Máscara Omega escrita por MrSancini


Capítulo 5
Segredo / Sombras




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Christie

Ah, a sensação de me transformar. Era como se eu fosse uma menina cega e repentinamente começasse a enxergar. Na minha frente, um humanóide que se passara por um aluno da escola, seu corpo era composto de carapaças de insetos, seu rosto poderia se passar por humano, se não fossem os olhos enormes e amarelados como as luzes de um sinal de trânsito, a pele parecendo os músculos e a coloração marrom escurecida.

—Quem é você, na verdade? – Pergunto, querendo esclarecer as coisas. – Por quê sei que você estava no acidente de três anos atrás, e o verdadeiro Roberto morreu, antes do rosto dele mudar para o de outra pessoa.

—Vocês descobriram até isso? – Roberto dá de ombros, parecendo impressionado. – Bem, eu sou Scorpio. E sim, eu estava presente naquele terrível acidente. Mas sabe, foi difícil destruir os freios daquele ônibus e espalhar óleo pela pista naquela chuva, mas com recursos... Bem, acidentes se tornam mais fáceis.

—O... O que é aquilo? – Escuto a voz de Angela, ainda assustada.

—A cavalaria. – Julio responde, com uma risada.

Prefiro não alongar as coisas, apesar da adrenalina e força que sentia, também havia um cansaço. Era a segunda vez no dia que estava utilizando esse traje, e eu queria encerrar as coisas pra descansar enfim. Pelo menos por hoje. Ou seria o...

—Enfim percebeu, sua vadia? – Roberto/Scorpio diz, com o que parece um riso. – Na luta contra o meu duplo, você foi atingida pelo ferrão dele ao rebater com a mão. E agora pegou o meu ferrão na mão, e o veneno pode não ser fatal como uma picada direta, mas ele vai drenar sua força.

Droga, ele tinha razão. Eu já treinei por mais tempo do que duas meras lutas (sendo que uma nem começou) e não me sentia tão esgotada assim. Mas, pensei, enquanto partia pra cima dele, atacando com um soco na altura dos peitos, que ele para com a mão. No que ele tenta contra atacar, recuo pra trás.

Ele parte pra cima de mim com as pinças, uso meus braços pra defender de ataques diretos. O contato faísca, mas felizmente não sinto o impacto, a única coisa que sinto é o cansaço do meu corpo. Espera um minuto, se ele usou veneno contra mim, pode ser que...

Acerto uma joelhada na altura do estômago dele, e enquanto ele se curva pelo impacto do golpe, dou um chute na têmpora, que o derruba no chão. Estava ficando difícil lutar, eu já começava a ver pontos amarelos na minha frente. Era hora de finalizar aquele combate, dou alguns passos para trás, corro, salto, para cair com os dois pés nele, só que ele rola pro lado e usa o ferrão na minha perna.

—CHRISTIE! – Escuto a voz preocupada de Julio.

—Pra trás, Julio! – Digo, minha perna pegando fogo de dor, enquanto recuo dois passos. Deus, aquilo dói muito. – Tenho tudo sob controle...

—Controle? – Roberto/Scorpio ri abertamente. – Você acertou dois golpes e foi picada mais uma vez pelo meu ferrão.

—Sim, controle... – Coloco a mão na perna e removo o ferrão. A dor começava a diminuir. Tiro uma chave da cintura e a raspo no braço esquerdo. Minha visão estava perfeita novamente. Se alguém pudesse ver por trás da máscara, veria um sorriso confiante. Meu braço esquerdo estava energizado. – Hora do grande final.

Corro até ele, e preparo um soco com a mão esquerda, ele coloca os braços em forma de x para se defender, meu soco acerta a defesa dele e quebra as duas pinças dos braços, jogando-o para trás. Apesar de surpreso, ele volta para tentar me atacar com a cauda, mas me abaixo e seguro a cauda dele com a mão direita. Uso a mão energizada com uma faca e a corto fora, na altura do ferrão.

Berrando de dor, Roberto/Scorpio recua para trás, ferido e incrédulo.

—Como... COMO? Você estava morta, sua puta! Praticamente morta! – A voz dele é furiosa, e isso me dá uma certa alegria.

—Eu não devo nada a você, mas como hoje estou humilde, vou lhe contar. – Retiro outra chave da cintura, e a raspo na perna direita, pra energizar a mesma. – Um certo gênio me ensinou, enquanto estudávamos biologia... Que pra se criar um antídoto, usa-se o veneno. – Digo, apontando pro Julio.

—Quer dizer que... – Ele cai em si, incrédulo.

—Sim, ao saber que você tinha me envenenado, deliberadamente deixei que você aplicasse uma certa quantia do veneno em mim. – Revelo, estalando os dedos, e batendo com a ponta do pé três vezes no chão. – Arriscado, mas funcionou. Agora, por favor... Morra. – Dou alguns passos na direção dele e dou um chute giratório em sua cabeça. Quando o peito do meu pé toca a cabeça dele, sinto o tempo desacelerar, então giro novamente e dou um segundo e terceiro chutes no mesmo lugar, até que ele cambaleia pra trás, fumegante, antes de suas placas começarem a se desfazer, assim como seu corpo, que explode e se transforma em pó, sendo levado pelo vento.

Após isso, eu caio pra trás, com os braços pro ar e me destransformando. Apesar do veneno ter ido embora, eu estava um tanto cansada por conta da situação. Escuto passos vindo até mim, e olhando, vejo Julio e Angela, felizmente nenhum dos dois ferido.

—Nunca mais repita isso. – A voz de Julio é severa. – Você podia ter morrido, Christie...

—Eu... – Tento replicar, mas sou interrompida.

—Tempo! Tempo! – A voz de Angela é confusa. – Alguém pode me explicar o que diabos foi isso tudo? Roberto, monstro e esse traje da Christie e essa situação num geral.

—Bem... – Me levanto agilmente. – Vem aqui, porque vai ser meio difícil de acreditar.

—Depois do que aconteceu hoje... – Angela suspira, enquanto acompanha a mim e ao Julio até a beirada que dá no riacho, onde havia uma moto ainda fumegando.

Nós nos sentamos ali, eu no meio, Angela de um lado e Julio do outro, parecia uma cena de filme americano, três adolescentes sentados na beira de um riacho. Claro, tinha uma queda de uns dois metros e meio entre a gente e o riacho, o que doeria se alguém caísse.

—Bem, tudo pra mim começou no Dia Zero, você sabe, quando meus pais morreram. – Começo a explicar. – É meio confuso porque não tenho memórias dos dias que fiquei apagada, mas aparentemente alguém me sequestrou e fez algumas modificações no meu corpo. Essas modificações, me deixaram mais forte, mas eu ficava com níveis de estresse super altos, então eu tive que sofrer uma operação para diminuir isso. – Omito a parte que meu tio descobriu que isso poderia me deixar suscetível ao controle alheio, ninguém precisa saber que ele tinha sido um agente do governo britânico. – Um tempo atrás, Julio começou a trabalhar com meu tio nesse dispositivo que permite que eu me transforme. Agora, quanto a essas criaturas, eu sinto muito, Angela, mas nós também não sabemos muito sobre elas.

—Sério? – Angela arregala os olhos, aparentemente mais surpresa com o fato de não sabermos sobre o inimigo do que sobre toda a papagaiada que aconteceu comigo.

—A única coisa que sabemos, é que eles podem se passar por humanos. – Julio continua. – Você viu, como aquele monstro chamado Scorpio tinha assumido a forma do Roberto.

—A propósito, sobre o Roberto... – Angela repentinamente abraça a si mesma em uma posição defensiva.

—Você nunca namorou o verdadeiro Roberto. – Julio diz, com um tom de convicção. – O Roberto de verdade morreu naquele acidente que aconteceu três anos atrás, você viu o Scorpio confessando.

—Eu sei... – A voz dela é tensa. – Mas só de pensar que eu partilhei de momentos com aquele monstro... Momentos demais...

—O pesadelo acabou, Angela. – Digo, passando o braço ao redor do ombro dela. E alguma coisa me dizia, que ela não se referia a Roberto como monstro por causa da forma de Scorpio dele. – Eu sei que vai demorar, mas você vai ter a chance de ser feliz de novo, da maneira que você quiser.

—Obrigado, Christie. – Angela passa o braço ao redor da minha cintura, e aperta afetuosamente. Ela havia entendido o que eu queria dizer.

—Só peço que não conte isso a ninguém. – Peço, pensativa. – Não tenho informações sobre contra quem estou lutando, então alguém próximo pode te levar ao inimigo.

—Tudo bem... – Ela assente, se levantando junto com a gente. – De qualquer jeito, duvido que alguém acredite nisso.

—Posso te levar pra casa? – Julio pergunta para Angela.

—Tudo bem. – Ela assente, mas antes que eles possam ir embora, tem algo que preciso esclarecer.

—Julio, não me leve a mal, mas... Como aquela moto foi parar no riacho? – Pergunto, subindo na minha moto.

—Bem, foi arriscado, mas... Ali do outro lado, próximo da beirada do riacho, tem um montinho. – Ele começa, meio encabulado. – Eu acelerei o suficiente e a física fez o resto por mim. Já o Scorpio, naquela moto comum, bem mais pesada que a minha, teve que pular fora da moto pra não visitar o riacho.

—E você falando sobre eu quase ter morrido. – Dou uma risada, lembrando da bronca que ele ia me dar.

—Enfim, a gente se vê amanhã na aula. – Angela se despede de mim, enquanto ela e Julio vão até a moto dele.

—Até breve! – Digo, colocando meu capacete e dando partida na moto.

 

Johann

—Scorpio falhou... – Ouço a pessoa que está sentada atrás daquela mesa dizer pra mim.

—Tecnicamente não. – Alpha, que estava ao meu lado replica.

—Você autorizou a cidadã a falar? – A pessoa diz, em um tom autoritário.

—Ela é uma criatura livre... – Dou uma risada. – Mas, Alpha tem razão. Scorpio não falhou, foi destruído, mas tecnicamente não falhou.

—Explique. – O tom dele não era agradável.

—Meu amigo, nossas ordens para ele foram claras. Mate uma pessoa, o que ele cumpriu. – Começo a explicar.

—Mas então, como você explica ele ter sido destruído pela cobaia? – O homem levantou a questão.

—Ele cedeu aos impulsos humanos. – Alpha continua a minha explicação. – Pelo que lembro, a ordem de Johann foi, mate um humano qualquer, aguarde instruções para mais. E, o que ele fez? Tentou matar mais alguém, só porque a pessoa havia o contrariado, e depois tentou matar a pessoa com quem ele havia se relacionado. Nas duas vezes, tanto ele quanto o duplo foram detidos pela portadora do Omega Watch.

—Você está dizendo que... – O homem se levanta, meio enraivecido, provavelmente porque a Alpha havia explicado algo tão simples a ele.

—Sim, Scorpio morreu mera e simplesmente por burrice. – Digo, me virando para ir embora. – Alpha, vamos embora. E você, não precisa ficar com raiva da Alpha, só porque ela demonstra mais inteligência do que o seu protegido.

—Certo... – Alpha me segue, fechando a porta.

Aqueles corredores me eram irônicos, mas mais ainda o fato dele apoiar a nossa causa meramente para aumentar seu poder aqui nessa cidadezinha pequena. Saindo do prédio, um carro preto aguarda a mim e a Alpha, entramos nele e o motorista parte, rumo a um ponto da cidade, quase fora dela e lá, voltamos a nossa base.

—Sabe, Johann, uma coisa que me intriga... – Alpha diz, enquanto andamos pelos corredores da base.

—O que é? – Pergunto, ligeiramente intrigado.

—Como as pessoas responsáveis pelo roubo dos projetos do Omega Watch conseguiram completá-lo em tão pouco tempo?

—É uma daquelas coisas que vai ficar sem resposta. – Respondo, frustrado com esse ponto que Alpha havia levantado.

—E o Alpha System, quando vai estar completo? – Alpha pergunta, antes de ir para seu quarto.

—Em breve, estamos fazendo os últimos testes. – Dessa vez, meu tom é mais tranquilo, com Alpha acomodada, vou ao meu quarto verificar como andam as coisas no resto do país.

No meu computador, não preciso ir longe, pra ver, como apesar dos problemas óbvios que o país tem, as pessoas preferem continuar brigando entre si. Por exemplo, no nordeste, há uma tensão clara em várias cidades, entre grupos de determinadas etnias. Fala-se em privilégios, mas com a região sempre castigada pelos mesmos problemas de sempre, como ter privilégios em um campo de batalha devastado? São brigas, feridos, presos. Todos eles, dizem lutar pelo bem, mas esquecem do próximo assim que são contrariados.

No norte do país, há uma tensão diplomática, com ameaças de invasão do país, gente fugindo da guerra no país vizinho e clara insatisfação de gente LONGE do conflito com certas decisões. Creio que uma intervenção certeira nos deixaria como heróis.

Nos centro-oeste, nem precisamos mexer pauzinhos mais pra nada, há algumas décadas, já estamos fortes na região, qualquer decisão política, tem a nossa caneta no final. O sudeste é meio complicado, porque é o motor do país, cada região tem seus próprios problemas. Mas, se as coisas derem certo, só escalonar a operação e teremos o controle total.

O sul do país é interessante, com o movimento separatista tomando grandes proporções. A questão, é que temos gente nossa nos dois lados, quando eles se destruírem, teremos uma base para a Cruz Mortífera.

No passado, Hitler tentou ascender ao topo do mundo com a balela da raça ariana... A verdade, é que o mundo sempre foi regido pela lei da selva, se junte aos fortes ou pereça com os fracos. Apesar de termos herdado os projetos secretos do nazismo, agora estamos os usando para levar a humanidade ao próximo passo da evolução, onde somente os fortes permanecerão.

Mas, apesar de tudo, eu, um oficial da Cruz Mortífera, Johann Kraus, cientista, estou confinado numa cidadezinha do interior do Rio de Janeiro. É ironia que chamam, não? Mas bem, cheguei aonde estou fazendo salada de frango a partir da salada de merda, então não é um lugarzinho inóspito que vai me botar pra baixo.

Com um sorriso, começo a pensar no que posso fazer em relação a cobaia, que agora possui o Omega Watch.

 

Julio

O caminho de volta até a casa de Angela é mais curto do que o passeio da casa da amiga dela até a floresta. Principalmente pelo fato dela morar no mesmo bairro que eu. Enfim, após alguns minutos de silêncio e velocidade baixa, porque depois da perseguição de Roberto, tudo o que eu não queria era emoção a toda velocidade, chegamos até a casa de Angela. Descemos da moto, e eu tiro o capacete.

—Pronto princesa, a carruagem a trouxe de volta ao seu castelo antes da meia noite. – Meu tom é brincalhão, pra esconder a adrenalina do que acontecera.

—Oh, agora sou princesa? – Angela ri da minha brincadeira. – Agora, sério... Por quê você não contou pra ninguém na escola que pilota motos tão bem assim? Certamente você seria bem mais popular.

—Não sei se quero ser popular. – Dou de ombros. – Mas honestamente, nunca achei que as aulas de pilotagem do meu pai iam ser usadas pra esse tipo de coisa. Tipo, quando ele me deu a moto, quando eu tinha quinze anos ele disse... 'Julio, agora que você já tá grandinho e eu to confinado nessa belezinha aqui, a minha motoca é toda sua. Só me promete que ao menos vai disputar uma corrida profissional? Já que não pude fazer isso, seria legal você fazer isso.'

—Vou confessar que fiquei a ponto de fazer minha calça mudar de cor quando você resolveu usar aquele montinho pra pular o riacho. – Ela diz, meio envergonhada.

—Nah, eu já me esborrachei na terra muito, antes de fazer as maluquices que fiz hoje. – Digo, confiante. – Claro, deu medo de falhar, mas bem... Era morrer me esborrachando ou morrer pro babaca do Roberto, então me esborrachar era a maneira menos dolorida de se morrer, figura e literalmente falando.

—Aliás, contando com mais cedo, só hoje foram três vezes que você me ajudou. – Angela começa, ainda mais envergonhada. – Então, eu acho que preciso fazer algo pra compensar isso.

—N-n-não precisa... – Engulo em seco, corando um pouco.

—Quem decide isso sou eu. – Angela dá um sorriso, achando graça da minha vergonha. – Então, o que acha de irmos ao cinema nesse fim de semana?

—N-nós d... Nós dois? – Aquilo não estava se encaminhando do jeito que eu havia planejado. Era trazer a Angela em casa, ela sair da moto, um 'Obrigado Julio, a gente se fala na escola amanhã' e pronto.

—Sim, exatamente isso... Qual é, um encontro não vai te matar, e honestamente, eu não sou feia. – Ela diz, fazendo biquinho.

—Isso é bem verdade... – Confesso, ainda um pouco enrubescido.

—Então está feito, sábado a tarde, no cinema do shopping! – Angela abre um sorriso, que invariavelmente me deixa desarmado.

—Tudo bem, eu topo. – Me dou por vencido, e Angela acaba me dando um abraço e um beijo no rosto. – Até amanhã, Julio.

—Até, Angela... – Me despeço, ainda meio abobado enquanto observo ela entrar em casa.

Oh boy, eu saí de uma encrenca... Pra possivelmente outra? Se bem que eu não chamaria a Angela de encrenca, porque ela é bonita e apesar de eu não a conhecer bem, ela parece ser uma boa garota. O problema? Eu não sei o que fazer.

Volto para casa rapidamente, e deixo minha moto na garagem de casa, espero que meus pais não tenham visto a moto simplesmente sumir de casa hoje cedo. Passando pelo meu pai, que provavelmente trabalhava nas contas da lanchonete, vou até meu quarto e pego meu telefone. Sei que a essa hora a Christie está na academia, caso contrário eu poderia usar nosso comunicador. Ligo pra ela, pois é meio urgente o assunto.

—Alô, Julio? – Christie atende rapidamente.

—E aí, Christie, tudo certo com a sua volta? – Pergunto, antes de chegar ao meu assunto.

—Sim, nada de anormal. – Ela responde, tranquila. – Da clínica, eu fui pra academia porque tenho que fechar umas coisas aqui. E com você, conseguiu levar a Angela sem problemas?

—Bem, não sei se você classificaria isso como um problema, mas...

—Mas? – Escuto a voz dela ficar um pouco tensa.

—Eu preciso da sua ajuda, Christie. – Meu tom é suplicante. – Porque eu vou ter um encontro com a Angela no sábado.

—COMO É QUE É? – O tom dela é absolutamente surpreso.


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