Máscara Omega escrita por MrSancini


Capítulo 8
Descoberta / Avanço




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/778123/chapter/8

James

Após o expediente, estava trabalhando em algumas coisas, quando o telefone da clínica toca.

—Clínica Williams, estamos fechados, exceto para emergências. – Atendo com a declaração padrão, porque fico sempre uma ou duas horas a mais do expediente para atender possíveis emergências partculares.

—Você é o James Williams, não é? – Uma voz feminina desconhecida pergunta.

—Sim, sou eu. E você é? – Pergunto, desconfiado.

—Eu quero fazer uma pergunta, antes de lhe dar mais detalhes sobre mim. – A pessoa responde. – Por acaso, a pessoa de traje vermelha que foi vista saindo do shopping na tragédia do sábado passado... Era a sua sobrinha, a Christie?

—... – Como ela chegara a essa conclusão? Será que ela se transformou na frente de alguém além do inimigo, ou do Julio e a Angela?

—Pelo seu silêncio, podemos concluir que estou certa. – A voz dela tem total convicção. – E você deve estar se perguntando, como concluí isso também. Bem, no primeiro incidente, que ninguém reportou, pois foi em um local ermo e não houveram vítimas ou provas, eu fui salva pelo Julio, que estava com uma outra pessoa de moto. Juntei dois mais dois, além do fato de que Julio, Angela e a sua sobrinha agora andam juntos na escola.

—Você é a secretária do colégio? – Pergunto, ligando os pontos.

—Exatamente. Muito prazer, Jessica Helena. – Ela se apresenta finalmente. – E tem algumas coisas que gostaria de conversar com você no momento. Posso encontrá-lo na clínica?

—Claro, o pessoal já foi embora, só atendo emergências pelas próximas duas horas. – Admito, curioso para saber o que ela quer conversar comigo. – Você obviamente sabe o endereço, não?

—Sim, irei ao local em breve. – Jéssica responde, antes de desligar.

 

Christie

Era como lutar com uma versão maligna de mim. Máscara Alpha estava na minha frente, e apesar do estilo de luta diferente (uma pose de Kung-fu), ela sabia se defender dos meus golpes. Claro, após aquele susto inicial de ter sido atacada, não fui acertada por ela.

—Pelo visto você é boa nisso... – Digo, tentando chutar na altura da têmpora dela, somente para ela defender com o pulso e tentar me socar, mas defendo com a mão e dou um salto mortal para trás.

—Você também não é nada ruim. – A voz dela é satisfeita. – Entendo porque Sanguini te poupou.

A menção de Sanguini faz com que meus músculos fiquem rígidos, não deixando com que eu me mexa. Aquele momento passa de novo na minha cabeça.

"Até o dia em que nos encontrarmos, lembre-se do terror e da sensação de impotência que você sente agora." As palavras dele. O traje não deixa transparecer, mas estou suando frio.

Alpha aproveita a minha hesitação e começa a me atacar com uma sucessão de socos, que termina em um chute com os dois pés, onde ela pula, me acerta com os dois pés e usa esse impulso para dar um salto para trás, me jogando no chão.

Uma coisa que lembro agora, é... O Sanguini me chamou de cobaia. O que significa que os responsáveis pelas modificações no meu corpo são os membros da Cruz Mortífera. Será que... Será que ela também foi modificada pela organização? Me levanto para continuar o combate, a paralisia sumira.

—Alpha... – Digo, não assumindo ainda a postura de ataque. – Você também foi uma vítima da Cruz Mortífera?

—O que quer dizer com isso? – Ela pergunta, me atacando. Me esquivo dos golpes dela, não contra atacando.

—Eu fui sequestrada brevemente após o Dia Zero, e meu corpo foi modificado. – Respondo, enquanto me defendo. – Por acaso o mesmo aconteceu com você?

—Não. – Alpha arranha o punho direito e me dá um soco. Mesmo defendendo, o ataque causa um impacto que me joga pra cima de um zi-bot, que me empurra pra frente. – Não ouse me comparar com uma criatura inferior feito você.

—Se sou tão inferior... – Parto para o contra ataque, com uma sequência de chutes que ela defende. – Por quê sua armadura é igual a minha?

No que ela hesita por um segundo ao perceber isso, acerto um chute com a sola do pé bem no peito dela, arremessando-a em um zi-bot.

—Alguém que clama superioridade, mas não passa de uma cópia barata de mim. – Volto a atacar com socos e palavras. Os socos ela defende, mas as palavras ela não consegue revidar, olhando pro chão antes de erguer a cabeça e olhar pra mim. – E ainda por cima usando esse dom junto a um grupo que matou tanta gente por mero capricho.

—JÁ CHEGA! – Alpha grita, e acerta um golpe com a palma da mão no meu peito, porém o golpe não faz muito efeito. Ela estava abalada. – ZI-BOTS, ACABEM COM ELA! LACERTA, VAMOS EMBORA!

O lagarto dá uma rabada no chão e ergue uma poeira amarela, para logo em seguida ele e Máscara Alpha terem desaparecido, e o que resta é um grupo de dez zi-bots me cercando. Trabalho fácil. Os zi-bots partem pra cima de mim ao mesmo tempo, e evito o ataque deles saltando. Eles possuem tanta habilidade quanto os metidos a fortão com quem eu brigava pra defender o Julio. Só acho que esses zi-bots possuem um vocabulário melhor.

Pisando na cabeça de um deles, pego impulso pra sair da rodinha. Agora, os dez podem vir de um lado só e será uma luta curta. O primeiro ataca, pego a perna dele e acerto a outra, derrubando-o, para em seguida acertar um soco atravessando o peito dele.

Aperto um botão no meu Omega Watch, que materializa a moeda que Julio me dera no sábado passado. A transformo no bastão e a partir daí é praticamente um massacre, com eu partindo os zi-bots ao meio com poucos ataques, e me esquivando dos que chegam perto o suficiente para me atacar.

Mal passa um minuto, e tudo o que resta ao meu redor, são pedaços de metal que começam a pegar fogo, antes de se transformarem em pó por completo. Aperto o botão para trazer a minha moto, e com ela vou até a clínica do meu tio. Sei que o Julio não está lá embaixo da clínica porque ele tem levado a Angela em casa depois do expediente.

E da clínica, vou direto pra casa, a essa hora meu tio já fechou até mesmo as emergências, então ele deve estar lá. Preciso colocá-lo a par da Máscara Alpha. Não sei o que ele pode fazer, mas se tem alguém que vai saber como reagir, é ele.

Em casa, meu tio parece preocupado, pois ao invés de estar esparramado no sofá vendo algum canal aleatório, ele anda em círculos pela sala.

—Christie, eu estava te esperando, por quê demorou tanto? – James pergunta, assim que entro na sala de casa.

—Problemas. – Respondo, sem titubear.

—Como assim? – Ele pergunta, agora não entendendo.

—Eu resolvi andar um pouco logo depois de terminar meu expediente na academia, pra esfriar a cabeça. – Começo a contar. – Em um terreno baldio, vejo um grupo de homens e uma garota, os homens se transformam em Zi-bots, me transformo, luto, até que BANG! Era uma armadilha, a garota estava com os zi-bots e o monstro.

—Hein?

—Ela tem um relógio igual ao Omega Watch... E se transformou em Máscara Alpha. – Concluo, caindo no sofá. – Basicamente, a Cruz Mortífera agora tem uma lutadora igual a mim...

—Uau... – Ele tem difculdades em processar a informação. – Eu sabia que eles ficaram com um dos projetos, porque o Julio não conseguiu roubar e inutilizar as informações todas, mas não sabia que eles terminariam o projeto tão rápido. Obrigado pela informação.

—O que você vai fazer? – Pergunto, antes de ir pra cozinha preparar o jantar.

—Usar o que tenho e trabalhar duro. – A resposta dele é tão vaga, mas eu prefiro me concentrar em não morrer de fome, porque se eu depender da culinária do James...

No dia seguinte, hora do intervalo, naquele momento por alguma razão, Angela está olhando muito pra mim. Não sei o que fiz pra ela, embora naquele momento eu esteja pensando se conto a eles sobre o que ocorrera ontem. Só que o olhar da Angela me faz hesitar.

—Angela, por acaso eu matei o seu cachorro? – Depois de longos cinco minutos, comigo, Julio e Angela sentados em um ponto do pátio do colégio em silêncio, eu quebro o gelo.

—Não, é que... – Angela começa a corar, e ficar sem graça.

—Sério, porque desde que a gente veio pro intervalo você tá me olhando esquisito. – Digo, sem agressividade nenhuma. – Se tem alguma coisa que posso ajudar, só falar?

—Desculpa, eu só estava com algumas coisas na cabeça... – Ela realmente parece sentir muito. O que diabos estava acontecendo com ela? Sei que desde que saiu com o Julio no sábado passado, eles estavam mais próximos, mas isso...

—Tudo bem, não se sinta pressionada. – Deixo claro, com a voz mais calma. – Estamos juntos nessa, eu não mordo, e o Julio, apesar de mudo no momento, é legal também.

—Ei, eu não sou mudo não! – Julio diz em tom alto, e Angela começa a rir.

—Enfim, tem algo que preciso contar a vocês e... – Resolvo contar aos dois sobre ontem, mas uma sombra sobre nós três me impede, olhando pra cima, vejo que é a secretária.

—Jéssica, oi... – Julio diz, com um sorriso.

—Preciso que vocês três venham comigo. – O tom dela é urgente.

—O que nós fizemos? – Angela pergunta, confusa.

—Nada, só me acompanhem. – Jéssica não parece estar para brincadeiras, então a seguimos.

Ao invés de sermos conduzidos a secretaria, ela nos leva por corredores até uma sala onde ficam os produtos de limpeza usados pelos funcionários da escola. Achei aquilo estranho, no mínimo suspeito, será que...

—Primeiro, vocês necessitam de explicações. – Ela começa, assim que tranca a porta.

—Explicações sobre... – Angela diz o que eu pensava. A gente não fazia ideia de nada.

—Christie, eu sei que você é a pessoa de traje vermelho que foi vista no sábado, no massacre do shopping. – Jéssica conta, o que nos deixa de queixo caído. – Eu suspeitei que você estava nisso, quando Julio me disse que fora treinar na pedreira com um amigo. Você é a melhor amiga dele, juntei dois e dois.

—Você não nos chamou pra dispensa dos produtos de limpeza só pra nos contar isso, certo? – Pergunto, porque parecia obvio.

—Sim, primeiramente, Julio... – Ela tira um pendrive do bolso. – Entregue esse pendrive ao James, e sim, eu contei a ele que sabia de vocês. – Jéssica entrega o pendrive ao Julio, que espantado, guarda o pendrive no bolso. – Ele saberá o que fazer, apesar de que sabendo o quão inteligente você é, acho que vai ser trabalho pra fazer.

—Tá legal, mas o que tem aqui pra você ter me entregado isso nessa situação? – Julio pergunta, curioso.

—Assunto pra descobrir por você mesmo. – Ela responde, antes de continuar. – E, para a segurança de vocês três, peço que não discutam esses assuntos ao ar livre. Pedido do seu tio, Christie.

—Como? – Pergunto, estupefata. O quão bem informada Jéssica era?

—Honestamente, eu suspeito que a Cruz Mortífera tenha gente infiltrada aqui na escola. – Jéssica diz, preocupada. – Tenho visto alunos do colégio que honestamente, não fazia ideia de que estudavam aqui, o que me levanta essa suspeita.

—E os professores? O diretor? – Angela inquire. – Eles notariam gente completamente nova aqui.

—Aparentemente, são alunos transferidos. – Ela responde. – Mas, eu trabalho aqui como secretária tem 4 anos. Todos os documentos de transferência de alunos passam por mim. Esses alunos iniciaram na segunda-feira, mas eu não recebi documento algum, embora ao checar os registros, todos estavam corretos.

—Isso quer dizer que... Alguém, com influência na secretaria de educação da cidade, colocou esses documentos dos transferidos diretamente para cá sem passar por você. – Julio diz, pensativo.

—E a única pessoa que consigo pensar pra fazer algo assim, é... O diretor. – Pego o raciocínio de Julio e Jéssica e concluo.

—Que também é o prefeito da cidade. – Angela comenta, com um calafrio.

—Quer dizer que o prefeito é parte da Cruz Mortífera? – Comento, perguntando para Jéssica.

—É o que tudo leva a crer. – Ela responde, mantendo a calma. – Não deixem essa informação vazar, eu vou continuar coletando o que eu puder pra ajudar. Quanto a vocês, evitem conversar publicamente na escola a respeito disso, e Christie...

—Sim? – Pergunto.

—Continue lutando. Sei que parece difícil, mas você representa no momento a única esperança daqueles que não se podem defender aqui na cidade. – Jéssica me incentiva, com um sorriso. Não deixo de ficar feliz. Apesar de sempre parecer durona na secretaria, aqui ela parecia uma pessoa diferente.

—A propósito, pessoal. – Digo, aproveitando a oportunidade. – Ontem a noite, saindo do trabalho, eu vi uma pessoa cercada por gente da Cruz Mortífera. Era uma armadilha, e descobri que eles tem alguém com um traje semelhante ao meu.

—O que significa, que além do Sanguini, eles tem alguém com tanto poder quanto você. – Julio diz, colocando em poucas palavras o que eu queria contar.

—Mas, como a Jéssica disse... Eu não posso desistir. – Apesar de ter me sentido impotente por conta das situações, aquela motivação que ela havia me dado, fez com que eu voltasse a ter um pouco de confiança.

—Exatamente. – Ela afirma, com um aceno de cabeça. – Mas, o intervalo vai acabar em breve, logo, vocês precisam voltar pra aula.

—Ah, que droga... – A voz do Julio é carregada de sarcasmo. – Tava com esperanças de matar aula.

—Falando sério agora... Se cuidem. – Jéssica diz, antes de abrir a porta.

—Você também, Jéssica. – Digo, enquanto saio com meus amigos, e retornamos para a sala de aula.

 

Julio

A aula foi o maior misto de tensão com tédio dos últimos meses. Por um lado, aquela matéria era tediosa, porque eu já sabia. Na minha natural busca por conhecimento, acabei decorando a matéria do ano inteiro. Por outro lado, depois da Jéssica ter revelado sobre os transferidos, finalmente prestei atenção neles.

Não eram caras que chamavam a atenção com as atitudes, como foi com o Roberto, mas alunos extremamente normais, que interagiam normalmente com os demais alunos. Talvez por isso não tenhamos desconfiado, eles se mesclaram a ponto de confundirmos com os alunos da escola.

E talvez daí venha o temor da Jéssica, com caras comuns a serviço da Cruz Mortífera, se nos distrairmos, podemos deixar vazar informações que não deviam. São esses pensamentos que correm pela minha cabeça durante toda a aula.

No fim, estamos lá, eu e Angela indo pra clínica, depois de termos nos separado de Christie, que fora pra academia. Mas, ao invés de ir diretamente, paro numa pracinha e me sento, com Angela me seguindo. Eu tinha outra coisa na cabeça.

—Por quê paramos? – Angela pergunta, sem entender. – Não falta muito para chegarmos na clínica.

—Eu sei, só queria tirar algo a limpo. – Digo, de maneira casual. Mas na verdade pensando naquele momento no intervalo, onde Christie quase nos contara sobre o ataque de ontem.

—O que é? – Ela pergunta, de maneira casual.

—Por quê você estava olhando pra Christie de maneira tão fixa? – Pergunto, o que ela aparentemente não esperava. – Tipo, eu reparei, mas fiquei quieto. Ela te fez algo?

—Não é isso, é que bem... Depois daquilo. – Angela mal conseguia falar sobre nosso beijo (ou melhor, o beijo que ela me deu) sem ficar vermelha. – Eu andei pensando e bem, eu não queria...

—Queria o quê? – Pergunto, olhando nos olhos dela. Eles tinham uma tristeza que eu não sabia o que era, e de repente me vi tentado a abraçá-la pra tentar fazer passar.

—Eu sei que você sente algo pela Christie. – Ela diz, desviando um pouco o olhar. – E eu não queria perder pra ela...

A voz da Angela parece tão frágil, parece que a própria vai quebrar a qualquer momento, não sei o que fazer pra evitar isso, ou por quê quero protegê-la.

—Eu quero saber uma coisa, Angela... – Seguro uma das mãos de Angela. – Por quê eu?

—Lembra que eu disse que a minha relação com o Roberto chegou a um ponto sem retorno? – Angela pergunta, parecendo estar a beira das lágrimas, mas reunindo coragem ao mesmo tempo. Eu confirmo com a cabeça. – Digamos que eu já não sou mais virgem graças as insistências dele. Não é algo que eu me orgulho, a princípio, foi mútuo, mas bem... Chegou um ponto em que ele queria e eu não... E ele "venceu".

Naquele momento, apesar do Roberto ou Scorpio já ter sido destruíudo há muito tempo, a minha raiva dele volta a surgir, o que ele fizera com a Angela... Eu queria que ele estivesse vivo só pra eu matá-lo, eu queria ter os mesmos poderes que a Christie.

—E sei que parece idiota depois de pouco tempo. – Ela continua, interrompendo meus pensamentos. – Mas, só de você estender o braço em ajudar, de maneira altruísta, me fez entender que não preciso esperar ódio e violência de alguém do sexo oposto. E te conhecer melhor, fez com que eu me sentisse mais tranquila comigo mesma. Então, mesmo com as cicatrizes ainda recentes, sinto que posso seguir em frente.

—Eu ainda não entendo... Poderia ter sido qualquer outro... – Tento jogar um último verde, antes de dar meu próprio veredito. Meu coração batia forte, por um lado tinha a Christie, que sempre foi minha melhor amiga, por outro, a Angela estava lá, eu me sentia meio sujo por cogitar me aproveitar da fragilidade. Mas será que eu estava apenas me aproveitando da fragilidade dela? Ou será que eu estava apenas querendo o afeto de alguém que não me veja só como amigo?

—Poderia, verdade. Mas me sinto a garota mais sortuda do mundo por ter sido você, Julio... – Angela diz, e naquele momento algo estalou na minha mente.

—Então, tem algo que preciso lhe devolver... – Digo, talvez cometendo um erro, mas definitivamente não me arrependendo, pego na nuca de Angela e dou um beijo nela ali mesmo.

Não sei o que isso vai afetar na nossa amizade, se eu vou acabar partindo o coração dela por não ser a criatura mais inteligente do mundo, se eu vou ter meu coração partido ou se isso vai dar certo. Mas naquele momento eu estava beijando a Angela e não me importando com as consequências daquilo. Meu dia estava definitivamente bom.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Máscara Omega" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.