A Desdente escrita por Angel Carol Platt Cullen
Notas iniciais do capítulo
Aviso: ação
Conforme combinaram Esme e Carlisle voltam depois do jantar para ver Caroline e ela recebe os dois vampiros bons em seu quarto:
— Com licença – pedem ao entrar pela janela.
— Sejam bem vindos, desculpem a bagunça...
— Tudo bem querida. Até que está bem arrumado seu quarto, já vi piores. Meus filhos deixam o quarto deles bem mais bagunçado - quebram os móveis ;).
— Vocês têm filhos? – ela sempre pensou que os vampiros fossem estéreis.
— Bem, não biologicamente, nós os adotamos – diz Carlisle. – Você é responsável pelos vampiros que cria então nada melhor do que ser como o ‘pai’ deles.
— São quantos.
— Cinco. Três rapazes e duas moças.
— Uau! - exclama a menina, mas fica constrangida ao ver a aparência de sua casa.
— Não é vergonha ser pobre - complementa Carlisle.
— Mas vocês são ricos, eu vi o carro, suas roupas...
— Eu nem sempre fui rico. Eu nasci numa família humilde – esclarece Carlisle.
— Eu também vim de uma família pobre – Esme reforça.
— A vida era muito diferente no meu tempo do que é hoje.
— Você nasceu quando Dr....?
— Cullen, nosso nome é Cullen. Eu nasci cerca de 1640 em Londres.
— Oh! No século XVII!
— Você não está chocada?
— Não, eu estou admirada. Quantos anos, quanta sabedoria!
— Obrigado criança. Não sou tão velho quanto alguns de nossa espécie.
— Existem muitos?
— Não. Apenas algumas centenas, mas não se preocupe a maioria vive no hemisfério norte em regiões de clima mais frio do que aqui.
— Ah! É mesmo muita sorte minha ter encontrado vocês não os vampiros que matam pessoas – ela que se considerava azarada teve essa sorte.
— Você é maravilhosa querida! – Esme que estava se refreado até agora não consegue evitar de tocar levemente a bochecha da ‘filha’.
— Ui, que frio! – raramente alguém acaricia Carol e ela ficou mais sobressaltada pelo gesto do que por causa da temperatura. Parece que só encostavam nela para bater. Antes de Esme chegar era assim.
— Nós temos a pele fria, desculpe.
— Tudo bem, é que geralmente as pessoas não me tocam com carinho.
— Nem em casa?
— Não. Quase nunca.
— Oh! – Esme fica comovida com o relato da jovem.
— Eu vou me acostumar. Não quero que fique triste.
— grita o pai ao ver a luz do quarto acesa.
Claro que ela não iria apagar e ficar no escuro ainda não se sente tão segura. Apesar de conversarem em tom mais baixo para não despertar suspeita.
— Já vou! – responde a adolescente.
— Seu pai é bravo? – Esme percebe só pela voz, já pode ver o homem atarracado e agressivo dono dela.
— É – responde Carol com uma careta que revela tudo. Esme fez o curso de psicologia e sabe o que significa cada gesto. – é melhor eu ir. Já volto.
— O que você estava fazendo? Por que demorou? – pergunta o pai ao ver a filha sair do quarto.
Ela nem demorou tanto, mas ele já pensa diferente. Sempre foi intolerante e intransigente.
— Eu estava arrumando minha cama e trocando de roupa – Carol mente, sem saber por que sente que não pode contar a verdade. Ele jamais entenderia e bateria nela. Então ela oculta a verdade para se autoproteger.
— Não interessa! Termina isso logo, não quero ver nada sujo quando eu voltar.
Decorridos apenas dez minutos ele volta e percebe que a filha ainda não terminou de limpar. Embora falte somente algumas peças ele se enfurece e desfere um golpe na cabeça da menina:
— Ai!
— Eu avisei – levanta a mão para desfechar outro golpe com o punho cerrado.
— Não sou o Flash, por favor, tenha só um pouco de paciência – Carol sabe que isso o pai nunca teve. – Pai para! Para!
— Você vai apanhar para aprender a ser mais ligeira. Depois vai terminar isso.
— Chega! – Carlisle segura o pulso do homem prestes a desferir outro golpe:
Esme segura a menina e leva para longe:
— O quê? Quem? – ele fica atordoado.
— Não vou deixar que você toque nela novamente.
— Quem é você para me dizer o que eu devo ou não fazer com minha filha? – diz já recuperado do momentâneo sobressalto.
— Não interessa, não vou permitir.
O homem faz menção de voltar a espancar a filha e Carlisle então lança seu olhar sobre ele:
— Já disse que chega!
— O que é você? Saia da minha casa agora!
— Você não tem o direito de agredi-la.
— E você está invadindo minha propriedade, sai daqui.
— Não vou a lugar nenhum.
— Vou chamar a polícia.
— Pode chamar.
— Vai embora da minha casa.
— Deixe-a em paz! – repete Carlisle.
O homem olha para o vampiro e vai embora apavorado.
— Isso não vai ficar assim... – sai praguejando.
— Sweetie você está bem? – indaga Esme.
— Sim, graças a vocês – ela diz apesar de sentir a cabeça doendo um pouco.
— Como está sua cabeça? – pergunta Carlisle.
— Doendo um pouco – confessa a menina. Olha parra Esme pedindo desculpas esta a perdoa.
— Vamos para nossa casa, não vou permitir que seu pai lhe faça mal. Ele não é seu dono e pode fazer o que quiser porque é seu pai – diz Carlisle. – Não é assim que é um pai de verdade.
— Mas e a louça? Tenho que terminar.
— Pode deixar que eu faço isso – diz Esme.
— Você não precisa – protesta a jovem.
— Não é incomodo nenhum.
Num piscar de olhos o resto da louça já está secando no escorredor e a pia limpa.
— Você é rápida, mamãe!
Esme sorri.
— Assim que meu pai queria que eu fosse.
Carlisle e Esme se entreolham. Depois os dois levam a jovem para onde moram a poucos dias. A mansão fica praticamente em frente da casa da humana.
— Oh! Vocês moram aqui?
— Sim – responde Esme.
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