A Primeira Cor do Céu escrita por JMBLUEBUBBLE


Capítulo 1
PRÓLOGO - ANTÔNIO CROMWELL


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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— Lutem hoje, com a mesma confiança que tiveram ontem ao planejar, com a mesma bravura que hoje estão a chegar e com o mesmo sorriso que amanhã irão espalhar. Os covardes estão vindo! Os corruptos e descarados! Oh... Os homens! Os homens estão vindo.

— Antônio T. Cromwell. (GRANDE REBELIÃO)

 

 

O homem corria como louco. Suas pernas faziam um barulho cada vez mais irritante com o decorrer da corrida e ameaçavam falhar, entretanto, ele não podia se dar ao luxo de parar. A cada três árvores o senhor de 43 anos olhava para trás, o medo de ainda estar sendo perseguido estampado em seus grandes olhos.

         É evidente que a ideia de se esgueirar pela floresta fora uma ideia de gênio. Ele sorriu mas com a mesma rapidez em que surgiu o sorriso se desfaz.

         Depois de 20 minutos de corrida intensa o homem decidiu que já era hora de parar. Retomando o fôlego, Antônio Cromwell se apoiou em uma árvore próxima, se inclinou espiando em volta.

— Meu Deus… – sussurrou. O homem analisou o céu acima onde a lua brilhava tanto que iluminava o lugar a sua volta. Por não haver tanta luz da cidade na pequena floresta milhões de estrelas agradavam a vista de Antônio.

Ele retirou um pequeno aparelho transparente do bolso de trás de sua calça rasgada. A tela do aparelho estava inteiramente quebrada; perdera as contas de quantas vezes havia caído em sua corrida.

— Clynnia… Clynnia…

         Em vermelho vivo, uma mensagem surgiu no centro da tela de seu telefone celular: SEM SINAL. O homem soltou um palavrão e começou a andar em volta.

— Vamos, vamos…

     Em poucos instantes Antônio começou a pular, ignorando totalmente as dores nas costas e nas pernas. Surgira sinal.           

     – Clynnia… Ele começou a discar. Seus dedos grandes faziam com que errasse mais de uma vez, mas nada o deteria… precisava se comunicar com alguém confiável.

     Antônio deduziu com eficácia a hora da noite. Espero que ela atenda… ela precisa, pensou. Logo ele começou a rezar e então, após finalizar, a garota atendeu e sua voz fora como um manto quente ao homem.

     Após poucos minutos de conversa, o telefone avisou que a chamada havia terminado por conta do sinal. Não tem problema, pensou Antônio, já fiz tudo o que queria.

       Ao se virar, Antônio se deparou com um grupo encapuzado em vermelho-escuro dando pequenas risadinhas. Haviam acabado de chegar. Estavam atrás dele e Antônio sabia o que queriam. Estavam armados. Ao respirar fundo, Antônio encarou as estrelas.

    Uma risada mais esganiçada que as outras ao seu redor interrompeu seus pensamentos. Com um leve tremor Antônio se ajeitou e sorriu.

    Senhores – Ele reverenciou. A sua volta, o grupo de nada parecia cansado pela corrida. Com graciosidade, eles formaram um círculo, deixando Antônio no meio. Senhoritas.

       Um homem alto e musculoso se posicionou a frente e, como se fosse um código, seus colegas apontaram todo o tipo de arma a Antônio. Ele levantou as mãos.

       Se não se incomodam... prefiro resolver isso com palavras.

       Quase como que de imediato, o homem transferiu um soco no queixo de Antônio. Enquanto estava no chão o homem começou a mexer nele. Instantes depois, Antônio acabou sentindo uma enorme dor na mão esquerda. ELE QUEBROU A MINHA MÃO! pensou Cromwell.

       – Este é só o começo. - O homem retirava uma faca do bolso de trás.

       Nômade… por favor… SOU A VOZ DESTE PAÍS! – Implorara Antônio.

     Estou fazendo meu trabalho Sorriu o homem, já acostumado com implorações inúteis. Com um pequeno assobio, mais dois homens se juntaram atrás dele. – Avisem que já pegamos o pacote e que estamos começando a fase 1 do plano.


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