Emi Uchiha perdera as contas de quantas vezes chegou a descer as escadas do esconderijo no Santuário Naka e agora, apenas adicionou a visita que estava fazendo na enorme lista de presença, todas com o mesmo propósito. Sasuke, havia ido ali poucas vezes e não mostrava muito interesse em saber o que estava escrito na tábua. Mas, Emi, estava cada dia mais próxima de entender alguns segredos de seu Clã, assim como sobre seu Kekkei Genkai. Na primeira vez que colocou seus olhos no conteúdo da tábua, ficou extremamente indecisa por onde começar a estudar e por fim, acabou escolhendo aprender sobre o Mangekyō Sharingan, pois na época, ele era o que mais lhe intrigava. A Uchiha aprendera que o Sharingan era capaz de controlar um tipo de besta gigantesca, conhecida como Bijū e desde então, havia ficado fascinada com todo o tipo de conhecimento que poderia adquirir quando conseguisse aprender todo o conteúdo da tábua. Ela passou muitos meses estudando, tentando entender a história de Hagoromo Ōtsutsuki, o mundialmente conhecido como Sábio dos Seis Caminhos e hoje, ela poderia dizer que havia entendido boa parte de tudo, assim como a história de uma besta chamada Dez-Caudas.

E agora, estava aprendendo os segredos do corpo de Madara Uchiha.

Conhecimento era poder.     

[...]

A garota de olhos ônix se ajoelhou entre as lápides e colocou as mãos sob o colo, enquanto alternava seu olhar entre os nomes de seus pais. Dentre todas as vezes que veio ao cemitério, nenhuma foi com o intuito de conversar com seus entes queridos.

Aquilo era difícil, tinha tantas coisas não ditas, tantas perguntas.

— Isso é idiotice. – A voz do seu irmão soou, atrás de si

Sasuke Uchiha estava parado, uns bons metros longe dos túmulos de seus pais.

— Não parecia ser hoje de manhã quando eu te convidei. – A voz da garota soou

— Apenas deixe as flores e vamos embora. – Sasuke disse, antes de lhe entregar as flores que ela havia comprado mais cedo – Temos coisas a fazer, você sabe, Emi.

— Vá na frente. – Ela apenas murmurou

E, assim que escutou os passos de seu irmão se distanciarem, a garota colocou suas orquídeas azuladas sob os túmulos dos seus pais, deixando apenas uma em suas mãos, pois aquela era para uma pessoa igualmente especial.

Emi passara mais de cinco minutos tentando formular frases em sua cabeça, quando percebeu que não precisava de nada daquilo. Seus pais provavelmente sabiam o que ela queria dizer, o que estava sentindo de verdade e a entendiam.

E, por isso, ela se levantou e caminhou para um outro túmulo, dentro do espaço reservado para os Uchiha. Emi se ajoelhou em frente ao túmulo de Shisui Uchiha e colocou a orquídea sob seu túmulo. Ela nunca havia descoberto qual eram as flores preferidas de seu mentor, mas sabia que ele entenderia o motivo dela sempre lhe trazer aquele tipo de flor, daquela tonalidade.

Sou uma Genin agora, Shisui.

E irei honrar o que você me ensinou.