A Última Luz escrita por Izzy Dracula


Capítulo 3
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

_ Boa Leitura



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 A beira de um pequeno riacho o grupo de elfos parou, deixando que os cavalos tivessem o merecido descanso. O sol estava apino, mesmo encoberto pelas densas nuvens cinzas expelidas pelo vulcão que concentrava uma tempestade constante, o ar estava podre, nem mesmo a água daquele riacho parecia confiável.

Limpando a espada, Elyon vigiava os céus, com preocupação e temor em seus olhos azuis. Algo comum para um líder, a preocupação que não a permitia descansar jamais. Quando menina do outro lado do mar nas terras da sua família, Elyon imaginava como seria entrar em uma batalha real, pois tudo o que ela tinha antes eram histórias antigas.

Mas agora terra seca a sua volta dava o sinal de que um dia já foi uma floresta bela e antiga. Com a guerra da segunda era, tudo o que existia no passado desapareceu ou mudou. Elyon se sentia como aquele local, ela não era mais a mesma elfa que partirá do oeste, com o desejo de ajudar o seu povo na batalha, ela agora possuia o seu exército fazia parte de uma aliança, e ganhou mais poder mas ainda existia o medo. Aquele medo que a assombrava intimamente.

Sobre o cavalo outra vez, os elfos voltaram para a formação cavalgando em direção a floresta das trevas. Eles eram silênciosos, mas nem todo silêncio seria capaz de ocultar a movimentação perante aos milhares grupos de orques espalhados pelo caminho. Correndo sem pausa, a rainha e os outros seguiram até o anoitecer, uma noite sombria cobriu todo o caminho, rodeados de uma vegetação seca e rasteira o grupo precisava de um local mais escondido para descansar, porém nem uma montanha ou árvores existiam naquele momento. Os cavalos estavam exaustos, e força-los ao limite seria um risco que Elyon não desejava correr.

— Nada cresce, nada nasce aqui… - O elfo ruivo Nikol tocou o solo com tristeza e preocupação, ficando ao lado de sua rainha enquanto os outros percorriam o perímetro próximo. — Não podemos ficar uma noite toda neste lugar!

— Cavalos mortos não adiantam de nada. - A rainha observa as tochas dos seus elfos iluminando o campo seco. — Mas eu também não dessa desvantagem… Dormir aqui pode trazer riscos.

Os animais estavam deitados na vegetação, quando o som de ferro batendo quebrou o silêncio do ambiente. A luz do fogo em tochas,os gritos enlouquecidos, urros selvagens marcavam a marcha dos orques, eles corriam em fila saindo de um enorme buraco do chão. O inimigo estava a poucos quilômetros de distância. A rainha ao ver a evidente desvantagem começa a se questionar, como foi possível algo tão grande assim passar desapercebido dos seus sentidos.

Com o arco e flecha nas mãos, Elyon e os quarenta elfos ficavam em formação de batalha. Lutar no escuro já havia se tornado algo natural, mas o escuro era o ambiente de Sauron. Com a visão aguçada dos elfos foi possível ver a chuva de flechas chegando do céu, e com escudos o grupo defendeu.  Arco e flecha apontados para os Orques, os quarenta elfos lançaram derrubando aqueles que se aproximavam, fazendo uso da distância para matar o máximo possível, antes do contato corpo a corpo.

Elyon fez uso das flechas até o último segundo, disparando de forma certeira atingindo os Orques que corriam sem medo na sua direção. Mudando do arco para a espada, a rainha ataca violentamente os Orques partindo ao meio muitos deles, fazendo faíscas explodiram quando o choque de espadas acontecia. A rainha era fluida em sua batalha, fazendo malabarismos desviando brilhantemente das investidas dos inimigos. Em meio ao exército de Orques, permanecia firme lutando sem ser atingida, até ver o primeiro elfo morrer, sendo decapitado.

A força do seu grupo começava a enfraquecer, o exército de Orques parecia nunca ter fim. Elyon sufocava os seus piores pensamentos, ela estava vendo mais uma vez o seu povo morrer, sem a esperança de ajuda, o sangue élfico encharcava a terra seca. O líder Orque que observava de longe a batalha, se aproxima montado sobre uma hiena monstruosa, expreitando para atacar.

Aos poucos a força dos elfos se esvaía com o sangue, poucos ainda resistiam. O líder Orque ao se aproximar da rainha élfica, tenta golpea-la com o machado que segurava. Desviando dos ataques do Orque e batalhando contra a hiena, Elyon sentia o sofrimento dos seus soldados, e toda essa dor provocava na rainha o desejo sombrio de obter mais poder.

A ambição vinda do mais oculto pensamento de Elyon. As sombras que ela mais temia revelar, com os seus olhos azuis brilhando como faróis, Elyon golpeia a hiena atravessando sua espada na cabeça do animal, tornando a batalha um pouco mais justa.

— Elyon… Pequena Elfo… Eu sei o que se esconde em seu coração!

Um sussurro poderoso invade os pensamentos da rainha, aquela voz outra vez. Sauron mantinha sua atenção sobre ela, desorientado-a, chamando Elyon para as sombras. Tomada pelo desejo de matar, a rainha que antes era pura calma, segura com força sua espada, colocando as duas mãos sobre o metal, fazendo o objeto brilhar assim como o seu corpo.

Uma onda de luz que cegou o inimigo, uma força violenta de luz foi suficiente para confundir aqueles Orques que ainda lutavam, possibilitando os elfos uma chance de ataque. Toda aquela magia da rainha era uma das poucas coisas que mantinha o senhor do escuro longe. A luz que ela retirava da dor.

Com os olhos dos Orques derretidos devido a luz, a batalha se tornou fácil. E, com um golpe, Elyon arranca a cabeça do líder Orque encerrando assim o confronto ao nascer do sol. Em meio ao campo de batalha, os poucos elfos que sobreviveram estavam cansados de mais para já seguir viagem.

 


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Notas finais do capítulo

Como estou me saindo?