu estou te traindo? – Penelope jogou a bolsa no chão. – Quer saber, eu não vou discutir com você agora.

— Eu também não. – Luke tirou a camiseta e colocou uma de pijama.

— Você sempre acha o pior. – Os dois falaram juntos. – Se eu fosse você, queria te ver no meu corpo, enfrentando o meu dia a dia.

Eles se olharam, quase em pânico. Aparentemente, havia um fenômeno lunar que ocorria há cada tantos bilhões de anos em que os planetas se alinhavam. E por acaso o dia era hoje.

Penelope e Luke se deitaram, sem se beijar pela primeira vez. Penelope estava com medo que Luke não a amasse e quisesse o divórcio, mas na verdade, Luke era muito inseguro para pedir a Penelope que o explicasse.

Fechando os olhos, cada um deles deu boa noite e fecharam os olhos.

Penelope foi a primeira a acordar naquela manhã. Esticando os braços, ela sentiu que precisava urgente depilar as pernas e braços. Ela tocou seu peito e descobriu que não tinha nada onde claramente ela teria. Seus olhos estavam claros e com medo ela correu para o banheiro.

—AHHHHHHHHHHH! – Penelope gritou quando finalmente se deu conta do que estava acontecendo. – Luke, acorda. Luke.

Luke acordou, mas se sentiu incrivelmente cheio de curvas e com uma visão horrível. Ele olhou para Penelope e percebeu que aquela coisa havia acontecido mesmo.

— Penelope, por favor, se acalme! – Luke arrumava o cabelo, mas ele sempre acabava caindo de volta no rosto. – Penelope Grace Alvez!

— Luke, eu tenho um pinto! – Penelope começou a balançar. – EU TENHO UM PINTO!!!

Luke segurou seu próprio corpo quando Penelope desmaiou nele. Ele começou a dar pequenos tapas em sua bochecha, tentando fazer com que Penelope acordasse.

— Meu bem. – Luke suspirou quando Penelope finalmente acordou. - Você está bem, querida?

— Foi um sonho? – Penelope percebeu que ainda era homem. – O que vamos fazer?

— Só podemos aceitar que estamos assim por algum tempo. – Luke se olhou no espelho. – Olha, eu tenho peitos.

— Sim e eu tenho um pinto. – Penelope se sentou. – Ah, e não esqueça das regras básicas. Sem sexo até voltarmos a ser nós.

— É seria estranho. – Luke concordou. – Mas se bem que eu gostaria de aproveitar esse corpo e ficar com minha esposa. Sem que o telefone toque.

Como se a sugestão, o celular de Luke tocou e depois o de Penelope. Eles não tinham muito tempo.

— Agente Luke Alvez. – Penelope atendeu. - Sim, Emily. Eu e Penelope estaremos vindo. Caso? Onde?

— Não. – Luke balançava do outro lado da sala. – Diga que estamos doentes.

— Tudo bem, estaremos aí. – Penelope desligou o telefone e suspirou. – Eu não sei o que é isso, mas eu preciso saber se isso realmente está acontecendo.

— Você quer dizer eu ser mulher e você homem? – Luke suspirou. – Eu não sei como hackear um laptop como você.

— Que bom, porque eu não sei atirar com uma arma. Ou prender bandidos. – Penelope suspirou. – Luke, temos que fazer algo.

— Sim, poderíamos trocar de atuação. – Luke adorava estar no corpo de sua esposa, mesmo que não dissesse. – Mas eles estranhariam.

— Deveríamos ligar para Emily e dizer que estamos, sei lá, doentes. – Penelope ainda não se acostumara com o corpo de homem em que estava naquele momento. – Luke?

— Eu deveria usar salto hoje? – Luke olhava para os sapatos de sua esposa com medo do que teria que usar naquele dia. – Acho que eu não consigo usar salto alto.

— Se você não usar, a equipe vai estranhar. – Penelope olhou para o marido. – Vem, eu escolho um.

Luke suspirou. Apesar de adorar sua esposa, parecia que havia algo de muito errado naquele momento. Ele não iria gostar mesmo de usar sapatos altos demais.

Ainda mais porque ele tinha que descer uma escada grande. E isso se tornaria um problema.

Olhando para a escada, Luke se sentiu meio zonzo, mesmo no corpo de Penelope. Era como se o salto em seus pés tivessem vinte centímetros, apesar de terem apenas dez.

— Se eu cair, vai ser o seu corpo. – Luke provocou. – Mas você vai chamar a ambulância, certo?

— Luke, eu acho melhor você descer sem os saltos. – Penelope suspirou. – Eu estou grávida.

Luke a olhou e a ela percebeu que fazia uma cara estranha cada vez que ficava chocada.

— Grávida? – Luke tocou a barriga. – Santo Deus.

— Vai ficar tudo bem, é só lembrar de ir ao banheiro cada vez que precisa e tudo vai ficar bem. – Penelope ajeitou o colar. – E tente não dar na cara que você agora é uma mulher.

Dirigindo o carro do marido, no corpo dele, Penelope percebeu que ele estava calado.

— Luke, você vai falar comigo? – Penelope quase implorou. – Talvez você devesse se deitar.

— Estou no seu corpo, querida. – Luke se sentia cada vez menos irritado com ela. – Por que não contou?

— Bem, porque eu ia te contar depois de fazer a lembrancinha. – Penelope respondeu. – Eu não saí com meus amigos ontem, eu fui mandar fazer a lembrancinha.

— Desculpa. – Luke suspirou. – Vamos encontrar alguém que nos ajude a mudar de volta para nosso corpo.

Entrando na BAU, Penelope se lembrou que não poderia ficar com Luke mesmo que ele estivesse em seu corpo. Era completamente estranho sentir seu corpo totalmente peludo.

Entrando na BAU havia Emily e Rossi reunidos na frente das portas duplas. Eles olharam para o casal a sua frente. Emily deu um passo à frente e Penelope viu Derek. Ele ignorou completamente, já que ela estava no corpo de Luke e abraçou Penelope, que na verdade era Luke.

— Baby Girl, quanto tempo. – Derek viu que Pen se encolheu. – Está tudo bem?

— Ah, desculpe, Derek. – Luke precisou lembrar que ele estava “trocado”. – É que eu fui pega de surpresa.

— Eu sei, querida. – Ele olhou para “Luke”. – Como vai, Alvez?

— Muito bem. – Penelope engoliu em seco. – Se você me der licença, eu preciso falar com a minha esposa.

Aquela era uma situação que fazia Penelope girar. Lembrar que ela Luke a fez pior.

— Pen, você está bem? – Luke pegou a mão dela. – Eu achei que fosse você que estava ansiosa por isso.

— Deveríamos ter ficado em casa. – Penelope se sentou. – Eu me sinto tão horrível.

— Alvez, sinto muito atrapalhar, mas estamos saindo. – Emily olhou para o casal. – Ele estará em casa quando você menos imaginar.

Se levanto, Luke abraçou “seu corpo” e beijou os lábios. Era uma estranha sensação, mas ele tinha que consolar Penelope.

A equipe foi para Ohio. Um assassino de crianças e Penelope sentiu dificuldade em atirar com a arma. Derek estava como seu parceiro no caso, uma vez que ele havia se juntado ao time.

A primeira videoconferência de Luke no corpo de Penelope foi estranha, não somente para ele, mas para todos que ouviram as instruções dadas por “Luke” a Penelope.

— Querida, se você estiver cansada, eu acho melhor que vá deitar, ok? – Luke a informou. – Eu sei algumas coisas que me ensinou e eu acho que dá para nos virarmos.

— Algo que eu deveria saber? – Emily arqueou uma sobrancelha. – Porque eu preciso de um motivo.

— Ela está grávida e não consegue se concentrar. – Penelope sabia que deveria contar a todos. – Eu acho que você deveria ter pedido para ela vir com a gente. Não querendo desafiar você.

— Não, Alvez. Você está certo. – Emily sorriu e digitou algumas mensagens. – Falei com a equipe em terra e eles vão trazer ela.

Dando um suspiro, assentiu.

Derek e ela foram para a cena de crime número um, onde uma criança fora assassinada. Ela mal conseguiu olhar para o pequeno corpo. Ver as fotos era ok, mas ver ao vivo era ruim demais.

Eles se sentaram em um trailer de café e Derek pediu um café e um chá. A desculpa era que Luke estava cortando a cafeína. Entregando o liquido, Derek se sentou na mesa.

— Algum problema entre você e Penelope? – Derek perguntou.

— Eu estou com medo por ela. – Pen engoliu em seco. – Ela está esperando um bebê e eu não posso me colocar em situações perigosas. Não é justo com ela.

— Parabéns, Alvez. – Derek apertou a mão dele e sorriu. – Eu não vou deixar nada acontecer com você.

Então Derek e ela foram emboscar o unsub. A arma de Pen travou e ela acabou levando um tiro no braço. A última coisa que ela se lembrava era de desmaiar e uma voz gentil a chamar.

Penelope e Luke sentiram seus corpos literalmente flutuarem pelo ar. Luke estava em uma maca sendo operado e Penelope na recepção. Como se fosse um filme, eles assistiram Penelope desmaiar e Derek juntar ela do chão, a colocando em uma maca no quarto de observação enquanto Luke fibrilava na cirurgia.

Os médicos começaram a ressuscitar Luke e ambos se sentiram serem puxados para seus verdadeiros corpos.

Penelope sentiu a consciência voltar lentamente e a voz de Derek no quarto.

— Ela está acordando.  – A voz era Derek. – Baby Girl, acorde para mim.

Lentamente abrindo os olhos, Penelope percebeu que estava em seu corpo real. Ela não entendeu nada e ela achou engraçado que não fosse Luke ao seu lado.

— Luke? – Penelope viu Derek falar com alguém.

— Ele ainda está em cirurgia. – Derek tocou alguns fios dela. – Quando você chegou estava tão nervosa que acabou desmaiando e eles precisaram te internar.

— Ele foi baleado. – Penelope disse. – Qual é o tamanho dos ferimentos?

— ruim. – Derek deu a Penelope um copo de chá. – Mas ele vai voltar para você e seu filho.

— Derek, você acredita em troca de corpos? – Penelope queria uma segunda opinião.

— Não. – Ele viu o rosto de Penelope ficar triste. – Baby, vai ficar tudo bem.

— Eu não posso perder ele. – Penelope começou a chorar. – Ele é a minha vida. A gente brigou por algumas besteiras.

— Ele achava que você estava traindo ele. – Derek entendia bem. – Savannah fez o mesmo comigo, mas ela realmente me deixou. E me deixou com Hank.

— Por que? – Penelope sentiu-se mal pelo amigo.

— Ela não estava realmente feliz. – Derek apenas deu de ombros. – Mas Luke, ele te ama. – Dando um beijo singelo na testa de Pen, Derek saiu do quarto. – Eu volto já.

Penelope percebeu que Reid entrou e ficou olhando para ela.

— Eu acredito em trocas de corpos. – Reid foi direto. – E isso poderia explicar alguns dos comportamentos tanto seus quanto de Luke.

— E por que a gente trocou de volta tão rapidamente? – Penelope estava curiosa.

— Bem, você e Luke tiveram uma discussão, descobriram que seriam pais e fizeram as pazes. – Reid sorriu. – Ele já saiu da cirurgia. O tiro pegou no braço e atravessou o pulmão. É por isso que ele precisou de cirurgia.

— Reid? – Penelope o viu se virar para ela. – Obrigada por não me achar maluca.

— Penelope, eu vou te confessar uma coisa. – Ele fechou um pouco a porta. – Eu já passei por isso.

Penelope olhou para a porta e viu Derek com uma cadeira de rodas. Ele a ajudou a se sentar e a levou para o quarto de Luke. Ele estava se recuperando rápido e já estava acordado.

— Eles se amam demais. – Emily sorriu para os amigos. – E eles são perfeitos.

— Emily, você acredita em troca de corpos? – Reid perguntou. –Tipo, almas trocadas e filmes brasileiros?

— Acredito sim. – Emily deu de ombros. – Sabe em que mais eu acredito? Cerveja.

— Eu pago a primeira rodada. – Rossi sorriu, deixando Penelope com Luke.

Não foram precisas palavras naquele momento. Eles já sabiam tudo o que precisavam saber um do outro. Eles eram diferentes e deveria ser assim.

Quando Luke voltou para casa, Penelope tinha uma surpresa para ele. A caixa que ela foi encomendar com seus amigos gays. Luke sabia então que não era uma mentira e olhou dentro da caixa. Haviam pequenos sapatinhos de tricotados em rosa bebê.

Luke tocou o ventre de sua esposa, sorrindo para o fato que finalmente eles teriam um bebê juntos e que provavelmente seria uma pequena garotinha fofa igual Penelope.

— Gostou, Sr Alvez? – Penelope sorriu encantada.

— Eu adorei, Sra Alvez. – Luke foi dar um beijo em Penelope, mas ela se esquivou. – O que foi querida?

— Você ainda não está 100% curado, querido. – Penelope olhou para ele com uma cara alegre. – A doutora Penelope Alvez precisa dar uma olhada em você.

— Querida, eu deixo você me olhar completamente como vim ao mundo. – Luke sorriu a seguindo para o quarto. – Eu te amo, meu anjo.

— Eu também te amo, meu amor. – Penelope beijou os lábios dele e ambos se perderam em um êxtase fantástico.

Eles realmente estavam aproveitando aquele momento, já que depois de o bebê nascer eles realmente demorariam para voltar a dormir. Mas ambos estavam ansiosos para essa parte também.


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