Anuon 9999 (The Last A' prequel) escrita por Hunterx


Capítulo 3
Face a face




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Rapidamente todas as atenções estavam voltadas à saúde de Ethan. Era tamanha que a escola toda já saboa do ocorrido, e a mãe do rapaz não tardou a chegar ao lugar, completamente desesperada pelo filho. 
— Ethan! Ethan! Meu filho, você está bem? Fala comigo!
— Mais ou menos, mãe! Minha cabeça tá girando um pouco ainda... 
—O que houve com você? 

Ele, pálido e sem conseguir pensar em algo, desconversava.
— Eu... Eu... Eu não sei... 

Logo uma doutora responsável pela ala médica da escola entra na sala e diz:
— Bem, parece um caso simples de intoxicação. seu filho deve ter ingerido alguma coisa estragada. É só tomar este medicamento e ele ficará bem. Só não pode ficar comendo qualquer coisa. Ele tem que beber muito líquido, e peço que o leve a um hospital para mais exames.
—Tudo bem. Faremos isso sim. E você, rapaz... já te disse pra não comer dessas porcarias.
— Desculpe, mãe... 

Ethan, então, é levado para casa pela sua mãe. No carro eles conversam: 
— Ethan, o que você comeu hoje de manhã? 
— Eu nem lembro, mãe. Saí com tanta pressa... 
— VVoc é um irresponsável mesmo, hein! 
— Que... Que isso mãe?! Não vê que estou doente? Agora vem me dar bronca... Aconteceu e pronto! 
— E você merece. Fica comendo porcaria... 
— Mas eu nem lembro o que comi... 
— Irresponsável! O garoto nem sabe o que comeu de manhã. Deve ter afetado seu cérebro... 
— Precisa falar assim, mãe? Eu não estou bem... 
— Preciso sim! Você não é mais uma criança. Tem que se virar neste mundo. 
— Ah, mãe... Só foi uma intoxicação. Nada muito grave... 

A mãe de Ethan, já mais calma, porém chateada com tudo aquilo, vira ára ele e diz:
— Ethan...
— O que foi?
— Ainda vai chegar um dia que você estará em uma situação que não gostaria de estar... E sua vida pode depender disso.

Esta última frase fez com que Ethan começasse a suar frio e sentir um pouco de desconforto. Mexia-se no banco do carro, chamando a atenção de sua mãe. 
— O que ouve? 
— Na-nada. quero logo chegar em casa... 
— Tá inquieto mesmo... 

Enquanto isso...
Durante a manhã, a felina dormia, e era visível perceber em sua face uma certa satisfação com o que ocorrera antes. Ainda recobrava suas forças.

Mas logo, pela janela, entra um outro gato. Ele era um pouco menor, de pelagem preta, com pelos curtos e seus olhos eram da cor vermelha. Suas patas eram pequenas, porém percerbía-se que também apresentava garras afiadas.

Logo ele se aproxima da gata e diz: 
— Acorde! 

A felina imediatamente acorda e se levanta. Surpresa com sua presença, fica imóvel, olhando-o. E o gato lhe diz: 
— Four Nine, reporte! 
— Fui ferida durante a perícia por um humano. Fui trazida para cá por ele. Ele me medicoue aproveitei a chance... logo terminarei nesta area.
— Entendo, mas você fez somente isso? E o que lhe foi ordenado? 
— Não obtive êxito... ainda. Como disse, fui ferida por um humano duran...

Ele logo a interrompe, mostrando descontetamento. 
— INADIMISSÍVEL! Uma anis como você ser ferida desta forma... é humilhante.

Olhando em volta do quarto de Ethan, ele diz:
— Que péssimo lugar você veio parar... com humanos. 
— Peço perdão... mas mesmo neste estado que estou, avancei com o que me ordenou fazer...

Virando em direção à janela, dando as costas para a gata, ele completa:
— E porque demora para concluí-la?
— Só por satisfação...

Logo o felino se vira, surpreso com algo, e diz: 
— Anuon... conheço seu tom de voz... começou a infecção?

Ela, com um sorriso, diz:
— O que acha? 

Porém o felino se incomodou com sua resposta, e diz:
— Não me responda desta forma... sabe muito bem como deve responder... 
— Peço perdão, Four... 
— Hum... e qual o grau de infecção?
— Pelo tempo decorrido, em torno de 60 por cento.
— Em toda a area?
— Não, somente um humano.
—O QUE?
— Não se preocupe.
— Como não devo me preocupar? Some por horas e quando a encontro me diz que evoluliu na missão infectando um mísero humano?
— Como disse, fiz isos por satisfação. E sabes muito bem que nunca falhei... 

Four, ainda sem entender, pergunta:
— O que há nesse humano que a incomoda tanto?
— Ele judiou de minha incapacidade... e por isso quero que tenha muita dor antes de seu fim... e eu quero estar aqui e observar tudo... vê-lo implorar e se contorcer pelo chão, até que todo seu corpo seja consumido por bactérias... 

Ele, saltando para a janela outra vez, diz:
— Anuon.... termine logo, e volte ao grupo...
— Sim, Four. Irei imediatamente quando terminar esta area. 
— Sim... por isso temos você como uma das melhores de nosso grupo. Termine, e não demore.


Voltando...

Assim que chega em casa, Ethan, cansado e parecendo estar levemente tonto, senta-se no sofá e logo se deita, apoiando a cabeça em uma almofada. Sua mãe não gostou nada da idéia.
— Ethan, para o seu quarto! 
— Ah qualé?!?! Deixa eu ficar aqui!
— Pare de falar igual a uma criança! Vai logo, pois você não está bem. Não você mesmo quem disse isso? 
— Mas o sofá está confortável... 
— Seu quarto, AGORA! 

Ethan queria evitar ao máximo entar em seu quarto. Não gostava da idéia de ter que se confrontar novamente com a gata. Ainda mais porque não pode fazer nada. Ele estava assustado, temendo o que viria pela frente, já que os sintomas já começavam a aparecer... 

Calmamente Ethan abre a porta e entra, andando lentamente para sua cama. à sua direita, lá estava a felina, somente observando seus passos. Logo, abrindo a porta, sua mãe pergunta: 
— Ethan, você deu comida para o gato? 
— GATA! 
— É tudo a mesma coisa. Você deu? 
— Nã-não, mãe.
— Bem, depois que você estiver melhor, não esqueça. O bicho não pode fazer isso sozinho, sabia? 
— É... Mãe. Não pode... 

Ao terminar a conversa, a mãe de Ethan retira-se do quarto, fechando a porta. Ethan,deitado em sua cama, coloca uma das mãos sobre o ferimento causado pela gata. E nem ao menos olha para a gata, tamanho o seu medo.

E não eprdendo a chance, Anuon diz:
— Você irá desmaiar...

Ele, nervoso, batendo as duas mãos na ca, diz:
— CALA A SUA BOCA, SUA DESGRAÇADA! NÃO QUER...

Mas antes que pudesse terminar a frase, Ethan desmaia instantâneamente.

A noite cai. 
Seu pai vai até seu quarto, pois estava servido o jantar. Lentamente ele abre a porta do quarto e o chama.
— Campeão, vamos... sua mãe já pós a mesa. Vamos lá...

Ele se aproxima, chamando novamente.
— Vamos, vai esfriar se demorar...


Mas assim que iria tocá-lo, sua mãe aparece e impede.
— Não, deixe-o dormir.
— Mas ele precisa comer algo.
— Eu sei, mas acho melhor deixá-lo descansar. Ele passou muito mal mais cedo.
— Sim, você disse. Muito bem, melhor sairmos então.
— Sim... vou deixar um lanche preparado no forno...

Passa-se algumas horas, e até seus pais foram dormir...


A noite começa...

Anuon, percebendo que o jovem não acordava, sai de seu cercado, pulando sobre seu dorso com uma força descomunhal. No mesmo instante, no susto, Ethan acorda, sentindo uma forte dor na barriga. A felina, sorridente, diz:
— E aí, humano? Aproveitando seus últimos momentos vivo?
— Não quero falar com você.
— Já era esperado. Arrependimento agora não ajuda, sabia? 
— Já disse que não quero falar com você! 
— Vai me proibir de falar agora? Você nem ao menos sabe se defender, humano... 

Ethan, irritado com a provocação de Anuon, a olha bem nos olhos. 
— Agora escute... não sei quem é você ou o que é você... mas digo logo a você que o esforço que meu pai teve pra te ajudar em nada valeu a pena, pois você não passa de uma aproveitadora traiçoeira.

Ela, incomodada com o tom das palavras de Ethan, diz:
— Veja como fala comigo! Se esqueceu de sua família? Posso acabar com todos eles agora. 
— Imagino que do mesmo jeito que comigo: a traição. 

Ela, agora mais irritada, diz:
— Traição... Traição... Você não sabe o que é traição, humano. Vocês que são os traidores, ACIMA DE TUDO! 
— E fica ainda me difamando... Eu gostaria de saber: QUE EU LHE FIZ?
— Sua espécie já diz tudo. Vocêss não deveriam mais existir! 
— E PORQUE?

Ela, voltando ao cercado, vira-se de costas e, como que ignorando-o, diz:
—Idiota... 
— Assassina! 

Anuon, ao ouvir Ethan falar daquela maneira, executa um pulo, investindo contra o jovem, ele, com o pouco de reflexo que tinha, consegue evitar o ataque. Ela, bastante irritada, diz:
— COMO OUSA EM ME CHAMAR DE ASSASSINA? 
— VOCÊ ME ENVENENOU, E TEM MESMO INTENSÃO DE ME MATAR! 
— QUER QUE ACABE COM SUA FAMÍLIA ANTES?
— Quer saber? DANE-SE! Você vai acabar com eles assim que eu morrer. Quero mais agora é fazer barulho mesmo. Que todos saibam!

Anuon, mudando briscamente seu humor, começa a rir de Ethan. Tentando se controlar, ela diz:
— Patético! Nada pode fazer contra mim! Você não me conhece. 
— E nem você me conhece. Irei fazer de tudo pra acabar com você! Minha família é tudo que eu tenho e você não vai tirá-la de mim tão facilmente como fez comigo.

Ela, andando em direção a Ethan, diz:
— Você é exatamente como todos os humanos que existem: idiotas, prepotentes, orgulhosos e medíocres! 
— Porque tanto ódio de humanos? Porque tudo isso? 
— Não está pronto para ouvir isso, humano patético... 

Ethan, já cansado de tanta conversa, diz:
— E ainda continuo não sabendo o porquê de tanto ódio! Tá escondendo algo?
— Humano insolente! 
— Tá legal, gata... Agora sou insolente por querer respostas? Estamos aqui a tanto tempo, e eu prestes a morrer, e você é incapaz de responder uma simples pergunta... e isso porque você é uma forma mais inteligente que os... eh.. "humanos"... muito bem... 

Ethan havia percebido que a gata odiava ser dsafiada, e não demorou para que Anuon expressasse sua ira.
— HUMANO DESGRAÇADO! VOCÊ NÃO TEM DIGNIDADE MESMO! ACEITE SEU DESTINO, QUE É A MORTE! Você não precisa ficar sabendo de nada! Não interessa a você. 
— CLARO QUE INTERESSA! TRATA-SE DE MINHA VIDA, TÃO IMPORTANTE QUANTO A SUA! 
— NÃO GRITE COMIGO! NÃO TEM ESTA AUTORIDADE!
— TENHO SIM. VOCÊ ESTÁ NA MINHA CASA E EU IREI DEFENDÊ-LA! 
— HUMANO INFELIZ!
— ASSASSINA MISERÁVEL! 

Continua...


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