A Desdente escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 8
Capítulo 7: Olympia




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Capítulo 7: Olympia

Os três chegam ao aeroporto e Esme pergunta para a filha:

— Você está bem sweetie?

— Estou sim, mommy.

— Ainda bem que hoje nem está tão frio.

— Parece minha cidade natal.

— Tem uma cidade com o mesmo nome aqui perto, na verdade por causa de outra cidade no estado de Ohio que também se chama Toledo e fica perto de Columbus.

— Oh! Você sente a temperatura mamãe? Pensava que não.

— Sim apesar de não sentir frio na pele eu sinto o ar.

— Entendo – ou tenta entender na verdade, porque é uma coisa difícil de imaginar. Só sendo uma vampira para entender completamente.

— Você me surpreendeu ao conversar com a aeromoça em inglês. Você é tão tímida, mas mesmo assim fez esse progresso. Fiquei muito contente. Eu estava ali do seu lado para ajudar se  precisasse, mas nem foi necessário intervir.

Carol fica ruborizada e abaixa a cabeça acanhada. Ela tem mesmo alguns rompantes de coragem, mesmo em geral sendo covarde e introvertida.

...XXX...

 

Duas semanas depois finalmente Charlie e Billy combinaram de sair para pescar. Esperam a oportunidade e como imaginam Jacob está com o pai:

— Olá Billy – Carlisle cumprimenta.

 Billy não se assusta com a aparição repentina do vampiro, parece até que já sabia de alguma forma como se tivesse um sexto sentido. Carlisle tentou ser sutil, mas Billy sabe o segredo e não há motivo para ser cuidadoso com ele.

— Dr. Cullen! Sra. Cullen!

Ele nunca viu antes a Esme, mas supõe que só pode ser ela, pois conhece todos os demais integrantes da família.

Ao contrário do pai, Jacob fica inquieto com a presença de dois vampiros, apesar deles também estarem em duas pessoas. Sente que está acuado, mesmo que sejam dois Cullen que não fazem mal deliberadamente. Só ele pode se transformar o pai não pode, sente essa desvantagem. Por que os dois vieram?

Ele mais do que ninguém já deveria conhecer seus velhos conhecidos por causa do tratado, mas Jacob nunca quis fazer um esforço para ver os Cullen de outra maneira que não como os vampiros que ele odeia desde que nasceu, os Cullen são diferente, porém ele não vê, ou não quer ver.

— Oi Billy. Oi Jacob – diz Esme com sua voz melodiosa.

— É, oi – responde a contragosto o jovem.

— Não fique nervoso filho – pede Billy.

— Eu vim em paz, quero apenas conversar – assegura Carlisle.

— Jamais tivemos a intenção de assustá-los – complementa Esme.

— Mas vocês assustam – comenta Jacob sarcástico.

— Está certo, mas por que aqui? – pergunta Billy com sua voz de trovão.

— Você sabe que eu não posso ir até a reserva visitá-lo como se fôssemos dois humanos.

— Para se ter dado ao trabalho de me procurar você deve querer alguma coisa de mim, só pode ser isso.

— É verdade, eu quero lhe pedir uma autorização.

— Você não precisa pedir nada para mim Dr.

— Preciso sim porque diz respeito ao tratado que fiz com seu avô. Ele pode não estar mais entre nós, mas eu vou honrar para sempre nosso acordo.

— Ah, você quer me pedir permissão para que?

— Eu vou transformar a neta da minha esposa e não quero violar nosso pacto.

— Ah sim, sabe que foram vocês mesmo que propuseram essa cláusula.

— Seria a única maneira de podermos coexistir. Nós não tínhamos a intenção de transgredir, por isso pareceu uma boa ideia naquela época. Nenhum de nós vai morder um ser humano apenas para tomar seu sangue. Nós dissemos e reitero que somos diferentes dos outros vampiros.

— Se vocês fossem como os outros jamais teriam procurado fazer um acordo. Mas você sabe que infelizmente antes de vocês chegarem nós tivemos uma experiência nada boa com os frios.

— Eu sei. Nós somos uma exceção dentro do mundo dos vampiros. Não há muitos vegetarianos. Eu peço, imploro se for necessário, não quero transgredir ou começar uma guerra. Minha intenção é apenas salvar uma vida. Ela está morrendo, ela precisa ser salva, minha esposa a quer e eu não vou negar sem tentar tudo que posso. Eu não pediria sua permissão Billy se quisesse fazer à revelia.

— Deixe ela morrer – se interpõe Jacob.

Essa sugestão é claro que deixa Esme muito abalada e se contem para não rosnar. Ele estava tão quieto, nem parecia ele, estava só aguardando a hora certa para interferir.

— Você poderia muito bem fazer isso, mas jamais o faria sem tentar conversar antes. Meu pai me falou sobre você e tudo que me disseram é verdade você é um homem integro e correto, digno de nosso respeito – Billy diz como se o filho não tivesse falado. A conversa é entre os homens, ele está fora.

— O que foi Sra. Cullen? – pede Jacob petulante.

— Por favor – ela implora. – Quero salvá-la.

— Dr. Cullen, você é médico e sabe melhor do que ninguém que nem todo paciente sobrevive – diz Billy.

— Sim eu sei, mas eu posso fazer algo. Ela não é qualquer pessoa, ela é da família.

— Por que vocês se importam – interfere Jacob.

— Nós não somos vampiros maus, Jacob. Permanecemos humanos apesar de viver indefinidamente; lutamos para nos manter humanos. Nem todos entendem, mas persistimos, sabemos que vale a pena. Se ninguém nos compreende ao menos temos nossa família. Não nos julgue pelos outros vampiros que você ouviu falar.

— Está me dizendo... – ele começa a tremer.

— Filho, ele não é nosso inimigo – diz Billy.

— Pai!

— Estou dizendo, eu sei perfeitamente que há mais vampiros que caçam pessoas e nós somos fatalmente comparados com eles, mas eu quero que você veja que somos o que somos. Diferentes de tudo que você já ouviu. Nos dê a chance de mostrar quem somos, sem nos prejulgar, como você faria com qualquer pessoa humana.

Billy fica pensativo. Ele também teria feito tudo que pudesse para salvar a esposa se pudesse. Pode entender o que Carlisle e Esme sentem pela menina.

— Hmmmm... Sendo assim, acho melhor permitir e continuar nossa união – diz Billy.

— Papai! – protesta Jacob, dando a entender que se fosse ele não teria permitido.

— Obrigada – agradece Esme.

Carlisle aperta a mão do ancião e então os dois vampiros desaparecem deixando os dois quileutes a sós.

...XXX...

 

No dia seguinte, Esme dá a notícia para a filha:

— Amanha vamos voltar ao Brasil, querida!

— Já?

— Sim.

— Pensei que iria demorar mais para o papai conseguir férias novamente.

— Ele é um bom médico e pensam que Carlisle merece mais folga.

— Que bom!

...XXX...


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