Miraculous: Secret Wars escrita por ladyenoire


Capítulo 20
Destiny


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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— O que é isso? – Rena Rouge, Queen Bee e Carapace estavam à caminho da mansão Agreste e pararam na mesma hora assim que viram um raio roxo iluminar o céu.

— O Chat Noir não atende. – disse Nino, após tentar ligar para o comunicador do herói.

— Nem o Viperion. – Chloé suspirou – Bunnix?

— Nada. – Alya negou – Então isso não significa boa coisa.

— Precisamos ir o mais rápido possível! – o moreno puxou a frente, sendo acompanhado das duas.

Quanto mais Chloé se aproximava da mansão, mais o sentimento de angústia ia crescendo dentro de si. A garota tinha o infeliz pensamento que o seu pressentimento ruim estava se tornando realidade.

***

— Mas... – Luka começou a falar, porém foi ignorado por Bunnix que começou a correr na direção oposta. – Aonde você vai?

— Fazer o meu dever! – gritou de volta e continuou correndo.

Os céus de Paris ficavam cada vez mais cinzas e Bunnix sabia que Hawk Moth estava prestes a liberar a energia que acabaria com os Miraculous e até com a sua própria vida.

Enquanto corria, Alix se lembrava do que sua versão mais velha havia dito antes que ela voltasse para o seu tempo.

“- Sinceramente, eu não ligo tanto pra essas regras de viagem no tempo só que eu fiz uma promessa para a Ladybug como heroína e eu vou cumpri-la custe o que custar. Mas eu temo que a nossa interferência pode não ter sido o suficiente para salvar o mundo. As coisas foram muito sinistras naquele dia. E eu não consegui fazer nada a não ser ficar parada, assistindo meu Miraculous virar cinzas. Mas você pode.

— Como? Se eu não faço a mínima ideia do que vai acontecer e você não quer me dizer nada.

— Já disse, você não precisa saber o que vai acontecer. Você precisa saber o que fazer. E se perguntarem, eu nunca te disse isso. Ladybug me mataria e...

— Tá, tá. E o que eu faço?

— Se tudo der errado, você tem uma carta na manga.

— Que carta?

— Ora, mini eu... Nunca assistiu aquele filme da Alice? Descubra novas possibilidades se entrar na Toca do Coelho”.

Uma expressão determinada tomou conta do rosto de Bunnix e então ela sabia que deveria agir. Não poderia ficar parada assistindo o fim do mundo, como sua versão mais velha tinha dito que fez.

— Burrow! – usou seu poder especial e abriu uma fenda para o passado, especificamente para essa manhã. A heroína passou pelo portal e virou na direção dele, vendo uma grande explosão ser lançada por toda Paris, segundos antes que ela fechasse a fenda.

Alix estava ofegante, desesperada pelo que havia acabado de presenciar. Porém fez de tudo para se recompor e logo se escondeu em um beco qualquer, desfazendo sua transformação.

— O que aconteceu? – Fluff questionou preocupado, ao ver a expressão de pavor em Alix.

— Nós perdemos. – o kwami abriu a boca em espanto – Mas eu voltei pra essa manhã. Eu sei que não podemos ficar brincando com o tempo, mas como a Ladybug havia dito, o Miraculous do coelho é o nosso último recurso. Então eu usei.

— E o que pretende fazer agora? – a garota encarou Fluff com os olhos marejados – Eu não sei. Mas... Eu preciso encontrar o pessoal.

Depois de refletir sobre o que havia presenciado e também do seu kwami estar devidamente alimentado, Alix se transformou e saiu correndo na direção da escola.

Quando chegou no local, se deparou com os sete heróis conversando seriamente, ou seja, o momento em que Ladybug estava os convencendo de ir confrontar Hawk Moth.

— Juntos podemos vencer dessa vez. Juntos nós vamos vencer. Paris conta com nós. Então eu pergunto, podemos fazer isso?

— Sim. – os heróis viraram rapidamente na direção de Bunnix.

— Ei, quem é você? Uma impostora? Ilusão da Volpina? – Alix do passado questionou.

— Não. Você só que daqui há algumas horas. – revirou os olhos. Concluiu que realmente era irritante lidar com versões mais novas. – Eu voltei no tempo porque nós... Nós perdemos de novo.

— O quê? Mas como? – Ladybug indagou incrédula. – Isso não... Como podemos ter certeza que não é uma ilusão da Volpina? – Bunnix se aproximou e sussurrou no ouvido de Ladybug.

— Sou eu, a Alix. – a azulada então assentiu, podia acreditar nela – E eu sei que você vai dizer que é arriscado e blá blá blá, mas eu não ligo. Porque eu não quero viver naquele futuro. Esse é o nosso último recurso e eu usei. – a líder da equipe piscou, assimilando as informações.

— Se nos perdemos de novo... Talvez não seja esse o nosso destino? – Queen Bee deixou a frase no ar, fazendo com que os heróis trocassem olhares entre si.

— Não, não é não. Isso é besteira. – Bunnix balançou as mãos. – Vocês precisam e vão vencer. Mas só podem fazer isso juntos como a Ladybug disse. – os olhares se voltaram para ela – Escutem, eu não posso dizer exatamente o que acontece, mas não importa o que aconteça, não se separem.

— Mas eu não pensei em separar a equipe.

— Ah é que acontece uma coisa... Quer saber? Dane-se! – deu de ombros – Hawk Moth vai virar Scarlet Moth novamente e você como uma boa líder, vai mandar uma parte da equipe pra ajudar a população. Depois vai separar ainda mais quando pedir pra procurarem por Mayura. Mas não pode fazer isso, precisam enfrentar Hawk Moth juntos.

— E a cidade? Como fica? Eu entendo o seu ponto, mas não posso deixar os akumas soltos!

— Deixa isso comigo. Cuidem do resto.

— Tá bem.

— Não falem sobre a Volpina. Hawk Moth vai retirar o akuma dela ao saber que ela falhou com ele, e a partir disso pode ser que tente usar em vocês... É uma longa história que não temos tempo. Eu mantenho ela ocupada e você cuidam dele. – apontou com o polegar para si mesma – Ah e sem cerimônias. Não deixem ele falar demais, pode mexer com o psicológico de vocês.

— Certo. Todos prontos? – Ladybug perguntou, colocando sua mão fechada em punho no centro do círculo. Em seguida os heróis colocaram suas mãos juntas. – Vamos conseguir.

— Me sigam.

Chat Noir saiu na frente, guiando os heróis. Porém antes que Ladybug fosse, Buninix chamou sua atenção.

— Ei, Ladybug!

— O quê?

— Vai dar tudo certo dessa vez. Confio na sua liderança. – a heroína assentiu e sorriu em resposta, logo, partiu para a mansão Agreste.

Bunnix respirou fundo, sentindo a adrenalina tomar conta de suas veias e seguiu pulando pelos prédios da cidade, até que encontrasse Volpina. Sabia que talvez não conseguisse derrotá-la sozinha, mas precisava tentar. Pelo bem de todos, precisava tentar.

***

— Gente, eu sei o quanto isso pode parecer loucura para alguns de vocês. – Ladybug disse, sabia por experiência própria. – Mas temos que fazer isso, precisamos confiar uns nos outros para sermos mais fortes que Hawk Moth. – assentiram em concordância.

— Aonde ele se esconde? Em que parte da casa?

— Acredito que seja ali. – o loiro apontou para a parte mais alta da construção, que possuía uma janela de vidro circular. – Tem uma visão bem privilegiada da cidade. Vilões são excêntricos.

— Vamos só chegar?

— Não temos muito o que planejar. – Chat Noir deu de ombros – Precisamos agir antes de Volpina voltar. – encarou a amada – Portanto, às suas ordens my lady.

Ladybug então deu a ordem e os heróis saltaram, quebrando a janela de Hawk Moth e entrando direto no seu esconderijo. Antes que ele pudesse sequer ver o que tinha acontecido, Carapace arremessou seu escudo, fazendo com que ele fosse jogado longe.

— Desculpe chegar sem avisar, mas era uma festa surpresa. – Chat Noir disse com um sorriso irônico, escorando seu bastão metálico nos ombros.

— O quê? Mas como... Como vocês...

— Como descobrimos? – Ladybug segurou o fio do seu ioiô, deixando o objeto pendurado – Não vem ao caso.

Chat Noir partiu para cima de Hawk Moth que ficou rapidamente de pé e colocou seu cetro na frente, impedindo que o herói acertasse ele. Ladybug avançou e foi chutada para o lado, em seguida os demais fizeram o mesmo.

Hawk Moth não conseguida e nem tinha tempo de atacar, apenas se defendia dos golpes com a maior concentração. Sabia que qualquer deslize traria sua derrota, afinal, eram sete heróis contra ele – não teve nem a oportunidade de pedir reforço a Mayura.

— Vocês estão cometendo um erro! – esbravejou – Eu faço isso porque...

— Não escutem ele! – Ladybug ordenou com uma expressão determinada – Suas palavras não significam nada, Gabriel! – Hawk Moth se distraiu ao ouvir as palavras dela e logo uma sequência de golpes de cada um dos heróis foi desferida.

— Cataclysm! – o vilão estava escorado na parede, sem forças pra lutar e Chat Noir ativou o seu poder, por precaução.

Ladybug rapidamente jogou seu ioiô nas pernas dele, as envolvendo e fazendo com que ele caísse de vez. Rena Rouge chutou o cetro do vilão para longe, Viperion e Bunnix seguraram os seus braços e Queen Bee se abaixou ao lado dele.

— Tchauzinho! – retirou o Miraculous do peito dele. – Sem cerimônias. – repetiu a fala de Bunnix do futuro.

— Não! Seu insolentes, não!

O elevador do esconderijo se abriu, e um leque voou na direção dos heróis. Chat Noir saltou, pegando o objeto com sua mão envolta pelo brilho negro, destruindo a arma de Mayura.

— Shellter! – Carapace usou seu poder especial para protegê-los até que a líder determinasse o que deveria ser feito.

— Queen Bee, precisamos imobilizar ele. – Ladybug instruiu, ainda segurando o fio do ioiô para que Gabriel não tivesse nenhuma chance de fugir.

— O quê? Não, vocês não podem... Me soltem! Eu preciso...

— Venom! – Chloé encostou a ferroada em Gabriel, o deixando paralisado.

Assim que o escudo de Carapace foi desfeito, Mayura partiu para cima deles. Porém Bunnix abriu o guarda-chuva na frente dos heróis, impedindo que ela os acertasse e a empurrando para trás.

— Acabou Nathalie. – Chat Noir falou, atraindo a atenção de Mayura. – Entregue o seu Miraculous. – estendeu a mão.

— Nunca vou deixar a família Agreste na mão. Farei o que tiver que fazer por eles, incluindo lutar até o final. – disse ficando em posição de luta.

Adrien suspirou. De um jeito estranho, admirava Nathalie. A mulher sempre cuidou dele quando seu pai não podia. Porém agora ela precisava entender que era a hora de parar.

— Claws in! – desfez a sua transformação, fazendo com que a equipe se espantasse e Nathalie desfizesse sua postura. – Se você se importa tanto assim com a família Agreste, me deixe consertar o que o meu pai fez e entregue o seu Miraculous.

— Adrien? – a mulher o encarou com sofrimento no olhar e se aproximou lentamente.

Por mais que imaginasse que Nathalie não fosse capaz de machucar seu amado, Marinette ficou em alerta e fez um sinal com a cabeça para Queen Bee, que entendeu e se afastou com o Miraculous de Hawk Moth em suas mãos. Por precaução.

Nathalie abraçou Adrien, que retribuiu, sentindo a tristeza em seu corpo vencer a raiva. Dominado pelo sentimento, o garoto finalmente deixou que as lágrimas saíssem. Logo o silêncio se instaurou no cômodo. Nenhum dos heróis ousaria se intrometer no momento que parecia tão pessoal para o garoto.

Assim que os dois se separaram do abraço, Adrien pegou o broche e a transformação de Mayura foi desfeita.

— Não faça isso! – Nathalie pediu, porém não avançou, apenas estendeu as mãos – Seu pai tem motivos muito nobres. Se você soubesse... Você poderia se juntar a nós. – por um momento, Marinette teve medo da reação de Adrien. No entanto, precisava confiar nele.

— Desculpa, mas eu não posso fazer isso. – disse o loiro – Que motivo seria tão nobre pra justificar tudo que ele fez? – a mulher baixou a cabeça. Não cabia à ela falar sobre um assunto tão particular para ambos.

— Você deve conversar com ele sobre isso. É um assunto de família. – Adrien apenas assentiu e entregou o broche para Ladybug.

— Chame o Gorila e leve o meu pai para o quarto. Mantenha ele lá depois que acabar o efeito do poder da Queen Bee.

— Sim, Adrien.

Os heróis ficaram em silêncio, até o segurança vir e retirar Gabriel do local. Adrien disse à Nathalie que já ia falar com seu pai. Em seguida, o loiro foi até Marinette.

— Voltem para suas casas. – disse Ladybug – Conversaremos sobre tudo isso amanhã. – os cinco concordaram e foram embora.

Bunnix do futuro adentrou o cômodo e pousou na frente da dupla com um olhar preocupado.

— A Volpina perdeu os poderes e eu fiquei preocupada porq... – parou de falar assim que viu a expressão abatida no rosto dos heróis – E aí? O que aconteceu dessa vez? – Ladybug sentou no chão, ofegante, sentindo seu corpo todo dolorido.

— Nós... Vencemos.

 

 

“Vencer uma guerra, não é necessariamente um final feliz”.

 

 


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA NÃO ACREDITO QUE ACABOU!

ATENÇÃO: Toda guerra tem consequências, e obviamente essa vai ter, como por exemplo a interferência gigante da Bunnix, que fez eles ganharem a guerra. Essas consequências vão ser retratadas em Miraculous: Secret Wars II (que será lançada ainda esse ano, mas sem previsão de data até o momento). Vou terminar de postar a fanfic e postar um poster no meu Instagram e Twitter (jeonggukat) sobre Secret Wars II.

Eu queria agradecer de coração o apoio de todos que leram, comentaram ou favoritaram a fanfic. Eu amei muito escrever ela e agora estou amando escrever The Truth Untold (deem muito amor à ela) ^^

Espero muito que tenham gostado e muito obrigada por lerem até o final ♥ xoxo

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Chat Noir pousou no topo da Torre Eiffel e esticou os braços, se alongando. Em seguida pegou o celular e fez uma careta frustrada.

— Está sem sinal.

— Sim né, você está nove anos no passado. Essa tecnologia ainda nem existe, gênio. – Bunnix riu e o herói deu de ombros.

— A sua esposa não vai te matar se você não responder, não se preocupe. – Viperion colocou a mão sobre o ombro dele.

— Há há há! Não estou preocupado com isso, já que ela também está em missão. Só queria pegar o prêmio diário do meu jogo que eu esqueci de entrar hoje de manhã.

— Fala sério! – Viperion exclamou, olhando para um ponto específico.

— Para de me zoar, porque você tamb... – Adrien começou a protestar, achando que a fala de Luka era para ele. Porém se calou assim que olhou para frente e deu de cara com Ladybug os encarando. Porém a Ladybug de nove anos atrás, que tinha apenas dezesseis anos.

A garota encarou os três heróis, e um clima tenso se formou. Antes que pudessem explicar, Ladybug se adiantou:

— Mas que p...



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