Was Once What Could Be! escrita por Claymore


Capítulo 6
Capítulo 6- Barreiras




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Henry

— Killian, o que está olhando?

Hook não consegue esconder seu nervosismo essa manhã, e minha mãe está começando a perceber. Fica a cada minuto olhando para a entrada da casa por uma janela lateral.

— Nada love, só olhando.

Não convence minha mãe, então ele deixa o posto ao lado da janela e se junta a nós na cozinha, ele corta uma laranja e a parte em 4, coloca em uma tigela, em outra um pouco de aveia com leite e frutas vermelhas, em um copo grande ele esta espremendo uma laranja.

— Deis de quando você come qualquer coisa que não seja café preto no dejejum?

— Me deu vontade hoje. – Ele responde simplesmente. Obviamente ele não sabe disfarçar, ela vai descobrir.

Hope

Decidi andar pela cidade em vez de simplesmente aparecer aqui, achei que iria me atrasar, na verdade tinha a intenção clara de chegar tarde, mesmo que a minha barriga estivesse roncando.

Passei a noite inteira com o livro grade e pesado nas minhas mãos e quando terminei a tradução que eu precisava, o sol já estava nascendo. Tomei um banho gelado nas águas congelantes do mar, na intenção de me despertar, quando o sol começava a aquecer e a vida na cidade tomava seu rumo eu saí para andar. Troquei minha roupa por um par de jeans com listras de couro na lateral pretas, botas de cano médio com um salto quadrado e uma blusa branca de algodão e botões por baixo de uma jaqueta de couro caramelo. Tentando negar o motivo de estar usando branco no segundo dia seguido.

Pela posição do sol deve ser 9:00 AM, chego à porta e antes que eu possa hesitar, meu pai abre a com um lindo sorriso.

— OI. Bom dia.  – Ele agarra meu braço e me leva até o centro da sala. – O que está acontecendo?

— Diga. – Ele me leva ate minha mãe que está parada com uma xícara de chá pelo que eu consigo sentir. O cheiro é de limão e doce. Ela não parece feliz, mas arruma sua postura e eu reconheço essa expressão. Ela usa comigo quando precisa me dar um sermão diplomático quando me comporto mal ou não adequado para uma futura rainha.

— Killian conversou comigo noite passada- Ele contou para ela? – E me fez ver como eu á tratei mal, por isso peço desculpas.

— Não precisa fazer isso.

— Acho que devo. Pelo jeito você está se sacrificando bastante por qualquer que seja a causa de vocês.

— Você não imagina.

— O que?

— Nada, eu acho que é a fome falando.

— Pronto venha. – Meu pai novamente me agarra pelo braço e me leva até uma mesa cheia de comida.

— Eu não posso comer tudo isso. – Digo enquanto me sento na mesa.

— Claro que pode, fiz demais. É você perdeu muito sangue ontem – Percebo pelo olhar dos meus companheiros de viagem que eles tentam disfarçar o riso e alguns olhares curiosos do restante das pessoas.

— E o livro? – Diz Henry

— Sim, podemos saber alguma coisa sobre o plano por favor? – Me pergunta Noel e realmente é importante colocá-los a parte do plano. Bem...o tanto que eu posso. Então começo a descrever as atualizações para eles enquanto como minha tigela de aveia.

— Bem... o livro está correto, eu já o traduzi, usarei hoje e amanha durante o dia para deixar todos os passos bem claros na minha cabeça.

— Então vocês ainda não vão embora? – Henry jovem parece animado com a notícia.

— Ainda não, preciso realizar o feitiço amanha quando o sol e a lua estiverem na mesma linha do horizonte opostos. Ou seja...

— Crepúsculo. – Ele me responde.

— Exatamente.... tinha me esquecido como eu gostava mais de você antes Henry. - Digo sorrindo para meu irmão mais velho que está encostado na pia.

— Muito engraçada..., mas o que você foi fazer ontem?

— Eu fui buscar isso- Tiro o diamante do bolso e coloco sobre a mesa.

— Um diamante? – Regina se aproxima e estuda a pedra e a mi.

— Sim, mas essa é especial.

— E por que temos que esperar até amanhã? - Robin quer saber.

— Existe uma regra que esse feitiço só pode ser realizado no tempo em que a pedra foi “colhida” e em uma lua específica, que seria a lua nova, amanhã.

Eu terminei meu café e o dia passou rápido, Robin ajudou a cuidar no Neal bebe. Henry e Henry ficaram conversando por muito tempo longe dos nossos ouvidos e eu daria uma moeda de ouro para saber o que eles conversavam. Os adultos basicamente foram para a cidade e mantiveram suas atividades diárias normais. Eu me sentei encostada em uma arvore próxima ao quintal da casa para estudar mais o livro . Eu já havia decorado todos os passos, mas nenhuma falha poderia ser feira, eu não teria outra chance.

Senti algo bater na minha bota, mas não liguei a princípio, mas o próximo ataque veio e bateu no meu ombro, levantei meu olhar do livro e lá estava ele. Em pé entre a divisão da floresta e da cidade, onde eu levantei uma proteção exatamente para evitar que ele entrasse na cidade.

Me levanto e caminho até ele com o livro em frente a mim, com a intenção de me proteger. Mas eu sabia que ele não poderia entrar, ele não entraria desprotegido. Mas talvez a proteção fosse diferente.

— O que você faz aqui?

Ele está com uma roupa parecida com a de ontem . Mas suas calças e blazer são de um preto brilhante e combinam com a blusa cor de berinjela com botões. Mas algo está diferente. Seus olhos. Estão tensos e seu brilho de confiança está um pouco apagado. Seus normal e fixo sorriso não está lá , o que me decepciona. Às vezes me pegava no meio da batalha apreciando seus lábios carnudos e seus dentes brancos.

— Eu não sabia.

— Do que está falando?

— Seu braço. As vezes os seres das trevas tomam decisões sem que eu saiba. A ordem que eu dei era de apenas te encurralar, nunca tocar em você. Eu que cuidaria de você.

— Quer que eu acredite que nunca quis me machucar?

— Eu nunca quis. Nem mesmo antes.

Eu sei que não deveria acreditar nesse. Tudo indica isso. Ele é um ladrão, mentiroso e traiçoeiro, mas porque quando ele está perto não consigo manter meus pensamentos em ordem? Por que eu não sinto medo dele? Esse frio no meu estomago não é medo. É outra coisa.

— Você só queria o poder, muito conveniente. – Mesmo que eu tente esconder, minha voz carrega um tom de magoa. Estou magoada por estar machucada, estou magoada por ele ter permitido isso. O que não faz o menor sentido.

— Assim como você. – Sei que não devo, mas me aproximo da barreira. Estamos a poucos centímetros de distancia.

— Eu não quero essa fonte de poder para fins egoístas.

— E quem disse que eu quero? Você não sabe. Você não me conhece. – Sua postura e de defensiva agora e ele se aproxima mais.

— Eu conheço você, conheço seus crimes.

— É mesmo?

— SIM, lutei muitas vezes contra você. – Minha voz se eleva e a dele também, se não fosse a barreira nossas jaquetas estariam se encostando agora.

—Meus crimes? O que? Uma porção de invasões e alguns livros roubados de bibliotecas que ninguém nunca o lê? Claro isso faz muito sentido. Porque eles sempre mandam a princesa atrás de ladrões medíocres.

— O que você esperava? Os soldados não teriam nenhuma chance contra você.  – Seu rosto se suaviza, e uma leve deslumbre do seu sorriso volta a tocar seu rosto. Seu sorriso sempre o modifica por completo. Seus olhos se intensificam apenas com a menção do humor.

— Isso foi um elogio princesa?

— Chame do que quiser, o que eu quero dizer é que mesmo seus crimes sendo simplórios comparados a outros, não posso ignorar o fato de você usar poder maligno para extrair sua magia. Então vá para casa Facilier!

—Porque você não voltou ainda?

— Tenho coisas para resolver aqui.

—Coisas? – Posso ver que a curiosidade o está corroendo por dentro. Algum barulho atrás de mim chama minha atenção, quando me viro vejo que as duas versões do Henry estão brincando de espada no quintal, mas eles não podem me ver atrás das arvores. – Porque você trouxe eles com você?

—O que quer dizer?

— Eu conheço seu jeito de trabalhar princesa. Você entra e sai sem ser percebida, sempre o mais eficiente possível.

— isso foi um elogio Facilier?- Tento o provocar, mas obviamente eu ainda preciso melhorar bastante nessa arte que ele é mestre, seu sorriso aumenta e ele se aproxima. A barreira protesta ao reconhecer a magia que eu a fiz para afastar.

—Nunca escondi minha admiração por você Hope. Você que nunca percebeu antes. Talvez preocupada de mais para me pegar, mas esse é outro fato engraçado.

—Engraçado? - Levanto a sobrancelha ao mesmo tempo me repreendo ao me perguntar ao porque estou aqui batendo papo e flertando com esse bandido? Minha mãe me mataria, só de imaginar eu tendo uma conversa com ele.

—Sim, nos dois sabemos que você possui magia e inteligência o suficiente para me pegar, mas por algum motivo, nunca o fez.

— Talvez, você dificulte as coisas para mim. – Eu não queria dizer isso, eu sei que poderia ser interpretada como se ele fosse inteligente o suficiente para não ser pego, mas nos dois sabemos a verdade sobre as minhas palavras. Ele dificulta porque eu não o quero ver atrás das barras de contenção da prisão do castelo. Ele dificulta porque eu não faço a mínima ideia de como ele faz eu me sentir.

— Eu não vou me desculpar por isso. De alguma forma nos dois conseguimos nos comunicar muito bem, mesmos em palavras. - Ele está certo. Nunca havíamos nos comunicados mais que algumas palavras se provocação no meio de brigas e perseguições. Ele se aproxima mais e a barreira treme, se ele se aproximar mais um sentimento ela o irá lançar longe. - Porque você os trouxe? Porque não me captura agora e me leva para os calabouços do castelo? Porque você ainda está   aqui?

— Não importa. Só...vá para casa. – Ele sempre parece saber exatamente quais são os meus medos e persegui-los. Como ele faz isso? Ele parece querer continuar a me torturar, mas muda de ideia.

 – Eu realmente sinto muito sobre o seu braço. – Ele se afasta e aos poucos se vira- E novamente antes que eu me esqueça, seu tom de pele fica ainda mais radiante com raiva e de branco. -. Continua andando e desaparece entre as sombras das arvores. 


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