New Game escrita por Adrielle


Capítulo 4
Capítulo 04


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, obrigada a Mandy que comentou. Tentei trazer um capítulo maior do que os que eu geralmente faço. Foi difícil, mas eu consegui e ó, tem treta, beijo, momento amigas para sempre e boa parte do elenco de Jessie! Boa leitura ♥



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22:14  

— A escolha é minha, a vida é minha! - Maya exclamou, aos gritos, enquanto gesticulava enraivecidamente para o irmão de Cory, que tão nervoso quanto ela, bufou irritadíssimo. 

Luke, que estava no local, passou o peso do corpo de um pé para o outro, desconfortável, assim como Emma e Ravi que estavam ao seu lado, aquele não era o final que planejara para o encontro com a Hunter. Definitivamente não. 

— Eu nunca devia ter duvidado da sua capacidade de ser imatura, Maya. - Disparou o Matthews, o que fez com que Hunter precisasse respirar fundo para não permitir as lágrimas que se acumulavam nos próprios olhos saírem e também fez com que Topanga, que estava encostada no balcão da cafeteria, observando desnorteada a confusão que se criou tão rapidamente no seu estabelecimento despertasse, e desse um passo em direção ao conflito que ocorria entre o cunhado e a adolescente loira tão presente em sua vida. 

20:23

— Você terá que perguntar para ela. - Riley sorriu triste e então Josh saiu do apartamento de seu irmão mais velho, com um sentimento confuso e crescente em seu peito. 

O jovem adulto andava a passos duros pelas ruas de Nova Iorque. O vento gelado esvoaçava sua jaqueta de pano, porém ele não se importava, estava triste demais para se importar, com raiva demais para se importar. Como Maya poderia fazer algo desse tipo com ele? Ela havia desistido do jogo longo? Ela havia desistido dele? Ela havia o abandonado assim? 

Tudo bem, não era o primeiro cara com quem a Hunter saia, mas ele sabia que ela nunca ficaria com Lucas se isso magoasse Riley, e também sabia que ela não via Zay com os mesmos olhos com os quais o Babineaux ainda a vê, e ele tinha plena certeza que o coração impressionado da menina batia única e exclusivamente por ele, afinal era assim desde os onze ou doze anos dela, certo? 

Só que esse cara... E a forma como ela sorria relaxada ao lado dele, e a proximidade de ambos, a proximidade de ambos com certeza foi o que mais irritou ele naquela foto. E onde será que eles estavam? Um lugar tão escuro, tão íntimo. Com toda a certeza aquele não era um encontro com Deus, como tentou disfarçar a sobrinha e sua outra amiga. 

Josh fechou uma das mãos em um punho imaginando Maya num encontro no qual ele não é seu par, quer dizer eles tinham um trato. O jogo longo. Maya, quer dizer, eles esperariam até que pudessem estar juntos. Ponto. Este era o trato. Outros caras não estavam incluídos no trato, com certeza não estavam. 

O Matthews foi desperto de seus pensamentos pelo telefone que tocava, o rosto de Emma, uma das mais gatas calouras da universidade, de quem Josh vinha se aproximando. 

— Oi, baby. - Ele atendeu, tentando soar casual. Emma do outro lado da linha riu da forma que ele falara. - Nossa, quase me esqueci. - Respondeu, após ela perguntar se ele compareceria a festa que um de seus amigos em comum estava dando no campus. - Mas só vou se você estiver lá para me fazer companhia. - Disse, galante. - Ok, estou aí em cinco minutos. - E tão rápido como veio, sua inconformidade com o encontro de Maya se foi e Josh logo se apressou de estar na festa, que estava de fato incrível é justo dizer. 

Uma considerável massa de jovens com cheiro de álcool dançavam em sincronia com a música eletrônica quase insuportavelmente alta, luzes multicoloridas, colocadas especialmente para o evento, semi-iluminavam o local e praticamente toda a faculdade parecia estar ali, fazendo com que Josh se perguntasse como acharia Emma, até que macias mãos cobrem seus olhos. 

— Piper? - Ele fez graça, recebendo um tapa da garota que abraçou logo em seguida. Emma tinha cheiro de shampoo de morango o que combinava perfeitamente com ela, suas maçãs do rosto acentuadas e seu cabelo castanho que caía em perfeitas cascatas onduladas para além de seus ombros. 

— Estava com saudades de você, senhor Joshua Matthews. - Ela riu, fofa. - Até parece que anda me evitando. - Crispou os olhos na direção do rapaz. 

— Que isso, estava apenas ocupado com alguns trabalhos. - Ele disse chegando mais perto dela. - Nada demais. - Olhou-a nos olhos. - Além disso, senhorita Emma Ross, eu jamais evitaria você. - Sussurrou a última parte ao pé do ouvido dela e então a beijou. 

21:00

— Olha ainda bem que vocês chegaram. - Zay disse logo após de abrir a porta do apartamento dos Matthews para Lucas e Farkle. - Smackle e eu já não sabemos o que fazer. - Disse, enquanto andava com os amigos para o quarto da primogênita de Cory e Topanga. 

Ao adentrar no quarto, se depararam com uma cena que seria cômica se não fosse preocupante. Riley sentada na sua cama, com um copo de liquidificador cheio do que parecia ser achocolatado enquanto alguns tablets, celulares e notebooks a circundavam. Smackle, que estava jogada na janela, se levantou assim que percebeu a presença dos outros três. 

— Antes que perguntem - A anteriormente arqui-inimiga de Farkle falou. - Ela está nervosa porque não conhecemos o garoto que levou Maya para um encontro. Está tentando investigá-lo. 

— Como uma stalker de série adolescente. - Debochou Zay, recebendo um olhar zangado da irmã mais velha de Auggie. 

— Como uma melhor amiga que se importa, muito obrigada. - Corrigiu ela de maneira fofa e autoritária ao mesmo tempo, o que fez Lucas rir. 

— Não acha que seria mais rápido se todo mundo ajudasse, Riles? - Farkle sugeriu se aproximando da cama cautelosamente, ela o olhou duvidosa. 

— Ok. - Deu-se por vencida. - Cada um pega um eletrônico e vamos descobrir sobre o cara que levou a docinho pra sair. - Ordenou a Matthews e assim se fez. 

— Tá, mas o que sabemos até agora? - Indagou Lucas, sentando-se ao lado da namorada que o respondeu sem tirar os olhos do próprio celular:

— O nome dele é Luke, eles se conheceram no metrô, ele é de Upper East Side. - Falou como se já tivesse ensaiado antes.

— O que um cara da Upper East Side faz no metrô? - Zay se perguntou enquanto buscava algo no tablet que parecia ser do Auggie. 

— Entende agora minha preocupação? 

— Ele pode ser um psicopata atrás de uma vítima. 

— Smackle! - Exclamaram os outros em uníssono, em tons reprovativos.

— É uma possibilidade. - A namorada do Minkus deu de ombros. 

— Temos uma foto? - Perguntou Farkle, e Zay logo respondeu:

— A que ela postou no stories. - Disse, antes de mostrar a tal foto. 

— Gente, esse é Luke Ross. - Falou Farkle pesquisando no notebook de Riley o nome que acabara de falar enquanto todos largavam os aparelhos que tinham em mãos. - Filho de Morgan e Christina Ross. 

— O diretor de cinema? - Zay e Smackle perguntaram em uníssono, o que fez Farkle rir. 

— Ele mesmo. - Informou, Riley saiu da cama e sentou-se ao lado do amigo, na janela. 

— Como você reconheceu ele tão rápido? - Perguntou. 

— Em Galactopus 2 os robôs que aparecerem são de tecnologia Minkus, querida. - Respondeu ele, presunçosamente, vendo os amigos boquiabertos. - Eu nunca conversei com Luke, mas nos poucos eventos que nós dois estávamos, ele me pareceu ser um cara legal. 

Riley respirou fundo, mais tranquila. 

— Ai que bom. - A Matthews sorriu abertamente, já esquecendo quase completamente do assunto. - Querem chocolate quente para comemorar? 

— Não! - Smackle que a viu tomar quase dois litros da bebida exclamou, exaltada. - Que tal uma pizza? 

— Por mim, tudo bem. - Riley respondeu. - A gente pode assistir um filme também. - Sugeriu. 

— Ou assistir alguma série. - Disse Lucas, antes de receber uma ligação que logo tratou de dispensar, de forma urgente, o que fez a Matthews arquear uma sobrancelha.

— Quem era? - Riley indagou, curiosa. 

— Ninguém. - Lucas respondeu rindo amarelo. 

— Lucas, quem era? - O tom de Riley fez com que Farkle, Smackle e Zay a olhassem. Lucas ajeitou a postura.

— Ninguém importante. - Os amigos agora olhavam para o Friar. 

— Então me diz quem era. - Olharam para a Matthews.

— Riley, qual é o problema de aceitar que não era ninguém importante?

— E se não era ninguém importante, qual o problema de me dizer quem era? - A garota respirou fundo. - Quer saber, meninos. - Ela fez uma pausa, cruzando os braços e se virando para falar com Farkle e Zay. - Essa é uma noite das meninas, vemos vocês amanhã. 

— Mas Riley... 

— Eu disse que nos vemos amanhã. - Repetiu, ainda com os braços cruzados. Logo Farkle se levantou, despediu-se delas e saiu pela janela, Zay também o fez, Lucas apenas dirigiu um olhar para Riley, acenou para Smackle e, diferente dos amigos, saiu pela porta.

Smackle ponderou por um momento e então concluiu que este era um dos momentos sociais em que se deve abraçar, e assim o fez. Riley sorriu com o gesto da amiga, e logo tratou de pôr um sorriso no rosto e levá-la para sala, ainda era noite das meninas e elas ainda iam se divertir. 

21:25

A música que tocava agora era uma do The Weeknd e a batida condizia com a adrenalina que o corpo de Josh sentia naquele momento. 

As mãos de Emma estavam em sua nuca, trazendo-o o para perto ao mesmo tempo em que acariciava seu cabelo; as mãos dele na cintura dela, apertando-a contra seu próprio corpo. Eles poderiam continuar assim durante toda a festa e provavelmente continuariam, se o celular de Emma não tocasse insistentemente até que ela decidisse parar para atender. 

— Ravi? O que foi? - Ela perguntou, meio gritando enquanto Josh a observava desejando que aquela ligação acabasse logo para que ele pudesse beijá-la novamente. - Como assim? Ravi, ela é mais nova que você, deveria ter sido mai... É eu sei que estamos falando da Zuri. - A filha biológica de Morgan e Christina respirou fundo. - Espera. 

— Aconteceu algo? - O irmão mais novo de Cory perguntou ao vê-la afastando o telefone do ouvido. 

— Minha irmã mais nova fugiu para uma festa idiota. - Emma se moveu desconfortável, por um momento entendendo como Jessie se sentia. - Preciso me encontrar com meus irmãos, sabe um lugar perto do Central Park? 

Josh refletiu por um segundo. 

— Claro. Minha cunhada tem uma cafeteria, Topanga´s. - Informou. - Vou te enviar a localização. 

— Ok, obrigada. - Ela disse antes de dar um selinho nele, que sorriu com o ato. - Ravi, vou te enviar uma localização, saí sem o Bertram perceber e me encontra lá, vou avisar Luke, nós temos que achar a Zuri. - Disse num só folego antes de desligar o telefone e ser guiada por Josh por entre a multidão.

21:33

Billie cantava Bad Guy enquanto Maya olhava de relance para Luke e pensava o quão surreal é tudo isso. Ela conheceu um carinha no metrô, no dia dos namorados, que se interessou por ela, e menos de um mês depois a levou para um dos melhores encontros da sua vida, não que ela tenha uma vasta coleção desses. E tudo bem que o sardas de ferro tem umas frescurinhas, como andar de limousine e comer em um restaurante tão elegante que ela até se sentiu um pouco envergonhada mas nada disso tornava menos mágica toda a situação, ou menos confortável a companhia dele. Ele lhe faz tão bem... Maya até se entristece ao pensar na possibilidade de ele não estar mais em sua vida um dia. 

Sem perceber, ela corou com o próprio pensamento. 

— Você fica lindo corada, sabia? - Ele disse ao pé do ouvido dela, o que a fez arrepiar. - Arrepiada também. - Maya corou mais ainda. 

— Assim você me deixa sem jeito, Luke. - Ela riu ao dizer o nome dele de forma amistosa. - Eu já disse muito obrigada? 

— Só umas mil vezes hoje. - Ele riu. 

— É que eu realmente não sei como te agradecer. - Disse, de forma inocente, enquanto sorria abertamente para ele. 

— Eu sei um jeito. - Luke ia rompendo o espaço entre eles enquanto Maya o observava se aproximar estática e com a respiração desregulada, no entanto o telefone dele tocou, fazendo-a se assustar. 

O Ross riu do nervosismo da menina e pegou o telefone. Emma. Arqueou uma sobrancelha, Emma nunca o liga. 

— Alô? - Atendeu e apenas ouviu um "Zuri sumiu. Código vermelho. Me encontre na localização que eu te mandei" antes do celular anunciar que a ligação foi encerrada. Luke olhou confuso para o próprio smartphone como se ele tivesse as respostas para o que acabou de acontecer. 

— Tudo bem? - Maya indagou, preocupada. 

— Eu não sei, quer dizer. - Ele moveu-se desconfortável com a ideia de terminar o encontro. - Parece que minha irmã mais nova sumiu e meus irmãos querem que eu encontre eles num tal de... Topanga's? - Mais perguntou que afirmou a última parte. 

— Para sua sorte, sardas de ferro. - Ela fez uma pausa, e jogou o cabelo para trás, com falsa superioridade. - Eu praticamente vivo nessa cafeteria. É da mãe da minha melhor amiga. - Informou, fazendo Luke arregalar os olhos, realmente surpreso.

— Que coincidência, não? - Ele riu. - Mas, você não vai ficar chateada de terminarmos o encontro aqui, vai? Eu queria causar uma boa impressão. 

— E causou. - Disse a Hunter. - Da próxima vez, eu planejo o encontro. 

— Então vai ter uma próxima vez? - Luke perguntou, retoricamente. - Yeah! - Comemorou fazendo uma dancinha que fez Maya rir. 

— Então... Vamos? - Ela perguntou e ele assentiu, logo saindo rumo a cafeteria. 

22:14

Topanga servia um chá gelado para Ravi que esperava nervoso com Emma e Josh quando Maya adentrou a cafeteria acompanhada de Luke, sorrindo abertamente.

— Então, bem vindo ao Topanga's. - Disse, chamando atenção das quatro pessoas presentes no estabelecimentos, especialmente do Matthews que arqueou uma sobrancelha. 

— Luke, finalmente. - Emma, Ravi e Josh levantaram-se e Maya percebendo a presença do último ali, suspirou discretamente. - Oi, você deve ser a Maya, meu irmão falou muito de você, desculpa interromper seu encontro. - Ravi disse enquanto trocavam um aperto de mão.

— Ah, tudo bem. - A Hunter sorriu sem graça, trocando o peso do corpo de um pé para o outro. - É uma questão urgente. 

— Sim, falando nisso. - Luke fez uma pausa. - O que aconteceu? 

— Zuri estava trancada no quarto desde que a Emma a proibiu de ir para festa e eu respeitei o espaço dela. - Contou o garoto de ascendência indiana. - Só que quando já era umas 20h, eu fui levar algo para ela comer e ela não estava lá. - Acrescentou, gesticulando com dramaticamente. - Só uma pilha de travesseiros. 

— Essa é clássica. - Disse Luke, divertido. Topanga sorriu.

— Luke, não é hora de palhaçada. - Emma falou, irritada. - Temos que encontrar Zuri. 

— Que tal na festa que ela queria ir? - Ele sugeriu, como se fosse óbvio. 

— OK, gênio, você sabe onde é a festa? Ou de quem é? - A antes loira disparou. - Nós precisamos voltar para a cobertura antes que o Bertram se dê conta que o Ravi e a Zuri não estão lá. 

  Josh pigarreou. 

— Não vai falar comigo, Maya? - Perguntou, com falsa cordialidade. Maya moveu-se desconfortável. 

— Vocês se conhecem? - Luke e Emma questionaram em uníssono. Topanga que conferia o caixa antes de fechar, olhou de relance. 

— Sim... - Maya falou, com um nervosismo que Luke nunca havia visto nela. - Luke, este é Josh. Josh, este é Luke. 

— Sou Emma. - A Ross mais velha se apresentou para Maya, que apenas então reparou bem nela. A garota da foto do dia dos namorados, ótimo. - Se não for se intrometer... Como vocês se conhecem? 

— Isso é realmente importante agora? - Ravi indagou, sendo ignorado.

— Maya é a melhor amiga da minha sobrinha, Emma. - Respondeu Josh, alternando o olhar entre as duas garotas. - Imagina que, quando era mais nova, ela tinha uma quedinha por mim. - Comentou, deixando o clima ainda mais pesado, dessa vez pousou seu olhar em Luke que bufou. - Não é verdade, Maya?

— Qual é Josh, não é hora para isso. - A loira disse, controladamente e quase tão baixo que, se não fosse o fato de a cafeteria estar vazia, ninguém ouviria. - Eles estão no meio de uma crise familiar. 

— Você já sabia que eles eram irmãos, né? - Josh falou quase tão baixo quanto ela. Os irmãos Ross acompanhavam meio perdidos. - Está com este aí, para me provocar, certo? 

Emma piscou atônita, nunca havia visto Josh daquela maneira, tão afetado... 

— O mundo não gira ao seu redor, Joshua. - A Hunter respondeu, ríspida. - Minha vida então, muito menos. - Acrescentou, cruzando os braços. 

Topanga saiu de trás do balcão, isso não está indo bem. 

— Vamos esclarecer um negócio aqui... - Luke pigarreou. - Vocês tiveram algo? - Maya negou, de prontidão, e algo se estalou acima da cabeça do rapaz. - Ele é o cara que você disse, certo? No metrô?

— Cara? Que cara? - Emma indagou, num misto de curiosidade e irritação. - Hein Josh, que cara? 

— O cara que eu deveria esperar a boa vontade de querer ficar comigo. - Maya cuspiu as palavras, nervosa. Josh moveu-se indignado. 

— Nós tínhamos um acordo. - Ele falou, e ela revirou os olhos. - Outros caras não faziam parte do acordo. - Luke piscou, confuso, com a frase. 

— Ah, claro. - A filha de Kate riu, descrente. - Mas outras garotas obviamente tinham, certo? 

— Você só tinha que me esperar. - Josh se exaltou. - Ia surgir o momento, Maya, só não agora. - Ele disse. 

— Quando não alimentados seres vivos morrem, Josh. - Ela gritou ainda mais alto que ele. - Amores são como seres vivos e o que eu sentia por você morreu. - Disparou, fazendo-o a encarar com fúria. 

— Nós tínhamos um acordo, Maya. - O tio de Auggie e Riley disse, com falso controle. - Você deveria me esperar. - Gritou, afrontosamente. 

— A escolha é minha, a vida é minha! - Maya exclamou, aos gritos, enquanto gesticulava enraivecidamente para o irmão de Cory, que tão nervoso quanto ela, bufou irritadíssimo. 

Luke passou o peso do corpo de um pé para o outro, desconfortável, assim como Emma e Ravi que estavam ao seu lado, aquele não era o final que planejara para a noite com a Hunter. Definitivamente não. 

— Eu nunca devia ter duvidado da sua capacidade de ser imatura, Maya. - Disparou o Matthews, o que fez com que Hunter precisasse respirar fundo para não permitir as lágrimas que se acumulavam nos próprios olhos saírem e também fez com que Topanga, que estava encostada no balcão da cafeteria, observando desnorteada a confusão que se criou tão rapidamente no seu estabelecimento despertasse, e desse um passo em direção ao conflito que ocorria entre o cunhado e a adolescente loira tão presente em sua vida mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, outra pessoa tomou a frente da situação. 

— Chega! - Gritou Ravi mais alto que os dois. - Se vocês puderem ter um pouquinho de sensibilidade e entender que nós provavelmente perdemos nossa irmã mais nova, tenho certeza que podem deixar essa rixa infantil e egoísta para mais tarde. - Falou tudo num apenas folego. 

Josh suspirou alto e profundamente e deixou o local, batendo com força a porta do estabelecimento. Maya encarava o chão. 

— Desculpa. - Pediu. - Para todos, mas especialmente pra você, Luke. - Falou, com a voz embargada. Luke apenas balançou a cabeça e disse com a voz tão embargada quanto a dela: 

— Tudo bem. - Ele balançou a cabeça, sem a encarar nos olhos. 

— Acho melhor eu ir. - Maya disse. - Mais uma vez, sinto muito. - Falou. - Até mais, Topanga. - E saiu, deixando um silêncio constrangedor para trás. 

— Nós já vamos indo. - Disse Ravi, para Topanga. - Obrigada e desculpe o inconveniente que causamos aqui. 

— Espera! - Ela os parou antes que pudesse girar os calcanhares. - Eu posso ajudar encontrar a irmã de vocês. 

— Não queremos incomodar mais... 

— Não vai ser incomodo nenhum, Emma. - Topanga sorriu sincera. - Ela tem Instagram? - Perguntou e em menos de alguns segundos Ravi lhe ofereceu o celular com a conta do Instagram da Zuri. - Não podemos ver nada, ela nos bloqueou. 

— Sim, isso é verdade. - Topanga sorriu mais uma vez. - Mas ela não me bloqueou. - Disse, abrindo a página da Ross mais nova em seu celular dessa vez. - Ela está na festa com um tal de Henry, e uma Charlotte. - Informou, enquanto passava os stories. 

— Henry e Charlotte Hart! - Exclamaram os outros três em uníssono. - Então ela está perto daqui. - Disse Ravi. 

— Obrigada, Topanga. - Agradeceu Emma, sorrindo e se sentindo exausta logo depois. - Agora, vamos indo. - Se dirigiu aos irmãos. - Temos que estar em casa antes do Bertram acordar para o lanche da meia-noite. 


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Por favor comentem, é muito importante pra mim saber o que vocês estão achando.


Também publicada no Spirit.



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