Força da Atracção escrita por nikas


Capítulo 36
Capítulo 35 - Horas seguintes


Notas iniciais do capítulo

Hey
Mais um capitulo.



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POV EDWARD

Sempre me considerei uma pessoa corajosa. Um homem que não baixa a cabeça perante as dificuldades.

Um homem que consegue enfrentar tudo, mas em segundos a minha visão de mim próprio mudou radicalmente.

Quando ouvi o primeiro tiro o homem corajoso caiu por terra dando espaço total a alguém totalmente perdido e com um medo terrível de perder a sua razão de viver.

Imagens de tudo aquilo que nos vivemos passaram pela minha mente ao mesmo tempo em que sentia o meu corpo mais pesado.

E então olhei na direcção do banco e ao fazê-lo vi um vulto, um homem com uma máscara a sair pelos fundos.

Não pensei duas vezes.

E com a imagens de Bella na cabeça corri atrás dele. Corri como nunca antes na minha vida.

Corri usando todas as minhas forças e ao chegar a uma ruela consegui apanhá-lo.

Já que o apanhei de surpresa a arma que transportava voou das suas mãos e permitiu-me virá-lo e tirar-lhe a mascará, ao mesmo tempo em que lhe acertava um murro.

- Assaltaste o banco?

Ele sorriu, cinicamente.

- E se o tiver feito?

- O que aconteceu à mulher desacordada?

Vi um brilho maldoso nos seus olhos antes de responder:

- Ela já não aguenta muito. Se fosse a ti voltava para me despedir.

O ódio que senti dele fez-me ver vermelho.

Acertei-lhe com todas as minhas forças, de tal forma que sangue começou a sair de todas as partes do seu rosto.

Mas eu não parei, continuei.

O medo de um futuro sem Bella aumentava o meu ódio deste animal até sentir uns braços fortes em volta dos meus.

- Edward não.

Emmet segurava-me enquanto eu lutava para me libertar.

- Larga-me Emmet.

- Edward ele não merece. E a Bella precisa de ti agora.

Parei de me debater com as suas palavras.

Quando percebeu que eu parara Emmet soltou-me e virei-me para ele.

- Eu não consigo ir até lá Emmet. Tenho medo daquilo que me vão dizer quando a encontrarem.

A sua expressão reflectia a minha angustia.

- Eu sei disso meu irmão. Mas precisas de ser forte. Por ela. Precisas de estar lá para ela. Precisas de lhe dar a força que ela precisa.

Olhei para o homem, inanimado no chão.

- O que fazemos com ele?

Emmet seguiu o meu olhar.

- Vou ligar para um amigo que tenho na policia. Não te preocupes com isso. Agora vamos.

Enquanto fazíamos o caminho de volta para a policia, Emmet fazia o seu telefonema, mas eu não conseguia concentrar-me o suficiente para perceber aquilo que ele dizia.

As minha pernas moviam-se rapidamente por vontade própria, levando-me para o banco.

Quando lá chegámos os bombeiros levavam a maca para dentro do banco.

Alice arregalou os olhos ao ver o sangue nas minhas mãos e roupa.

- Edward o que fizeste?

Apenas balancei a cabeça e percebendo, Alice apenas me abraçou, transmitindo-me a força necessária para olhar quando a maca voltou.

Deitava, de olhos fechados Bella estava ainda mais pálida do que o normal.

Percebi umas manchas roxas debaixo dos seus olhos, a cabeça estava enfaixada e a perna com uma tala.

Fui até ela.

- Como é que ela está?

O bombeiro olhou-me desconfiado.

- Quem é o senhor?

- O namorado. – a minha voz saiu com traços de pânico o que fez com que o bombeiro me olhasse com pena.

- Acertaram-lhe com muita força na cabeça e não permitiram que ninguém a ajudasse. Isso fez com que ela perdesse muito sangue. Mais do que poderia perder. A perna foi pisada, o que provocou a sua fractura. E com a queda penso que também foram partidas algumas costelas as só poderemos ter a certeza disso no hospital quando fizermos os exames necessários.

- Podem levá-lo para o York Hospital? – perguntou Emmet ao meu lado – O nosso pai é chefe de cirurgia lá.

- Carlisle Cullen?

- Sim.

- Claro. Vamos agora mesmo levá-la.

- Obrigada.

Fiquei parado enquanto via a mulher da minha vida ser levada.

...

Assim que chegámos ao hospital fomos directos para as informações.

Uma recepcionista sorridente olhou-me de alto a baixo.

Apenas rolei os olhos e fui directo ao ponto.

- A minha namorada acabou de dar entrada.

- Namorada? – perguntou desapontada.

- Sim, do assalto ao banco.

- oh. Levaram-na directamente para a sala de operações. Será que o senhor pode preencher os formulários.

- Claro.

É impressionante a quantidade de informação que descobrimos ter sobre uma pessoa quando temos que preencher formulários enquanto essa pessoa está à beira da morte.

Percebi que sabia mais de Bella do que tinha ideia.

Preenchi tudo rapidamente e fomos para a sala de espera.

Sentei-me numa cadeira, apoiei a cabeça na parede e fechei os olhos.

Fiquei imóvel.

Precisava de recuperar energias para quando Bella acordasse.

Não sei quando tempo estive assim quieto até sentir uns braços familiares rodearem-me e então estava no abraço materno que tanto precisava.

- Ela vai ficar bem meu amor. Não podes sequer pensar o contrário. Ela não faria isso contigo. Não faria isso com vocês.

Deixei que as lágrimas que eu segurava à tanto tempo, por fim caíssem.

- Mas e se…

- Não Edward. Não há mas. A Bella é forte. Não vai desistir. Neste exacto momento ela está ali a lutar e tu, mesmo não estando ao pé dela tens de ter pensamento positivo.

Abracei a minha mãe mais apertado e deixei que as suas palavras fizessem efeito na minha mente cansada.

Conforme as horas passavam mais pessoas chegavam.

Rosalie foi a primeira, logo seguida de Jasper.

Pouco depois Tanya corria na nossa direcção. E James chegou logo em seguida.

Alice ligou para Renee e Charlie que logo trataram de tentar arranjar passagens para chegar o mais rápido possível.

Horas depois um médico de aspecto cansado aproximou-se de nós.

Atrás dele vinha o meu pai, com uma expressão preocupada, contudo quando os nossos olhares se cruzaram ele sorriu. Um sorriso que me deu coragem para enfrentar o que quer que o médico tivesse para dizer.

Levantei-me de um pulo.

- Boa noite Sr. Cullen. Sou Aro Volturi e estive a operar Isabella Swan.

- Como é que ela está? Como correu a operação.

- A operação foi um sucesso. Estacamos a hemorragia cerebral e tratamos todas as fracturas existentes. No entanto a paciente perdeu muito sangue no local e isso é prejudicial em todas as situações. Assim vamos monitorizar cada alteração. As próximas 24h serão decisivas.

-Certo.

Carlisle veio até mim, pousando a mão no meu ombro.

- Percebeste tudo filho?

- Sim. Próximas 24 horas são decisivas.

- Tens alguma duvida?

- Quando é que ela vai acordar?

- Quando o efeito da anestesia passar. Não lhe demos nada porque queremos avaliá-la no período mais próximo à intervenção.

- Posso entrar?

- Podes.

Sorri para o meu pai ao mesmo tempo que ouvi a exclamação do médico.

- Dr. Carlisle. Não sei se é o mais adequado.

- Aro sabes perfeitamente que eu defendo que um contacto com os familiares ajuda à melhoria do processo. Não penses que não vou aplicar essa política no caso da minha nora. E acho que já deste as informações todas – de seguida voltou-se para mim – vem comigo filho.

Segui-o pelos corredores frios do hospital até pararmos em frente de uma porta, onde Carlisle se voltou para mim.

- Edward vou deixar-te entrar e ninguém vai implicar com a tua presença no quarto. Mas se houver alguma complicação vens imediatamente para o corredor e deixas os profissionais trabalharem. Percebido?

- Claro.

- Então vai.

Entrar no quarto e aproximar-me da cama onde Bella descansava pareceu demorar muito mais tempo do que na realidade demorou.

Senti um aperto no peito ao vê-la completamente enfaixada, com marcas roxas na cara.

Mas mesmo assim, continuava a mulher mais linda que alguma vez vira na minha vida.

 Aproximei-me e sentei-me no cadeirão ao lado da sua cama.

Segurei na mão quente e preparei-me para mais horas de espera.

- Bella amor, eu estou aqui. Quando conseguires, volta para mim.

Senti um movimento na mão que agarrava e imediatamente levantei a cabeça da cama.

O meu olhar pousou no relógio fixo na parede.

Já passavam 14 horas desde a operação.

Olhei então para a cama onde Bella se mexia.

Bella fazia caretas, ainda de olhos fechados.

Parecia lutar contra alguma coisa.

- Bella. Eu estou aqui. Abre os olhos para mim amor.

E então ela abriu.

Aquela imensidão de chocolate fitava-me.

Os seus olhos transbordavam de medo, angústia.

- Está tudo bem – apressei-me a tranquilizá-la – está tudo bem. Já passou.

Beijei a sua testa e depois a trilha de lágrimas que se formava.

- Ed…

Ouvir a sua voz, ainda que um sussurro hesitante, trouxe-me mais alivio que qualquer coisa que me tenham dito.

Foi como se o mundo voltasse a ficar direito depois de horas de cabeça para baixo.

- Estou aqui.

- Tive tanto medo. – a voz tremida demonstrava aquilo que as suas palavras diziam.

- Eu sei amor. Eu também. Mas já passou. Deixa-me chamar o médico – tentei alcançar o botão mas a sua voz travou-me.

- Não. Ainda não

Mais lágrimas caíram.

- Hey. Porque as lágrimas?

- Tu mudaste a minha vida Edward Cullen. E perder-te…

Apressei-me a interrompê-la

- Tu não me vais perder. Isto ainda não acabou. Eu ainda não acabei de te amar.

Ela sorriu.

- Eu amo-te Edward.

Inclinei-me e beijei-a.

- Eu também te amo. Agora pára de me enrolar. Quero ver quando é que te posso levar daqui. E quando isso acontecer, Isabella Swan, não vais estar um minuto longe da minha vista.

Ela sorriu enquanto eu carregava no botão..

Depois de uma bateria de exames e de lhe serem administrados os medicamentos Bella voltou a adormecer.

Mandei uma mensagem a Alice para que viesse ter comigo.

Uma batida na porta e Alice apareceu sorridente.

- Como é que ela está?

- O médico diz que o corpo dela está a recuperar bem. Agora só temos que esperar para ver a evolução e dar tempo ao corpo para se recuperar a 100%.

- Vai correr tudo bem Edward.

- Sim. Allie preciso da tua ajuda.

- Eu sei.

Sorrimos um para o outro e começámos a fazer planos.


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Notas finais do capítulo

Admito que este não é dos melhores capitulos da história, mas escrevi, apaguei e rescrevi várias vezes e nunca ficou como realmente queria... por isso aqui está.
Tambem nao queria fazer-vos esperar, porque amanha vou viajar e por isso nao vou conseguir escrever.
Apesar disso, espero que gostem do capitulo e que nao deixem de comentar.
Agora, como tenho leitoras novas, quero relembrar que eu nao sou brasileira, sou portuguesa e por isso é normal que nao percebam alguma coisa que eu escreva. Se precisarem de alguma explicaçao nao hesitem. Perguntem.
Capitulo dedicado a todos aqueles que comentaram o anterior.
Um grande beijinho a:
-> Funky
-> Júh Cullen
-> michaelamarce
-> Lóte
-> Carol Lobo
-> hannahblack770
-> Bryda18
-> Brunett
-> Wiliana Cullen
-> miria
-> liviagabi4
-> Tata Sag Cullen
-> rosimar_matos
-> MariRS
Um grande beijinho e um maravilhoso fim de semana