Miraculous: Secret Wars escrita por ladyenoire


Capítulo 16
Knock Me Out


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Adrien permaneceu parado, em choque. Não sabia o que pensar, muito menos o que dizer. Marinette então se aproximou dele e o abraçou forte, sentindo as lágrimas saírem dos seus olhos em um choro silencioso.

O loiro demorou um pouco mas logo retribuiu o abraço. O cômodo estava em total silêncio, até que a única coisa que pode ser ouvida foi o choro de Adrien.

Marinette se afastou e segurou o rosto do amado, que estava encharcado pelas lágrimas, e fez com que ele olhasse pra ela.

— Eu queria mais do que tudo que isso não fosse verdade. Mas infelizmente, todas as pistas apontam pra isso e... Eu... Eu vou estar aqui para o que precisar. – voltou a abraçá-lo. – Eu te amo, Adrien.

Os dois permaneceram assim, abraçados, até que o choro cessasse, dando lugar às respirações profundas.

— Também amo você, Bugaboo. – Marinette deu um sorriso, encarando o loiro, não ligando para o apelido bobo. – Desculpe por essa choradeira, eu só...

— Não, não. Você não precisa se desculpar por nada, tá bem? – acariciou o rosto dele e o conduziu até sua cama, para que ele sentasse ao seu lado – Você precisa de alguma coisa? Uma água? – Adrien sorriu de leve, enquanto a garota segurava a sua mão.

 - Só de você. – Marinette corou, como se fosse a primeira vez que Adrien flertava com ela.

— Eu entendo que deve ser difícil, lembro como você ficou quando eu suspeitei do seu pai. Naquela época eu não entendi, mas agora eu sei e... Eu sinto muito.

— Tudo bem, você só estava tentando proteger Paris, como sempre. Não é sua culpa. – deu de ombros – O que faremos agora?

— Como assim?

— Você é a líder da equipe. O que faremos?

— Nesse caso, eu acho que cabe a você decidir. – Adrien respirou fundo. – Mas tudo bem se não quiser pensar nisso agora. Acho melhor você descansar. O que acha de dormir um pouco?

— Contanto que você esteja ao meu lado.

— É claro. – Marinette corou um pouco com a ideia de dormir com ele novamente. Porém afastou esses pensamentos, precisava focar no estado de Adrien. – Quer comer alguma coisa antes?

— Não, não. Só quero descansar.

— Tá bem, pode ficar à vontade. – sorriram.

— Plagg, claws in!

— Tikki, spots off! – os kwamis caíram em suas mãos – Vou pegar algo pra eles comerem, já volto. – dito isso, Marinette foi no andar de baixo.

— O que aconteceu? – Plagg questionou.

— Você descobriu? – foi a vez de Tikki perguntar, então Adrien assentiu, passando a mão nos cabelos loiros.

— Descobriu o quê?

— Vem comigo, Plagg. Depois conversamos. – a kwami vermelha puxou outro e o conduziu até um lugar afastado para contar o que tinha acontecido.

— Pronto. Camembert e macarons. – Marinette colocou o prato na frente dos kwamis, recebendo um agradecimento deles. Em seguida, foi até Adrien.

Os dois ficarem de pé e ajeitaram a cama rapidamente, em seguida deitaram um de frente para o outro, como da primeira vez que dormiram juntos. Marinette apagou o abajur, fazendo com que a única iluminação viesse da luz da lua entrando pela janela.

— Boa noite, gatinho. – Adrien sorriu e se aproximou mais, dando um beijo nela.

— Boa noite, my lady. – a azulada então se acomodou nos braços dele, dormindo de conchinha, como ela sabia que o loiro gostaria.

O jovem Agreste demorou para pegar no sono. Só conseguiu quando decidiu deixar os pensamentos de lado e focar na garota que estava em seus braços. A respiração calma de Marinette lhe trazia uma sensação boa e ao fechar os olhos pensando nela, conseguiu ter paz, pelo menos por uma noite.

***

O dia amanheceu nublado. Adrien acordou antes de Marinette e pode ter a visão adorável dela dormindo ao seu lado. Uma visão tão adorável que quase fez com que ele esquecesse dos seus problemas.

Olhou no seu celular que marcava sete horas. Suspirou pesadamente e sentou na cama.

Seu pai é Hawk Moth.

Não sabia o que pensar ou que dizer. Tinha muito para resolver, embora não imaginasse por onde começar.

Ele e Gabriel já tinham tantos problemas. Apesar disso, nunca imaginou que mesmo com uma personalidade fria e arrogante, Gabriel fosse ser, literalmente, um vilão.

Ficou tão atento a esse pensamento, que nem havia lembrado do que o seu eu do futuro disse. Resumidamente, Hawk Moth conseguiria os Miraculous, mas não aguentaria o poder e morreria. Se Gabriel Agreste era Hawk Moth, em um futuro próximo, se conseguisse as joias, morreria.

Adrien congelou. Por mais que estivesse com raiva do pai, não desejava que isso acontecesse.

Estremeceu ao imaginar. E antes que entrasse em uma nova onda de pensamentos, Marinette se remexeu ao seu lado, chamando a sua atenção. Em seguida, a garota abriu os olhos devagar e deu um sorriso de leve.

— Bom dia. – Adrien retribuiu o sorriso. Mesmo com inúmeros pensamentos que mal podia organizar, ver o sorriso da azulada logo ao acordar, fazia com que ele se sentisse um pouco menos destruído.

— Bom dia, Bugaboo. – a garota sentou na cama também e inclinou o seu corpo, depositando um beijo demorado nos lábios de Adrien. – Queria poder acordar assim todos os dias. – só de pensar em acordar ao lado de sua lady, a chama da esperança se acendia em seu peito.

— No futuro, quem sabe. – ela sorriu, dando de ombros. No entanto a palavra “futuro”, fez Adrien voltar ao seus pensamentos de antes, ficando com um semblante visivelmente fechado. – O que foi?

— Eu estava pensando... Você lembra o que nós dois do futuro dissemos? Que Hawk Moth morreria com o poder das joias? – Marinette entendeu perfeitamente aonde ele queria chegar, então se aproximou dele e começou a acariciar os cabelos loiros bagunçados.

— Lembro. Mas não vamos deixar isso acontecer, ok? Vamos vencer dessa vez. E com vencer, quero dizer que vai ficar tudo bem com o seu pai. – Adrien assentiu.

— Eu só queria saber porquê. Por que ele faz isso? Tudo bem, ele quer nossos Miraculous, mas o que vai fazer com eles? Sei lá, dominar o mundo? Isso não soa como meu pai. – na visão do garoto, seu pai não era como um vilão clichê de um filme de super-heróis. Gabriel Agreste não parecia o tipo de pessoa que almejava mais do que já havia conquistado. Pelo menos era o que ele imaginava.

— É, eu sei. Também não imagino algo assim vindo dele, mas as evidências...

— Sim, sim. Sei disso. Só que não parece ser isso. E o pior de tudo é que eu não tenho nem ideia das motivações dele, porque mesmo morando na mesma casa, mal nos falamos. – respirou fundo e deu uma risada triste – Sempre pensei que o meu pai estivesse tentando me proteger, então relevei todas as maluquices dele. Mas no final, parece que ele estava tentando proteger a si mesmo.

— Talvez ele estivesse protegendo vocês dois. Talvez ele não deixasse você sair por causa dos akumas que ele manda. Seria perigoso demais você estar na rua durante um ataque, então ele meio que te protegia. – Marinette sabia que não era a melhor coisa a se pensar, entretanto estava tentando tirar algo bom disso tudo.

— É, eu entendo. Mas do que adianta me proteger, se ele coloca os cidadãos da cidade em risco todos os dias? – Marinette não respondeu. Honestamente não sabia o que dizer, era uma situação esquisita. Adrien suspirou abalado – Eu só queria que não fosse verdade.

— Também queria, chaton.

***

— O seu ferimento já está melhorando? – Gabriel questionou Nathalie, enquanto tomava o seu café da manhã.

— Sim, senhor.

— Excelente. – a mulher encarou Gabriel, que voltou a comer.

— Senhor?

— Sim?

— Eu estava lendo as atualizações no seu planejamento como Hawk Moth, enquanto estive fora e eu notei algo que possa ter passado despercebido. – se aproximou falando baixo, porém ainda mantendo a postura rígida.

— O que foi?

— Se o senhor conseguir... Digo, quando o senhor conseguir os Miraculous da Ladybug e do Chat Noir, usá-los ao mesmo tempo lhe concederá o seu desejo, no entanto, é um risco muito grande. Pode levar até a...

— Morte. – completou – É, eu sei disso. Não passou despercebido por mim.

— Mas se me permite, se você deseja ressuscitar a sua esposa, de que adiantaria morrer por isso? Não que você vá morrer, mas... Enfim, é um risco que talvez não valha a pena correr.

— Acredite, Nathalie, refleti muito sobre isso. No entanto, eu nunca saberei se não tentar e não vou parar até conseguir os Miraculous. Está decidido.

— Eu entendo, mas é muito perigoso.

— Eu sei. E farei do mesmo jeito. – um silêncio se instaurou, enquanto Nathalie encarava Gabriel. A mulher tinha refletido também sobre o assunto, e havia tomado uma decisão, só restava fazer seu chefe concordar com ela.

— E se... Eu fizer? – o homem voltou a total atenção para ela.

— Como assim?

— E se eu usar os Miraculous da Ladybug e do Chat Noir para ressuscitar a Sra. Emilie? Assim, o senhor não correrá nenhum risco e...

— Mas você sim.

— Sei disso. Mas eu não me importo. Sempre tive uma grande admiração por tudo que você faz pela sua família, Gabriel. Além do mais, você me deu oportunidades quando ninguém acreditava em mim. – desfez a postura e se aproximou do Agreste.

— Nathalie...

— Adrien é um bom menino e se algo acontecer com você, como acha que ele vai se sentir? Ele precisa do pai e da mãe, não só de um de vocês. Me deixe fazer isso, me deixe retribuir a ajuda que você me deu. Eu faria tudo por essa família.

Gabriel não disse nada, apenas ficou de pé e surpreendeu Nathalie ao abraçá-la. A mulher então sorriu e retribuiu o abraço.

— Obrigado, Nathalie. Por tudo.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAA (porque não podia faltar)!!!!

Só uma pergunta, alguém viu a Nathalie no capítulo que mostra o futuro em que eles perderam? Hummm, ataaaaa hehehe!

Gente, ta muito friooooo! Eu fico tentando escrever a minha mão gela kkkkkkkkkk!

O que vocês acharam do episódio Party Carsher? Eu amei, embora tenha saído completamente fora de contexto por não terem uma ordem. Mas o que era o Viperion? Apaixonei!

Espero que tenham gostado e muito obrigada por terem lido ♥ xoxo



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