New Game escrita por Adrielle


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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— Olha, em defesa do meu xará, eles estavam dando um tempo. – Luke disse, e riu quando viu Maya arquear as duas sobrancelhas e mover-se para ajeitar melhor o notebook em seu colo. – O que foi? Não vai me dizer que Ross está errado?

— É claro que estava! – Maya exclamou, gesticulando fortemente. – Eles terminaram não fazia nem uma noite e ele já foi logo procurar outra, inaceitável. – Ela opinou enquanto via a imagem da vídeo-chamada em que estavam tremeluzir por um instante.

— Mas cara... – Luke fez uma pausa para tossir. – Ele ligou para o apartamento dela, e a voz que ele ouviu foi do cara que, na percepção dele, tinha culpa de todos os problemas que estavam acontecendo. – Observou e Maya abriu a boca para rebater o argumento, mas foi interrompida pela mãe que apareceu no batente da porta de seu quarto.

— Maya, a portaria trouxe algo para você. – Revelou antes de a loira mais nova lançar um olhar para o menino do outro lado da tela imaginando se ele havia mandado algo.

— Luke, já volto. – Anunciou e tratou de correr para fora do quarto. Kate aproximou-se do aparelho e sorriu para o segundo filho de Morgan e Christina.

— Ela vai adorar o presente, Luke. – Sorriu a mulher e Luke arqueou uma sobrancelha.

— Presente? – O Ross indagou, confuso.

— Sim. – Kate o olhou, começando a arrepender-se de ter iniciado o assunto. – Foi você que enviou o buquê de girassóis, não foi? – Ela perguntou.

— Na verdade, eu não... – O irmão mais velho de Zuri e Ravi ia respondendo quando Maya apareceu em seu campo de visão novamente, com olhos cheios de dúvidas. – O que foi?

— Eu acabei de receber um buquê. – Contou. – É de girassóis. – Acrescentou, antes de morder o lábio inferior e desviar o olhar dos olhos do rapaz. – E quem enviou foi Josh. – Revelou, voltando a olhar a tela do notebook a tempo de ver o adolescente do outro lado da tela rolar os olhos. – Como um pedido de desculpas.

— É um bom pedido de desculpas. – Luke sorriu sem mostrar os dentes. – Girassóis são suas flores favoritas, certo? – Maya assentiu. – Ele te conhece bem... – Divagou por um tempo, antes de tossir novamente. – Hm, olha, eu vou tomar um banho antes que fique tarde. – Ele disse. – Sabe, estou meio resfriado. – Acrescentou, antes de sorrir de lado. – Até mais, loirinha. Tchau senhora Hunter. - Kate sorriu para o menino, e a chamada foi finalizada.

Maya suspirou encarando a tela de chamada encerrada do aplicativo.

— Querida... – A esposa de Shawn passou o peso de um pé para o outro, falando no tom mais amável que conhecia.  – Quer conversar?

— Sim. – A mais nova assentiu e moveu-se na própria cama. – Vou ligar para a Riley, se a senhora não se importar. – Kate soltou o ar que prendia desde o segundo que descobriu que quem enviara as flores fora Josh.

Maya riu fraco do gesto da mãe. Kate não foi criada numa família que conversa sobre as coisas, e por mais que se saísse muito bem nas poucas vezes que fizera, Maya só buscava seus conselhos quando a situação parecia densa demais para apenas Riley e ela lidarem.

— Claro que não, meu amor. – Respondeu a mulher. – Vou te preparar uma bebida quente. – Anunciou antes de se retirar do lugar tão rapidamente quanto entrou.

~ ♥ ~

O professor de álgebra falava sobre alguma coisa em que Luke deveria estar prestando atenção, mas que não conseguia por uma razão que continha nome e sobrenome. Josh Matthews mal tinha trocado duas palavras com o Ross na noite em que se conheceram, porém já estava conseguindo lhe tirar do sério.

Primeiro por ser um babaca e brincar com o sentimento de pessoas tão incríveis como sua própria irmã Emma, e Maya que, quanto mais ele conhece, mais se aproxima de sua visão de garota perfeita, mesmo com sua maniazinha irritante de ser teimosa. E em segundo por sempre interromper de uma forma ou de outra seus momentos com a linda filha de Kate.

O Ross balançou a cabeça tentando se concentrar na aula. Por pouco não ficou detido no ano anterior e não podia bombar agora que estava no último ano. Infelizmente os seus esforços para manter o foco estavam indo por água baixo porque se não era Josh o dono de seus pensamentos, era Maya e a culpa por ter encerrado tão repentinamente a ligação em que estavam na noite anterior.

 A garota já parecia tão envergonhada... Como se a culpa fosse dela por ter recebido o tal buquê de girassóis! Maldito Josh Matthews. Se Luke pudesse, ele socaria tão forte o rosto daquele garoto presunçoso.

O irmão mais velho de Ravi e Zuri foi desperto de seus pensamentos pelo sinal que tocava para anunciar o fim da aula e se levantou a contragosto para seguir até a aula de espanhol, a qual o irmão também faz.

— Ei, Ravi. – O Ross mais velho chamou, fazendo o de ascendência indiana o olhar. – Vai fazer algo depois da aula? – Indagou, vendo o outro arquear uma sobrancelha. – Estou precisando me distrair. – Riu fraco antes de se sentar atrás do irmão.

— Na verdade. – Ravi pigarreou. – Hoje é meu primeiro dia no novo emprego. – Contou enquanto assistia o professor adentrar o ambiente. – No Topanga’s, comentei com você.

Luke assentiu lentamente antes do irmão virar-se para frente, e então sorriu de lado. O maldito Josh Matthews não é o único que pode fazer surpresas. O professor de espanhol falava sobre alguma coisa em que Luke deveria estar prestando atenção, mas que não conseguia por uma razão que continha nome e sobrenome. Maya Hunter.

~ ♥ ~

Zay riu de Riley que sorriu forçosamente para o professor de química que a olhou de testa enrugada por causa da tardia entrada na aula. A Matthews caminhou até a bancada que dividia com o amigo de origens texanas na única aula que faziam juntos além de história.

O Babineaux, após conferir que o professor realmente estava focado em seu livro da Agatha Christie, inclinou-se perto o suficiente para a amiga o ouvir enquanto sussurrava:

— Por que está atrasada? – Riley, que se debruçou sobre a bancada com o livro aberto em uma página aleatória, quase deu um pulo pelo susto, e olhou para o amigo com o rosto vermelho de quem chorou fazia pouco tempo. – Está tudo bem?

Sr. Jackson, o professor pigarreou, olhando para a dupla por cima do livro. Ambos fingiram fazer o exercício, porém quando o professor se distraiu Riley passou uma folha para Zay.

“Preciso de um conselho” O melhor amigo de Lucas arqueou uma sobrancelha, mas após escrever algo, logo passou a folha com linhas cor-de-rosa de volta para ela.

“Vai custar quatro dólares” Riley sorriu ao ler a resposta do amigo e logo se pôs a escrever. O Babineaux balançava a perna em ansiedade, no entanto fingia estar fazendo o exercício proposto pelo professor.

“Eu estou sendo dramática com Lucas?” Foi a pergunta que veio após um ou dois minutos. Zay encarou a folha e olhou para a garota ao seu lado com o rosto vermelho e olhos cheios d’água. O melhor amigo de Lucas o ouviu falar sobre como Riley não estava respeitando seu espaço e como as atitudes dela demonstravam que ela não confiava nele e por um tempo, sem ouvir o lado dela, achou que ele tinha razão.

Porém ali estava Riley, com cara de choro o perguntando se ele achava que estava sendo dramática com relação a uma situação que, se fosse ao contrário, Lucas estaria agindo de forma bem menos calma. O Friar já estava se mordendo de ciúmes apenas pela Matthews estar conversando amigavelmente com Ravi na festa de Kate, sinceramente Zay não sabia como ele não tinha ciúmes de Farkle com Riley e até da sua própria amizade com ela.

Riley bateu o lápis na mesa trazendo-o de volta para a realidade, e chamando a atenção do professor, que crispou os olhos na direção dela.

— Senhorita Matthews. – O velho homem respirou fundo e passou a mão na própria barba grisalha. – Por favor, retire-se.

Riley abriu a boca, mas não contestou e começou a recolher seus pertences, parecendo que começaria a chorar ali mesmo na frente de toda a classe.

— Isso não é justo. – Zay interveio. – Ela não fez nada demais.

— Se acha injusto, senhor Babineaux, retire-se com ela. – Ele sorriu como um verdadeiro vilão de histórias em quadrinhos. – E veja com o diretor o que ele acha justo.

O adolescente recolheu seus pertences e seguiu a amiga para fora da sala. Riley caminhava a passos lentos na frente dele, e após alguns minutos, antes de descer o lance de escadas que os separava da sala do diretor, ele suspirou e resolveu quebrar o silêncio:

— Riles...

— Você não respondeu minha pergunta. – Ela disse com a voz embargada, e se virou para o encarar. Zay engoliu seco ao ver a face encharcada de lágrimas da namorada do melhor amigo. Um silêncio se estendeu entre os dois. Ela olhando para ele, e ele olhando para o chão. – Acho que o seu silêncio responde.

— Riley, tenta entender... – Ele argumentaria, mas foi interrompido.

— Tentar entender? – A filha de Cory riu sarcástica. – Entenda você. – Ela apontou o indicador para ele, dando um passo para frente. – Eu estou tendo o pior dia da minha vida. – Revelou enquanto mais lágrimas caíam pôr sobre seu rosto. – Eu discuti com o meu pai, com a minha melhor amiga e com o meu namorado. – Zay arregalou os olhos com a declaração. – Eu fui expulsa de sala de aula pela primeira vez na minha vida, e não são nem meio dia. – Ela soluçou, e ele a abraçou, a confortando por um instante.

— Vem... – Zay, começou a puxá-la em direção a saída de incêndio. Riley relutou no meio do caminho, ele iria levá-la para matar aula?

— Zay, eu não acho uma boa ideia... – Disse, ainda de mãos dadas com o garoto.

— Riles, você precisa se distrair agora. – Pontuou. – Você indo para a sala do diretor, ele vai chamar seu pai e... – Ela ponderou antes mesmo dele concluir o raciocínio. Teria que ouvir sermões de qualquer forma, que mal teria se divertir um pouco antes disso?

— Ok, vamos. – Concordou e correu com ele para fora do colégio.


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Notas finais do capítulo

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