Força da Atracção escrita por nikas


Capítulo 17
Capítulo 16 - Conversa no consultório


Notas iniciais do capítulo

Hey flores mais um capitulo.
Espero que gostem



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POV EDWRAD

Franzi a testa sem perceber.

- Ela não está grávida.

O meu coração apertou-se

- Não?

 - Não Sr. Cullen.

- Mas então…

Não consegui acabar a frase.

- Sr. Cullen o que sabe sobre Gravidez Psicológica?

- Eu não sei muita coisa. Apenas sei que a mulher pensa que está grávida mas não está.

A Dra. Jane sorriu minimamente antes de continuar.

- Sim, essa é uma forma básica de encarar isso Sr. Cullen.

Olhei-a constrangido sem saber o que dizer.

- Não se acanhe, é normal que não saiba muito sobre este assunto.

A médica sorriu compreensiva e continuou.

- A gravidez psicológica é uma fantasia delirante. A mulher acredita que está grávida. Convence-se disso e o corpo apenas confirma a sua teoria. A mulher que está a passar por gravidez psicológica sente o mesmo que as mulheres que têm uma gravidez fisiológica, porque a nossa mente é muito forte.

- É isso que a Tanya sentiu os sintomas de gravidez?

- Sim. A sua esposa sentiu enjoos, desejos, o abdómen cresceu assim como os seios e em alguns casos começam também a produzir leite.

A minha cabeça começou a girar por conta desta informação.

O que se passava afinal? Tanya ia sofrer mais uma desilusão.

- Mas como é que isso é possível? Como pode o abdómen ter crescido?

- Sr. Cullen isso aconteceu devido à comida que a sua esposa ingere. Por pensar que está grávida começou a comer por dois. Isso leve à acumulação de gordura no abdómen e nos seios. Em casos onde se detecta isto mais tarde, algumas mulheres confundem os gazes e movimentos naturais do intestino com o bebe a mexer-se.

- E quanto à menstruação? Isso não acontece apenas quando se está mesmo grávida?

- Todo o nosso aparelho genital é controlado por uma glândula hormonal chamada hipotálamo, ligada ao nosso sistema nervoso central. E as alterações no corpo são justamente ligadas às hormonas libertas por essa glândula, através de um processo chamado hipófise.

Ela esperou um pouco para que eu processasse toda a informaçao, antes de continuar.

-Ora, várias situações podem afetar o sistema nervoso central, bloqueando, por consequência, a passagem dessas hormonas. “Sendo assim, a mulher que deseja intensamente engravidar acaba inibindo a libertação. dessas hormonas, o que pode fazer com que não menstrue , além de desenvolver todos os outros sintomas que afetam o ciclo hormonal do sistema genital.

- Mas como é que isto aconteceu?

- A sua esposa teve alguma depressão recentemente?

- Sim, os pais dela morreram. Eles eram muito próximos.

- Entenda, raramente a gravidez psicológica acontece apenas por uma única razão. Cada pessoa reage aos problemas de uma maneira particular e qualquer transtorno psicológico tem diversas causas.

- Quais podem ser?

- Bem as causas são várias. Entre elas estão a baixa auto-estima, sentimentos de rivalidade intensa, insegurança, baixa capacidade de lidar com as frustrações, além de um forte desejo de ter um filho . Depois há também as mulheres que se sentem pressionadas pelo marido e pela família para ter um filho isso leva-as a gerar um bebe de mentira. Por sim há situações em que a mulher quer garantir a estabilidade do relacionamento e pensa que um filho é a solução. Pode também haver um enorme sentimento se vazio e de insegurança o que leva a que a mulher procure reforços positivos de terceiros.

Tanya encaixava-se perfeitamente em várias dessas situaçoes.

- Estou a perceber.

- Há também duas situaçoes opostas que levam a esta situação. A mulher pode desejar muito engravidar ou pelo contrario teme a gravidez, com um medo da responsabilidade de ter um filho. Apesar de acontecer com as mulheres mais jovens, como a sua esposa, é mais comum acontecer com pessoas mais velhas, proximas à menopausa.

- Se não tivessemos descoberto agora, até quando é que isto duraria?

- é possivel a mulher acreditar nesta mentira até ao parto. Mas geralmente, logo nas primeiras consultas e diante do resultado de exames, qualquer médico minimamente competente descobre que sua paciente não está grávida. Neste caso, a mulher procura outro médico, que irá dizer o mesmo. Mas como ela não acredita no que ouve, procura uma série de profissionais até se dar conta da verdade. Já me chegou a acontecer, uma senhora chegar ao hospital a dizer que estava em trabalho de parto. Tinha já o enxoval todo comprado.

-Meu deus. O que é que eu posso fazer?

- Na maioria dos casos, estas mulheres não procuram ajuda psicológica, pois seu o fizerem estao a admitir que não estão grávidas. É essencial o apoio da familia, antes e após a aceitaçao do facto. E tão importante quanto aceitar a realidade de que não está grávida é dar-lhe a certeza que não precisa de um bebe para se sentir amada.

- E a nivel de tratamento?

- A psicoterapia é o melhor tratamento para curar a falsa gravidez. Desta forma ajuda-se a mulher a sair do processo da idealização. Nos quadros mais graves, em que a paciente acha que o médico é que está errado, aconselha-se o uso de medicaçao antidepressiva. É preciso perceber porque é que a mulher inventa este tipo de gravidez, quais são as razoes ou os conflitos internos que a levam a esta situaçao. Pode procurar-se tratamento hormonal para que a mulher menstrue e perceba que não está gravida.

- Tenho a certeza que a Tanya não vai aceitar isto. Como podemos convence-la?

- Como o caso da sua esposa foi detectado cedo, apenas temos que fazer alguns exames, para ajudar a convencê-la que não está grávida.

Então lembrei-me que uma enfermeira tinha levado Tanya.

- Foi isso que lhe foram fazer?

- Sim. Neste momento estamos a fazer todos os exames possíveis à sua esposa para que depois seja possível uma melhor compreensão da parte dela, quando perceber que na realidade não tem nenhum feto dentro dela.

Foi apenas a médica acabar de dizer isso que bateram à porta.

 A Dra. Jane olhou-me atentamente.

- Pronto Sr. Cullen?

- Sim, vamos a isto.

- Entrem.

A porta abriu-se de imediato e uma Tanya eufórica entrou no gabinete, quase correndo para o lado do marido que a olhava como se ela fosse desmoronar a qualquer momento.

E certamente era isso que iria acontecer.

- A Eddie – pela primeira vez não me importei com o apelido que tanto odiava – estive a fazer exames e mais exames. Não estás desejoso que estes meses passem depressa?

- Eu… ah…

A minha cabeça estava com uma batalha de pensamentos e ideias que não me deixavam concentrar o suficiente para poder dar alguma resposta melhor do que apenas alguns grunhidos.

- Estás bem querido?

- Sim estou. Tanya senta-te aqui.

Levei-a para as cadeiras em frente à secretária e sentámo-nos, sendo acompanhados pela Dra. Jane.

Segurei a mão de Tanya, algo que não fazia com frequência.

- Sra. Cullen estive aqui a falar com o seu marido, enquanto a senhora estava lá dentro a fazer os exames.

- Ah claro, esteve a dizer-lhe como vai ser daqui para a frente?

- Sim é isso mesmo. E agora gostaria de falar consigo também.

Tanya passou a outra mão no ventre de forma carinhosa e olhou para a médica com um sorriso.

- Claro, pode falar.

- Bem, no exame que lhe fiz aqui no consultoria, vi que algo não batia certo, na sua gravidez?

- Como assim?

- Sra. Cullen, a sua gravidez é psicológica.

- O que? O que… Não.. O que quer dizer?

- Não tem feto nenhum na sua barriga.

- Não sabe do que está a falar.  Não tem competência para me dizer uma coisa dessas. Edward – Tanya voltou-se para mim com os olhos marejados de lágrimas que escorriam pela sua cara – Edward diz-lhe que ela não sabe do que está a falar. Ela está a dizer que o nosso filho não está aqui.

- Tanya eu… - comecei sem saber como continuar.

Ao perceber isso a Dra. Jane continuou por mim.

- No seu caso isto aconteceu por estar a viver um período de depressão, como consequência da perda dos seus pais. Essa criança seria a sua forma de suprimir a falta que os seus pais lhe estão a fazer. Iria preencher o vazio que esta perda deixou em sim.

Tanya começou a tremer e eu puxei-a para o meu colo. Ela encostou a cabeça no meu peito enquanto as lágrimas continuavam a cair.

- Teve sorte de termos detectado isto cedo, ou o seu corpo continuaria a produzir os sintomas de uma gravidez fisiológica. Pelo que pudemos ver nos exames ainda não começou a produzir leite.

Tanya soluçou a meio do choro enquanto tinha as mãos de forma protectora no seu ventre, como se estivesse a impedir que alguém lhe arrancasse o seu bebe imaginário.

- O meu bebe… o meu bebezinho.

- Sra. Cullen aconselho a que procure ajuda externa para que possa perceber o que se passou consigo.

- Não… eu não acredito em si. O meu bebe está aqui dentro. Eu sinto-o. – levantou a cabeça e olhou-me com olhos suplicantes – por favor leva-me para casa.

Olhei para a médica que me acenou com a cabeça. Levantei-me com Tanya nos meus braços e dirigi-me para a porta.

- Sr. Cullen?

A médica veio até nós com um papel na mão.

- Aqui está o contacto do meu irmão. Ele pode ajudar a sua esposa. E tem também o meu contacto caso precise de alguma coisa.

Muito obrigada Dra. Jane.

- Não agradeça. Espero que corra tudo bem.

- Obrigada.

Sai dali rapidamente enquanto as outras pacientes nos olhavam curiosas.

Não é para menos.

Tanya havia entrado alegre e saltitante no consultório e agora saia de lá, nos meus braços enquanto chorava.

Nunca pensei que uma coisa destas fosse acontecer.

Cheguei ao carro e ajudei Tanya a sentar-se no banco ajoelhando-me depois no chão.

- Tanya olha para mim querida.

Quando ela me olhou como pedi senti uma dor no peito. Este era demasiado sofrimento para uma pessoa só. Afinal, mesmo que ele não existisse na realidade, era a terceira pessoa que Tanya perdia e os seus olhos demonstravam isso.

- Eu vou estar aqui para tudo está bem. Podes contar sempre comigo.

- Obrigada.

Dei-lhe um beijo na testa e rapidamente dei a volta ao carro.

O melhor a fazer era levar Tanya para casa.

Lá pensaria no que ia fazer.


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Notas finais do capítulo

Então, vocês ainda odeiam a Tanya? Eu não. É horrivel o que lhe está a acontecer.

Atençao, todas as informações que aí estão sobre a gravidez psicologica foram tiradas da net por isso é provável que nem tudo esteja bem.

Um grande beijinho de agradecimento pelos comentários a :

—> f_cardoso_r

—> GEGEd3

—> Tata_cullen

—> tartarugab

—> liviagabi4

—> micaele_krzv (amei: autora do mal :p)

—> Becca_Black (certissimo flor)

—> jessykasouls

—> lollita99

—> jessicaand (certissimo flor)

—> re_cullen_2010

Acho que foi o capitulo com mais comentarios. Eu amei cada um deles. Muito obrigada.



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Quanto às minhas outras fics passem por lá:

http://www.fanfiction.com.br/historia/134023/Um_Sonho_De_Amante

http://www.fanfiction.com.br/historia/79989/O_Meu_Aniversario (Acabada - one-shot)

http://www.fanfiction.com.br/historia/127031/Ao_Ritmo_Da_Musica (em fase final - short fic)

Passem por lá e comentem
Beijinhoo