Trabalhar em uma unidade do FBI tem seus prós e contras. Os contras eram os psicopatas que a equipe precisava procurar de vez em sempre.

Hoje era um desses dias. A equipe felizmente havia salvado outra vítima e o assassino foi para o necrotério. Eles estavam empacotando suas coisas quando viram dois agentes seus conversando.

Penelope Garcia, a técnica loira e curvilínea estava de frente para Luke Alvez babando por ele. Ela pegou um saco de evidencias que pertencia a uma das vítimas e que era amigo de Luke.

Eles estavam namorando há algum tempo, mas precisavam de um tempo para assumir corretamente, uma vez que ele usava o nome de Lisa para disfarçar.

Ela sorriu para ele, o lembrando de como ela se sentia em sua cama e ele precisava de um tempo para processar que ela tinha dado uma chance a um homem como ele. Ele era o sortudo em ter ela ao seu lado.

— O detetive Parish passou a custódia disso. – Ela olhou para Luke de suas armações coloridas. – Eu sinto muito pelo seu amigo.

— Eu não posso acreditar que Jason nunca me contou que era gay. – Luke suspirou. – Eu não acredito que ele escondeu isso de mim.

— Que ele era gay? – Penelope sentiu o toque dele quando ele pegou as evidencias.

— Que ele achou que eu não o aceitaria. – Luke suspirou. – Quero dizer, ele era meu amigo. Eu o aceitaria mesmo que ele fosse qualquer coisa.

— Eu sinto muito por isso. – Penelope sorriu um sorriso triste. – Se servir de consolo você pode ir para casa para Lisa.

— Eu terminei com Lisa. – Luke revelou. – Tudo se tornou insuportável com ela.

Penelope congelou e se virou para ele assentindo sem saber exatamente o que.

Ela caminhou até uma mureta e se apoiou nela, lágrimas caindo de seus olhos.

— Por que vocês não assumem de uma vez? – Emily falou diretamente. – Fazem um bom casal.

Penelope olhou para a chefe, sabendo que Luke estava no dobrar da esquina agora. Ela a encarou por alguns segundos e decidiu que era hora de revelar para todos o que sentia.

Ela saiu correndo e o encontrou quase na porta.

— Luke! – Penelope literalmente gritou. – Não é que eu não queira assumir, porque eu quero. Não é uma mudança de nome ou endereço que me causa medo. – Ela suspirou. – É só que quando eu disser, vai se tornar real e eu acabo sempre machucada e eu não gosto disso, mas eu não quero mais correr...

— Cala essa boca. – Ele largou a bolsa e a puxou, a beijando, não se importando com quem via.

Reid, JJ e Emily sorriram para os dois amigos se beijando.

— Ah deus. Finalmente! – JJ quase gritou. – Achei que os teríamos que por eles na sala de interrogatório.

— Opa, finalmente. – Tara viu a cena e sorriu. – Bem, acho que finalmente eles confessaram então pague.

— Espera, vocês apostaram no namoro de seus colegas? – Emily revirou os olhos. – E você, Lewis? Não me chamou para fazer parte disso?

— Certo, as rodadas são pagas por Tara Lewis. – Matt deu duas notas de cem. – Da próxima vez eu gostaria que eles esperem chegar o começo do caso.

— Penelope? – Luke falou, quebrando o beijo. – Acho que nossos colegas apostaram em nós.

— Hum, é mesmo? – Penelope ainda estava na névoa doce do beijo. – Vamos dar a eles outro momento para comemorar?

— Como assim? – Ele a olhou nos olhos e seu coração explodiu de amor. – Quando?

— Com certeza eu descobri sábado, mas eu já sabia há algum tempo. – Penelope sorriu. – Eu tenho quase dois meses de gravidez e se for muito cedo, nós não podemos apenas nos livrar disso.

— Em primeiro lugar, chica. Eu quero esse bebê com você. Nunca pense o contrário. – Luke a colocou no colo e pegou sua bolsa. – Segundo, estamos juntos há quase um ano e mesmo não falando sobre filhos, eu quero esse bebê.

— Bebê? – Emily parou quando ouviu as palavras de Luke. – Penelope, você está grávida?

— Quem está grávida? – Rossi olhou de Emily para Penelope. – Kitten? Você está grávida?

— Sim. – Penelope corou. – Eu acho que aconteceu.

Rossi a puxou delicadamente para um abraço cuidadoso e sorriu.

— Eu posso ser o avô dessa criança? – Ele quase implorou. – Por favor.

— Eu quero que você seja o avô desse bebê. – Penelope sentiu seu coração menos dolorido. – E eu quero que você me acompanhe até o altar quando eu e Luke nos casarmos.

— Conte como feito. – Rossi sorriu e acenou para o restante da equipe. – Penelope está grávida.

As mulheres a abraçaram enquanto os homens parabenizaram Luke. Matt estava sorrindo para a cena e vendo seus colegas sendo felizes finalmente.

Todos saíram para uma comemoração e Luke perguntou oficialmente a Garcia para se casar com ele no meio de um bar lotado. Subindo no palco, ele pegou o microfone, interrompendo a música. Ele nem ligou para as vaias.

— Desculpe atrapalhar, mas há algo que eu preciso fazer para alguém que eu amo muito. – O DJ mudou a música para Your Song de Elton John, a música que Penelope amava. – Penelope Grace Garcia. Quando nós nos vimos naquele elevador na BAU eu sabia que era você a dona do meu coração. Todo esse tempo que eu desperdicei com a pessoa errada e você me mostrou o que é amar.

Penelope se aproximou do palco e Luke a puxou para cima e a beijou.

Se ajoelhando de novo, ele ouviu suspiros.

— Penelope Grace Garcia, vai dar a esse homem a honra de ser marido? – Ele viu Penelope começar a chorar de amor. – Você aceita se casar comigo?

— Eu seria doida de não aceitar. – Ela o ajudou a se levantar e o beijou. – Sim, Luke. Eu vou me casar com você.

A mão dele tremia quando colocou o anel no dedo dela. Seu coração literalmente explodia de paixão porque ele finalmente teria seus sonhos realizado.

Ele teria uma mulher que ele realmente amava, um casamento feliz e um bebê que já estava a caminho.

Não passaram seis meses desde aquele dia no bar. O casamento foi providenciado porque Penelope estava grávida de quase cinco meses e ela queria casar antes de o bebê nascer.

No dia do casamento enquanto ela estava relaxada, Luke precisou de um tapa na cara para voltar para a realidade.

— Acho que isso pode te ajudar a se situar. – Reid falou e se sentou na cadeira. – Certo onde estávamos?

Penelope tomou um gole de água e relaxou vendo seu ventre levemente inchado.

— Então, Pen. – Emily lhe deu um pedaço de bolo. – Já sabe o que está esperando?

— Uma princesa. – Penelope viu as amigas sorrirem. – Mas para Luke poderia ser qualquer coisa, desde que venha com saúde.

— Amém para isso irmã! – Emily riu. – Dentro de meia hora, você deixará de ser Penelope Garcia e será a senhora Penelope Grace Alvez.

— Um brinde a isso! – JJ puxou e todas riram.

Kate Callahan e Alex Blake também estavam no casamento. As duas voltaram especialmente para essa festividade.

Até mesmo Reid trouxe alguém para o casamento.

Quando a porta se abriu pela primeira vez, Henry entrou e subiu no púlpito de leitura.

— Senhoras E senhores, apresento pela última vez, Penelope Grace Garcia. – Ele saiu e foi para o lado de sua mãe.

A valsa dos noivos começou a tocar. Luke sentiu seu coração explodir de paixão. Penelope estava brilhando com sua barriga de bebê.

A cada passo que ela dava, com Rossi a levando fazia Luke suspirar.

A cerimônia foi linda, com muitas fotos sendo batidas na igreja, uma festa fornecida pela equipe e pelo FBI.

Eles tiveram uma lua de mel mais curta por causa de seu tipo de trabalho, mas foi prometido que quando Pen ganhasse a bebe, eles fariam uma viagem os três juntos. Eles ganharam passagens para um lugar lindo no extremo sul do Brasil, onde no inverno fazia muito frio e era uma perfeita cidade para os amantes.

Se passaram mais alguns meses e Penelope agora estava com quase nove meses. Eles acabaram de chegar de um casona Flórida, um bem ruim que fez Luke ter flashes de algumas lembranças que ele nem sabia que existiam.

Penelope estava sentada com JJ e Emily na sala dela. Um gemido alertou a chefe a agente de ligação loira.

— Está tudo bem? – JJ sabia o que aquilo poderia significar.

— Eu reparei isso mais cedo. – Emily viu Penelope apertar o abdômen. – Qual a frequência?

— Na última hora? – Penelope recebeu acenos positivos. – A cada dez minutos.

— Você está em trabalho de parto. – JJ se levantou. – Emily, me ajude.

Elas saíram, não ouvidos as reclamações de Pen.

— Senhoras E senhores, eu não sou médica e nem interpreto uma na TV. – JJ repetiu a mesma linha de Penelope no seu parto. – Mas acredito que a jovem Penelope está em trabalho de parto.

Luke pegou a bolsa e Rossi pegou as chaves do SUV. Reid, Matt e Tara seguiram em um segundo utilitário. Diretamente para o hospital, enquanto JJ, Emily e Rossi acompanhavam Pen e Luke em outro.

Penelope foi recebida com uma cadeira de rodas no hospital e Luke a seguiu enquanto ela era levada para dentro.

Duas horas se passaram e de repente, na sala de parto onde a espera estava, eles ouviram um choro de criança. Eles sorriram sabendo que a herdeira do clã Garcia Alvez estava entre todos.

Luke saiu e disse as palavras que todos esperavam.

— É uma menina. – Ele tinha lágrimas pelo rosto. – Pen e ela estão bem e em alguns minutos, vocês poderão conhecer nossa filha.

Luke entrou e ficou admirado pelo amor que sua esposa tinha por sua filha.

— Já pensou em um nome? – Luke perguntou. – Me diga um que você ame.

— Sarah Malia. – Penelope viu Luke sorrir a proposta. – Malia é um nome havaiano e eu acho que combina bem com ela. Significa Calma, senhora soberana e a pura.

Luke achou uma perfeita combinação. Ele queria Sarah e Malia seria um bom nome do meio.

A equipe entrou e os viu juntos e os olhando.

— Bem-vindos. – Penelope sorriu para todos. – Eu gostaria que conhecessem Sarah Malia Alvez.

— É um nome lindo, Pen. – JJ olhou para a menina. – Posso?

— Claro. – Penelope deu Sarah a JJ. – Você é uma tia perfeita.

— Aw, obrigado Pen. – JJ suspirou. – Ela é a sua cara, Penelope.

— Felizmente. – Luke brincou. – Mas ela vai ter meus cabelos se eu tiver uma palavra sobre isso.

— Claro amor. – Penelope riu. – Emily, que tal você ser a madrinha dessa pequena? Junto com JJ, vocês seriam as duas madrinhas dela. E gênio, que tal você e Matt serem os padrinhos? Tara seria a tia e irmã que eu sempre sonhei para mim e Rossi o vovô.

— Estaríamos todos encantados. – Emily respondeu por todos.

No dia marcado, Sarah Malia foi batizada e todos estavam felizes por participar desse momento, incluindo Morgan e Hotch. 

Penelope e Luke teriam mais três filhos juntos. Mais uma menina e dois meninos. Parecia que tudo fluía bem para todos.