Honra escrita por Tisbe


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eu amo Jonsa e quis consertar o Jon sonso que fizeram nas duas últimas temporadas.
Espero que gostem. Bjos



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Jon Snow caminhava lentamente pelo salão repleto de cinzas. O ar pesado que impregnava seus pulmões tinha cheiro de morte e a vista não era muito melhor; em ruínas, as paredes enegrecidas findavam no céu aberto, no lugar de abóbodas, nuvens escuras e mórbidas pairavam sob sua cabeça, as escadarias foram transformadas em poeira, e o trono... o maldito trono forjado com mil espadas permanecia intacto como uma ironia macabra.

— Foi necessário... – Daenys saiu de seu transe quando o viu. Imediatamente, se afastou do assento e se moveu para perto do homem. – Tudo isso foi necessário; a roda foi quebrada e a paz agora será restituída. Por mim, por nós...

— Necessário? – Jon a olhou com desprezo. – Foi necessário queimar homens, mulheres e crianças inocentes? A guerra já estava ganha.

— Eu tentei negociar a paz com Cersei. – Ela usou suas inocências como arma contra mim. E ainda assim eles a escolheram, eles escolheram me trair. Agora eu escolherei por todos.

— E se alguém discordar de suas escolhas?

— Drogon vai garantir que isso não aconteça. – Ela sorriu vitoriosa.

 — “Fogo e sangue” para aqueles que não a seguem. – Jon se aproximou ainda mais da mulher. – A loucura a tomou, você está condenada.

— Não se você me salvar... fique ao meu lado, Jon Snow! Somos o legado de nossa família, os últimos Targaryens. Honre a história de nossos antepassados, honre o juramento que me fez quando se ajoelhou perante mim... honre nosso amor. – A loira juntou seus lábios nos dele, buscando conforto e justificativa para todas suas ações.

Sem retribuir o beijo, Jon se afastou. – O que é a honra comparada ao amor de uma mulher? O que é o dever contra a sensação de um filho recém-nascido em seus braços?

O que quer dizer com isso? – Daenerys não conseguia entender o motivo daquela reflexão.

— Foi Aemon Targaryen quem me disse essas palavras, tempos atrás... e hoje eu compreendo perfeitamente o sentido de cada uma delas. – Jon a encarou no fundo dos olhos. - Você sabe por que respondi tão facilmente ao chamado que me fez? Sabe por que me ajoelhei e me deitei com você? Ou por que ouvi calado cada ameaça que a vi fazer contra minha prima e sequer questionei o fato de você ter assassinado o pai e o irmão de meu melhor amigo?

— Não, eu não sei.

— Porque perdi minha honra, majestade, eu a perdi em nome do amor de uma mulher.

— Quem? – Daenerys trazia a fúria em seu semblante.

— Sansa... eu jurei lealdade a Loba Vermelha no dia em que a reencontrei em CastleBlack. Em nome de nosso pai, eu jurei protegê-la, não só porque ela é a minha família, mas porque eu a amava de um jeito completamente doentio... do jeito que um irmão não deve amar uma irmã. E então, você e seus dragões surgiram como um último fio de esperança para salvá-la e também a humanidade contra a ameaça do rei da noite.

— Mas você se deitou comigo! Eu vi verdade em seus olhos...

— Você viu aquilo que quis enxergar, majestade; eu era seu prisioneiro, e se eu não dobrasse meu joelho, estaria morto. Se eu não me tornasse mais um homem caído a seus pés, eu não seria útil para o Norte, não salvaria aquela que jurei proteger.

— Como pôde ser tão cruel? Meus dragões morreram por sua causa, por sua guerra! – Daenerys elevou sua voz.

— A luta era nossa! Dos vivos contra os mortos, de todos os malditos sete reinos! Nunca foi apenas minha guerra. E eu avisei que você seria a rainha de um cemitério caso o Norte perdesse a batalha contra a morte.

— Se era tudo parte de seu plano, por que você me dispensou durante o banquete da vitória e recusou meu beijo quando fui a seu quarto?  Por que não continuou com sua perfídia barata?

— Porque minha prima veio antes de você... ela entrou em meus aposentos para sussurrar palavras doces em meu ouvido, para dizer que me amava e que temia por minha vida. Para me dizer que não me via como irmão, que não me queria como tal e principalmente, porque o gosto do beijo dela ainda estava em mim.

— Desgraçado! Traidor! – Daenerys o empurrou – A morte é seu destino, Jon Snow, mas antes de morrer, você verá sua loba virar cinzas no mesmo lugar em que seus antepassados queimaram.

Jon respirou fundo e falou baixo – Me perdoe.

  - Drogon! — Daenerys gritou para seu dragão que estava do lado de fora da fortaleza. Com a intenção de voar até Winterfell para dar fim na vida da Stark, a mulher caminhou até uma abertura gigantesca feita na parede para esperar por seu filho e montar assim que ele surgisse em sua frente. – Drogon! — Gritou com ainda mais raiva.

Quando sentiu o vento produzido pelo bater de asas do animal pairando no ar, Jon correu até onde a Targaryen estava e a segurou pelo braço. – Não precisa ser assim...

— A loucura está em nosso sangue, Jon Snow... – Os olhos verdes de Daenerys encararam os cinza escuro a sua frente.

— Sim, ela está. – Jon disse antes de puxar e cravar no peito da rainha o punhal que mantinha preso do lado direito de seu cinturão.

Dracarys... – Daenerys sussurrou antes de fechar seus olhos pela última vez.

Os deuses nos fizeram cruéis... – Jon a deitou no chão e se moveu para a lateral de uma pilastra, para se esquivar das chamas do dragão lançadas em sua direção.


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Notas finais do capítulo

Eu detestei o final do Jon na série, por isso, nas minhas fics ele sempre vai terminar feliz e com a loba dele. bjs pra quem leu.



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