Pai Em Apuros escrita por Yeeun


Capítulo 1
Pai Em Apuros


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! ♥

Voltei novamente com mais uma oneshot, a que tinha prometido na outra que fiz da Páscoa ahahah. Esta aqui ficou bem grande, quase 4000 plv (apesar do site nunca colocar o número de plv correto), será uma oneshot bem fofa e com um pouquinho de comédia ahahah Vocês vão amar os momentos entre Pai e Filha HUASHUASH

Enfim, espero que gostem, deixem favorito e comentem xD

Desculpem por qualquer erro, eu betei mas pode ter passado algum.




Boa leitura!

História escrita em Português de Portugal ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/778739/chapter/1

 

Desde que Sakura tinha saído devido a uma emergência no hospital, Sasuke não parava de amaldiçoar, nem por um minuto, a pessoa que a chamou.

Após uma longa missão, o único que Sasuke mais desejava era poder aproveitar os seus dias livres para estar ao lado da sua família e descansar. Ele tinha aceitado uma missão perigosa quando a sua filha tinha apenas dois meses e, só agora, quatro meses depois é que conseguiu concluí-la com êxito. Naruto decidiu então dar-lhe uma longa folga pelo sucesso da missão e por o ter afastado tão prematuramente da filha. Agora, Sasuke teria pelo menos três ou quatro meses sem missões e, caso tivesse de fazer alguma, seria por poucos dias.

Porém, o que ele não esperava, era que logo no primeiro dia Sakura fosse chamada devido a uma emergência e ele tivesse de ficar sozinho em casa com Sarada, que como se fosse de propósito, tinha ficado doente durante a noite. Desde que a menina nasceu, aquela seria a primeira vez que o Uchiha ficaria sozinho com ela, e sem saber como cuidar de um bebé tão pequeno e doente, ele esperava que ela apenas dormisse até a mãe voltar. Ele além de não saber o que fazer, também não era um ninja médico como Sakura, sempre tinha estado sozinho e se cuidava sozinho e agora tinha de cuidar de um ser tão frágil e importante para ele.

Sarada choramingava no seu ombro com o nariz vermelho, enquanto ele passeava pela sala e lhe dava palmadinhas sobre as costas, para tentar fazê-la ficar mais calma e adormecer. Desde as dez horas do dia anterior, a pequenina tinha ficado doente, com febre, tosse e o nariz entupido, talvez até dor na garganta.

Antes de ir embora, Sakura lhe tinha dado uns remédios para a dor de garganta, a febre e a tosse, e ele apenas tinha de esperar que eles fizessem efeito e que ela adormecesse, porém já se tinha passado duas horas e ela ainda choramingava. Não chorava alto e desesperada como o fazia de noite, era um choro mais baixinho, mais contido, mas que era na mesma bastante doloroso de ouvir.

Sem alternativa, Sasuke sentou-se no sofá e ligou para Sakura, enquanto rezava para que ela estivesse disponível e lhe atendesse.

— Sim?... — Após alguns segundos de espera, foi possível ouvir a sua voz do outro lado da linha.

— O que eu faço? — questionou-a logo, sem dar-lhe tempo de perguntar mais nada enquanto abanava levemente a bebé.

— Sasuke?

— Ela não para de chorar, o que faço? — perguntou novamente, com um desespero que nunca antes tinha sentido, ao mesmo tempo que observava atentamente a filha.

— Calma! — pediu Sakura do outro lado, com preocupação evidente na voz. — Ela tá a chorar muito ou a choramingar?

— A choramingar. — respondeu de imediato.

— Então os medicamentos já devem ter feito efeito, mas algo deve estar a incomodá-la. — deduziu, prontamente, e era possível notar o alívio na sua voz. — Verifica se ela tem febre e se tiver dá-lhe um banho de água morna, assim ela ficará mais tranquila. — explicou com calma e paciência.

— E se não ficar? — voltou a perguntar, ao mesmo tempo que se levantava do sofá e subia as escadas para o quarto deles que ficava no segundo andar.

— Se não ficar, volta a chamar-me, que eu voltarei para casa e deixarei tudo com a Ino. — respondeu, ao suspirar cansada e preocupada por não poder estar em casa naquele momento. — Agora tenho de ir, chegou mais um grupo de ninjas feridos.

— Incompetentes. — ridicularizou, com ódio, o que fez Sakura rir um pouco antes de desligar.

Ao chegar no quarto colocou a mão na testa da bebé, estava quente, a pobrezinha ainda tinha febre, então decidiu fazer o que Sakura lhe tinha orientado. Entrou no quarto de banho e deitou Sarada sobre uma pequena toalha — que segundos antes tinha colocado sobre a bancada para ela não estar deitada diretamente na mármore fria —, para poder tirar-lhe a roupinha e a fralda suja — era perturbador ver como algo tão fedorento poderia vir de uma coisa tão pequena — que foi deixada no cesto do lixo localizado na esquina do local. Com ela nos braços, abriu a torneira e deixou a banheira encher apenas um pouco, o suficiente para dar banho numa criança minúscula como Sarada.

O banho foi rápido e apesar de Sasuke nunca lhe ter dado um, acabou por sair-se muito bem na tarefa quase como se já o tivesse feito muitas vezes antes. Sakura tinha acertado em cheio no que disse, de facto, o banho a tinha ajudado a acalmar-se e quando colocou uma mão na sua testa, a febre tinha baixado. Após secá-la bem com a toalha fofinha e antes de vesti-la, verificou a febre com um termômetro com bonecos que encontrou, e ficou feliz ao ver que estava certo.

Começou então com o processo de colocar-lhe a fralda, o que já foi mais difícil apesar dela não mexer-se tanto como habitualmente fazia, devido a estar cansada de tanto chorar e da noite mal dormida, ele só esperava que não lhe tivesse colocado a fralda ao contrário. Vestiu-a rapidamente com uma roupa quentinha que tinha encontrado, para ela não apanhar frio e regressou ao quarto.

Aproximou-se da cama e deitou-se com ela lentamente debaixo dos cobertores, satisfeito ao perceber que Sarada fechava os olhos e era levada para o mundo dos sonhos, de onde ele esperava que ela não regressasse tão cedo. Enquanto vigiava o sono da filha, Sasuke pensou em todos os pequenos momentos que perdeu devido à missão, mas agora finalmente podia estar com ela e com Sakura. A sua filha era uma perfeita mistura deles e, conforme ela crescesse, isso ficaria mais evidente para todos. Ele só esperava que isso ainda demorasse algum tempo, as crianças crescem tão rápido, e Sarada era tão bonitinha assim pequenina.

Aos poucos, Sasuke começou a adormecer, mas sem nunca tirar os braços ao redor da filha que dormia profunda e serenamente.

 

—--***---

 

As horas passaram, Sakura acabou por voltar para casa mais cedo, tinham conseguido salvar e estabilizar os ninjas mais rápido do que tinha previsto. A Uchiha subiu para o quarto, e pelo caminho sorria satisfeita ao perceber o silêncio e a calma do lugar, pelos vistos Sasuke tinha conseguido lidar bem com a situação. Entrou na habitação e aproximou-se da cama, ao mesmo tempo que sorria amorosamente pela bela visão que tinha do seu marido a dormir com Sarada nos seus braços.

Com cuidado, retirou a menina dos braços do Sasuke, que resmungou ao sentir que a bebé lhe era tirada mas continuou a dormir, num dia normal ele acordaria mal ela tivesse entrado no quarto, sempre alerta, mas o coitado devia estar muito cansado. Caminhou para o quarto de banho e verificou a filha, para ver se a febre não teria voltado e se respirava com dificuldade, ao ver que tudo estava bem, tirou a parte de baixo da roupinha e verificou a fralda, que precisava ser trocada. Não só a fralda, como também a roupa, pois tinha vazado um pouco e tinha molhado o pano.

Foi então, quando começou a puxar as fitas, que percebeu que Sasuke lhe tinha colocado a fralda ao contrário. Mordeu o lábio inferior para conter a vontade louca que tinha de rir, porque ela não queria acordar a bebé e o Uchiha, então continuou a trocá-la em silêncio.

Ao acabar, pegou a Sarada no colo e levou-a para o quarto, aproximou-se do armário e pegou-lhe umas novas calças de pijama, deitou-a na cama, vestiu-a e voltou a colocá-la no peito de Sasuke, que rodeou as suas pequenas costas rapidamente, aconchegando-a no calor dos seus braços.

Sem fazer barulho, pegou uma muda de roupa e saiu do quarto para tomar um longo e relaxante banho quente num dos quartos de convidados, cansada pelas horas sem descanso que teve de fazer. Quando terminasse com o banho, desceria para a cozinha, prepararia uma boa refeição para os dois e uma papinha para a filha e aproveitaria o resto da noite com eles.

Conforme tinha planeado, assim o fez, ao terminar desceu para a cozinha e fez uma deliciosa refeição para ela e Sasuke. Porém, nem sempre as coisas são como planeamos e, por isso, mal ela tinha terminado o jantar, foi chamada novamente pelo hospital, outra emergência. Alguns dos ninjas hospitalizados tinham tido uma crise, devido a um pequeno veneno na corrente sanguínea que eles não tinham notado, o mesmo tinha um efeito tardio que o fazia atuar só horas depois de ser injectado. Como os ninjas tinham desmaiado quase ao chegar, não tiveram a oportunidade de lhes contar esse pequeno, mas importante e mortal, detalhe.

Frustrada mas também sem poder ignorar o pedido de ajuda, Sakura rapidamente guardou a refeição no forno para permanecer quente e escreveu uma pequena nota para Sasuke antes de ir embora rapidamente para o hospital de Konoha.

 

—--***---

 

Quase uma ou duas horas depois Sasuke acordou, com a sua filha a dormir ainda placidamente sobre o seu peito e com a respiração tranquila. Suspirou de alívio por ver que ela estava melhor e levantou-se com cuidado, deitou-a novamente na cama e franziu o cenho quando viu a roupa, ele tinha certeza que tinha colocado outra. Verificou a fralda e, após constatar que estava ainda seca, ajeitou a bebé no centro da cama e a cobriu com os cobertores e com duas almofadas de cada lado para protegê-la. Desceu rapidamente para o andar de baixo, das escadas ele conseguia sentir um leve cheiro de comida e sorriu minimamente pois isso significava que Sakura tinha voltado, no entanto, essa ideia logo desapareceu quando ele não conseguia sentir o chakra dela em nenhum lado da casa.

Entrou na cozinha e observou tudo com atenção até reparar num pequeno papel preso por um íman no frigorífico. Em passos rápidos chegou logo ao outro lado da cozinha e arrancou o papel, sem se importar para onde o íman com forma de flor de Sakura tinha ido parar quando saltou para o chão.

 

“O meu trabalho terminou mais cedo, quando cheguei estavas a dormir tão profundamente com a Sarada que não me atrevi a acordar-te. Tive tempo de preparar o jantar que está no forno, apenas precisas aquecer se for necessário. Me chamaram novamente do hospital na hora em que ia acordar-te para comer. Nos vemos quando voltar, cuida bem da Sarada, ela está melhor mas pode voltar a ter febre.

Ah, na próxima, assegura-te de colocar a fralda dela corretamente, ela vazou porque a colocaste ao contrário e tive de mudar-lhe a roupa também.”

 

Sasuke olhava incrédulo para o pequeno papel que tinha nas mãos com um pequeno rubor no rosto quando leu a última frase. Em sua defesa, era a sua primeira vez a trocar uma fralda, e ele pensava que tinha feito tudo corretamente. Andou até ao forno e abriu a porta, de facto estava lá uma panela e surpreendeu-se quando viu o que era, Sakura tinha preparado uma sopa de tomates e o cheiro era, sem dúvidas, maravilhoso. No entanto, apesar de estar feliz por a sua mulher ter preparado uma das suas comidas preferidas, estava irritado por ela não estar novamente em casa. Os ninjas do hospital não conseguiam dar conta do problema sozinhos? Ou chamar a Ino, Tsunade ou a Shizune para ajudar e dar assim um descanso à Uchiha que tinha uma filha doente à espera dela em casa?

A sopa estava levemente morna, a panela não queimava ao tocar e um leve vapor surgia quando ele tirava a tampa, então ela deveria ter saído já a mais de uma hora, talvez duas… e ainda não tinha voltado.

Fechou o forno e levantou-se, antes de olhar pelo canto do olho para o papel branco que Sakura tinha deixado, sobre a mesa. Respirou fundo e saiu da cozinha, ele comeria o que Sakura tinha preparado mas antes iria verificar Sarada para ver se continuava a dormir tranquila. Quando chegou ao quarto, entrou com cuidado para não fazer barulho e aproximou-se da cama, a bebé pouco se tinha mexido desde que ele tinha saído há poucos minutos atrás, no entanto, ao contrário de antes ela estava mais vermelha e a respiração era mais pesada.

Preocupado, sentou-se na cama e pegou a menina no colo com delicadeza, levou a mão livre à testa da pequena e franziu o cenho quando notou que estava quente. Sarada voltava a estar com febre.

Maldita seja, estavas tão bem até agora”, Sasuke pensou, ao mesmo tempo em que se levantava e pegava um pequeno cobertor de bebé para cobrir a filha antes de ir atrás do seu telemóvel para ligar novamente para Sakura. Talvez outro banho a ajudasse, já que até agora ela estava tranquila, mas e se fosse necessário algum medicamento ou qualquer outra coisa que ele não sabia, e se ela precisava da mãe ao seu lado para melhorar. Bebés pequenos precisam da mãe ao lado deles, principalmente quando doentes, ou pelo menos era isso que ele leu nos livros de paternidade que tinha comprado durante a sua viagem, algo que, caso descoberto, ele negaria a existência.

— Sim? Sasuke? — A atenção de Sasuke foi voltada para o telemóvel quando ouviu a voz baixa da esposa, isso sem contar o cansaço que se notava logo de imediato.

— Ah, sim. Ela tem febre de novo, Sakura. — respondeu, sério e preocupado, enquanto olhava para a menina que começava a remexer-se no colo dele incomodada e com pequenas gotas de suor na testa.

— Experimenta dar-lhe outro banho e a medicina que deixei. Ela depois deve voltar a dormir tranquilamente.

— O melhor seria que voltasses, pode não funcionar. — comentou, ao mesmo tempo em que se levantava e dirigia-se à casa de banho.

— Tenta mesmo assim, eu ainda devo ficar aqui por umas duas ou três horas. — Sasuke arregalou levemente os olhos ao ouvi-la e novamente começou a ficar irritado com a situação.

— Onde está Ino ou a Shizune? Estão aí também? — questionou, diretamente, ao pousar a filha enrolada na manta sobre a bancada do quarto de banho.

— Regressaram para casa horas antes de eu ter saído também, só voltarão amanhã.

— E porquê não ficou uma delas no teu lugar? Tu tens uma filha doente, elas não. — argumentou, enquanto começava a tirar a roupa da bebé e mantinha o aparelho entre o seu rosto e ombro. Tinha sido uma ótima ideia ter aceitado o novo braço como Naruto o fez, ele não teria conseguido cuidar da filha sozinho com apenas um braço.

— Foi decidido assim, não te preocupes, Sarada deve acalmar-se com o banho e a medicina. Assegura-te de colocar com o leite porque se não ela não o vai tomar. — aconselhou, o cansaço ainda evidente na sua voz. — Agora tenho de ir, estão a chamar-me.

— Hum!

— Ah! Sasuke? — chamou-o, ao mesmo tempo em que ria suavemente. — Coloca a fralda corretamente desta vez, okay?   

A ligação foi desligada e Sasuke pegou o telemóvel com um leve rubor no rosto, constrangido, antes de pousá-lo ao seu lado. Ela não se esqueceria disso tão cedo. Tossiu levemente e continuou a tirar a roupa da menina para lhe dar outro banho. Tudo correu rapidamente e em poucos minutos a tinha novamente nos braços com a fralda colocada, corretamente desta vez ele esperava, e vestida com outro conjunto quentinho com um ursinho na frente e o símbolo do seu clã nas costas. O Uchiha sorriu de lado, orgulhoso, ao ver o seu símbolo nas costas da pequenina, da sua herdeira.

Saiu do quarto e desceu para a cozinha com a menina, mais uma vez, enrolada na sua mantinha e com uma chupeta na boca. Sarada já não estava tão quente, a febre tinha recuado mais uma vez, o que era um alívio para o Uchiha. Caminhou diretamente para o microondas e, tal como Sakura tinha orientado, estava uma garrafa de leite para Sarada, em cima do microondas estava uma pequena caixa com a medicina dela e leu com atenção o que a sua esposa tinha escrito na caixa para depois adicionar no leite a quantidade correta.

Enquanto o leite era aquecido, Sasuke sentou-se numa das cadeiras da cozinha e olhou para baixo, Sarada o olhava com atenção e estendeu uma pequena mãozinha para segurar o dedo dele com força. Parece que vai ter a força da sua mãe.

Quando o som do microondas soou, Sasuke levantou-se e rapidamente pegou a mamadeira, comprovando a temperatura para ter certeza de que não estava demasiado quente para a bebé. Adicionou a quantidade certa da medicina e agitou um pouco antes de voltar a sentar-se e colocar o bico nos lábios da Sarada, depois de lhe ter tirado a chupeta e a pousado na mesa.  

Sarada tomou o leite calma e demoradamente, sem ter muitas forças para sugar tudo rapidamente como normalmente fazia. Sakura contou-lhe que muitas vezes era obrigada a afastar a mamadeira para a menina respirar um pouco. A bebé tinha nascido muito glutona.

Quando terminou, Sasuke levantou-se com cuidado e a colocou contra o seu ombro, deixou a mamadeira quase vazia sobre a pia e começou a dar leves palmadinhas nas costas da pequena que agarrava a sua camisa com força. Ele realmente esperava que a medicina começasse a fazer efeito em breve, esteve apenas um dia com ela e, podia dizer sem dúvidas nenhumas a quem quer que fosse, que odiava vê-la doente, era de partir o coração.

Caminhou em passos lentos para a sala, onde sentou-se no sofá à espera que Sarada se acalma-se e voltasse a dormir mais um pouco, ou pelo menos até Sakura chegar. Porém, apesar do desejo dele, isso não aconteceu, os minutos passavam e mesmo que a medicina tivesse feito efeito ela continuava inquieta e olhava em volta freneticamente, à procura de algo. Lágrimas vieram aos seus olhos e o lábio inferior começou a tremer, assustado, Sasuke rapidamente foi até à cozinha e pegou na chupeta esquecida sobre a mesa, antes de colocar na boca da menina que se acalmou… temporariamente.

O silêncio não demorou muito tempo antes da menina começar a chorar e a olhar em volta enquanto o seu pequeno corpo era sacudido em soluços violentos. Voltou para a sala e Sasuke notou que a menina continuava a mexer-se freneticamente e a olhar para todos os cantos. O Uchiha não demorou muito tempo para entender o que se passava, a sua filha estava à procura da mãe e isso era algo que os remédios não poderiam resolver. Começou a balançá-la suavemente ao passo que começava a andar de um lado para o outro para tentar tranquilizá-la, ele precisava de fazer algo para ela esquecer a mãe por mais algumas horas antes dela chegar, mas não conseguia pensar em nada que o ajudasse.

Com uma pequena ideia em mente, Sasuke rapidamente fez um clone seu, que pegou a menina ao colo e continuou a fazer o que ele estivera a fazer até aquela hora. Sem demora, caminhou para a entrada da casa e após fechar a porta, começou a saltar e a correr sobre os telhados das casas e edifícios na direção do hospital, numa velocidade que seria a inveja de muitos ninjas. Não tardou em ver o hospital e quando estava prestes a chegar começou a procurar pelo chakra da esposa, encontrando-a no terceiro andar. Ignorou completamente a entrada e saltou para a primeira janela aberta que encontrou mais próxima de Sakura que, ao reconhecer o chakra dele, olhou na sua direção surpreendida junto dos dois ninjas médicos que a acompanhavam.

— Sasuke? O que fazes aqui? — questionou confusa e preocupada, enquanto o via caminhar na sua direção. — Onde está Sarada? Ela está melhor? — Sasuke não disse nada, apenas abaixou-se e pegou Sakura, colocando-a sobre o seu ombro, que demorou a reagir devido ao choque.

— Sarada está com um clone meu à nossa espera. Vamos! — respondeu com um ar sério ao lembrar-se de como a menina procurava freneticamente pela mãe, ao mesmo tempo que caminhava de volta para a janela.

— Sasuke, espera, eu não posso sair assim, ainda tenho de ficar aqui mais algum tempo e…

— Vocês dois aí — Sasuke virou-se para os ninjas com o Sharingan ativado, ambos recuaram alguns passos aterrorizados. — A minha esposa ficará esta semana em casa, estão todos proibidos de chamá-la se não for para uma grande emergência, entendido? — questionou, embora sem lhes dar realmente tempo para responder e sem importar-se com as queixas que ouvia de Sakura. — Chamem Ino, Shizune ou até Tsunade para cobrir o turno dela, elas ao contrário de Sakura não têm uma bebé doente em casa. Sakura nunca deveria ter sido chamada.

Num movimento rápido, o Uchiha saltou pela janela com a sua preciosa carga e correu para casa, ansioso por ver a sua filha calma e feliz ao ter a presença da mãe depois de um longo dia longe dela. Se até o hospital Sasuke tinha sido rápido, então no regresso a casa não demorou mais do que dois minutos. Sakura já se tinha acalmado pelo caminho, principalmente devido ao suave vento frio que batia no seu rosto quente pelo constrangimento e cansado pelo dia que teve.

Quando chegaram em casa, Sakura entrou em casa ansiosa para ver a filha, principalmente ao ouvi-la chorar da entrada. Tirou as sandálias de salto baixo que usava e correu para a sala, encontrando já pelo caminho o clone de Sasuke que a balançava lentamente numa tentativa de parar com o choro da menor.

— Oh meu amor, tanto choro por quê, hein? — perguntou num tom amoroso ao passar as mãos sobre as costas da filha aconchegada na manta. Sarada, ao ouvir a voz da mãe, parou de chorar por alguns segundos e olhou em volta até o clone de Sasuke virar-se de modo a ela ver a mãe. A bebé arregalou os olhos e estendeu os braços na sua direção, feliz ao ver que a mãe tinha regressado. Quando Sakura pegou a filha no colo, o clone de sombras desapareceu logo em seguida e a Uchiha começou a caminhar com a bebé que parava de chorar aos poucos enquanto ouvia a voz reconfortante e o cheiro do seu perfume.

Em silêncio, Sasuke observava tudo com carinho, a maneira como Sakura falava baixinho ao ouvido de Sarada, num tom amoroso e maternal enquanto lhe acariciava as costas e dava pequenas voltas à sala, o que deixava evidente o símbolo do seu clã presente nas roupas.

Um sorriso sincero e orgulhoso foi o que Sakura viu no rosto do marido quando olhou na sua direção, também um pouco surpresa quando o viu aproximar-se delas lentamente e abraçá-las com calma, a bebé tranquila entre eles com um pequeno sorriso no rosto gordinho e corado.

 

Sim, era bom estar em casa.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá novamente ♥
Então, espero que tenham gostado da one tanto como eu (apesar da breve falta de vontade que tive enquanto a escrevia ahahah, ela era para ser publicada no final de Maio e só consegui agora, 11 dias depois, que tristeza.....)

Não se esqueçam de favoritar e comentar, responderei o mais rápido que puder, prometo ♥

ONE HENTAI que recomendo vocês lerem: https://fanfiction.com.br/historia/778091/A_Coelhinha_da_Pascoa/

Sigam-me, se quiserem claro HUASHUASH, para receber notificações de novas publicações e assim não perderem nada *--*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pai Em Apuros" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.