— Agora, Albert...

— Alfred seria um nome bem mais legal que Albert! – Carapace disse depois de jogar o escudo no vilão, o fazendo cair para trás.

— Seu tolo! – levantou, enquanto isso Rena Rouge ajudava Chat Noir a ficar de pé – Acha mesmo que pode me impedir?

— Na verdade, talvez eu não. Mas eles podem. – olhou na direção de Ladybug agora desamarrada e Chat Noir de pé, o felino estendeu o seu bastão e a azulada o encarou com uma expressão determinada.

— Lucky Charm! – uma chave com estampa de joaninha caiu em suas mãos e logo a guardou, pois Coruja Negra puxou sua arma antes que ela pudesse pensar no que fazer.

Carapace rapidamente se colocou na frente deles com seu escudo, impedindo o laser.

— O que vamos fazer? – Adrien questionou.

— Preciso que segure o Cataclysm e distraia ele por alguns segundos.

— Minha especialidade! – sorriu e correu de trás do escudo – Corujas são símbolo de inteligência, meio controverso você usar, não é? – provocou, fazendo o vilão mirar nele. Chat Noir então começou a correr, enquanto lasers eram disparados em sua direção.

— Albert, cuide dos outros!

— Como quiser, senhor. – Ladybug arregalou os olhos assim que um robô com tipos de tentáculos tecnológicos quebrou a parede ao seu lado e a segurou com um deles. Carapace foi pego também, e logo Rena Rouge.

— Ladybug! – Chat Noir parou de correr.

— Continua! – instruiu e o felino desviou do laser a tempo, voltando a distrair Coruja Negra.

O robô ergueu Carapace e Rena Rouge, e bateu Ladybug no chão. Marinette sentiu uma dor horrível nas costas, mas sabia que não poderia ceder agora. A equipe, Paris e o Sr. Damocles precisavam dela.

Ladybug então se concentrou e agiu para conseguir soltar um dos seus braços. Em seguida socou o tentáculo com toda sua força.

— Ladybug! – Carapace chamou, ele segurava seu escudo em sua mão, porém não podia fazer nada já que o robô tinha prendido seus braços no seu corpo. No entanto, como estava mais ou menos a cima da heroína, ele soltou o objeto. Marinette conseguiu pegar e bateu com força no tentáculo novamente, finalmente o arrebentando.

— O quê? – Coruja Negra olhou para o lado – Albert!

— Trabalhando para o reparo, senhor.

— Não vai ser necessário. – Ladybug jogou sei ioiô em Chat Noir e o puxou pelas pernas. O felino caiu por cima do robô. – O Cataclysm! – Adrien sorriu e encostou sua mão na lataria, que se desfez por completo.

— Gente! Disseram que o akuma está dentro da sala dele! – Queen Bee anunciou, chegando com Bunnix e Viperion.

— E não sei se vão querer saber, mas estamos há uns bons metros do chão. – disse Luka.

— Vocês vão se arrepender disso! Vou levar todos os Miraculous para Hawk Moth de uma vez!

— Shellter! – Carapace usou seu poder especial, criando um escudo em volta dos heróis e impedindo que os lasers os atingissem.

— Rena Rouge, preciso de algo. – Alya assentiu depois que Marinette cochichou rapidamente o plano.

— Mirage! – a heroína raposa usou seu poder e uma ilusão de Ladybug e Chat Noir correndo saiu de trás dos escudos e Coruja Negra desviou seu ataque para eles. 

— Queen Bee, preparada?

— Venom! – Chloé sorriu de lado – Agora sim.

— Bunnix, Viperion! – os dois assentiram e saíram correndo ali de trás.

Coruja Negra ficou confuso por alguns segundos, tempo suficiente para Bunnix acertar seu guarda-chuva nele, que cambaleou para trás. Viperion então o surpreendeu saltando e acertando um chute bem no meio do seu rosto.

Queen Bee correu e usou seu poder no vilão, o deixando desacordado.

— Como vamos entrar agora? – Ladybug pegou a chave dada pelo Lucky Charm e destrancou a porta de ferro.

— Ali! – apontaram para uma figura de ação do Coruja Negra e então Ladybug o quebrou, liberando a borboleta negra.

— Chega de maldade pra você, akuma! – capturou o inseto – Tchau, tchau borboletinha! – acenou para a borboleta branca – Miraculous Ladybug! – disse atirando a chave para cima e fazendo tudo voltar ao normal.

***

— Não! Eu estava tão perto! – Hawk Moth esbravejou assim que a janela redonda se fechou após mais um fracasso.

— Com todo respeito, mas o senhor não acha que é uma perda de tempo akumatizar novamente essas pessoas? – Nathalie opinou – Digo, se eles já não conseguiram um vez, por que conseguiriam agora? – Gabriel sorriu e virou de frente para a assistente.

— Estive reavaliando o meu plano, como você bem sabe. E como eu já disse, se eu continuar tentando, no final vou acabar vencendo. No entanto, eu via isso de outra forma. Achava que precisava ficar criando akumas novos toda a semana, só que esse é um dos meus erros. – caminhou até ela – Ao criar um novo, eu tenho muito mais chances de ser derrotado.

— Como?

— Ladybug e Chat Noir podem facilmente derrotar alguém inexperiente. No entanto, se eu akumatizar as mesmas pessoas, posso corrigir o que errei quando as akumatizei da primeira vez e os deixar cada vez mais poderosos e perigosos.

— Isso é genial, senhor! – admitiu, maravilhada. Gabriel era muito admirável.

— Sei disso. Também sei que eu perdi mais uma batalha. Mas no final de tudo, tenho certeza que vencerei a guerra.

***

— Os akumas estão ficando mais fortes! – Ladybug disse à equipe depois de explicar a situação toda em que estavam envolvidos. Tinha convocado uma reunião de emergência no topo de um dos prédios da cidade. – Precisamos de vocês mais do que nunca, então vamos mudar a estratégia. Assim que virem um akuma, se transformem e procurem por mim ou Chat Noir. Nunca enfrentem sozinhos!

— Certo.

— Ok.

— Tudo bem.

Os cinco heróis concordaram e não demorou muito para que Ladybug os dispensasse, ficando apenas acompanhada de Chat Noir.

— Eles estão sendo de grande ajuda, mas não podemos esperar que eles nos defendam. – disse a azulada com uma expressão séria.

— Acha que eles não são capazes?

— Não é isso, de forma alguma. Acho que eles são capazes, só que no final a linha de frente somos nós dois e nós precisamos estar preparados para o que der e vier, porque se Hawk Moth conseguir os nossos Miraculous... Bom, você já sabe.

Adrien assentiu. Sabia perfeitamente como Marinette estava se sentindo e ela tinha razão sobre o que disse. Os dois eram a linha de frente, eles que receberiam os ataques mais pesados, e se eles caíssem, tudo iria por água a baixo.

— Então precisamos nos aprimorar. – o loiro sugeriu.

— Sim, exatamente. – concordou, estava pensando exatamente nisso – Conseguimos ampliar os nossos poderes com as poções. Mas ainda não é o suficiente.

— Lembra o que Hawk Moth disse e que você relembrou sobre os nossos poderes, que não conseguimos usá-los sem ter um tempo para a transformação acabar depois? – Marinette assentiu – Podíamos tentar melhorar isso.

— Mestre Fu disse que isso acontece quando o portador fica ou é adulto. – a azulada colocou a mão sobre o queixo, pensando nas possibilidades – Mas podíamos conversar com ele sobre uma ampliação de poderes. 

— Sim. Qualquer coisa é válida.

— Agora, acho melhor irmos descansar. O dia foi bem agitado e desgastante.

— Também acho. – Adrien sorriu, se aproximando. Ele segurou a cintura de Marinette e a puxou para um beijo rápido. – Me desculpa, é tive que me segurar durante a reunião. – a garota sorriu, encostando sua cabeça no peito dele.

— Nos vemos amanhã. – se afastou e tocou o sino dele. – Tchau, gatinho.

— Tchau, my lady.

***

Marinette chegou em casa, desfez a sua transformação e se jogou na sua cama.

— Finalmente você e o Adrien estão juntos! – Tikki disse, recebendo uma expressão um tanto esquisita de Marinette – O que foi? Não era isso que você queria?

— Sim, é tudo que eu mais queria. – segurou uma das almofadas contra o seu peito e sentou – O problema é que... A Ladybug e o Chat Noir do futuro pareciam ter alguma coisa e bem... Está acontecendo tudo como deveria.

— O que você quer dizer?

— Eu tenho a impressão que eu e Adrien ficando juntos, isso pode significar que estamos seguindo exatamente o roteiro e nada vai mudar. Inclusive o fato de Hawk Moth conseguir as joias.

Mestre Fu tinha dito que o futuro já estava escrito e eles precisavam agir agora se quisessem que ele mude. Mas para Marinette, eles estavam seguindo o mesmo destino que os faria cair perante Hawk Moth.

Não que apenas esse fato contribuísse para isso, mas sim que Marinette não fazia nem ideia de como conseguiriam parar o vilão. E mesmo mudando sua estratégia, as possibilidades ainda estavam embaraçadas para si.

— Isso não quer dizer nada. Mesmo vocês alterando o fato de estarem juntos, ele ainda pode conseguir. Não é assim que funciona? – a kwami questionou retoricamente.

— É, acho que sim. – levantou e puxou o banner. – Eu... Eu pensei em um plano B caso não conseguirmos pensar em mais nada, mas eu não sei se vai funcionar. Preciso da sua ajuda para formular ele melhor.

— Qual?

— Eu vou te contar, mas você precisa prometer que não vai contar pra ninguém. Ninguém mesmo, nem para o Adrien. – Tikki arregalou os olhos com a seriedade do assunto.

— Eu prometo, mas por que não posso contar para ninguém?

— Porque é arriscado. E se alguém, principalmente o Adrien souber, ele com certeza vai me impedir.

— Tudo bem. Me diga qual é o seu plano.