O Sol da Minha Vida escrita por sol


Capítulo 3
transformação


Notas iniciais do capítulo

Galera eu queria pedir desculpas, eu falei que ia postar o cap 3 na segunda antes do nyah dar pani,só que o monitor do meu pc pifou,pude comprar outro apenas na quarta(teve o jogo do brasil na terça e tava tudo fechado), quando instalei tudo percebi que o nyah tava fora do ar.

Queria deixar aqui, o meu agrdecimento, a Ravenna black, ela betava minha fic,porem por motivos de força maior não vai poder continuar a faze-lo.
Queria tbm dar as boas vindas a minha nova beta,May, é um prazer enorme te-la comigo aqui.Seja bem vinda.



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Como era de se esperar o treino de moto com Jacob foi maravilhoso. Por incrível que pareça eu não caí nem uma vez sequer, eu tive um equilíbrio estupendo e desde então eu não caio mais, não tropeço em absolutamente nada e isso sim é realmente estranho, podia chamar até de milagre.

 

Fui ver o Jake algumas vezes depois disso, andamos de moto e pulamos do penhasco, eu achei que eu iria morrer na hora de pular daquele negócio, se não fosse o Jake eu com certeza teria desistido.

 

Mas ultimamente eu tenho estado meio doente, com febre alta, uma dor de cabeça e no corpo horrível, mas preferi não dizer nada  ao Charlie, ele provavelmente me obrigaria a ficar em casa e assim eu não poderia ver o Jacob. Então resolvi ficar calada e venho mantendo distância do Charlie para que ele não note minha febre.

 

Mas, quando as dores passavam (o que geralmente só acontecia quando eu estava perto do Jacob) eu me sentia melhor do que nunca, completamente saudável, melhor do que se estivesse normal.

 

Mas hoje infelizmente meu plano de manter tudo isso longe do conhecimento do Charlie foi por água abaixo...  Hoje durante o café da manhã, ao pegar na panela onde estavam os ovos ao mesmo momento que Charlie, ele tocou em minha mão:

 

- Bella você está pegando fogo. – Charlie falou cheio de preocupação.

 

-Não é nada pai, eu estou ótima, me sinto ótima. – Falei enquanto retirava minha mão rapidamente da  dele.

 

- Não é o que parece. – Ele falou dando a volta na mesa e parando ao meu lado. Antes que eu pudesse falar qualquer coisa para despistar, sua mão já estava em meu pescoço... Era tarde demais.

 

-Meu Deus Bells! Você está com febre e é alta – Nesse momento a expressão do rosto de Charlie não era mais que uma linha grossa na sobrancelha e um olhar de zelo.

 

- Pai não precisa se preocupar, eu estou ótima.

 

-Não está não Bella, temos que ir ao médico o mais rápido possível.

 

E então eu não tive escolha e tive que ir ao médico com Charlie agora, mas só para despreocupá-lo, eu tenho certeza que estou ótima, apesar daqueles pequenos mal estar eu nunca me senti melhor em toda a minha vida.

 

Se arrependimento matasse, eu com certeza já estaria morta e enterrada... Faz duas semanas que eu estou em uma tortura sem fim, desde o bendito dia que aceitei vir aqui com  Charlie.

 

Aquele tal de Dr. Sean  me deixou indignada, me atendeu por uns dez minutos apenas, dizendo que tinha que tomar os antitérmicos imediatamente e ainda preocupou o Charlie sem necessidade dizendo que eu poderia estar com uma tal de mononucleose. Me colocou para fazer  vários exames dolorosos, e me deixou para mofar aqui ,eu tenho certeza que eu estou perfeitamente bem. O que eu tinha vontade era de torcer a garganta daquele médico de araque, ele com certeza tinha me deixado furiosa.

 

Aliás, furiosa é uma coisa que eu estou há algum tempo e por qualquer motivo, com qualquer pessoa e em especial comigo mesma por ter  aceitado vir para esse inferno, sim, aqui era o inferno.

 

E o pior de tudo é que eu não posso receber visita nenhuma, o que quer dizer nada de Jake, ou seja, nada de luz na minha vida, nada de vida no meu planeta. Eu já estava para dar um troça aqui, o máximo que pude me aproximar do Jake foi por telefone, e uma ligação em apenas duas semanas.

 

Eu já tinha um nome para esse tratamento: “Enlouqueça a Bella”, porque o máximo que eles conseguiram foi isso.

 

Eu cheguei a um estagio tão grave, que como uma boa sedentária, eu sempre odiei qualquer exercício físico, entretanto estava morrendo de vontade de correr, definitivamente não me reconhecia mais, estava com uma fome de leão, a comida daqui  é intragável, e ainda assim eu não deixava passar nada.

 

Para uma coisa todo esse tempo no hospital serviu, eu pude ver o quanto eu era viciada no Jacob. Deus, eu era completamente dependente daquele menino, um sorriso nunca fez tanta falta assim antes, faz tanto tempo que não o vejo, que não consigo parar de pensar nele, nem meu livro preferido o Morro dos ventos uivantes, que Charlie trouxe para mim eu consegui ler. Estava nervosa demais para ficar quieta lendo algo, eu sentia como se algo dentro de mim quisesse sair,como se a qualquer minuto eu fosse explodir.

 

A princípio achei que não fosse nada, mas estava começando a ficar com medo, no mesmo momento em que me sentia muito bem eu me sentia muito mal também e cada vez que eu estava mal à saudade do Jake se intensificava.

 

Não sei explicar bem porque, mas tem algo no Jacob que me acalma, não sei o que é, porém quando eu pensava nele meus “sintomas” se minimizavam. Mas quando eu voltava para a triste realidade de distância tudo piorava, a raiva, a dor de cabeça, e a febre não cediam por nada, os médicos já estavam assustados, e eu nem avisei a eles que todos os sintomas estavam piores, não daria motivo para que eles me mantivessem mais tempo aqui.

 

 Eu tive uma visita inesperada esses dias, uma que não fazia questão nenhuma de ter, porém estava se tornando tão constante, que faz essas semanas, com certeza entrarem  para a seção de piores momentos da minha vida e que me fazia querer sumir da face da terra. Aquela maldita dor outra vez, o vazio sem fim e a solidão, me visitavam tanto aqui, que perecia que éramos um só outra vez... Ah Jake, onde está você agora, para me salvar de mim mesma outra vez.

 

Eu não sabia se estava assim por falta do Jake, do Edward ou dos dois. Eu tinha conseguido transformar, junto com o Jake, a dor pela partida do Edward em saudade, mas sem ele eu já não sabia mais o que pensar ou o que sentir, a única coisa que eu sabia era que precisava do Jake aqui, agora, ou eu enlouqueceria.

 

Graças ao bom Deus, o Dr. Sean veio conversar comigo, ele me deu “alta”. Alta não era a palavra certa, ele me liberou para ir para casa, com a desculpa de que o hospital de Forks não tinha condição de me manter lá, já que não podiam diagnosticar minha doença; sendo assim  eles mandaram meu pai procurar um especialista, que ainda não sei quem é, soube que ele é como o House da minissérie de televisão, descobre doenças que ninguém nem  poderia desconfiar. Me mandaram ir imediatamente ao encontro dele, meu pai ficou responsável por isso.

 

A parte ruim dessa coisa de ir para casa é que me mandaram ficar em repouso absoluto, e nada de receber  visitas, ou seja, nada de Jacob ainda.

 

Eu não poderia ir para La Push e essa falta do Jake estava fazendo tudo piorar. Charlie me proibiu terminantemente de sair da cama, não me deixou sequer ir ao telefone atendê-lo quando Jacob me ligou.

 

Minha garganta ardia, minha cabeça parecia que ia explodir, a febre não sedia, e eu não sei por que estava com uma sensação ruim, como se algo fosse me atingir a qualquer momento, como se eu fosse explodir a qualquer momento. E para piorar minha confusão toda a vez que eu fechava meus olhos via as árvores de La Push passando com tal rapidez, que me lembrava da época em que eu andava pelas matas de Forks nas costas de Edward, entretanto, agora eu via as árvores de La Push, isso devia ser efeito da falta de Jake.

 

Pelo menos, a comida que meu pai comprou ia ser melhor que aquela coisa que eles servem no hospital.

 

Em casa, já estava deitada há um dia e meio, não agüentava mais ficar sem fazer nada, estava me sentindo ótima. Foi quando resolvi descer e atacar a geladeira além de ótima eu estava faminta.  

 

- Pois bem Dr. Aqui quem fala é o Charlie Swan, o chefe de policia de Forks. - Parei no meio da escada, meu pai estava falando com o médico que o tal de Dr. Sean tinha indicado, segundo soube o próprio deu um número que a administração do hospital tinha para meu pai.

 

- Obrigada por retornar a minha ligação. – Charlie parou de falar por um tempo, o médico estava falando alguma coisa. -Sim é exatamente sobre isso que eu queria falar, bom a Bella não está muito bem, na verdade ela está muito mal, acredite doutor, eu não procuraria o senhor se não fosse algo realmente sério.

 

Quem era esse tal médico que me conhecia, será que ele era lá de Jacksonville? Levou mais um tempo para que Charlie respondesse.

 

- Bom ela está com febre alta, muito alta e não há antitérmico que resolva, se queixa de constante dores de cabeça. – Charlie falou e ficou quieto ouvindo a resposta do Dr.

 

- Não Dr. Não é bem assim, o Dr. Sean fez tudo que foi possível, entretanto os exames para mononucleose deram negativo, todos. Ele não teve mais como mantê-la no hospital, não havia um diagnóstico preciso, muito menos estrutura para algo assim. - Charlie deu mais um tempo e respondeu meio nervoso.

 

- Foi isso que o Dr. Sean me sugeriu, ele me falou que você é o melhor nisso, por isso pretendia levar a Bella no hospital onde trabalha atualmente, para que pudesse consultá-la. – Houve mais uma pausa, essa porém maior.

 

- Não acho que seja  preciso, nós podemos ir até aí perfeitamente. Sim ela está de repouso absoluto. – Charlie falou ficando mais uma vez em silêncio logo depois, por um tempo ainda maior.

 

- Obrigada Carlisle, estarei  esperando a volta de vocês ansiosamente. Não se preocupe, serei delicado com ela sobre isso, ela entenderá e caso não entenda prefiro minha filha viva e zangada comigo, a vê-la morta.

 

Meu mundo caiu, então era isso, foi exatamente o que eu ouvi, o médico era o Carlisle? Sim, eu ouvi clara e perfeitamente bem, da mesma forma que ouvi  a palavra vocês, assim como volta. Congelei na escada e depois voltei ao meu quarto o mais rápido que pude, eles voltariam... Todos eles.

 

Era indescritível a forma como eu estava me sentindo, eles voltariam, mas não por me amar, apenas porque meu pai ligou e disse que eu estava doente, eu não precisava de caridade de ninguém, muito menos de quem não me queria, eles me usaram e me descartaram como lixo.

 

Porém, era inegável o quanto eu os amava, a todos sem exceção, até a Rosálie que nunca me tratou bem. E eu amava principalmente a ele, não sei se o amor era o mesmo de antes, mas ele ainda existia e estava bem vivo em mim... Ah como eu sentia falta dele, do seu meio sorriso, da sua presença encantadora, dos olhos dourados e principalmente de sua voz...

 

A chuva e o vento uivando do lado de fora da janela fechada fez a solidão me atingir, nunca me senti tão sozinha e frágil em toda a minha vida.

 

Que falta que o Jake me faz nessa hora, me lembrei de quando ele esteve comigo e me ajudou, de como me “concertou”, da saudade louca que senti nesse tempo que não pude estar com ele, de como agora mesmo, nesse exato momento eu desejo mais do que qualquer outra coisa estar com ele, eu precisava dele,  precisa ouvir ele me dizer que tudo daria certo como ele já havia feito tantas vezes antes. Sentia falta da energia que fluía dele e me dominava.

 

Só me senti assim, uma tão dependente de alguém uma vez antes...

 

Foi só aí que eu pude perceber, e agora com a certeza da volta dos Cullens, tudo ficava mais claro ainda... Eu também amava o Jacob, não sei quando começou, nem como foi só sei que esse amor estava aqui e enraizado tão profundo quanto o que eu senti por Edward. Por isso, que quando pensei na relação dele com o Sam me indignei profundamente, posso dizer até que me enfureci, pensar em alguém o machucando me feria  mais do que se machucassem a mim mesma.

 

Bom, agora eu realmente estava confusa, muito confusa, não tinha certeza do que sentia com a volta dos Cullens. Nem como os receberia de volta. Isso estava me matando.

 

A chuva aumentava do lado de fora, mas o calor dento do quarto era cada vez maior, e não parava de aumentar, já estava me sentindo sufocada ali. O calor  começava a me irritar, mas, não era só o calor, era tudo, meus sentimentos embaralhados, a atitude de Charlie por chamá-los, apesar de no fundo eu saber que ele só fazia isso por me amar e se preocupar comigo a raiva que eu sentia só crescia, e junto com ela a dor de cabeça, que veio acompanhada por uma dor no corpo.

 

Todo o meu corpo doía, doía tanto que eu achava que não ia conseguir ficar em pé, era como se houvesse milhões de agulhas enfiadas por todo o meu corpo, a raiva me dominava tão intensamente que era impossível controlar, eu já estava me sentindo insana e fora de controle, o ódio era tão profundo que me fazia tremer, todo o meu corpo tremia.

 

Tinha a impressão que estava absorvendo o calor do quarto, e ele pegava fogo, eu tinha que sair dali, o mais rápido possível, já sentia o calor dentro dos meus ossos, e então mais uma vez Jake veio em minha mente, me lembrei dele e de como quando eu estava com ele a raiva não me dominava, tudo era paz, alegria e paz, esse era o dom do Jake e agora eu precisava dele mais do que nunca.

 

Peguei a chave da picape e desci as escadas ensandecida, nem vi se Charlie estava na sala ou não, eu tinha uma meta e a cumpriria, eu iria a La Push e veria o Jacob.

 

Para meu completo horror e choque, a tremedeira piorava cada vez mais, parecia que meu corpo ia despedaçar. A picape não ajudava em nada minha raiva passar, parecia que La Push estava mais longe, tive a impressão de que até correndo eu chegaria mais rápido.

 

Parei na entrada de La Push e abri a porta do carro, parecia que ele estava mais quente que o meu quarto, nem a chuva que caía fortemente agora pode diminuí-lo. Eu estava cada vez mais aterrorizada com tudo que  sentia.

 

E então levou apenas um segundo, mas com toda certeza foi o segundo mais longo da minha vida, e eu me senti explodindo, acreditei que ia morrer.

 

Mas, para o meu espanto o meu corpo se recuperou antes disso. Eu não me sentia mais em pedaços, porém não compreendia a forma em que estava. Mais da metade de mim já estava para fora do carro, a tremedeira tinha passado, mas o ódio ainda estava em mim. Tudo estava vermelho, e eu tentei gritar para liberar minha raiva, entretanto tudo que eu ouvi foi um uivo horrendo, me pus de pé no mesmo instante, não estava mais no carro, foi então que dei um passo e para meu horror o que vi foi uma pata gigante no lugar dos meus pés.

 

Olhei para janela do carro e... Não é possível, aquele não poderia ser o meu reflexo, eu era um lobo gigante. Um urro de terror saiu de minha garganta e foi aí que eu fiquei maluca de vez e comecei a ouvir vozes na minha cabeça.

 

Mas são muito mais que vozes, por trás das palavras eu pude ver imagens e sentir o que eles sentiam. Me desesperei e então corri para a floresta para tentar fugir daquelas vozes, e como acontecia nas vez em que eu fechava os olhos, as  árvores de La Push passavam por mim em milésimos de segundos, a sensação da corrida era  maravilhosa.

 

N/B: Oláá... *--*

Primeiro quero dizer o quanto estou feliz de agora fazer parte dessa fic junto com a Sol, quando ela me convidou para ser a beta eu fiquei super feliz e topei na hora ;)

A história está incrível e esse cap. ficou o máximo, tenho certeza que vocês  adoraram o cap. tanto quanto eu né?! ;) Então comentem muito, porque a Sol merece... *--*

  Bjokas...

      May Black

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do cap,fiz com muito carinho,pretendo postar o proximo na quarta(se o nyah não der pau até lá).
a capa será mudada quando o aviso sair de lá de cima,com os nomes certinhos, já que a beta mudou.