Prince Charming: I told you I'd find you. No matter what you do, I will always find you.
Snow White: Is this the only way you can catch a woman? By entrapping her?
Prince Charming: It's the only way to catch a thieving scum.
Snow White: Aren't you a real "Prince Charming".
Prince Charming: I have a name, you know.
Snow White: Don't care. Charming suits you. Now cut me down, Charming.

(Once Upon a Time, S1 E3)

Hogwarts, 1 de setembro de 1971, 19 horas

Mal entrou no castelo, Madeleine sentiu que não era a primeira vez que lá estava. Ficou curiosa ao pensar que poderia ter estado naquele sítio tão mágico alguma vez naqueles 3 anos de que tinha memória.

Entre a multidão de alunos do 1º ano, Madeleine procurou o irmão gémeo. Avistou-o entre três rapazes: um de cabelos pretos que ela sabia ser o irmão de Regulus, um arruivado alto e um pequeno gordinho com pouco cabelo. Entusiasmada correu em direcção ao irmão, esbarrando no irmão de Regulus.

— Ai!- disse o Black. Madeleine ignorou-o e precipitou-se para o irmão.

— O que achaste de andar de barco naquele rio? Foi divertido? Com quem foste? Quem é aquele meio-gigante que nos levou?

— Foi imensamente divertido. O Sirius atirou-me para dentro de água e o Hagrid, o meio gigante, teve de ir lá apanhar-me e secou-me com a sombrinha dele cor-de-rosa.- sorriu James.- Estávamos os 4 na canoa, conhecemo-nos no comboio de um infeliz encontro com o Snape, aquele sujeitinho desagradável e a namorada ruiva.

— Não foste indelicado para ele, pois não? Ele é meu amigo, James.- disse Madeleine repreendendo-o. Sirius entrou na conversa:

— Se ele ao menos lavasse o cabelo…

— Alguém te perguntou alguma coisa?- perguntou Madeleine.

— Não mas eu respondo na mesma a meninas mal-educadas como tu que dão encontrões às pessoas e não pedem desculpa.- Madeleine ia avançar para ele mas ele fê-la tropeçar.

— Porque tu és mesmo um príncipe encantado não é?

— Bem, eu tenho um nome, se quiseres saber.- sorriu Sirius por ela ainda estar no chão.

— Não te incomodes, Charming (Encantado) fica-te bem.- disse Madeleine levantando-se e ignorando-o. Voltou a virar-se para o irmão.

— Bem… Rapazes, esta é a minha irmã gémea Madeleine. Madeleine estes são o Remus Lupin, o Peter Pettigrew e o…

— SILÊNCIO!- pediu Hagrid.- A professora McGonnagal está aqui.

James calou subitamente e sorriu ao ver a madrinha.

— Esta é que é a tua madrinha?- perguntou Madeleine a James que assentiu.

— Obrigada Hagrid. Eu levo-os a partir daqui.- disse a bruxa de cabelos negros e vestes verde esmeralda com rosto severo. Quando Hagrid saiu, McGonnagal virou-se para as crianças à sua frente.- Bem-vindos a Hogwarts. O banquete de início do ano lectivo está quase a começar, mas antes terão que passar pela Seleção, um dos processos mais importantes da vossa vida escolar. Nos próximos 7 anos, vocês passarão a maioria do tempo com os alunos da vossa casa com que compartilharão os dormitórios, as aulas e as refeições. A vossa casa será a vossa família. As quatro casas chamam-se Slytherin, Gryffindor, Ravenclaw e Hufflepuff. Cada uma das casas tem as suas qualidades especiais e produziu bruxos talentosos. Durante o ano vocês ganharão e perderão pontos consoante as vossas atitudes e a vossa prestação nas aulas. No final do ano, uma casa será vencedora e receberá a Taça das Casas, uma enorme honra. A cerimónia começará dentro de um minuto. Espero que cada um de vós seja uma honra para a casa para que for escolhido. Ajeitem-se o melhor que puderem.- disse olhando para o cabelo desalinhado de James, a capa enrodilhada de Pettigrew e os sapatos desfivelados de outro rapaz e saiu da sala.

Madeleine ficara impressionada com a professora e com o seu discurso. Também estava extremamente ansiosa para saber para que casa ia. Severus aproximou-se dela, seguido por uma ruiva.

— Ansiosa Addie? Para que casa achas que vais?

— Slytherin ou Ravenclaw… Ou então Gryffindor, na terceira hipótese. Os Potter sempre foram Gryffindor.

— Já percebi pela conversa mais cedo com o idiota do teu irmão.- resmungou Severus.

— Sev? O que é aquilo?- perguntou a ruiva um pouco assustada com os quatro seres ligeiramente transparentes, branco-pérola que voavam para o Salão Principal.

— São fantasmas.- sorriu Madeleine para a rapariga.- Sou a Madeleine. E tu?

— Lily, Lily Evans.- respondeu a ruiva, retribuindo o sorriso.

Os fantasmas pareciam entretidos em conversar.

— Mas porque é que todo o ano, o assunto é o mesmo?- perguntou o Barão Sangrento.- Ou prendemos o Peeves nas masmorras ou quando os filhos destes miúdos chegarem a Hogwarts pela primeira vez, estaremos a discutir o mesmo.

— Perdoar e esquecer, Barão… Temos de dar uma segunda oportunidade.

— Já lhe demos tantas oportunidades, Frei, quase tantas como as machadas que eu levei no pescoço antes de morrer.- disse outro fantasma.

— Olhem! Alunos novos…- comentou o Frei.- Devem estar quase a ser seleccionados. Espero ver nos Hufflepuff. A minha casa.

— Não oiçam, esse gordo. Espero ver-vos nos Slytherin, se forem dignos disso.- sorriu maleficamente o Barão Sangrento.

— Temos de ir.- disse o terceiro fantasma.-  Mas se querem um conselho, espero que sejam seleccionados para os Gryffindor.

Nesse momento os três fantasmas atravessaram a porta que os separava do Grande Salão. A professora McGonnagal entrou logo a seguir e abrindo as portas fez um sinal para que a multidão a seguisse.

Quando entraram no salão, Madeleine pôde jurar que nunca vira nada tão bonito como aquilo. Milhares de velas flutuavam no teto que era encantado para parecer o céu. Havia quatro mesas compridas onde estavam sentados outros alunos, Madeleine conseguiu vislumbrar Dolohov que lhe piscou o olho e Andromeda na mesa mais à esquerda. No fundo da sala estava a mesa dos professores onde no centro se encontrava o director, o padrinho de James segundo o que os pais lhe tinham contado. A barba era cinzenta e longa mas começava a tender para o branco e os olhos eram azuis brilhantes escondendo a sabedoria daquele homem, o homem que derrotara Grindewald.

A professora levou-os quase até à mesa dos professores onde o banquinho tinha um chapéu velho em cima. Madeleine perdeu-se em pensamentos continuando a observar os professores e tudo à sua volta. De repente ouviu-se uma salva de palmas.

— Espetacular, não foi?- comentou Scarlet ao seu lado.

— O quê?- perguntou Madeleine confusa.

— Não acredito que não ouviste a canção do Chapéu Selecionador! – exclamou a prima indignada- Ele falou sobre as casas. Slytherin, ambiciosos e astutos; Gryffindor corajosos e leais; Ravenclaws inteligentes e perspicazes; Hufflepuffs bondosos e sinceros.

— Obrigada pelo resumo, Scarlet. Estava mesmo distraída.

A professora McGonnagal pigarreou e todo o Salão calou-se.

— Avery, Gabriel

O rapaz de olhos verdes e cabelo castanho amarelado subiu confiante até ao banquinho onde se sentou. Pouco menos de um minuto o chapéu voltou a falar:

— Slytherin!

A mesa à esquerda aplaudiu ruidosamente. Madeleine acompanhou o rapaz com o olhar vendo-o ser recebido por Lucius Malfoy com uma palmadinha nas costas. De repente houve um silêncio mortal e uma nova salva de palmas desta vez da mesa ao lado da dos Slytherin. Só depois Madeleine percebeu, o irmão de Regulus tinha sido seleccionado para os Gryffindor. Ele tinha sido o primeiro Black a não ir para os Slytherin. A mesa dos Slytherin olhava quase sem acreditar. Narcisa e Andromeda estavam especialmente chocadas.

— Corner, Mathew

— Hufflepuff!

— Dolohov, Alexandra.- chamou a professora McGonnagal.

— Ravenclaw!

— Dolohov, Amber.- Amber ao subir piscou o olho a Madeleine que sorriu de volta.

— Slytherin!

— Evans, Lily.

— Gryffindor!

A ruiva foi animada para a mesa dos Gryffindor apesar de ter trocado um olhar triste com  Severus. Quando chegou à mesa dos Gryffindor, Lily procurou sentar-se o mais longe possível do Black. Mais rapazes e raparigas foram sendo chamados e Madeleine sentia o desespero de Scarlet ao seu lado, por estar tanto tempo em pé e com fome.

— Lestrange, Rabastan.- o chapéu mal lhe tocara e gritou:

— Slytherin!

Rabastan sorriu para amiga e foi para a mesa. Madeleine revirou os olhos, todos sabiam que os Lestranges iam para os Slytherin, tal como os Malfoy e até aquele dia os Black.

— Longbottom, Frank.

— Gryffindor!

— Lupin, Remus

— Gryffindor!

— Mckinnon, Marlene.

— Gryffindor!

— Mulciber, Philip.

— Slytherin!

— Da próxima peço à minha mãe para ficar com o apelido dela. Se fôssemos Black já estaríamos sentadas a comer.- refilou Scarlet.

— Concordo contigo, Scarlie, mas não acho que gostasse de estar naquela família.- disse James.

— Eles parecem-me todos muito simpáticos, exceto o teu amigo.- comentou Madeleine.

— Vocês gostam mesmo de implicar um com o outro. Já se conhecem há 3 anos e não param.- disse James, arrependendo-se segundos depois do que dissera.

— Eu e ele já nos conhecíamos?- perguntou Madeleine.- É que não sei se te lembras mas para mim chegámos a Londres há pouco menos de meio ano.

— Desculpa, Lyn. Sei que tem sido difícil para ti.- disse James.

— Shiu, estamos quase a ser nós.

— Perkins, Diana.

— Hufflepuff!

— Pettigrew, Peter.

— Gryffindor!

— Só pode ser agora.- sorriu Scarlet.- Finalmente!

— É uma pena que sejas a última de nós os 3 portanto.- disse Madeleine. Scarlet voltou a resmungar:

— Mas porque é que eu não me chamo Amber Adams, já estava sentada e a comer.- mas Scarlet foi interrompida pela professora McGonnagal.

— Potter, James.

O chapéu mal tocou-lhe nos cabelos gritou:

— Gryffindor!

James deu um sorriso aberto correndo para a mesa dos Gryffindor com o chapéu na cabeça e cumprimentando os amigos do barco. Madeleine revirou os olhos enquanto a professora McGonnagal escondia um sorriso pelo afilhado e ia buscar o chapéu.

— Potter, Madeleine.

Madeleine assustou-se quando o chapéu lhe tocou na cabeça.

‘’ Estou a ver aqui umas falhas de memória, mas consigo ver tudo o que fizeste. Tens uma grande inteligência, dar-te-ias bem nos Ravenclaw. Contudo também sinto uma grande coragem e lealdade. Sim, sim… Mas, pera aí, algo se sobrepõe. Uma vontade de afirmação, uma grande ambição por poder e conhecimento. Grande astúcia. Bem, bem, bem onde irei eu te pôr. Já sei! Já agora Madeleine, lembra-te de uma coisa. Não é a casa que faz a tua personalidade, são as tuas escolhas. Com isto, SLYTHERIN! ‘’

Madeleine pousou o chapéu e dirigiu-se a Amber e Rabastan que esperavam por ela e logo lhe abriram um espaço para sentar.

— Boa, Madeleine.- disse Narcisa sorrindo.- És mesmo uma Black.

Madeleine sorriu de volta e olhou de volta para onde a prima estava.

— Potter, Scarlet.

— Ravenclaw!

— Rosier, Charlotte.

— Slytherin!

— Runcorn, Mariah.

— Hufflepuff!

— Skeeter, Rita.

— Slytherin!

— Smith, Alice.

— Ravenclaw!

— Snape, Severus.

Madeleine olhou com expectativa para o amigo e fez figas para que ele ficasse na sua casa.

— Slytherin!

— Tomphson, Andrew.

— Ravenclaw!

— Travers, Adam

— Slytherin.

— Turner, Sophia.

— Hufflepuff!

— Vance, Emmeline.

— Gryffindor!

— Young, Rachel.

— Ravenclaw!

McGonnagal enrolou o pergaminho e desapareceu com o banco e o chapéu. Rabastan olhava esfomeado para a comida mas Amber parou-o antes que ele pudesse comer. Dumbledore levantou-se e disse:

— Mais tarde farei o meu discurso, mas agora gostaria de dizer umas palavras antes de comerem.- Madeleine sentiu a raiva de Scarlet mesmo estando à distância.- Eu adoro gelado de limão! Bom apetite e obrigado. Um cumprimento também aos monitores chefes deste ano: Lucius Malfoy e Andromeda Black, ambos dos Slytherin.

A mesa dos Slytherin irrompeu em aplausos. Madeleine ergueu a sobrancelha ao ouvir a voz de Dumbledore, sabia que já a tinha ouvido em qualquer lado.

— Addie? Já podemos comer. Tudo bem?- perguntou Severus. Madeleine tirou os pensamentos da cabeça.

— Tudo bem, Toby, tudo bem.- sorriu ela começando a comer.

1 de Setembro de 1971, 22 horas.

Madeleine seguiu Lucius Malfoy pelos corredores que iam dar às masmorras. Rapidamente chegaram ao Salão comunal dos Slytherin protegido por uma senha.

— Oiçam bem a senha se não não conseguem entrar no Salão. Draconis!— disse Andromeda e a porta abriu-se revelando uma sala em tons de verde e escura. Enquanto os do segundo ano para cima iam diretos para os seus dormitórios ou ficavam a conversar, os do primeiro ano dirigiram-se a uma pequena salinha de reuniões.

— Portanto, este ano temos nove novos Slytherin. 5 rapazes e 4 raparigas.- disse Lucius.- Anota aí os nomes, Andromeda. Gabriel Avery, Amber Dolohov, Rabastan Lestrange, Philip Mulciber, Madeleine Potter, Charlotte Rosier, Rita Skeeter, Severus Snape, Adam Travers.

Andromeda anotou os nomes rapidamente.

— Muitos de vocês já me conhecem mas eu vou-me apresentar novamente. O meu nome é Lucius Malfoy, estou no sétimo e tenho 18 anos, sou o monitor chefe este ano. A Andromeda tem quase 19 e é a monitora chefe. O quinto ano e o sexto ano também têm os seus prefeitos. Do 5º ano são o Theodore Nott e a Narcisa Black e do sexto ano são o Antoin Dolohov e a Rita Parkinson. A todos estes vocês devem obedecer incondicionalmente. Dos Slytherin nós esperamos interajuda e principalmente bons resultados, custe o que custar. Não vamos deixar que os sangues de lama das outras casas passem por cima da nossa casa. Estamos entendidos?

Os alunos novos assentiram. Lucius sorriu:

— Muito bem. Acredito que agora seja hora de dormir. Vocês devem estar exaustos. A Andromeda levará as raparigas ao seu dormitório e eu levarei os rapazes.

As quatro raparigas seguiram a mais velha.

— Espero que tenham uma boa noite de sono.- disse Andromeda com um sorriso terno quando viu que as 4 se tinham instalado. Madeleine e Amber ficaram com as duas camas do lado direito do dormitório.

— Boa noite, Amber.

— Boa noite, Mady.

Madeleine olhou o teto, desejou mentalmente boas noites ao irmão e adormeceu sonhando com as aulas do dia seguinte e com todo o conhecimento que poderia alcançar.

Mansão Riddle, 2 de Setembro, 2 da manhã

Voldemort sorriu quando viu a carta de Alexander Dolohov chegar. Pegou nela e leu-a.

‘’ Mi Lord,

A próxima visita a Hogsmeade do 1º ano será no dia 31 de outubro acompanhados do 3º,5º e 7º ano. Por isso, o meu filho não estará presente na visita. De qualquer maneira, Lucius Malfoy tem vontade de ajudar e sendo ele maior de idade já não corre risco de ser rastreado.

Não sei se gostará de saber mas a garota Potter foi seleccionada para a nossa ilustre casa, Slytherin. A minha filha e ela são melhores amigas e por isso conseguirei mandar mais informações sobre ela.

Sobre o ataque que acabou de ocorrer, correu tudo bem Mi Lord. Deixámos tudo limpo. Mais uma centena de imundos muggles e dentro deles 3 sangues de lama mortos. Aguardamos as suas próximas ordens. Sobre o desempenho de Bellatrix Lestrange, como me tinha pedido, a rapariga é fenomenal e tem um fogo incrível. Recomendo que a deixe entrar para o nosso grupo. Ela junto a Rodolphus será imparável. Digo-lhe que ela está preparada para receber a marca.

Sem mais nada a declarar, seu fiel,

Alexander Damian Burke Dolohov’’

Voldemort queimou a carta no fogo e sorriu. As coisas estavam a sair melhor que o planeado.