Máscara Omega escrita por MrSancini


Capítulo 14
Confissão / Dash




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Julio

A coisa mais estranha, foi a polícia chegando algum tempo depois daquele estranho guerreiro de preto ter derrotado o Wilson. E pensar que nossas armas fizeram pouco contra ele. Isso me preocupava um pouco. A Cruz Mortífera não era o único grupo de gente maligna por aí, mas se haviam outros seres malignos, haviam outros heróis para combatê-los.

—O que vocês estão fazendo aqui? – O policial que liderava o grupo aponta a arma para nós.

—Eis o responsável pelos assassinatos de cinco pessoas nessa semana. – Christie aponta para Wilsom, que estava acordando, embora não pudesse se mexer muito.

—Vamos, Omega... – Alpha chama, evitando usar o nome da Christie.

Ignoramos os policiais e simplesmente montamos em nossas motos para ir embora, espero que Angela e Jéssica tenham presença de espírito pra não serem vistas pela polícia e aliás... Fica meio esquisito a Alpha segurando na minha cintura, enquanto vamos embora.

Uma hora depois, estamos reunidos novamente no centro de comando, que começara comigo, Christie e James, agora tinham outras três pessoas. Não que estivesse com pouco espaço, o subsolo era grande, mas agora parecia um pouco mais aconchegante.

—Vocês fizeram um bom trabalho. – James elogia, sem saber da situação.

—Não fomos somente nós. – Christie elogia. – Mas, mais importante... A Cruz Mortífera não é a única organização maligna por aí...

—Como assim? – James não estava por dentro do nosso combate na floresta.

—Nós mal conseguimos causar grandes danos no Wilson. – Respondo, um pouco frustrado. – Fomos salvos por um guerreiro de preto com capacete de tigre. Bem, pelo que Wilson deu a entender, eram demônios.

—E as coisas ficam mais estranhas... – Ele coça a cabeça.

—Creio que por enquanto não precisamos nos preocupar com esses demônios. – Alpha afirma, categoricamente. – Sim, eles são uma ameaça, mas por enquanto precisamos nos focar em tirar a Cruz Mortífera da cidade.

—Alpha tem razão. – Jéssica concorda. – Como não temos nenhuma prova definitiva de que o prefeito e diretor é o Sanguini, não temos como atingí-lo aos olhos do público.

—Tem isso também. – Concordo, suspirando.

—E mais... – Angela acrescenta, após algum tempo calada. – O prefeito provavelmente sabe a identidade de vocês... O que significa que ele pode expô-los com um estalar de dedos...

—Obrigado pelo apoio moral, Angela... – Dou uma risada seca, sabendo que estávamos acuados nesse sentido.

—Desculpe, só estava expondo o trunfo que eles tem sobre nós. – Ela dá de ombros, e sei que não fez por mal.

—Bem, como meu gerente foi preso por assassinato, vou ter que cuidar da papelada do próximo gerente. – James se levanta da cadeira, subindo as escadas para a clínica.

—Alpha... Você definitivamente precisa de uma moto... – Digo, lembrando que ela teve que pegar carona comigo.

—Sim, mas como... – Alpha começa a retrucar, até que Angela passa o braço pelo ombro dela.

—Relaxa, o Julio dá um jeito. – O tom de Angela é confiante, mas o olhar dela pra mim deixa claro que ela tinha ficado com ciúmes da Alpha passando o braço pela minha cintura. – Não é, Julio?

—C-claro... – Ouch! Eu nunca tinha recebido um olhar desses da parte da Angela. – Deixa comigo, Alpha.

—Bem, eu tenho que voltar e resolver umas coisas da escola. – Jéssica diz, se virando pra Christie. – Você poderia dar uma carona até a minha casa para a Alpha?

—Sem problemas, vamos. – Christie chama Alpha, saindo pela porta de baixo, enquanto Jéssica sobe as escadas da clínica.

E em um estalar de dedos, estamos ali embaixo, somente eu e Angela. E repentinamente meu coração começara a bater forte. Eu queria ter algo para dizer ali, mas acho que não era o melhor lugar pra se fazer isso.

—Nós... Nós precisamos conversar. – Digo para Angela, minha voz mal saindo.

—Mas não aqui, né? – Ela pergunta, com um sorriso.

Vamos até a minha moto, e subo nela, com Angela subindo atrás de mim, e me enlaçando pela cintura. Eu hesito em pisar no acelerador, porque a sensação do abraço dela era totalmente diferente do que por exemplo, quando Alpha pegou carona comigo.

Enquanto Alpha estava apenas sendo lógica, do tipo: A polícia está aqui, vamos embora, Angela apenas queria afeto. Ou pelo menos era isso que eu sentia, ela podia muito bem estar esperando o momento certo pra me esfaquear... Nah.

Lentamente, guio a moto pela cidade até um local que considero perfeito para o que pretendo fazer, são cinco e pouca da tarde, o dia foi cansativo. Mas era hora de fazer o que eu deveria já ter feito antes.

—Por quê você está guiando tão lentamente? – Angela pergunta, em um certo momento, enquanto passamos pelo bairro onde a gente mora.

—Porque agora, eu não quero parar de dirigir... – Respondo, fazendo uma curva para a avenida principal do lado esquerdo da cidade.

Sinto ela apertar um pouco o enlace em minha cintura, e vejo que a minha decisão foi correta. Por fim, após mais alguns minutos guiando a moto lentamente, chegamos na praça próxima ao hipermercado. Era o lugar onde eu havia encontrado Angela e Jéssica, logo após eu e Christie salvarmos as duas na pedreira. Parando minha moto num bom lugar, desço, juntamente com Angela. Havia bastante gente ali, apesar de certo medo de novos ataques.

Caminhamos juntos até perto da fonte que havia no centro da praça. Algumas pessoas do outro lado sentavam na beirada da fonte para conversar, ou flertar. Sei, pelas fotos em redes sociais, que aquele ali é um lugar popular com casais, o que prova que tenho tempo pra ver esse tipo de coisa, mas não pra finalmente pedir a garota que gosto em namoro.

—Então, senhor gênio... – Angela começa. – O senhor disse que precisávamos conversar.

—Sim... – Afirmo, retirando o celular do meu bolso esquerdo. – Enfim, você sabe que eu tenho estado ocupado trabalhando em algo para a Christie... – Abro as fotos e mostro uma espécie de mini-disco a ela. – Isso, se meus cálculos estiverem corretos, deve ajudar a Christie contra a velocidade do Sanguini, mas eu ainda não terminei, então meu trabalho tem sido exaustivo.

—Percebi, quando não esteve em vigia, você mal saia do centro de comando, me deixando lá em cima com o James. – Ela ri, mesmo sem motivo. A risada dela... Não, foco.

—Então, eu percebi uma coisa... – Continuo, limpando a garganta com um pigarro antes de continuar. – Tenho sido uma péssima pessoa nos últimos dias, porque eu havia dito algo, tomado uma decisão, mas coloquei esse trabalho na frente da decisão, causando até uma confusão.

—Não acho que você tenha sido uma má pessoa por querer ajudar a sua melhor amiga. – Angela sorri, embora logo depois ela tenha feito uma careta de "ok, parte disso é culpa minha" – Tá, eu posso ter culpa de ter falado que você gosta da Christie.

—Independente disso... Já me decidi. – Me aproximo de Angela, a ponto de ficar cara a cara com ela.

—Decidiu, é? – O tom de voz que ela estava usando, fez novamente com que o compasso do meu coração acelerasse.

—Sim. – Eu a beijo ali mesmo, abraçando-a.

Não sei exatamente quanto tempo os nossos lábios permaneceram juntos, pois para mim, o tempo parou naquele segundo. Eu conseguia sentir o perfume que ela usava, o calor que a pele dela emanava ao me tocar... Se o mundo acabasse ali, eu estaria feliz da minha existência.

Por fim, nos separamos. E posso ver pela coloração levemente avermelhada, que ela não esperava que tivesse sido desse jeito. Mas felizmente ela sorria, então estava tudo bem.

—Então... Eu quero que isso dê certo. – Digo, ainda sem palavras pra expressar. – Você... Você quer namorar comigo?

—Eu... Aceito. – Angela segura minhas mãos, antes de me dar um selinho. – Acho que agora, você tem um trabalho pra terminar, não?

Passo meu braço pela cintura de Angela e vou com ela até um dos banquinhos da praça, sentando junto com ela e apoiando minha cabeça no ombro dela, fechando meus olhos.

—Sim, mas não precisamos ter pressa... Quero aproveitar um pouco isso aqui. – Respondo, abrindo meus olhos e observando as pessoas.

—Meu ombro? – Ela pergunta.

—A sua presença. – Olho para ela e fico feliz de ver um sorriso. – Você não sabe, mas eu me sinto muito bem estando ao seu lado.

E novamente, Angela fica corada. Aquela era uma visão boa de se ter, e então eu percebi pelo que eu passaria a lutar. A princípio, eu estava lutando apenas para ajudar a Christie, diminuir o fardo dela e ser mais do que um cara inteligente que fica nas sombras, mas agora... Vendo a Angela do meu lado e observando as pessoas em paz na praça...

Eu precisava defender essas pessoas, os sorrisos e os sonhos delas, para que não haja mais famílias tristes, como a do Diego Valente, que estava noivo e iria casar em alguns meses. Ou a da Fernanda, que era fotógrafa dos eventos do colégio... Tudo bem, sozinho eu não conseguiria salvar a todos, mas eu precisava fazer o meu melhor, dar tudo de mim para proteger aqueles que não podem se defender, como Jéssica disse uma vez para Christie.

—Eu não irei falhar! – Exclamo em voz alta.

—Hein? – Angela pergunta, ao meu lado.

—Desculpa, eu estava pensando numas coisas e acabei pensando alto demais. – Me sinto um pouco envergonhado, mas ao ver Angela rir, não ligo por esse pequeno mico.

Após talvez, meia hora ali na praça, volto para o centro de comando, pois preciso continuar o que fazia, e Angela também tinha um emprego lá. Claro, que dessa vez eu estava com pressa, havia me decidido e alcançado meu objetivo, então a volta foi muito mais rápido do que a ida. E como estava empolgado, passei em casa para pegar minha mochila e algumas roupas.

—Pra quê essas roupas? – Angela pergunta, ao ver a minha mochila.

—Final de semana, vou virar lá embaixo pra terminar o meu trabalho. – Respondo, acelerando ainda mais, para chegar na clínica.

—Você disse que não tinha pressa... – Ela comenta, meio que querendo rir.

—E não tenho, mas... – Continuo. – Eu tenho o incentivo certo pra terminar isso o quanto antes.

—Incen... Ah... – Angela vai perguntar, mas se interrompe, ao perceber qual era meu incentivo.

Na clínica, enquanto Angela trabalha com as funcionárias para manter tudo em ordem (James ainda estava na delegacia, respondendo perguntas a respeito de Wilson), eu permaneço no centro de comando, no meu computador, trabalhando a todo o vapor.

Honestamente, apesar da minha empolgação, eu não sei quanto tempo demoraria, poderia ser uma ou dez horas. Mas, agora eu estava com a confiança renovada.

Algumas horas depois

Quantas horas já se passaram? Há muito parei de ouvir barulho vindo lá de cima, então Angela e as outras meninas da clínica já devem ter ido pra casa, e o James provavelmente veio aqui fazer o fechamento final da mesma. E não pareço ter progredido muito. Algo... Algo continua errado.

Pior que a fome começou a bater, eu devia ter trazido algo pra comer, mas não, você não ouviu seu pai e só pegou as roupas. Mas bem, agora já era, então vamos continuar essa bagaça, olhando as horas e...

—TRÊS DA MANHÃ? – Esfrego os olhos, enquanto vejo no relógio no computador.

Subo a escadaria para a clínica, me perguntando o quanto sobre o trabalho aqui de baixo as outras funcionárias sabem. Aliás, me pergunto se elas conhecem essa parte da clínica ou se James deu uma desculpa qualquer para eu não trabalhar mais aqui em cima.

Enquanto lavo o rosto, penso no projeto que estava fazendo, o que estava fazendo todas as simulações darem errado, o código estava em teoria correto, então por quê... CARAMBA! A resposta estava na minha cara. Toco o espelho, sorrindo e ao mesmo tempo me chamando de idiota. Correndo feito um louco, desço até o centro de comando e volto pro computador.

O código... Ele estava certo, o que estava errado era o posicionamento dele no programa. Gastando pelo menos mais uma hora e meia invertendo o código inteiro, faço o teste final.

A moto e o modelo do traje de Christie na tela do computador se aproximam um do outro e a mensagem: "SIMULAÇÃO CONCLUÍDA: TAXA DE PRECISÃO – 100%" surge na tela.

—Isso... – Ergo os braços, bocejando. – Agora... – Vou até uma das gavetas e tiro um minidisco, do tamanho do visor do Omega Watch, ele tem uma entrada para fechadura, semelhante ao relógio de Christie.

Em outra gaveta, pego a Transfer Balance, um objeto parecido com uma balança, mas ao invés do prato, ela contém uma tela de LED. Conectando meu computador a ela, com um cabo USB, coloco o disco na tela. Com alguns comandos no computador, transfiro os dados para o minidisco.

—Agora só preciso... – Deito no chão do centro de comando, usando a mochila como travesseiro improvisado. – Dormir um pouco.

Morto de cansaço, fecho os olhos e durmo feito pedra, sem sonhos. Não sei quanto tempo se passa, mas sinto um cheiro diferente, o que me acorda... E por acaso a dor é grande, não recomendo dormirem no chão, pelo menos não sem se prepararem antes.

Levanto-me e vejo numa das mesas, uma bandejinha da clínica com pelo menos quatro salgados e uma garrafinha de meio litro de suco. Em cima do teclado, havia um bilhete com uma letra caprichada:

"Olá, idiota...

Você esqueceu de comprar algo pra comer, logo deve estar (quase) morto de fome. Então, deixei algumas coisinhas pra você, menos a coxinha que não resisti e comi. Sei que quer ajudar a Christie, mas por favor, não se exceda e cause dano a si mesmo. Boa sorte, te amo.

Angela."

Feliz por ter alguém pensando em mim quando eu não faço isso, como os salgados e tomo o suco. O disco com a melhoria pro traje de Christie estava pronto, a única dúvida, é se isso seria efetivo num combate contra Sanguini.

Agora, eu preciso trabalhar na moto de Alpha, felizmente eu poderia copiar o projeto da Christie e alterar a cor, assim como fiz com minha moto depois que ganhei o Delta Belt.

A semana seguinte se começa numa tranquilidade, excetuando o fato de que agora todos sabiam que eu estava oficialmente namorando com a Angela. Na academia onde Christie trabalha, a mesma declinou a promoção que seu tio iria lhe dar para gerente, ao invés disso, apontando Tiago para o cargo.

Quanto a Walter, arquivos ligando ele a grupos neo-nazistas foram encontrados no computador pessoal em sua casa, mas nenhuma ligação com a Cruz Mortífera foi achado, o que suspeito, tenha dedo do prefeito.

Na quarta-feira, saída da escola, estávamos eu, Christie e Angela, como sempre, indo até o ponto onde nossos caminhos nos separavam, rumo aos nossos locais de trabalho, quando o começo e o fim da rua onde estávamos, são bloqueados por dois jipes cada, e saídos deles, grupos de zi-bots, além de dois monstros.

—Angela, chame a Alpha... – Christie diz, apontando para um beco.

—Tudo bem! – Angela responde, decidida. – Vocês dois, se cuidem!

Os zi-bots caminham, passando pelas pessoas e as jogando contra a parede, como se não fossem os alvos delas. As que não acabaram desacordadas, corriam, temendo por suas vidas.

—Nós somos o alvo... – Digo, suspirando resignado, enquanto coloco o Delta Belt na cintura e apertando o botão para que as tiras do cinto saiam e se conectem.

—Tem razão... – Christie concorda, colocando o braço esquerdo em posição de defesa e apertando o botão para transformar seu relógio no Omega Watch.

—TRANSFORMAÇÃO! – Passo a carta no LED, para me transformar em Mascara Delta.

—TRANSFORMAÇÃO! – Christie gira a chave no buraco para fechadura.

Caso Sanguini aparecesse, eu havia pendurado o disco, que estava dentro de um saquinho, no Delta Belt, então mesmo transformado, eu poderia entregá-lo a Christie.

—Vamos nessa, Julio! – Christie diz, indo para a saída norte da rua, enquanto eu ia pra saída sul.

Nesses últimos dias eu passei a treinar um pouco mais minha forma física, e apesar de não ter apresentado melhoras aparentes ou mesmo menores, eu já conseguia dar golpes sem parecer um completo desengonçado.

Saltando por cima de um zi-bot, soco o peito de outro, abrindo um rombo impressionante. Sinto o ar perto de mim se modificar e me abaixo, evitando um soco, para em seguida dar uma rasteira nesse zi-bot que atacava.

Aquele zi-bot que eu havia saltado, se volta para mim, eu saco uma carta, passo ela no LED do meu cinto, transformando-a na Delta Pistol e dando um tiro no peito desse zi-bot. Outro zi-bot tenta me atacar chutando, mas seguro a perna dele, atirando no peito do mesmo.

O monstro que acompanhava esses zibots, um humanóide com cabeça de bode, vem pra cima de mim e me dá uma cabeçada, jogando-me na parede. Os zi-bots ali presentes desse lado, vêem uma chance de me atacar e começam a me chutar, no chão.

—Delta, levante e pule! – Escuto uma voz gritando, vinda de longe.

Ouço uma explosão, acompanhada de um ronco de motor. Não penso duas vezes, me levanto, corro como se tentasse escalar a parede com os pés, dando quatro passos para cima, dou impulso com os pés e salto na direção do monstro bode, enquanto a moto de Alpha atropela os zi-bots ali presentes.

No meu pulo, caio já agarrando o bode e o derrubando com um golpe meio de judô. Levanto novamente, pronto pra continuar a luta.

—Pode vir, cabrito. – Provoco, antes de me virar para Alpha, que lutava com os zi-bots. – Alpha, valeu mesmo!

—Ei, eu te devia uma pela moto! – Ela dá de ombros, antes de começar a atacar os zi-bots com sequências de chutes vindas do kung-fu.

Christie não tinha o meu típico azar, e estava se saindo relativamente bem contra os zi-bots e o monstro que parecia um homem peixe, com escamas e membranas. Claro, o monstro era relativamente forte, mas ela ainda assim tinha uma vantagem.

—Vocês cairam na minha armadilha! – Uma voz, vinda do alto ecoa.

Nós três olhamos na mesma direção, o topo de um prédio na rua oposta e vemos lá um vulto com uma capa enorme, de longe era possível sentir a presença maligna.

—Sanguini... – Alpha diz, se preparando.

—Inútil... – A voz dele ecoa, e em um segundo, ele está diante de mim e Alpha, coloca as duas mãos na minha barriga e na barriga de Alpha. Elas brilham e somos arremessados na parede.

—VOCÊ VAI PAGAR... – Christie dá dois passos, quando o ar se move e Sanguini está diante dela. Mas ele não usa o mesmo truque da mão, ele a pega e a arremessa na nossa direção.

—Omega, você está bem? – Alpha pergunta, ajudando Christie a se levantar.

—Obviamente não... – Ela tenta parecer brincalhona, mas está assustada.

—É aqui que a brincadeira de super-heróis de vocês acaba... – Sanguini diz, com os monstros e os zi-bots restantes se reunindo ao lado dele. – Vou expôr a fraqueza de vocês, e então a cidade ficara definitivamente a minha mercê.

—Se a gente cair, vai ser... – Christie tenta falar, se preparando para atacar, mas coloco o braço na frente dela. – Mas hein?

—Você queria saber o porque de eu não ter feito o que fiz antes... – Falo, me referindo ao pedido de namoro da Angela. – Bem, foi pra um momento como esse.

Tiro o saquinho que estava pendurado no Delta Belt e abro, retirando o mini-disco. Se eu não estivesse com o traje de Máscara Delta, as Christie e Alpha veriam meu sorriso.

—Um mini-cd? – Christie pergunta, incrédula.

—Coloque-o onde ficaria o Omega Watch. – Digo, sendo um tanto convencido e entregando o disco a ela.

—O que isso vai fazer? – Ela ainda tem duvidas.

—Confie nele... – Alpha diz, acenando positivamente com a cabeça.

—Tá legal... – Christie leva o mini-disco até o pulso esquerdo. Quando ele toca o pulso, um cordão vermelho sai da lateral e dá a volta no pulso.

"CONECTADO!" Uma voz sai do disco, e o disco, assim como o cordão, se transfomam numa cópia do Omega Watch, que usualmente desaparecia sob o traje de Máscara Omega. Na mão direita de Christie, uma chave vermelha surge, semelhante a Omega Key.

—Bem... – Christie diz, conformada. – Aí vai o nada!

Ela coloca a chave na fechadura e gira. A chave desaparece, como quando ela se transforma, só que a princípio não acontece nada.

—Era pra acontecer alguma coisa? – De todos que estavam aqui, Sanguini é quem faz a pergunta.

—Aguarde... – Respondo, com um sorriso debaixo do meu capacete.

Um ronco de moto é ouvido, de longe, até em uma velocidade impressionante, a moto de Christie para do lado dela.

—E o que ela vai... – Christie começa a dizer e se cala antes de terminar a sentença.

A moto começa a brilhar e se desfaz em peças, com os dois pneus diminuindo de tamanho e indo parar na parte posterior dos pés de Christie, o guidão se dividindo em dois e indo para os antebraços dela, como se fossem canhões. O escapamento da moto se parte em dois também, com dois cilindros pequenos ficando um de cada lado da cintura de Christie. A lataria da moto se divide em pequenas partes, indo parar nas partes em vermelho do traje dela, e colocando ombreiras. O resto da moto se transforma numa espécie de pó dourado, que cobre a parte cinza do visor, deixando-o dourado.

—O... O que foi isso? – Christie pergunta.

—Ei, Sanguini. – Chamo o prefeito. – Você não disse que ia acabar com a gente?

—Você ficou maluco? – Ela pergunta novamente.

—Com todo o prazer... – Sanguini respira fundo, antes de vir pra cima da gente.

—Confie em mim, você consegue defender. – Respondo a Christie, com um joinha.

Nem eu nem Alpha vimos exatamente o que aconteceu durante o intervalo de um segundo, mas no fim desse segundo, está Sanguini dando um soco na mão de Christie, que do jeito que a outra mão estava tremendo, também não tinha ideia do que acontecera.

—C-como? – Sanguini arregala os olhos, até que um segundo depois ele está sendo arrastado para trás, efeito causado aparentemente por um soco da Christie no peito dele. – O... O que foi isso?

—Bem... – Caminho até a Christie, dando um tapinha no ombro dela. – Essa é a evolução da Máscara Omega... Conheça... Máscara Omega Dash.


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