New Game escrita por Adrielle


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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Cory sorriu ao limpar uma lágrima que escorria do rosto de sua filha mais velha. Fazia alguns dias que Riley e ele não estavam se falando por uma discussão e, enfim, se reconciliaram. Não poderia estar mais feliz, afinal a briga não passara de uma desavença onde ele estava errado e Riles não fez mais do que ele ensinou a ela, defender suas ideias e seus ideais. Graças a Auggie e Topanga conseguiu ver isso, e não poderia estar mais orgulhoso.

Ambos se abraçavam mais uma vez quando Maya entrou pela janela de forma eufórica. Ela tinha o rosto vermelho e lágrimas ainda escorriam por sua face. Cory fez menção a dizer algo, mas ela apenas pediu que ele saísse para que pudesse conversar sozinha com Riley primeiro.

A contragosto o professor de história concordou e saiu do quarto de sua primogênita, fechando a porta atrás de si e pensando sobre o que teria acontecido para abalar Maya daquele jeito. Suspirou, o jeito seria esperar.

Riley mordeu o lábio inferior com a mudança súbita de quadro no ambiente. Em um momento estava se reconciliando com seu pai e agora estava com uma Maya chorosa na janela. Parte de si queria mandar a garota voltar por onde veio, porém, essa não é a parte que importa dela e logo seu peito estava apertado de preocupação com a filha de Kate.

— Maya... – Riley a ofereceu uma caixa lilás de lenços. – O que aconteceu?

A mente da filha adotiva de Shawn borbulhava em tudo o que queria falar, no entanto ela apenas soluçou e desbloqueou o celular, selecionando a foto que partiria o coração da melhor amiga como o seu estava partido.

— Riles... – A adolescente de cabelos claros entregou o celular para a melhor amiga. – Eu... – Ela soluçou mais uma vez. – Eu sinto muito.

Riley piscou atônita para a imagem a sua frente, sentindo lágrimas em seus olhos. Não conseguia acreditar no que via. Aquele era mesmo Lucas? Como ele poderia fazer aquilo com ela? A irmã de Auggie sentiu o mundo desabar em seus ombros. Ela era uma namorada tão ruim assim?

— Maya... – Riley sufocou um soluço. – O que? Como? Eu nem sei o que...

— Eu fui com Luke, - Ela pronunciou o nome do garoto com uma careta de dor. – Naquele bar perto do parque, sabe?

A adolescente de cabelos castanhos assentiu. Sempre ia ali com Lucas.

— Quem viu foi Luke e aí eu tirei essa foto e... Tirei satisfações com ele.

— Então ele te viu? O que ele falou? – A dona do quarto fungou. – Céus, eu nem consigo acreditar...

— Ele não me viu tirando a foto. – Dissera Maya. – Eu acho que ele pensa que eu não vou te contar porque ele disse que eu tenho sido a pior melhor amiga do mundo e... – Ela soluçou e olhou para as próprias mãos. – E que você não iria acreditar em mim porque ele é um bom namorado e...

 Maya encarou a irmã de Auggie que tinha o olhar distante em algum ponto fixo no lado de fora da janela. A filha de Kate pegou a mão da amiga a despertando de seus pensamentos.  

— Olha, eu sei que tenho estado distante, mas eu te amo Riley, eu nunca ia mentir para você sobre uma coisa dessas... Você sabe disso... Não é?

— Por Deus, Maya, é claro que eu sei. – A Matthews deu um sorriso triste. – Eu também não tenho sido a pessoa mais fácil de se lidar e eu também te amo. – Olhou nos olhos da melhor amiga. – Me perdoa?

— Eu que deveria te pedir perdão... – Maya limpou uma lágrima que escorria no próprio rosto e olhou para o teto por um instante. – Você me perdoa?

— Só se você me der um abraço porque eu estou com muitas saudades da minha melhor amiga. – Ambas riram fraco e Maya alcançou a outra em um abraço que demorou algum tempo.

— Meu Deus, eu senti sua falta. – Confessou a Hunter, rindo fraco e olhou para sua mão quando se afastaram. – Poder do anel?

— Poder do anel. – A mais alta deu a mão para de olhos claros e sorriu. – Mas agora... Aconteceu mais alguma coisa? – Ela indagou. – Eu sei que você se importa comigo, mas você estava chorando muito...

— Riles, você não é a única que estava sendo traída.

— O que? – A Matthews se assustou. – Então... O Luke?

— Sim. – Maya encarou o chão do quarto da melhor amiga. – E pior... – Então ela se pôs a contar os detalhes do que havia acontecido.

~ ♥ ~ 

Luke decidiu chegar em casa pela porta dos fundos para que os irmãos não o vissem ali tão cedo e naquele estado, todavia não contava com o fato de que Ravi e Emma decidiram pedir pizza e comiam enquanto conversam no lugar. Ao ouvir a porta de serviço ser aberta, Emma pulou da cadeira. O único que de vez em quando ainda usava aquela porta era o Bertram e em uma hora daquelas ele já devia estar no décimo quinto sono.

Ela, assim como Ravi, arqueou uma sobrancelha ao ver Luke sujo com um líquido vermelho e com cara de quem andou chorando. O de sardas disse algo em voz alta que ela não conseguiu ouvir, mas presumiu que você um palavrão pelo bufar que ele deu após.

Zuri, que veio da sala, assoviou ao ver o irmão mais velho.

— Eu acho que seu encontro não deu muito certo. – Ela palpitou o óbvio e Luke se jogou em uma cadeira, pegando um pedaço da pizza de pepperoni.

— Estava indo bem. – Ele contou após engolir um pedaço da pizza. – Ela estava linda, nós passeamos no parque, nos beijamos e dizemos eu te amo um para o outro pela primeira vez...

Zuri simulou o ato de vomitar e Ravi lhe deu uma cotovelada.

— Aí fomos em um bar para menores que tem ali perto e adivinha quem estava lá? – Ele perguntou ironicamente, mas Emma arriscou.

— Josh? – Luke bufou.

— Antes fosse. – Ele mordeu mais um pedaço. – O Lucas, namorado da Riley, melhor amiga de Maya. – Luke pegou o copo de refrigerante de Ravi e deu um gole. – Ele estava traindo a Riley.

— Ele o que? – Ravi meio que gritou, indignado.

— Que babaca! – Zuri também se mostrou revoltada.

— E a Maya cheia de raiva foi tirar satisfação...

— Certíssima! – Emma e Zuri exclamaram, o que fez Luke rolar os olhos.

— Só que no meio da confusão surgiu uma garota aleatória, chamando a Maya de patética porque ela estava julgando o Lucas enquanto, foco nessa parte – Luke gesticulou. – Estava saindo com o namorado de outra pessoa.

Os irmãos se entreolharam confusos.

— Então... Você está namorando com duas pessoas? – Zuri arriscou.

— O que? – Luke se indignou. – É claro que eu não. – Afirmou. – Eu amo a Maya. – Acrescentou, bebendo agora o refrigerante de Emma.

— Então quem é essa menina? – Ravi perguntou.

— Você não me ouviu a chamando de aleatória? – O de sardas indagou.

— Como ela era? – Foi a mais velha que questionou.

— Eu nem reparei. – Luke bufou. – Só sei que fez uma cena enorme e me jogou uma batida de fruta ou sei lá. – Ele se levantou.

— E a Maya acreditou... – Zuri raciocinou. – Nossa!

— Por que será que vocês não conseguem ter um encontro normal? – Ravi comentou sem pensar, recebendo um olhar feio do irmão mais velho. Emma riu concordando com o de origens indianas.

— Sabe a quem isso me cheira? – Zuri ergueu as sobrancelhas. – Sinistra.

— Não... – Luke descartou. – Connie está no reformatório até junho.

A mais nova deu de ombros.

— Se eu fosse você ficava de olho... – Ela tornou a dizer. – A qualquer hora ela pode pular em cima de você.

— Eu concordo. – Disse Emma e o outro garoto no local deu de ombros.

— Além do mais, no pouco que eu reparei a minha suposta namorada tem cabelo escuro. – Luke pegou mais um pedaço de pizza. – Eu vou dormir.

— Tenha uma boa noite. – Desejou Zuri ironicamente e então se virou para Emma e Ravi. - Eu vou achar essa garota.

~ ♥ ~  

— Ele não sabe que eu sei. – Sussurrou Riley para Zay antes deles saírem do colégio onde estavam cumprindo detenção por terem matado aula no início da semana. Zay apenas bufou, com o maxilar trancado, estava irritado.

Lucas aguardava Riley do lado de fora da escola com uma mão cobrindo os olhos do sol e um sorriso no rosto. Ele não poderia estar mais feliz. Maya não tivera coragem de contar a Riley sobre tê-lo visto com Maybelle e mesmo que tivesse tido, não tinha nenhuma prova, ou seja, era menos um problema em seu caminho. O Friar sempre se sentiu um pouco irritado com a influência da Hunter sobre a Matthews.

É claro, ainda tinha algumas coisas para resolver, como a amizade irritante e crescente entre sua namorada e o irmão mais novo de Luke e a maldita cumplicidade que ela compartilha com o Minkus, tão vulgar, como se nem mesmo fosse amiga de Smackle ou tivesse seu próprio namorado.

Zay olhou-o de relance e seguiu para o caminho do metrô, com ele e Riley logo atrás, agindo como se nem mesmo se conhecessem, o que o fez sorrir por um momento. No dia em que o Babineaux e a Matthews tinham matado aula juntos ele quase achou que eles... Bem, isso não aconteceria, Riley é uma pessoa muito doce e tapada para essas coisas.

Aquela estava sendo realmente uma ótima manhã para Lucas, porém ele percebeu que Riley ao seu lado, tinha o rosto inchado e resolveu implicar com o ex-amigo que andava a sua frente, talvez tornar aquele sábado um pouco mais divertido para si mesmo.

— Riles, amor... – Ele sorriu galante quando ela apertou os olhos para olhá-lo através da claridade do sol. – Alguém fez algo com você? Está com uma carinha... – Indagou, parecendo realmente preocupado. Riley piscou atônita. Como alguém pode ser tão cara de pau? Zay a sua frente, diminuiu o passo.

— Não. – Riley respondeu, seca. – Ninguém fez nada. – Resmungou.

— Tem certeza? – Insistiu o loiro de origens texanas. – Não fique protegendo as pessoas, Riley. – Ele aumentou o tom de voz, com um sorriso no rosto. – Nem todas querem o que dizem querer. – Continuou. – Nem todo mundo é seu amigo e querem o seu bem. – Ele disse, sorrindo ainda mais abertamente ao ver Zay apertar os punhos e então acrescentou: - Nosso bem.

Aquilo foi a gota d’água para o Babineaux que virou-se com um soco no rosto do que já foi seu melhor amigo um dia. Riley ficou estática quando os dois garotos caíram na calçada de Nova Iorque começando uma briga.

— Imbecil! – Gritou Zay para Lucas. – Você não merece a Riley.

— E você merece? – Lucas debochou, antes de virar o jogo e prender o outro contra a calçada. – Acorda – Gritou enquanto desferia o soco. – Ela nunca vai querer ficar contigo.

Uma multidão pequena se formava ao redor dos dois.

— Pelo amor de Deus, alguém separa eles. – Pedia Riley aos gritos e as lágrimas enquanto os dois ainda trocavam ofensas, socos e chutes. Céus, ela só queria um momento de paz... 


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