New Game escrita por Adrielle


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Luke acordou no susto, com gritos de Zuri e pancadas na porta de seu quarto. Resmungando, ele se levantou e seguiu para a mesma, a abrindo e encontrando a irmã mais nova com uma expressão que ele não conseguiu decifrar, mas apostou corretamente que não era boa.

— Luke... – Zuri respirou fundo e passou alguns segundos em silêncio, como se contasse mentalmente para se acalmar. – Você não disse que não sabia quem era a sua suposta namorada?

Ele bufou, movendo-se em desgosto pelo assunto. Ele ainda nem tomara café da manhã e Zuri já o estava importunando com isso?

— É, Zuri – A voz dele tinha um tom irritadiço que não abalou ela. – Eu não sei quem é. – Afirmou, jogando-se na cama novamente. – Era só isso?

— Como você pode ser tão cara de pau assim hein, garoto? – A de origens africanas estava nervosa e descruzou os braços, revelando o celular que carregava em uma das mãos.

— O que? – Luke agora estava confuso. – Como assim?

— Agora vai me dizer que não foi você que postou essa foto no Instagram? – Zuri perguntou, jogando o celular de última geração na direção do irmão.

Na rede social, estava recém-publicada na conta de Luke uma foto da mesma garota que fez a cena no bar, segurando um buquê de girassóis, e sorrindo. Na legenda da imagem estava escrito “Espero que um dia possa me perdoar. Ainda amo você”

— Não fui eu que postei isso... Eu nem sei quem é essa garota... Eu...

— Você está me dizendo que não sabe quem é essa garota? – Zuri indagou, bufando em seguida, quando o irmão maneou a cabeça em negação. – Então ela está realmente querendo acabar com suas chances com a Maya.

— Meu Deus... – Luke choramingou. – Se Maya viu isso, ela nunca mais vai querer olhar na minha cara. – Disse. – Como eu vou explicar essa foto?

— Eu não sei. – Zuri deu de ombros. – Mas acho melhor você pensar em algum jeito rápido. – Sugeriu enquanto andava para fora do quarto. – Maya está te esperando na sala.

~ ♥ ~

— Eu mandei parar! – Riley gritou, antes de chutar Lucas com tamanha força que o tirou de cima de Zay. – Mas que droga.

Lucas olhou para ela com ódio, e fez menção de revidar, no entanto ouviu um cara da pequena multidão que se formou ao redor da briga entre ele e o Babineaux, perguntou, em tom de ameaça:

— Não vai bater na menina, vai?

— Covarde! – Outra voz gritou.

— Eu não vou... Eu nunca... – O Friar se enrolou nas próprias palavras.

— Como você também nunca me trairia? – Riley, que havia se encolhido com a possibilidade de ganhar um tapa do namorado, perguntou, irritada. Lucas a olhou com os olhos arregalados, porém, logo sorriu galante.

— Mas eu nunca trai você, Riles. – Ele deu um passo na direção dela que se afastou. Zay riu, com escarnio. – Eu nunca trairia você.

— A Maya tirou uma foto, idiota. – Provocou o de pele negra e o bronzeado natural de Lucas pareceu desaparecer de tão pálido que ele ficou.

— Eu... Eu...

— É, eu também fiquei sem palavras. – Disse Riley ironicamente e a pequena multidão ovacionou. – Inclusive, acho melhor nós terminarmos aqui.

— O que?

— Você não ouviu, cara? – Alguém dentre as pessoas que assistiam falou. – Ela terminou contigo! – Zay riu com a frase, mas logo gemeu de dor.

— Você... Você vai se arrepender. – Lucas sentenciou com o indicador erguido na altura do rosto de Riley. – Nunca vai achar alguém como eu.

— Esse é o objetivo. – A Matthews disse calmamente e Lucas, sem mais como reagir, saiu do lugar esbarrando nela, com força e então a multidão começou a se dispersar e ela se virou para Zay que estava apoiado em um desconhecido qualquer, Lucas fizera um belo estrago nele.

O Babineaux sorriu quando Riley agradeceu o desconhecido e pegou seu braço, passando a sustentar seu corpo.

— Obrigada por me defender. – Disse ela meiga, sorrindo verdadeira para ele enquanto ambos caminhavam devagar em direção a estação de metrô.

— Eu não podia deixar ele te tratar assim. – Respondeu ele.

— Lucas estava errado. – Riley o olhou com ternura. – Eu adoraria ficar com você. – E só então percebendo o que disse, ela corou. – Quer dizer...

Zay riu da menina.

— Tudo bem, Riles. – Ele disse. – Eu entendi. – Afirmou, sorrindo também. - Mas você está me devendo bem mais que quatro dólares.

~ ♥ ~ 

— Você não pode culpar o Josh por tudo, Luke! – Maya bradou, a plenos pulmões, e olhou magoada para o garoto de sardas. – Eu não tenho notícias dele há dias.

— Mas você pode me culpar, Maya? – O irmão de Maya cruzou os braços. – Eu não postei aquilo, quantas vezes vou ter que te dizer? – Indagou, recebendo apenas o silencio em resposta. – Achei que confiasse em mim.

— E eu confio! – Ela respondeu. – Ou confiava... – Confessou. – Eu nem sei mais... – Disse, o olhando de forma distante.

Luke a olhou, incrédulo e magoado demais para responder.

— Então talvez não devêssemos nos ver mais. – Ele disse, friamente.

— Ótimo. – Concordou Maya, apanhando a bolsa de franjas que tinha deixado em cima do sofá. – Então eu vou embora.

— Ótimo! – Bradou Luke, ainda com os braços cruzados.

— Ótimo! – Gritou Maya por último, quando as portas do elevador já estavam se fechando. – Seja feliz com ela.

— Eu não conheço ela! – Retrucou Luke, com o punho fechado e lágrimas nos olhos, porém Maya já não estava lá para ouvir.

 ~ ♥ ~

— Ravi, você é o único funcionário que eu já tive que frequenta a cafeteria nos dias de folga. – Topanga disse, aos risos, enquanto servia um copo de suco e um prato de cookies ao adolescente.

— Eu gosto daqui, Sra. Matthews. – Ravi sorriu, meio sem graça. – É bem mais aconchegante que a minha casa. – Disse vagamente.

— Bom, então sinta-se à vontade. – A advogada sorriu para ele e então arregalou os olhos quando desviou os olhos para a porta do local. – Ai meu Deus, o que aconteceu com vocês?

Antes que Ravi pudesse se virar para ver o que acontecia, a voz de Riley soou atrás dele:

— Mãe, gelo primeiro e perguntas depois, por favor. – Pediu, e somente então o irmão de Luke virou para vê-la ajudando Zay a andar. Ravi logo se levantou e ajudou a colocar o garoto de origens texanas em uma poltrona perto das estantes. – E aí? – Ela perguntou para Zay.

— Lucas fez um bom trabalho. – O Babineaux disse de forma vaga e irônica com um sorrisinho no rosto.

— Lucas? Como assim? – Topanga, que chegava com um saco de gelo, perguntou. Riley e Zay trocaram um olhar. – Eu trouxe o gelo, então respondam minhas perguntas.

— Mãe... – A irmã de Auggie suspirou. – É complicado.

— Então descomplica, querida... – Sorriu, condescendente, a advogada, e a adolescente sorriu fraco, sabendo que a mãe não desistiria.

— Então Sra. Matthews, em resumo... – Zay suspirou com dificuldade e Riley tomou a palavra.

— Mãe, Lucas me traiu. – Ela mordeu o lábio, enquanto Topanga não conseguiu disfarçar sua surpresa. Ravi quase engasgou, não imaginava que a notícia já havia chegado na menina. – Zay tentou me defender, mesmo que não da melhor maneira, e eles acabaram brigando.

— Querida, eu, eu sinto muito. – A esposa de Cory abraçou a filha. – E obrigada por defende-la, Zay. – Sorriu para o garoto. – Mas violência nunca é a solução.

— Eu sei, sra. Matthews. – Zay se mexeu desconfortável. – Eu acho que vou para casa. – Se levantou com certa dificuldade.

— Deixa que eu te dou uma carona, querido. – Topanga se ofereceu. – Riley, toma conta da loja até eu voltar.

— Sim, senhora! – Respondeu, com um muxoxo, a melhor amiga de Maya. – Tchau. – Ela sorriu para Zay que sorriu de volta, Ravi pigarreou, incomodado. – Melhoras.

— Tchau. – Se despediu o Babineaux, com um sorriso fofo.

— Eu te ajudo. – Falou Ravi, após Topanga e Zay deixarem o estabelecimento, Riley sorriu, porém disse:

— Não, tudo bem. – Riu enquanto amarrava o avental. – É seu dia de folga.

— Tecnicamente é o seu também. – Ravi retrucou. – E eu não me importo de passar um tempo com você. – Falou ele, sorrindo para a Matthews que piscou, confusa e levemente corada.

— Eu também gosto de passar um tempo com você. – Ela respondeu, meio envergonhada e eles ficaram em silencio por algum segundo. Ravi pôs o avental.

— Então você gostaria de ir ao teatro comigo no sábado? – Perguntou o de origens indianas, sentindo o peito acelerado. – Tenho ingressos para Cursed Child. – Ele sorriu, encabulada.

— É... – Riley hesitou. – Claro, eu adoraria. – Sorriu novamente para ele, logo indo atender um recém-chegado cliente.


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