The Beginning escrita por Madalena Black Potter Black


Capítulo 8
Capítulo 8




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/778622/chapter/8

Neal: I can't really go back. It's my father.
Emma: Bad guy?
Neal: Not at first. But he changed. That's when things got really crazy. But before that? It was home. It was nice. That's how you know you've really got a home: When you leave it, there's that feeling that you can't shake. You just miss it.

(Once Upon a Time S3 E22)

 

Hogwarts, 3 de setembro de 1971, 13h45

Madeleine percorreu o corredor rapidamente de modo a alcançar o irmão que estava acompanhado dos seus 3 novos amigos.

— Ei Jay!

— Hey Lyn! Como está a ser o teu dia? Já te meteste em problemas?

— Ontem sim mas hoje ainda não. Tive feitiços e transfiguração. A professora McGonnagal é mesmo exigente.

— Sim e não me favorece por ser minha madrinha.- amuou James o que fez os outros 3 rirem-se. Madeleine revirou os olhos.

— Isso é o que se chama de ser profissional, Jay. Olha, hoje na aula de poções queres sentar-te comigo?- perguntou ela, esperançosa de passar tempo com o irmão. James assumiu uma expressão desolada.

— Desculpa Lyn. Já tinha combinado sentar-me com o Remus.

— Mas eu posso arranjar outra pessoa, James.- respondeu Remus prontamente. Madeleine observou rapidamente o novo amigo de James. Remus tinha cabelos castanhos-claros e algumas cicatrizes na cara e um aspeto doentio mas simpático e gentil. Uma boa influência para o James.

— Não, não Remus. Não te preocupes.- sorriu Madeleine ao que o rapaz corou.- Fica para outra vez então, James. Mas acho melhor nos apreçarmos.

Percorreram o caminho para as masmorras rapidamente. Os quatro rapazes entraram logo mas Madeleine foi interrompida por Severus.

— Hey Toby! Que acha de te sentares comigo?- perguntou ela. O rapaz abriu um sorriso de espanto por alguém lhe ter feito um convite daqueles.

— Claro Addie.

Os dois sentaram-se na mesa da frente e começaram logo a falar de poções e outras coisas. Quem não gostava nada daquela aproximação era James que se arrependia de não ter sentado com a irmã.

O professor Slughorn entrou então na sala e as conversas cessaram. Ele rapidamente fez a chamada e depois continuou o seu discurso inicial.

— Vocês estão aqui para aprender a ciência útil e a arte exata do preparo de Poções. O preparo de poções diverge de todas as outras aulas pois não vamos apenas mexer as varinhas e pronunciar palavras.- disse o professor com um sorriso bondoso.- Muitos de vocês não vão perceber a magia em olhar para um caldeirão a cozer um líquido mas aos que virem… Posso ensinar-vos a engarrafar fama, cozinhar glória entre outras coisas.

Madeleine reparou que Severus anotava tudo o que Slughorn dizia.

— Porque é que estás a escrever tudo o que ele diz?- perguntou ela.

— Se algum dia quiser ser professor de Poções…- murmurou Severus concentrado. Madeleine pegou na pena e rabiscou na folha do amigo ‘’ Eu gosto muito da Addie. ‘’. Severus não sabia se se zangava, se sorria.

— Vamos fazer umas perguntinhas então… O que eu obteria se adicionasse raiz de asfódelo em pó a uma infusão de losna?

3 mãos levantaram-se rapidamente. As mãos de Lily Evans, Severus Snape e Madeleine Potter.

— Srta…- disse Slughorn inclinando a cabeça para a ruiva.

— A Poção do Morto Vivo, professor.

— E o que é que essa poção faz?

Lily ia responder mas Madeleine adiantou-se.

— É uma poção de adormecer mas muito mais forte e complexa que a comum.

— Muito bem Srta…

— Potter, senhor.- disse Madeleine.

— Ah Potter! Devo presumir que a Srta é filha de Fleamont Potter ou Charlus Potter?

— Eu sou filha do Fleamont, a Scarlet dos Ravenclaw é que é do Charlus.

— Sim, sim… Já tive o prazer de conhecer a outra Srta Potter. E a menina…

— Evans, Lily Evans.- respondeu a ruiva com os olhos verdes esmeralda brilhantes.

— Evans? Não conheço nenhum bruxo com o apelido Evans.

— Eu sou nascida muggle, professor.

Houve um silêncio desconfortável na sala. O professor não soube como responder e ouviram-se risinhos vindos de Rabastan, Mulciber, Travers e Yalex.

— Muito bem então. 10 pontos para os Gryffindor e 10 pontos para os Slytherin. Outra pergunta, onde poderia eu encontrar um bezoar? Sr…

— Snape.- respondeu Severus.- Um bezoar é uma pedra que se retira do estômago da cabra…

— E é a cura da maior parte dos venenos.- completou Madeleine.

O resto da turma continuava apenas a observar.

— Última pergunta… Qual é a semelhança entre acónito licoctono e acónito lapelo?

— São plantas do mesmo género botânico.- respondeu Lily sendo fulminada por Madeleine.

— Muito bem mais 20 pontos para Slytherin e 10 para os Gryffindor. O resto da turma, porque é que não estão a escrever o que os vossos colegas disseram?

Todos os outros começaram a anotar a matéria nos seus cadernos sob o olhar satisfeito de Madeleine. Sentia-se uma rivalidade entre Madeleine e Lily e Sirius começava a achar piada, tanto que comentou com Pettigrew.

— Olha aí as duas sabe-tudo. Estão a fuzilar-se as duas para ver qual cérebro explode primeiro.

Pettigrew, gordinho, desatou-se a rir.

— Não queres partilhar a piada, Six?- perguntou James. Sirius ia responder quando o professor ordenou.

— Vamos ao trabalho. Escolham uma poção para iniciantes e tentem fazer. O vencedor ganha 20 pontos para a sua casa.

Rapidamente Lily pôs as mãos à obra. Madeleine olhou para o livro e encontrou a página que mostrou o que ela queria e mostrou a Severus.

— Que achas?

— Perfeito, Addie!

 

15:45

 

James Potter saiu fulo da aula de Poções. Não queria acreditar que os Slytherin tinham ganho 70 pontos numa simples aula de Poções e os Gryffindor apenas 20.

— Qual foi a ideia de fazerem os dois juntos?- perguntou James irritado.

— Eu e o Severus somos inteligentes. O professor Slughorn parece muito cansado, se nós lhe oferecêssemos duas doses de poção Wiggenweal, ele ia ficar muito agradecido já que é uma poção restabelecedora.

— Raio dos Slytherin.- praguejou James levando o olhar de lado da irmã.- Vais ter a desforra na aula de Voo.

— Isso é o que vamos ver…- sorriu Madeleine olhando para o irmão em jeito de desafio e correndo para o campo de Quidditch.

A professora ainda não estava lá. Apenas os alunos e as vassouras encostadas à parede. Severus estava a um canto a ler o trabalho de casa adiantado da aula de História da Magia, não parecendo muito entusiasmado com a aula que se seguiria.

Madeleine juntou-se a Amber e a Rabastan que conversavam.

— Grande aula de poções, Mady.- elogiou Amber.

— Sim, venceste aquela sangue de lama, armada em esperta.- riu-se Rabastan.

Madeleine não gostou da palavra que Rabastan usara para descrever Lily mas deixou passar por estar orgulhosa do seu sucesso. De repente começou a ouvir-se uma comoção.

— Larguem… Isso é o meu trabalho.

— Então anda buscar, Snivellus.- riu-se James. Madeleine sentiu o sangue subir-lhe à cabeça quando percebeu que Sirius e James voavam com o trabalho de História da Magia de Severus. Para surpresa de todos, Madeleine fez uma vassoura voar até ela que estava a mais de 10 metro de distância e mal montou foi atrás do irmão e do idiota amigo dele.

— Agora vamos mostrar a todos como eu sou melhor a Quidditch, Lyn?- sorriu James convencido. Madeleine engoliu o orgulho e voou mais rapidamente quando Sirius amachucou o trabalho como se fosse uma bola e começou a atirar para James o qual retribuía. Madeleine voou mais rápido e arrancou um ramo de uma árvore usando-o para desviar o trabalho para outro lado. Os três voaram o mais rápido possível para o agarrar, mas Madeleine chegou lá primeiro.

— Bem jogado, Lyn.- disse James abraçando-a mas ela empurrou-o.

— Não teve piada nenhuma, Jay.- depois chegou mais perto de Severus.- O teu trabalho são e salvo.

Madame Hooch apareceu por trás dela.

— Bem jogado, Potter. Aconselho-te a juntares-te à equipa de Quidditch dos Slytherin o mais rápido possível. Vou dar o teu nome ao Lucius Malfoy. Quanto a vocês os dois…- disse a professora para Sirius e James.- Castigo com a professora McGonnagal, amanhã às 8h

— Mas é sábado…- protestou Sirius.

— Sim e só não é mais cedo porque eu prezo a saúde mental da professora McGonnagal.

— Obrigado, Addie. És mesmo uma boa amiga.- disse Severus abraçando-a.

— De nada, Toby.

De longe, Lily Evans observava a cena cheia de cíumes.

 

6 de Setembro de 1971, 21h

 

Euphemia acabara de deitar Catherine e juntou-se ao marido na sala. Fleamont trabalhava no ataque que tinha acontecido poucos dias antes mas mal a mulher sentou-se ao lado dele largou o trabalho.

— Ainda a pensar no que a Mady te perguntou?

— Sim…. Não é fácil pensar no que aconteceu ao Marius.- suspirou Euphemia- Foi algo que me traumatizou toda a vida.

 

FLASHBACK ON

18 de abril de 1928, Mansão Black

Euphemia brincava com a gémea e com as bonecas que a mãe Violetta lhes tinha deixado em testamento já que ela morrera no parto destas.

— Esta boneca pode se chamar Madeleine.- sugeriu Euphemia.

— Não. Madeleine não é um nome mau mas há muitos melhores como Victoria, Amelia... Olha, Scarlet, por exemplo.

— Não gosto, Dorea.- respondeu a gémea.

— Então e se fosse Violetta como era a mamã?- sugeriu Dorea.

— Boa ideia.

Cassiopeia, a irmã mais velha, irrompeu quarto a dentro.

— Saiam daqui, pirralhas. Este é o meu quarto.- disse ela arrogantemente.

— Também é o nosso.- insurgiu-se Dorea a mais rebelde das duas.

— Vocês têm apenas sete anos, eu tenho o dobro da vossa idade. Agora, desapareçam com as bonecas antes que eu faça as desaparecer.- ameaçou ela mostrando a varinha.

Euphemia e Dorea saíram do quarto rapidamente. Póllux ao ver as gémeas saírem apressadamente, entrou.

— Que foi irmãozinho?

— Mais respeito, Cassie. Sou um dos futuros herdeiros da família Black.- respondeu-lhe o irmão mais velho que tinha 16 anos.

— Quem te dera seres O herdeiro, mas isso não é possível, não é irmãozinho? Não enquanto o primo Arcturus existir e olha que ele já tem uma filha, qualquer dia tem um filho e acaba-se a tua esperança.

— Não interessa. Basta-me ser um dos três netos do avô Phineas.- disse ele com uma sombra de tristeza no olhar.- Sou o segundo herdeiro, se eu tiver uma filha caso-a com o herdeiro do Arcturus e está feito! O primeiro filho deles vai ser o herdeiro de toda a casa Black.

— Grande sonho, nem te casaste e já pensas em ter filhas.

— O meu casamento com a Irma está marcado. Vamo-nos casar mal ela faça 17 anos.

— Vocês alguma vez se viram, mesmo?

— Sim, umas quatro vezes. Como ela estuda em Beuxbatons é mais díficil admito.

— Vai ser o casal do ano!- ironizou Cassiopeia. Nesse momento ouviram-se berros do andar de baixo.

— É o pai.- sussurrou Póllux.- Que será que está a acontecer?

— Eu sei.- sorriu malevolamente Cassiopeia.- O Marius faz 11 anos hoje e adivinha quem é que não recebeu a carta de Hogwarts...

— Não pode...

— Sim pode, o nosso irmãozinho é um cepatorta. Escória da nossa família.

Póllux estremeceu com a tranquilidade da irmã e desceu as escadas rapidamente. A cena que encontrou chocou-o. O pai Cygnus batia em Marius descontroladamente. Póllux avistou também as gémeas escondidas aterrorizadas. Quando Cygnus pegou na varinha e murmurou a palavra Crucious, Póllux interviu.

— Pai, não achas que...

Mas Cygnus não fez caso do filho mais velho. Euphemia munida de coragem chegou-se à frente e tomada pela raiva teve uma emissão de magia que afastou o pai do irmão.

— Vês, Marius... Até a tua irmã que nem tem 8 anos consegue fazer. Vergonha, é o que tu és.- gritou Cygnus furioso. Dorea abraçou o irmão que sangrava e tremia de medo.- Larga-o e vai para o teu quarto.- Dorea resignada obedeceu.

Euphemia fugiu atrás da irmã e Póllux pegou no irmão mais novo que entratanto desmaiara. Cygnus andava que nem um bêbado.

— Que havemos de fazer com esta desonra. Não podemos... a família Black não pode ter um cepatorta, seria uma desonra. Temos de o fazer desaparecer, temos de o matar.

— Pai, ainda ontem o senhor brincava com ele. O senhor viu o nascer, amou-o tanto. Tem a certeza do que está a dizer?- perguntou Póllux olhando o irmão todo ferido.

— Uma coisa vais aprender como chefe da família Póllux. Temos de fazer sacrifícios pelo bem-estar da família nem que isso signifique cortar os ramos podres dela.- respirou Cygnus.- Foi o que o teu avô Phineas me ensinou.

Cygnus rapidamente foi se deitar. Póllux levou o irmão e cuidou dele. O rapaz rapidamente acordou:

— Perdoa-me mano mas tens de fugir daqui se queres continuar vivo. Ires para o mundo dos muggle. Toma dinheiro, podes ir ao Gringotts trocar anonimamente. Não podes falar do mundo mágico a ninguém e não te aproximes desta casa novamente, compreendeste? Tens de ser forte, tens de ser um Black.

O rapaz assentiu corajosamente abraçando o irmão. Euphemia entretanto entrou no quarto.

— Marius onde vais?

— Tenho de ir, Mia, para uma nova casa. Volto em breve.- disse-lhe o irmão beijando-lhe a testa.- Vais ser uma ótima bruxa tenho a certeza. Lembra-te de mim.

— Sempre, mano. Até logo.

Marius desapareceu por entre a noite escura deixando Euphemia e Póllux sozinhos e questionando tudo o que sabiam até ali.

FLASHBACK OFF

— Deve ter sido difícil para ti.- comentou Fleamont abraçando a esposa.

— Nunca conheci a minha mãe. O meu irmão desapareceu. Quando o meu pai descobriu que o Póllux tinha ajudado o Marius a fugir não o perdoou e torturou-o. Durante toda a noite eu ouvi o choro dele acompanhado dos risos da Cassiopeia, aquela louca. Nunca percebi como é que o Póllux pode ter chamado o filho mais velho de Cygnus em homenagem ao nosso pai que apenas nos fez sofrer.

— Todos sabemos que os Black tem de manter as aparências. O que aconteceu ao teu irmão depois?

— Isto eu só soube muitos anos depois. Ele viveu nas ruas durante muitos anos, cheio de saudades de casa, apaixonou-se por uma rapariga de uma aldeia, uma muggle. Casaram-se e ele ficou com o nome dela. Em 1945, houve uma batalha mortífera muggle nas praias da França entre ingleses e alemães. Ele morreu, ela estava grávida. O Marius recebeu muitas condecorações e ela conseguiu uma boa vida.

— E o teu sobrinho?

— Está com 25 anos a estudar para ser dentista, uma espécie de curandeiro dos dentes.

— Como se chama?

— Adam, Adam Granger.

— Talvez possamos reatar contacto com ele.- sugeriu Fleamont.

—Sim, talvez. Afinal eles são família. O meu pai nunca foi tão bruto como nesse dia. Às vezes até era carinhoso para nós as duas.- suspirou Euphemia.- Se não fosse ele, eu e a Dorea teríamos sido queimadas da árvore por casarmos com Potters, traidores de sangue, nas palavras da minha irmã Cassiopeia. Ele não queria perder mais duas filhas.

— Mas o Póllux foi um monstro... Ele herdou a obcessão pelo sangue. Impedir a minha irmã de casar com o Cygnus só porque ele era um dos herdeiros Black.

— O meu irmão não era assim mas perdeu a mulher cedo. Mora com a Cassiopeia em Itália e é contaminado com as ideias dela.- explicou Euphemia.

— Essa tua irmã...

— Ela nem sempre foi assim, segundo o Póllux. Ficou assim quando perdeu a mãe, tinha apenas 5 anos e sempre me culpou a mim e à Dorea por isso.

— Bem mas já é tarde, meu amor.- sussurrou Fleamont abandonando o trabalho.- Vamos dormir.

Euphemia sorriu quando o marido a abraçou.

—Já sinto falta dos nossos monstrinhos.- disse Euphemia.

— Eu também.- sorriu-lhe o marido.- Espero que a Madeleine não esteja a tramar nenhuma.

 

6 de setembro de 1971, 7h

MADELEINE ACORDA!

Madeleine acordou sobressaltada e assustou-se quando viu Amber tão perto dela.

— Estava a ver que iria ter que te molhar a cara. Parecias quase morta.

— Amber? Ainda são 7 da manhã.

— Aí é que está, Mady. Não sei o que andaste ontem mas a Andromeda passou cá ontem à noite pouco antes do recolher obrigatório a entregar-nos novos horários. As aulas agora começam às 8.

— Mas porque carga de água...

Charlotte Rosier entrou sorridente no dormitório já vestida.

— Bom dia, Madeleine. É melhor despachares-te. Hoje começamos o dia com Herbologia, depois temos Transfiguração, Poções, depois almoço. À tarde temos voo e à noite temos aula prática de Astronomia.

Madeleine torceu o nariz, parecia-lhe que o dia era longo demais. Charlotte voltou a sair e nem havia sinal da Rita Skeeter.

— Então o que andaste a fazer, ontem à noite?- perguntou Amber.

— Biblioteca.- respondeu Madeleine enquanto lavava os dentes.- Estava a tentar descobrir um feitiço que me ajudasse a recuperar as memórias.

— Alguma coisa?

— Não, todos os livros disso devem estar na Secção Reservada.- suspirou a rapariga.

— E que fizeste o dia todo que não te vi? Não tiveste o dia todo na biblioteca, pois não?

— Não mesmo. Tive com a Marlene Mckinnon.

— Isso não tem nada haver com a explosão que eu ouvi que houve no terceiro andar, não é?

Madeleine sorriu e não respondeu.

— Vem, despacha-te.- disse Amber sorrindo de volta.

 

 

7h30

Andromeda olhava para a carta e a sua mão tremia.

'' Minha querida Andromeda,

Recebo com pesar a tua carta e fico triste por saber que já não fazes parte da nossa família. Não posso dizer que te suporto porque sabes que não é verdade, mas gostava de ter tido a coragem de ter feito isso quando tinha a tua idade. Ainda bem que não o fiz pois assim nunca te teria conhecido.

Eu amo-te muito filha e nada me doeu mais que te queimar da nossa árvore, mas deveres são deveres. Se precisares de alguma coisa, avisa, não prometo responder-te.

Com amor,

Cygnus Black''

Andromeda tinha uma relação chegada com o pai a quem amava profundamente e a carta que recebera deste provava isso. Muito diferente das cartas do avô, da tia-avó Cassiopeia e da irmã Bellatrix que apenas diziam que ela era a vergonha da família.

A mãe nem sequer falava com ela. Narcisa que entretanto soubera deixara de falar com a irmã e fez questão de espalhar a notícia que ela já não era uma Black. Andromeda estava a passar um momento difícil, assumira o namoro com Ted e distanciara-se de todos os seus amigos Slytherin que a ignoravam.

Recebera uma carta muito simpática da madrinha Euphemia. A madrinha dirigira-lhe uma série de palavras de conforto e ofereceu-lhe um lar para voltar nas férias de natal e da páscoa antes de se casar com Ted, de quem estava noiva. Até os professores, que estavam dentro da situação, não a tratavam mais por Srta Black mas por Srta Potter.

Madeleine tinha sido uma ótima amiga apesar de muito mais nova. Abraçando-a sempre que a via.

Andromeda deixou cair mais uma lágrima, tinha sido a decisão mais difícil da sua vida.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Beginning" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.