Anuon 9999 (The Last A' prequel) escrita por Hunterx


Capítulo 37
Os temores de Ethan


Notas iniciais do capítulo

Um último teste para Ethan se aproxima.



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Acompanhando aos dois, todos saem junto a Kitsune e Ethan. No jardim, a bela raposa sacerdotisa diz:

— Ethan, está vendo aquela pequena porta em um abrigo dentro do jardim?

— Sim, agora que apontou.

— Bem, quero que entre lá.

— E o que tem lá?

— Aquele lugar é sagrado. Dentro, você irá lutar contra aquilo que mais teme.

— Kitsune, o que é isto? Não entendi...

— Entre e saberá.

— Tudo bem, então...

E o jovem, obedecendo a Kitsune, começa a caminhar até a porta. Kaede perguntou, preocupada:

— Tia, o Ethan corre algum perigo? E que abrigo é esse? Lembro-me que minha tia não havia feito lugar parecido.

— Foi Maeti que o criou.

E o jovem raposa diz:

— Acho que alguém da cidade deve tê-los dito sobre o sumiço de algumas pessoas na floresta. Pois bem, foi por causa de meus poderes.

— Então foi você que fez isso? E porque? - Perguntou Kaede

— Sim, fui eu. Fiz aquilo para protegê-los.

— Proteger os humanos?

— Sim. Minha mãe estava passando por dificuldades e não queria ser importunada. Como pessoas iam ao templo periodicamente para praticar e fazer preces, decidi fazer isso para triar melhor quem entrava em nossas dependências.

— Mas não é para isso que o templo serve?

— Sim, mas alguns humanos estavam aqui com má intenção.

— Quais seriam?

— Tentar roubar as escritas antigas da família Rayka. Nela estão escritos todos os estilos e a filosofia a mais de duzentos anos.

— Mas porque?

— Para tirar proveito ao máximo, financeiramente falando. Depois do que o Sr. Rayka fez nesta cidade, sua arte caiu em conceito, restando somente a mim algum respeito.

— Acho que só você tem este respeito.

— Sim e devo cultivar esta doutrina na cidade futuramente.

— Você será o mestre?

E Kitsune continuou:

— Sim. Eu, por motivos óbvios, não poderia doutrinar ninguém sem causar-lhes pavor.

— Chato isso, pois você é muito bonita.

— Obrigada... Pena humanos não usarem de bom senso igual ao seu.

— Obrigada, Kitsune.

Maeti caminhou até próximo de sua mãe, pois se preocupou com Ethan, dizendo:

— O treinamento do Ethan vai começar. Ele está pronto, mãe?

— Nunca estamos... Mas Ethan tem um espírito forte.

Ethan já havia entrado. Lá dentro daquele lugar escuro, ele caminhava por um corredor extenso, com goteiras e cheirava a mofo.

— Caramba... Kitsune e Maeti precisam dar uma arrumada aqui. Está um lixo.

E logo se depara com uma figura, a qual não consegue reconhecer.

— Espera... tem alguém ao fundo... Ei, você!

Mas este alguém corre. Ethan, por isso, corre atrás dele, mas não o alcança. Continuou então seu caminho e logo o corredor por onde passou começa a se fechar. Olhando para trás, diz:

— Que isso? O corredor está mudando?! - Disse, enquanto corria.

No fim, conseguiu se salvar, pulando no último instante para uma sala ampla, iluminada por uma tocha. Por estar muito escuro, mais que antes, pega o item e continua seu caminho. Agora munido com a tocha, pôde ver melhor por onde anda e fica impressionado pelo que acabará de ver: as paredes estavam se mexendo. 

—Céus! Será que estou mesmo no templo? Ou eu morri no corredor? Isto está ficando mais estranho!

Prosseguiu lentamente, examinando cuidadosamente onde pisa. Olha para todos os cantos, sendo paciente nos mínimos detalhes. E encontra novamente aquela figura que havia fugido anteriormente. Estava de costas, respirando fundo. Ethan aproximou-se e diz:

— Quem é você? O que faz aqui? Está perdido?

E a tal pessoa responde:

— Sim! Assim como você!

— Porque diz isso?

E ele vira-se e revela quem era: Ethan fica pasmo tamanho seu espanto. Era, na verdade, ele mesmo. Sua contra parte então diz:

— Surpreso em me ver?

— Não acredito no que vejo... Não pode ser!

— Você é patético. Ainda depende de pessoas para conseguir viver...

— Ei, você não tem este direito de falar assim!

— Porque não? Eu sei como você age e se comporta. Eu ao menos estou agindo da forma certa, te mostrando fatos e toda a verdade.

— Mas como pode ser? Você sou eu!

— Não, eu sou aquele que você sempre quis ser. Eu sei me virar sozinho. Não dependo de ninguém. Eu sou Ethan. Você não para de um fracassado sem valor.

— Eu não sou assim!

— Hahaha, não me faça rir! Conheço você muito bem.

E outro alguém aparece. Era Anuon, que diz:

— Ethan, você está certo! Ele nunca será como você - Disse a felina, olhando para a contra parte de Ethan.

— Anuon? Até você? - Disse Ethan, o real.

E, para completar, aparecem Kaede e Lupa. Está última logo diz:

— Você não é o Ethan que estou atrás... fraco... sem brilho... não, você definitivamente não é Ethan de verdade...

— Eu odeio você, Ethan! Nunca faz nada que preste! Sempre fica dependendo dos outros! Eu não ajudo mais você, pois não é o verdadeiro Ethan que conhecia - Disse a suposta Kaede, olhando para o Ethan real.

— Porque todos estão dizendo estas coisas? Me esforço ao máximo para que ninguém sofra nada. Defendo vocês com minha vida, se for preciso... Mas espere... Porque Lupa está aqui? O QUE ESTÁ ACONTECENDO? - Gritou Ethan, estranhando todo o ocorrido.

— Sua vida... não significa nada. Procurei por um Ethan que soubesse a verdadeira força... e você não a tem... humano...

— Não... Não... Eu não sou assim!

— Prove-nos! hahaha! - Disse a contra parte de Ethan novamente.

Ethan estava confuso. Olhava para todos ali presentes e não acreditava no que acontecia. Olha-os novamente e diz:

— Sei que não sou uma das pessoas mais sensatas para falar sobre o que é certo e o que é errado.

— Hahaha... ainda bem que reconhece!

E olhando para Lupa, diz:

— Lupa, eu realmente não sou esta pessoa que procura. Eu me importo com o planeta, assim como você, mas respeito o direito de todos a vida. Sendo bons ou não, deve-se dar a chance. caso não goste do que falei, com toda a sinceridade: dane-se!

Vira-se para Anuon e diz:

— Escute, Anuon. Não pedi para você me ajudar. Pelo contrário, eu a ajudei. E não fico cobrando pelo que fiz, pois fiz de coração e respeito, pois vocês foram enganados por Piece 1!

E agora, para Kaede:

— Kaede, sua idiota! Não me conhece direito e fica falando asneiras! Eu não lhe devo satisfações e naquele dia que me defendeu, eu acreditei em você e deixei que se virasse sozinha. Agora lhe pergunto: faria o mesmo por mim? Eu nunca pensei que você teria esse pensamento ridículo de sexismo. Você sabe muito bem que não te trato como uma mulher indefesa. Eu não sou indefeso, eu luto pelo que eu acredito e eu nunca vou te tratar como uma pessoa fraca. Então faça o mesmo por mim. Ou você não é capaz? Acha mesmo que homens não sabem chorar? Somos todos humanos, temos emoções da manda forma. VOCÊ QUE É A SEXISTA AQUI!

E, finalmente, ao Ethan paralelo:

— Conheço-me muito bem, rapaz... Mas não conhecia este meu lado arrogante e despresível. Sabendo que você não é nada menos do que eu mesmo, lhe pergunto: o que importa a você?

— Como assim, o que importa?

— Estaria disposto a sacrificar a própria vida pelos outros? Até aqueles que tentaram lhe matar?

— Claro que não! Se tentaram fazer algo tão abominável, porque os ajudaria?

— Logo vi que era diferente de mim. Você é um covarde que se esconde por trás de seus pais... Estou dizendo isso com toda propriedade porque eu era assim. Mas eu mudei, eu cresci e tomei maturidade, então não sou eu que está aí! Não se parece em nada comigo agora! Você sou eu fracassando na vida... Eu não sou um fracassado!

— Eu tenho ponderância! Coisa que você nunca pensou em ter!

—Ponderância? Fique sabendo que, para ter bom senso, deve-se ter primeiro juízo!

— Juízo?

—Sim! Respeitar a opinião dos outros, seu espaço, sua vida. Não tenho o direito de julgar as pessoas. Não tenho poder pra isso. Eu só tenho poder de ajudar as pessoas e, assim, mudar suas vidas, para melhor!

As palavras fortes e sinceras de Ethan trouxe resultados: todos somem. Ao fundo, surpreendendo o jovem, Maeti apareceu, caminhando até ele, dizendo:

— Passou no teste, Ethan... Você está pronto para aprender a doutrina Rayka.

— Maeti?

Enquanto isso...

Toda a turma que estava no templo só aguardava ansiosamente pelo retorno de Ethan do lugar onde havia entrado. Kitsune, junto aos outros, diz:

— Sinto a aura de Ethan... Ele está bem. Maeti está com ele. O teste foi bem sucedido.

— Espero que saia são e salvo... - Disse Kaede, preocupada.

— Não se preocupe, humana. Ele não é de desistir. Já passou por muitas provações... - Completou Anuon. 

— O cara é o tal, falei peixe? Ele passa o cerol... Ethan é o cara! - Disse Ryoga.

Porém Kitsune percebeu algo de diferente no templo. Parecia estar um pouco desconfortável, mexendo suas orelhas. Algo a incomoda. Ela então, aflita, diz:

— Todos... Me escutem... Há algo errado aqui!

— Agora que disse, eu sinto um cheiro familiar... - Disse Anuon, com seus pêlos ouriçados.

— O que foi? - Se preocupou ainda mais Kaede.

—  Qual é a da parada agora? Tá vindo o cobrador da luz? - Tentou brincar Ryoga.

Era uma situação bem anormal, pois o templo era um lugar pacífico e calmo. Kitsune não havia maiores problemas do que invasores humanos. Mas nesse dia tudo mudou: surge, da floresta, um ser... Era uma pantera. Tinha olhos verdes e havia uma cicatriz que cortava seu rosto na altura de seu focinho. Sua pelugem era bem brilhosa, mesmo sendo toda preta. Anuon, assuntada, evidenciava toda sua surpresa, dizendo:

— GOTHIC 6? Por Riviera!

E a pantera, andando em volta de todos, com uma foz sinistra e intimidadora, diz:

— Escute Anuon... Ninguém irá sair deste lugar com vida.

Kitsune, já com sua face mudada, a olha com raiva, dizendo:

— Quem a mandou aqui para nos matar?

— Quem você acha, Kitsune? E digo-lhe que estou decepcionada... Você se tornou naquilo que todos nós abominamos. VOCÊ É UM SER ASQUEROSO! UM ERRO!

— NÃO LHE DEVO SATISFAÇÕES!

— SUA MISERÁVEL! Hahaha... Ficou mais fraca assim, sabia?

— Está em desvantagem numérica, Gothic. Deveria recuar.

— Você sabe que isso não é problema para mim... Você sabe muito bem do que eu sou capaz de fazer...

— Não... Você não vai... Você não pode estar falando sério...

— Observe, Anuon... SUA TRAIDORA!

Logo o corpo da pantera negra chamada Gothic começa a ser dividir, numa mutação grotesca, o que causou ainda mais temeridade a Kaede e Ryoga. Gothic conjurou mais três cópias suas, numa prova mais do que real que tinha um grande poder. Isso ficou bastante evidente nos olhares de Kitsune e Anuon, que diz: 

— Ryoga e Kaede, saiam daqui agora! Ela não terá pena de vocês! Fujam para o templo!

Gothic observa os humanos correrem e diz:

— Podem correr! Não há como fugirem de mim! E quero algo a mais deste templo, antes de destruí-lo...

— QUE VOCÊ PRETENDE, MONSTRO! - Gritou Kitsune, já com sua espada em mãos.

— O que vocês escondem... Aquilo que nos foi no passado... Eu quero a tigresa!

Continua.


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Notas finais do capítulo

A temível pantera negra chamada Gothic apareceu. Anuon e Kitsune tem total ideia do tamanho dos problemas que irão enfrentar.

Não percam o próximo capítulo.



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