Mater Primum escrita por Bruxinha


Capítulo 1
Emmaline


Notas iniciais do capítulo

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— Natasha?! – Steve grita no rádio, sua voz falha e é preciso que limpe a garganta diversas vezes para ser comunicar – Clint?! – Ele puxa o ar e grita novamente – Tem alguém ai?! – Sente suas pernas ficarem dormentes com o peso do entulho sobre elas.

Os três estavam em uma missão em um país em meio a uma guerra. Eles tinham que descobrir onde era a base principal do inimigo, mas acabaram se separando ao tentar resgatar um grupo de mulheres e crianças que os soldados fizeram de prisioneiras. Steve, como sempre o mais azarado, jogou o escudo em uma mina terrestre causando a destruição de uma casa e ele sabe não pode ficar ali por muito mais tempo e começa a se debater, livrando assim seus braços. Com eles ele libertou suas pernas e começou a se arrastar para fora do buraco onde se encontrava. Ele logo está livre e mesmo mancando começa a procurar seu escudo.

— Socorro...! – Ele ouve e se desespera percorrendo os escombros atrás da dona daquela voz – Por favor... Aqui – Ele ouve novamente e enfim vê uma mulher jogada no chão.

— Calma... – Enfim chega até ela e, desesperadamente, se abaixa para dar assistência. - Estou aqui, vou ajuda-la – Ele olha em seus olhos mas ela nega com a cabeça enquanto aponta para uma de suas pernas. Steve olha na mesma direção e se espanta ao ver que a mulher estava com a perna bem encima de uma mina terrestre.

— Você tem de me deixar aqui... – Ela o olha suplicante enquanto ergue o pano que cobria sua cintura e seu ombro direito revelando um pequeno e desacordado corpo – Leve-a para longe daqui! – A mulher começou a chorar enquanto erguia a criança para Steve que a pegou mas negou com a cabeça.

— Eu vou leva-la para o carro mas volto para pegar a senhora – Ele da um pequeno sorriso para a mulher que concorda com a cabeça. Se levanta e segura as costas da criança com um braço enquanto o outro sustenta seu peso. Inicia uma corrida desajeitada por conta da perna ferida, e mais a frente vê seu escudo. O homem o pega e olha na direção em que deixou a mulher. Ela o observava, ainda chorando. – Nat? – Ele tenta novamente se comunicar.

— Capitão. – Ouve a voz de Clint – Sou eu, aonde você está?

— Estou perto do antigo armazém. – Steve diz parando para descansar – Estou com uma criança e uma mulher ferida.

— Positivo. – Clint concorda e Steve ouve o barulho de carro – Estou vendo você.

Clint para o carro na frente de Steve que abre a porta e coloca cuidadosamente a criança deitada na banco traseiro.

— Cade a mulher? – Natasha se pronuncia pela primeira vez atraindo a atenção de Steve que a olhou confuso, seu olhar pediu uma explicação básica de porque ela não respondeu as diversas chamadas. Após anos de convivência ela entendeu rapidamente aquele olhar do loiro e respondeu – Meu comunicador pifou, eu cai em um rio quando tudo explodiu – Ela mostrou o cabelo molhado.

— Ela ficou lá – Ele responde – Sua perna está sobre uma mina terrestre – Olha para baixou suspirando. Steve se vira e fecha a porta do carro pronto para correr até ela mas antes de ir em direção da mulher ele sente seu corpo ser impactado no carro. A mulher havia se sacrificado.

— Mas que merda...! – Clint grita saindo do carro e indo até Steve sendo acompanhado por Natasha.

— E-Eu estou bem... – Steve se levanta do chão e olha na direção onde a mina explodiu – Eu devia te-la trazido junto, tudo desabou por culpa minha. Eu...

— Steve, calma – Natasha o tranquiliza – Ela escolheu isso. Pense que temos que voltar para a S.H.I.E.L.D. com a menina. – Steve a olhou e concordou com a cabeça entrando no carro e se sentando ao lado dos pés da garotinha adormecida.

O percurso até o aeroporto foi silencioso e a mesma coisa até o prédio disfarçado da S.H.I.E.L.D.

Quando chegaram em frente ao prédio Steve pegou a criança nos braços novamente e pôs-se atrás de Clint e Natasha, que volta e meia se virava para o olhar. Steve levou a criança direto a Ala da enfermaria para ser examinada.

— Por que a mãe dela se matou assim? – Steve se pergunta enquanto tem os braços cruzados sobre o corpo e observa os médicos realizarem diversos experimentos na menina que ainda não acordou.

— Ela deve ter tido seus motivos – Ele se vira na direção da voz inconfundível aos seus ouvidos – E nós não conseguimos salvar todos sempre, você sabe disso mais do que ninguém, Steve, então esquece o que aconteceu lá. Foi culpa de quem colocou as minas na cidade. - Natasha completa e olha para a parede de vidro que os separavam da Ala médica.

Steve a observou por mais alguns segundos quando ouviu um ruído de algo quebrando.

— Droga...! - Foi ouvido do lado de dentro - Como pode errar a dosagem de anestésico?!

Steve e Natasha olharam com atenção e em alerta para a garota que começou a gritar palavras em uma língua desconhecida. Natasha foi a primeira a correr para dentro da sala com Steve logo atrás.

— Saiam, por favor - Ele se dirigiu aos médicos que estavam encostados nas paredes tentando fazer as máquinas pararem de apitar, apenas o médico responsável ficou. Natasha se aproximou da menina e suspirou pensando se o comando que recebia dos russos iria funcionar naquela situação.

— Et luna Per Dóminum. (A lua irá se por.). - E como mágica a garota a encara, parando de se debater. A ruiva suspira aliviada mas ainda alerta aos próximos movimentos da garota - loqui Latine? (Fala inglês?

— Etiam. (Sim.) – A garota começa a lacrimejar – Im 'non liceat nisi (Mas não tenho permissão.)

— hic potes loqui. (Aqui você pode falar.) – Natasha da um pequeno sorriso para a garota. Steve se aproxima devagar e sussurra no ouvido da espiã.

— Que língua é essa?

— Latim – Ela se vira para ele – Preciso falar com Fury sobre isso.

— Ok – Steve concorda. Natasha olha para a garota novamente antes de ir em direção à porta.

— Exspecta! (Espere!) – A menina grita ainda chorando – Non ingrediar! (Não vá!) – Ela suplica – Non vis esse in sola hominis! (Não quero ficar sozinha com um homem!) – Ela olha apavorada para para Steve e o médico. Natasha respira fundo calculando seus próximos passos.

 

— Tudo bem, posso ficar aqui com você se quer – A menina confirma com a cabeça enquanto limpa o canto dos olhinhos vermelhos. Ela estende os braços à Natasha que olha para Steve e pede ajuda mentalmente. Sente-se lá com ela, ele responde só mexendo os lábios sem fazer som algum. Natasha morde os lábios nervosa mas mesmo assim se senta na maca da menina que agarra seu braço enquanto não para de encarar Steve.

— Eu...vou falar com Fury... – Ele da um pequeno sorriso de lado e sai da sala, sumindo por entre os corredores cheios de agentes correndo de um lado a outro. Natasha olha novamente para a menina, que agora soluçava baixo cessando o choro.

— Qual seu nome? – Pergunta se encostando na parede que a maca estava perto – O meu é Natasha.

— O meu é Emmaline – A garota a olha pela primeira vez, exibindo lindos e hipnotizadores olhos verdes.

 


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Notas finais do capítulo

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