Redemoinho escrita por Alice


Capítulo 28
28. Uma pequena grande mentira (I)


Notas iniciais do capítulo

Resumo: Onde Ramona acaba falando mais do que devia.



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Ramona tinha a plena certeza de ter feito a maior burrada de sua vida. A maior, mais colossal, mais estúpida, idiota, amedrontadora e todos os adjetivos existentes que expressassem o quanto ela estava ferrada. Poderia ter ficado de boca calada, teria a poupado de futuros arrependimentos. Só o que ela precisava fazer era manter a boca fechada e ignorar todas as indiretas que sua arqui-inimiga lançava, poderia estar sendo infantil, mas detestava aquela garota com todas as suas forças. Ela nunca foi boa em esquecer e perdoar, o bichinho do rancor era um peso que deveria carregar provavelmente pelo resto da vida, e estava bem com isso desde que não a empurrasem muito em direção a algo idiota.

E voltando ao seu ato estúpido, agora a Gibbler estava em uma sala cheia de adolescentes fofoqueiros, destroçadores de auto-estima e com um ego maior que o de alguns garotos héteros com quem ela já teve o desprazer de sair. Ramona conseguia reconhecer cada olhar, o de incredulidade que se sobressaía na maioria, passando pelo de entusiasmo de uma amiga até o de deboche vindo de Natalie. Ela queria esganar aquela garota, tudo estaria bem se ela não tivesse se gabado de seu namorado super romântico que a levaria em uma limusine para o baile de fim de ano da Academia Just. E não, não havia sido isso que a fez falar de mais, se Natalie tivesse parado aí estaria ótimo, mas ela resolveu continuar falando que sentia pena de quem teria que ir sozinha, ou pior, com os pais ou algum tio esquisito, que existiam pessoas naquela sala que dariam de tudo para estar no lugar dela e que nem uma mãe planejadora de festas conseguiria recuperar o ânimo depois que a inveja se instalava.

Viram, ela tinha o total direito de bater na garota, mas só causaria uma suspensão que a impediria de se apresentar com o grupo no aniversário da cidade, sua grande chance de uma bolsa de estudos para o próximo ano em uma boa universidade. Então Ramona Gibbler fez o que todos os Gibbler's fazem, complicou o não complicavel e soltou em alto e bom som:

— Fico feliz por você ter encontrado alguém que te... ature. - a pausa proposital desencadeou alguns risinhos, encarou Natalie com um sorriso cínico no rosto que foi correspondido da mesma forma. - Mas talvez, quando seu par se cansar de tudo, vocês queiram dar uma passada na mesa onde estarei com minha família, e claro, com o meu namorado.

Infeliz momento em que Max a ajudou em sua prova de oratória. Agora ela desenrolava ainda melhor suas mentiras!

— Mal posso esperar para conhecê-lo.

O sorriso maldoso que Natalie abriu a fez se sentir estúpida. Claramente ela não acreditava em Ramona, e seus seguidores faziam coro a essa descrença. Mas a questão maior era que todos queriam conhecer seu namorado, o porém era que ela também adoraria conhecê-lo, mas como é que não sabia. Porque para ter um como precisava primeiro existir um quem, já que o porque estava bastante claro.


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Notas finais do capítulo

Talvez tenha três ou quatro partes, mas eu amo namoro de mentira e queria explorar esse tema de uma maneira melhor com o nosso casal lindo.
Espero que tenham gostado da primeira parte.



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